CNI aponta aumento na ociosidade da indústria

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O índice de produção industrial mostra que o setor começou o ano em queda: em janeiro, o indicador de evolução da produção ficou em 42,7 pontos e o de emprego alcançou 44,4 pontos, o que aprofunda o quadro de desaquecimento do setor, informa a Sondagem Industrial divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os indicadores da pesquisa variam de 0 a 100 pontos e, quando estão abaixo de 50 pontos, revelam queda na produção e no emprego.

De acordo com a pesquisa, a queda na produção foi mais intensa nas pequenas empresas, segmento em que o indicador recuou para 37,1 pontos, se afastando ainda mais da linha divisória dos 50 pontos. Nas grandes empresas, o índice foi de 46,6 pontos e, nas médias, de 40,7 pontos.

Por conta disso, o desaquecimento no setor e a elevada ociosidade também reduziram a disposição dos empresários para investir. O Índice de Intenção de Investimento caiu 2,6 pontos percentuais em janeiro, na comparação com dezembro, e alcançou 49,4 pontos. Em relação a janeiro do ano passado, a queda foi de 10,1 pontos percentuais.

As expectativas dos empresários para os próximos seis meses também são negativas. Em fevereiro, o índice de expectativa em relação à demanda caiu para 48,9 pontos, o de quantidade exportada recuou para 49,5 pontos, e o de número de empregados alcançou 44,9 pontos. Todos os indicadores ficaram abaixo da linha divisória dos 50 pontos, que separa o otimismo do pessimismo.

“Os dados da Sondagem Industrial mostram continuidade do quadro de desaquecimento da atividade. Os índices de evolução da produção e do número de empregados permaneceram abaixo dos 50 pontos em janeiro, o que denota queda de ambos frente ao mês anterior”, diz a CNI. “Como consequência, o desaquecimento da atividade segue elevado, conforme mostra o índice de utilização da capacidade instalada efetiva em relação ao usual. O indicador manteve-se distante da linha divisória de 50 pontos, praticamente estável em 38,5 pontos”. O percentual médio de utilização da capacidade instalada ficou em 67% (o menor patamar para o mês desde 2011), três pontos percentuais a menos do que em janeiro de 2014″.

As perspectivas se tornaram desfavoráveis em fevereiro. De acordo com a CNI, todos os índices de expectativas ficaram abaixo dos 50 pontos no mês. Refletindo o cenário de elevada ociosidade e pessimismo, as intenções de investimento se reduziram.

A pesquisa foi feita entre 2 e 12 de fevereiro com 2.244 empresas, das quais 897 são pequenas, 814 são médias e 533 são de grande porte.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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