Inadimplência do consumidor avança 4,8% em maio

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O índice de inadimplência do consumidor apurado pela consultoria Serasa Experian avançou 4,8% em maio ante abril, apresentando assim seu maior crescimento mensal do ano – as variações mensais dos períodos anteriores foram de 1,8% (abril), 0,2% (março), -0,9% (fevereiro) e 4,1% em janeiro. Na relação com os números apurados em maio de 2014, o indicador cresceu 14,9%. Nos primeiros cinco meses do ano, o indicador também subiu 14,9%, na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Na decomposição do indicador, as dívidas com os bancos foram as principais responsáveis pela alta do indicador em maio, com aumento de 5,5% e contribuição de 2,6 ponto percentual (p.p). Já a inadimplência não bancária (junto aos cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica, água etc.) apresentou alta de 4,9% e contribuição de 2,3 p. p. em maio/15. Por fim, os protestos e os cheques sem fundos registraram alta de 6,9% e queda de 2,1%, respectivamente.

Já o valor médio das dívidas não bancárias apresentou alta de 32,6% nos primeiros cinco meses do ano, na comparação com o mesmo período de 2014, passando de R$ 317,41 para R$ 420,96. O valor médio dos cheques sem fundos e da inadimplência com os bancos também cresceu 10,0% (de R$ 1.674,05 para R$ 1.854,27) e 0,6% (de R$ 1.262,13 para R$ 1.270,29), respectivamente. Já o valor médio dos títulos protestados registrou queda de 4,7%, de R$ 1.440,39 para R$ 1.372,77.

Segundo os economistas da consultoria, “a elevação das taxas de desemprego, o peso da inflação mais alta no bolso do consumidor e os juros cada vez maiores incidentes sobre as dívidas estão dificultando a situação financeira do consumidor, impulsionando para cima os níveis de inadimplência”.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. Lá vem de novo: a culpa é de quem pega empréstimo…

    Você entra em qualquer lugar onde haja um caixa eletrônico, coloca nele seu cartão e a primeira coisa que o banco oferece em letras garrafais é empréstimo rápido. Sim, tão rápido que você pode tirar ali mesmo, no caixa eletrônico, sem assinar nada, sem protocolos e chateações.

    Dito isto, conheço pessoas com dívidas até o pescoço porque cairam nessas esparrelas dos bancos a juros de 7% a.m (repito: SETE POR CENTO AO MÊS!!).

    Tais artimanhas desses bancos são fruto de irresponsabilidade absoluta das leis do país, e das instituições que deveriam controlar essas instituições malfeitoras.

    Nem me refiro ao fato de já estar comprovado que há considerável número de pessoas fragilizadas, doentes, idosos, e com perturbações mentais, que dispõem de conta bancária e não conseguem dizer não a situações como esta, de ofertas estapafúrdias e sem penalização  alguma para os bancos ofertantes.  

    O pior de tudo: bancos públicos, como o banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal também fazem desse tipo de ofertas.

    É óbvio que tais oferendas sacanas vão influir nos índices de inadimplência, mas quem mede tais índices? Um desses medidores é a Experian Serasa, uma multinacional que ganha montanhas de grana em países como o Brasil, com dados da gente.

    Dados da gente?

    Sim, teu nome, teu CPF, tua situação no Banco ou no comércio, e por aí vai. Esse avanço chegou até aos dados que você tem no cadastro eleitoral, você se lembra? A ponto de causar muita celeuma, mas apenas celeuma, como a que praticamente obrigou o STF a dizer alguma coisa a respeito: 

    http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/08/1322888-carmen-lucia-quer-a-suspensao-de-acordo-entre-tse-e-serasa.shtml

    Há  quem fale em violação de direito à privacidade quando ocorrem tais vendas de dados, mas Brasil é Brasil e as coisas continuam como dantes, não é mesmo?

    http://gizmodo.uol.com.br/acordo-tse-serasa/

    E o que dizem os economistas da Serasa? O desemprego é o culpado maior desses aumentos de inadimplência…

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