Dívida pública desacelera 1,35% em abril

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A concentração de vencimentos de papéis prefixados levou a Dívida Pública Federal (DPF) a cair 1,35%, passando de R$ 2,080 trilhões em março para R$ 2,052 trilhões em abril, de acordo com dados divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional.

Já a dívida pública mobiliária interna (DPMFi) teve seu estoque reduzido em 1,53%, ao passar de R$ 1,990 trilhão para R$ 1,959 trilhão, devido principalmente ao resgate líquido, no valor de R$ 50,36 bilhões, e à apropriação positiva de juros, no valor de R$ 19,92 bilhões. Quanto ao estoque da Dívida Pública Externa (DPFe), houve elevação de 2,65% sobre o estoque apurado no mês de março, encerrando abril em R$ 92,90 bilhões (US$ 41,55 bilhões), sendo R$ 83,25 bilhões (US$ 37,23 bilhões)  referentes à dívida mobiliária e R$ 9,66 bilhões (US$ 4,32 bilhões), à dívida contratual.

No mês de abril, as emissões da Dívida Pública Federal corresponderam a R$ 45,88 bilhões, enquanto os resgates alcançaram R$ 93,48 bilhões, resultando em resgate líquido de R$ 47,61 bilhões, sendo R$ 50,36 bilhões referentes ao resgate líquido da DPMFi e R$ 2,76 bilhões referentes à emissão líquida da DPFe.

Em relação à composição da DPF, houve redução na participação da DPMFi, passando de 95,65%, em março, para 95,47%, em abril. Em contrapartida, a DPFe teve sua participação ampliada de 4,35% para 4,53%.

A parcela dos títulos com remuneração prefixada da DPF passou de 40,85%, em março, para 38,66%, em abril. A participação dos títulos indexados a índice de preços apresentou aumento, passando de 36,32% para 37,52%. Já os títulos remunerados por taxa flutuante tiveram sua participação ampliada, passando de 18,59% para 19,43%.

O principal fator que contribuiu para a queda da dívida pública em abril foi o elevado volume de vencimentos de títulos. Apenas em abril, R$ 93,11 bilhões foram resgatados. A maior parte desse total, R$ 90,79 bilhões, correspondeu a títulos prefixados (com juros fixos definidos com antecedência).

A concentração de vencimentos de títulos é típica do primeiro mês de cada trimestre por causa do fim do prazo de vigência de títulos prefixados. Dessa forma, a Dívida Pública Federal costuma registrar queda no estoque em janeiro, abril, julho e outubro. De acordo com os dados divulgados, o percentual de vencimentos da DPF para os próximos 12 meses apresentou redução, passando de 25,52%, em março, para 24,98%, em abril. 

O volume de títulos da DPMFi a vencer em até 12 meses passou de 26,05%, em março, para 25,52%, em abril. Os títulos prefixados correspondem a 58,69% deste montante, seguidos pelos títulos indexados a taxa flutuante, os quais apresentam participação de 23,99% desse total. Em relação à DPFe, observou-se que o percentual vincendo em 12 meses passou de 13,82%, em março, para 13,48%, em abril, sendo os títulos e contratos denominados em dólar responsáveis por 63,57% desse montante. Segundo o Tesouro, os vencimentos acima de 5 anos respondem por 51,53% do estoque da DPFe.

O prazo médio da DPF também sofreu mudanças, passando de 4,40 anos, em março, para 4,51 anos, em abril. O prazo médio da DPMFi ampliou-se, ao passar de 4,30 anos para 4,41 anos. Já o prazo médio da DPFe passou de 6,66 anos para 6,59 anos.

 

Com informações da Agência Brasil

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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