Governo reduz superávit primário em 49,8%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) apresentou um déficit primário de R$ 3,079 bilhões no mês de fevereiro, o segundo pior resultado da série para o mês – ficando abaixo apenas da perda de R$ 6,618 bilhões contabilizados em fevereiro do ano passado, de acordo com dados divulgados pelo Tesouro Nacional. 

O resultado seria ainda pior se as estatais não tivessem recolhido R$ 2,892 bilhões em dividendos ao Tesouro Nacional, no mês passado. Desse total, R$ 2 bilhões saíram do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); R$ 700 milhões, da Caixa Econômica Federal; e R$ 192,1 milhões do Banco do Brasil. 

Com o resultado, o superávit primário dos primeiros dois meses de 2014 chega a R$ 9,876 bilhões, equivalente a 1,22% do PIB (Produto Interno Bruto), total 49,8% menor em relação ao visto nesmo período do ano passado, e o pior valor para o período desde 2009. O valor também está abaixo da meta de 1,55% do PIB (R$ 80,8 bilhões), sendo que os estados e municípios deverão fazer superávit primário de R$ 18,2 bilhões – 0,35% do PIB. No total, o superávit primário do setor público deverá fechar o ano em R$ 91,306 bilhões – 1,9% do PIB. 

Até abril, o Governo Central deverá economizar R$ 28 bilhões, segundo o decreto de programação orçamentária. O superávit primário acumulado nos dois primeiros meses do ano equivale a 33,8% do total, o que indica que o governo terá de economizar R$ 18,5 bilhões em março e abril para alcançar a meta para o primeiro quadrimestre. 

A expansão dos gastos, em ritmo maior que o crescimento das receitas, foi a principal causa do déficit primário em fevereiro. A receita líquida do Governo Central cresceu 7,3% no primeiro bimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado. Contudo, as despesas totais subiram 15,5%. 

Os gastos de custeio (manutenção da máquina pública) aumentaram 24,2%. Por causa de acordos de reajustes salariais fechados em 2011, e as despesas com o funcionalismo cresceram 13,5%. 

Os investimentos do governo federal – que englobam os gastos com obras e compras de equipamentos – acumulam alta de 22,7% nos dois primeiros meses de 2014. Os gastos passaram de R$ 12,3 bilhões, em janeiro e fevereiro do ano passado, para R$ 15,1 bilhões no primeiro bimestre deste ano. 

No mesmo período, as despesas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) aumentaram 43,3%, passando de R$ 7,7 bilhões para R$ 11,1 bilhões na mesma base de comparação.

 

 

Com informações da Agência Brasil

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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