Produção industrial argentina tem queda de 12,4% em janeiro ante 2023

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Indicador sazonalmente ajustado aponta retração de 1,3% em janeiro ante o mês anterior; 14 de 16 segmentos reduziram ritmo no mês

Foto de Ant Rozetsky na Unsplash

O setor de manufatura da Argentina começou o ano de 2024 com queda expressiva em sua produção no comparativo com 2023, em um sinal de que a política adotada pelo governo Javier Milei não tem mostrado os resultados esperados.

O IPI da Indústria de Transformação (Índice de Produção Industrial da Indústria de Transformação) da Argentina encerrou o mês de janeiro com queda de 1,3% ante o mês anterior, enquanto o índice da série de ciclo-tendência caiu 1,7% ante dezembro de 2023.

Quando a base de comparação é anual, a queda é ainda mais expressiva: 12,4% ante o registrado em janeiro de 2023, segundo dados do Indec (Instituto Nacional de Estadística y Censos).

Queda generalizada

Catorze das 16 divisões da indústria de transformação argentina perderam força durante o mês de janeiro. Quando classificadas de acordo com sua incidência no índice geral, as quedas foram apuradas pelos seguintes setores:

  • Alimentação e bebidas, 6,4%;
  • Substâncias e produtos químicos, 12,1%;
  • Máquinas e equipamentos, 33,5%;
  • Indústrias metalúrgicas de base, 19,3%;
  • Outros equipamentos, aparelhos e instrumentos, 32,5%;
  • Produtos minerais não metálicos, 15,6%;
  • Móveis e colchões e outras indústrias de transformação, 24,6%;
  • Produtos de metal, 15,2%;
  • Madeira, papel, edição e impressão, 7,9%;
  • Produtos de borracha e plástico, 12,1%;
  • Vestuário, couro e calçados, 13,9%;
  • Veículos automotores, carrocerias, reboques e autopeças, 12,4%;
  • Produtos têxteis, 9,5%; e
  • Refinação de petróleo, coque e combustíveis nucleares, 1,3%.

Por sua vez, as divisões ligadas a produtos de tabaco subiram 14,1%, enquanto o segmento Outros equipamentos de transporte avançou 7,8%.

Ao mesmo tempo em que a indústria argentina perde força, levantamento do Observatório da Dívida Social Argentina divulgado em fevereiro apontou um aumento de quase oito percentuais no nível de pobreza da população, passando de 49,5% em dezembro de 2023 para 57,4% em janeiro de 2024, atingindo 27 milhões de argentinos – o maior patamar já registrado em duas décadas.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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