Governo Central tem superávit de R$ 3,2 bilhões

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) registrou um superávit primário de R$ 3,2 bilhões no mês de março, segundo números divulgados pelo Tesouro. Apesar de o resultado ser maior do que o registrado no mesmo mês de 2013, quando o superávit foi R$ 291,4 milhões, está abaixo do alcançado em março de 2012 (R$ 7,64 bilhões) e de 2011 (8,972 bilhões).

O resultado obtido em março se deve ao superávit de R$ 7,73 bilhões do Tesouro, ao déficit de R$ 4,5 bilhões da Previdência Social e ao resultado negativo, em R$ 34,1 milhões, do Banco Central.

As receitas do Governo Central aumentaram R$ 6,8 bilhões (7,8%), passando de R$ 87 bilhões em fevereiro para R$ 93,8 bilhões em março de 2014. Esse comportamento decorreu dos acréscimos de R$ 3,5 bilhões (12,7%) na arrecadação de impostos, de R$ 2,8 bilhões (29,7%) nas demais receitas e de R$ 394,3 milhões (1,5%) nas receitas de contribuições.

As despesas apresentaram acréscimo de R$ 8,5 bilhões (12,4%) no comparativo entre fevereiro e março de 2014. Segundo o relatório divulgado, houve um aumento de R$ 6,8 bilhões (16,9%) nas despesas do Tesouro Nacional e de R$ 1,7 bilhão (6%) nas despesas da Previdência Social, frente à redução de R$ 2,8 milhões (1,1%) nos gastos do Banco Central.

Comparativamente ao primeiro trimestre de 2013, houve decréscimo de R$ 6,9 bilhões (34,6%) no superávit acumulado até o mês de março. Esse comportamento reflete o decréscimo de R$ 9,9 bilhões (28,6%) no superávit do Tesouro Nacional, a redução de R$ 3 bilhões (20,2%) no déficit da Previdência Social e a apuração de um superávit de R$ 29,2 milhões no Banco Central, enquanto em 2013 havia um déficit de R$ 16,3 milhões.

Em fevereiro de 2014, o superávit primário apresentou déficit de R$ 3,079 bilhões. Foi o segundo pior resultado da história para o mês, perdendo apenas para fevereiro do ano passado, quando o déficit somou R$ 6,618 bilhões. Em janeiro, o superávit registrado chegou a R$ 12,954 bilhões. Com isso, o primeiro trimestre apresenta superávit de R$ 13 bilhões.

“O resultado está em linha com o cumprimento da meta. Teremos em abril um resultado de dois dígitos que deverá ser um dos melhores da série”, disse o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, segundo informações da Agência Brasil. “Hoje é um dia importante da arrecadação [do Imposto de Renda]. Portanto, abril deverá ter resultado bem forte e positivo”, acrescentou.

O superávit primário é a economia que o governo faz para pagar os juros da dívida pública. O esforço fiscal permite a redução do endividamento do governo no médio e no longo prazo. Para este ano, a meta do Governo Central é economizar R$ 80,8 bilhões, o equivalente a 1,55% do Produto Interno Bruto (PIB – soma das riquezes produzidas no país). Os estados e municípios deverão fazer superávit primário de R$ 18,2 bilhões – 0,35% do PIB. No total, o superávit primário do setor público deverá fechar o ano em R$ 91,306 bilhões – 1,9% do PIB.

As estatais recolheram R$ 2,998 bilhões ao Tesouro Nacional em março, valor 3,7% maior do que o registrado em fevereiro (R$ 2,892 bilhões), o que favoreceu o superávit do mês. O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) foi responsável pala maior parcela (R$ 1,898 bilhão), seguido da Caixa Econômica Federal (642 milhões). Em março do ano passado, o Tesouro recolheu R$ 767,3 milhões das estatais.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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