Jornal GGN – A escalada do dólar na última semana voltou à pauta de preocupações do governo brasileiro. A valorização da moeda norte-americana frente ao real assustou a equipe que acompanha a presidente Dilma Rousseff principalmente pelos efeitos causados nas empresas, na inflação e no caixa dos estados.
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, assessores da presidência já falam em queda “excessiva” do real, o que está tirando o conforto da atual administração da política econômica.
O avanço do dólar reflete um movimento “global” e seu controle não depende apenas do Brasil. Segundo um dos colaboradores do governo, é um quadro “preocupante”- a própria presidente tem acompanhado diariamente a evolução cambial. O temor é compreensível: uma alta maior do dólar pode pressionar a inflação num momento de queda. O que também seria péssimo para o próximo ano de eleições presidenciais, com uma possível campanha de eleição de Dilma.
Na prática, num cenário de dólar em alta, o Banco Central brasileiro teria de apertar sua política monetária deixando a taxa de juros mais alta para ser administrada em 2014.
A alta aconteceu a partir da sinalização do Federal Reserve de revisão de suas políticas de incentivo para a economia norte-americana. Desde então, com a ameaça de uma injeção menor de recursos, o valor da moeda local subiu em todos os países do mundo, valorizando-se principalmente frente às moedas dos países que compõem os Brics, como o Brasil.
Mesmo com duas ações de venda de dólar promovidas pelo BC, a moeda americana atingiu seu maior valor desde março de 2009, resultado numa alta de 4,5%. Para o governo, o ideal seria que o dólar permanecesse na casa dos R$ 2,30. Mas já na última sexta-feira, ele bateu na casa dos R$ 2,375.
Nos R$ 2,30, o governo acredita que a inflação não seria impactada e as importações seriam beneficiadas, no momento de aumento de déficit nas contas externas brasileiras.
O governo considera que o ideal era o dólar ficar na casa de R$ 2,30, patamar que não teria grande impacto sobre a inflação e ajudaria as exportações, fator considerado importante neste momento de aumento do deficit nas contas externas do país.
Dilma deve se reunir nesta segunda-feira com o ministro da Fazenda, Guido Mantega e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Eles discutirão medidas para suavizar o efeito desta onda de movimentação global.
Com informações da Folha
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