IGP-DI perde força e fecha junho em 0,62%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Dados da FGV destacam impacto da queda dos preços de commodities no índice ao produtor, mas preços ao consumidor seguem em alta

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) variou 0,62% em junho, ficando pouco abaixo dos 0,69% apurados no mês anterior, segundo dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Com isso, o índice acumula alta de 7,84% no ano e 11,12% em 12 meses. Em junho de 2021, o índice havia subido 0,11% e acumulava elevação de 34,53% em 12 meses.

Na análise por componentes, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,44% em junho. No mês anterior, o índice havia apresentado taxa de 0,55%.

Em nota, o coordenador dos índices de preços, André Braz, explica que a queda dos preços das grandes commodities abriu espaço para a desaceleração dos preços ao produtor.

“O risco de recessão em grandes economias contribui para o recuo dos preços do milho (de -0,10% para -3,30%), do minério de ferro (de -4,61% para -1,63%) e da soja (de 2,76% para -0,81%),” ressalta Braz.

Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou de 0,03% em maio para 0,72% em junho, enquanto a taxa do grupo Bens Intermediários passou de 1,46% em maio para 1,33% em junho. Já o estágio das Matérias-Primas Brutas caiu 0,78% em junho, após variar 0,04% em maio.

Preços ao consumidor permanecem em alta

Enquanto os preços aos produtores perdem força, os preços para o consumidor continuam em alta: o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,67% em junho, contra 0,50% em maio, enquanto o núcleo do IPC registrou taxa de 0,57% em junho, ante 0,84% no mês anterior.

Três dos oito grupos de despesa pesquisados ampliaram suas taxas no período: Habitação (-1,37% para 0,43%), Alimentação (0,45% para 1,30%) e Vestuário (1,21% para 1,26%).

Os itens que influenciaram tais grupos foram tarifa de eletricidade residencial (-9,34% para -0,41%), hortaliças e legumes (-9,06% para -5,13%) e roupas (1,37% para 1,53%), respectivamente.

Em contrapartida, os grupos que perderam força foram Transportes (1,02% para 0,18%), Educação, Leitura e Recreação (3,12% para 2,06%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,87% para 0,42%), Comunicação (-0,14% para -1,08%) e Despesas Diversas (0,91% para 0,13%).

Estas classes de despesa foram influenciadas pelos itens etanol (3,09% para -6,79%), passagem aérea (16,33% para 9,43%), artigos de higiene e cuidado pessoal (1,85% para -0,68%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (-0,18% para -2,59%) e serviços bancários (1,23% para 0,02%), respectivamente.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 2,14% em junho, ante 2,28% no mês anterior: apesar do decréscimo nos grupos Materiais e Equipamentos (de 1,72% para 1,07%) e Serviços (de 0,73% para 0,68%), o aumento da Mão de Obra (de 3,08% para 3,35%) afetou a categoria.

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Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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