Desaceleração de investimentos na indústria do país deve continuar

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O número de empresas que admitem ter investido mais nos últimos 12 meses ante os 12 meses imediatamente anteriores caiu de 37% para 31%, do primeiro para o segundo trimestre do ano, segundo pesquisa de sondagem de investimentos referente ao segundo trimestre elaborada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Em relação aos próximos 12 meses, a sinalização é da continuidade da desaceleração dos investimentos, uma vez que 30% das empresas preveem investir mais e 21% programam menos que nos 12 meses anteriores. A diferença de 9 pontos percentuais entre a proporção de respostas favoráveis e desfavoráveis é a menor da série. No primeiro trimestre de 2014, estes percentuais eram 34% e 16%, respectivamente.

De acordo com a pesquisa, 27% das empresas industriais indicaram a expansão da capacidade produtiva como principal objetivo para investimentos no ano corrente. A proporção é 5 pontos percentuais inferior à prevista no ano passado e é também a menor desde 2009 (24%). Majoritária em anos de maior crescimento dos investimentos produtivos do setor industrial, a expansão da capacidade foi o objetivo mais citado nas edições das sondagens de 2007-2008 e 2010-2011. Desta forma, o resultado sinaliza uma diminuição dos investimentos para este ano.

Por outro lado, a principal motivação para investimentos produtivos em 2014 foi o aumento da eficiência produtiva, citado por 31% das empresas industriais. A proporção, no entanto, é inferior aos 33% previstos no ano anterior. A motivação que mais avançou em relação a 2013 foi a substituição de máquinas e/ou equipamentos (24% das empresas) com alta de 6 pontos percentuais em relação ao ano passado e maior frequência da série histórica iniciada em 1998.

Segundo o levantamento, a percepção das empresas do setor industrial em relação aos investimentos em capital fixo piorou em relação ao ano passado. Entre 2013 e 2014, o percentual de empresas que apontam algum tipo de dificuldade aumentou de 46% para 49%, o maior nível desde 2009 (87%), período em que os investimentos foram afetados pela crise internacional.

Entre as empresas que percebem entraves à realização de investimentos, o fator mais lembrado foi a limitação de recursos, mencionado por 45% das empresas, um aumento de 6 pontos percentuais (p.p) em relação ao ano anterior.

O segundo fator inibidor mais citado foram as incertezas acerca da demanda, apontadas por 37% das empresas, proporção superior aos 31% de 2013 e a maior desde 2009 (50%). O fator carga tributária elevada vem a seguir, citado por 36% das empresas, uma redução de 1 ponto percentual (p.p) frente ao ano passado. Já o custo de financiamento aumentou em relação a 2013, de 22% para 28% do total. Por três anos consecutivos, o item taxa de retorno inadequada é apontado por 22% das empresas, mantendo-se no maior patamar da série histórica iniciada em 2004.

A pesquisa Sondagem de Investimentos é feita pelo Ibre-FGV, que consultou nesta última edição 630 empresas industriais, responsáveis por vendas que totalizam R$ 555 bilhões, a respeito de investimentos nos últimos 12 meses e projetados para os 12 meses seguintes. As empresas também avaliaram as principais motivações e fatores limitativos aos investimentos produtivos no ano.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

2 Comentários

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  1. Agora acredito que este tipo

    Agora acredito que este tipo de notícia vai durar tão somente até as eleições.

    A turma do almoço grátis quer voltar…

    Caiu a ficha para mim…

    Depois do Dia dos Vips do Itaquerão, pareciam torcida organizada…

    Para esta organização ultrapassar os limites do campo é apenas um passo…

    1. O PIG é que gosta disto.

      O PIG é que gosta disto. Convenhamos, ninguém informa quanto de fato vai investir, pois pode ser gente do fisco disfarçado de pesquisador. Aqui no meu bairro já abriu uns cindo pontos de vendas e tudo indica que abrirão mais uns vintes nos próximos anos.

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