Andre Motta Araujo
Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo
[email protected]

O rebaixamento do rating da Petrobras, por Motta Araújo

O REBAIXAMENTO DO RATING DA PETROBRAS – O rebaixamento da nota da Petrobras pela agência Moody´s é o corolário natural da situação criada pelo circo sobre a corrupção na empresa. Não foi a corrupção em si, que já existia há muito tempo, foi a revelação dela de forma viciosa e extremamente negativa, não como um acidente e sim como um pecado estrutural, uma espécie de câncer incurável. A revelação chocou o mundo, saiu em toda a imprensa econômica mundial repetidas vezes e continua saindo.

Em meu artigo – O quadro falso na parede e a desvalorização da Petrobras – expliquei como os grandes museus do mundo quando descobrem que têm quadros falsos ficam de bico calado porque a revelação de que foram enganados desvalorizaria toda a coleção. A revelação e, pior do que isso, a ESCANDALIZAÇÃO de que a Petrobras foi vítima de corrupção por empreiteiras, feita a partir de vazamentos do processo criminal,  foi a causa da queima da imagem da Petrobras. As revelações desencadearam uma série de desdobramentos negativos, desde a recusa dos auditores em assinar o balanço até uma série de grande quantidade de reportagens na imprensa internacional que puseram abaixo a imagem da empresa.

O ambiente de prisões sem fim e sem prazo criaram um clima de terror na empresa, pelo qual ninguém mais assina contratos e menos ainda autoriza pagamentos, o que está levando fornecedores à quebra, cancelamento de encomendas, suspensão de projetos e encomendas, o que se deve ao remédio, a operação Lava Jato e não à doença da corrupção que só se extinguirá pela mudança das regras de governança da Petrobras, o que ninguém pediu.

Qualquer empresa mesmo sólida, que coloque na janela uma serie infindavel de malfeitorias, incapacidade gerncial, corrupção vai à lona e pode desaparecer. Sendo uma empresa estatal trata-se algo inédito, grandes empresas estatais sofreram crises até maiores mas não foi oferecido ao mundo tal espetaculo de autodestruição.

Parece que os juízes e promotores se comprazem desse show de horrores, o que mostra competência deles.

Só que o resultado subsidiário é a destruição da empresa que eles pretendem salvar.

Ao que tudo indica tal resultado não os incomoda minimamente, vão ter um processo vitorioso, o restão não é problema deles.

A questão do rating é uma mistura de avaliação objetiva por índices e análises de numeros e de uma percepção subjetiva. A propaganda negativa feita pelo MP e Judiciário contra a PETROBRAS não poderia ser pior. É um programa para destruir uma empresa, não sobra nada. Foram suspensas ou canceladas as encomendas de sondas e navios, o Estaleiro Atlântico SUl, o maior do País, praticamente fechou, o do Rio Grande, com grande encomenda de sondas, já dispensou grande parte dos operários, foram cancelados projetos no valor de R$11 bilhões em todas as áreas, a Sete Brasil, empresa que iria operar a compra e leasing de sondas do pré-sal, não recebe nada e não paga os estaleiros, só está faltando a Lava Jato lacrar a sede da Petrobras para salvá-la do mal, embaixo de sete palmos de terra.

Andre Motta Araujo

Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo

24 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Não adianta repetir a mesma

    Não adianta repetir a mesma tecla.

    Para o Governo parece que não haver problema algum porque ele não age mesmo.

    Para muitos daqui não há obra nenhuma paralizada, nenhuma quebra de fornecedores ou falta de pagamento por parte da Petrobras. Sem falar que as agencias não tem credibilidade por causa da crise de 2008.

     

    Se o Governo tivesse dado aumento nos derivados para a Petrobrás ao invés de dar nos impostos, provavelmente a nota não teria sido rebaixada, pois os efeitos no caixa seriam imediatos, bem como no aumento do valor das ações. Claro que haveria chiadeira, mas era só justificar que durante 3 anos houve muito prejuizo, da ordem de 60 bi e agora tem que haver a reparação, que é justa e perfeitamente justificável.

    Mas o Governo parece lavar as mãos, não quer ter protagonismo na questão.

    Duas medidas urgentes seriam debelar essa lava jato através de atuação firme contra a republica do paraná e, por outro lado preservar a Petrobrás e sua cadeia produtiva por todos os meios possíveis e ai inclui atuação de bancos públicos, administração de preços, etc….

    Nâo adianta o pessoal aqui se iludir, se o Govenro não agir com firmeza e clareza, cada vez mais aparecerão outros soluções como a mudança no sistema de Petroleio e ainda propostas como essa que o Serra andou esboçando. E, se nada for feito, algumas dessas soluções podem acabar se impondo pela realidade.

  2. Ter a nota rebaixada pelo

    Ter a nota rebaixada pelo Moodys, é um orgulho. Isso quer dizer que a petrobrás está bombando(e sabemos disso). Esse Moodys só tem dado rateada. Vejam a história recente desse “modess” e saberão que não passa disso.

  3. A CREDIBILIDADE DO JORNAL ULTRADIREITISTA “THE ECONOMIST”

    A CREDIBILIDADE DO JORNAL ULTRADIREITISTA “THE ECONOMIST” (dados extraídos da Wikipédia)

    O Jornal The Economist publicou em edição recente reportagem atacando o governo da presidente Dilma eventando esgar o país em um atoleiro econômico.

    Passo a expor o carater ultraconservador da revista para se refletir sobre as verdadeiras intenções do tabloide sensacionlista britânico (envolvido em acusações de espionagens, com ações concretas em derrubadas de autoridades internacionais no mundo). Seguem as informações retiradas diretamente da Wikipédia.  

    “The Economist é uma publicação inglesa de notícias de propriedade da The Economist Newspaper Ltd.

    Pertence a um grupo de acionistas independentes, incluindo muitos (75) membros da equipe da própria editora e da família Rothschild de “banqueiros ingleses”.

    A postura editorial da publicação apoia o liberalismo clássico e econômico, que é favorável ao livre-comércio, globalização, privatizações.

    Em 1999, Andrew Sullivan (premiado jornalista americano) reclamou na revista “The New Repulic” que a revista (The Economist) usa o “gênio do marketing” para compensar as deficiências de suas análises e reportagens originais, o que torna a revista “uma espécie de Reader’s Digest” (Revista Seleções) da elite corporativa, ultra conservadora, dos Estados Unidos.

    O “The Gardian” afirmou que “seus redatores raramente veem um problema político ou econômico que não pode ser resolvido pela confiança no truque de três cartas de privatização, desregulamentação e liberalização.

    “É conhecida como braço midiático dos sistemas de espionagem internacionais estando envolvida em várias ações encobertas de derrubadas de 
    autoridades internacionais de países em desenvolvimento em todo o mundo” (grifos nossos).

    Em 2012, a The Economist foi acusada de ter invadido o computador do juiz do Supremo Tribunal de Justiça de Banglladesh, Mohammed Nizamul Huq, levando à sua renúncia ao cargo de presidente do Tribunal Internacional de Crimes do país asiático”.

    Fonte: Dados da Wikipédia. A observação entre parenteses foi retirada de outras fontes e expressa a opinião do autor do presente texto de esclarecimento sobre o carater ultradireitista e conservador da revista.

     

  4. Para o povo

    quer dizer que a Petrobras vai mal; Tudo que sair da TV Globo é porque é verdade, mesmo que depois digam que não é bem assim, mas ainda sim acreditam, é a liberdade de falar o que bem entender. Depois é so colocar a culpa na Dilma, e no PT é claro. ” Não foi só a elite que vaiou a Dilma”. Entendeu!!! não? é que qualquer classe social, tem sempre um babaca, um bobão bundão.

  5. Crime de lesa-pátria

    Em outros paises seriam condenados por alta traição e levados ao paredão.

    Mas aqui são os paladinos da liberdade e da moralidade.

    Estão exterminando a Engenharia Brasileira e detonando a economia brasileira, os efeitos nefastos dessa chicana política sentir-se-á por anos.

  6. Tudo é consequência não intencional dos acontecimentos?

     

    Tenho que descordar do autor do testo, porque ele vai narrando os fatos e passa a impressão de que tudo que está acontecendo não faz parte de um plano para atingir a Petrobrás para que grupos privados e estrangeiros se apropriem do pré-sal, mas de um conjunto de fatos que, mal administrados pela Petrobrás, levou o mercado, agentes financeiros, funcionários da empresa e até promotores e juizes a não ter saída a não ser ir reverberando a crise que se instalou. Não existe um plano para que tudo isso esteja acontecendo, mas um conjunto de fatores aleatórios que não deixou outra saída para o conjunto de agentes, senão reverberar a crise, mas sem que ninguém realmente tenha desejado isso.,,   Difcílimo engolir essa tese.

    Vejamos uma conclusão que sintetiza bem o que autor tenta levar a crer, mesmo que não o diga diretamente:

     

    “Só que o resultado subsidiário é a destruição da empresa que eles pretendem salvar” (referindo a juízes e promotores).

     

    Bem, se o autor realmente acredita que os juízes e promotores do caso estão atuando como estão atuando como o desejo íntimo de SALVAR a Petrobrás, então acho que o autor está vivendo num universo paralelo, porque a maneira como as decisões, as inventigações, as delações premiadas conseguidas sob coação ou acordo seletivo bem como os também seletivos vazamentos, demonstra claramente que não existe nenhuma intenção de juiz e promotores e delegados de tentarem “salvar” a Petrobrás dos corruptos, mas a intenção clara de estabelecer uma crise na empresa a qualquer custo, travestida de combate a corrupção.

    Sinceramente, não vejo como alguém ainda pode acreditar que essas investigações e decisões tenham a intenção de “salvar” a Petrobrás e que os resultados negativos para empresa foram consequências indesejadas, que não existe uma intenção premeditada de atingir a credibilidade da empresa.

  7. Procuradores e juízes que recém deixaram de usar fraldas

    Que foram colonizados em universidades   dos  EUA estão se lixando para o Brasil e os brasileiros.

     

     

  8. É evidente que o governo está

    É evidente que o governo está acuado. Existe no país uma cultura de que tudo “é culpa do governo”. A obstinação pelo golpe por parte da imprensa e da oposição somados ao infantilismo demagógico dos operadores do Direito, que têm os primeiros como “aliados”, está seguindo à risca o plano. Imagina o que falariam se o governo “interviesse” nas investigações?

    Pra mim a debilidade do pessoal da comunicação do governo é a causa disso tudo. Desde lá de trás.

    Os mesmos que reclamavam quando a Petrobras estava amortecendo os preços enquanto barril estava pra lá de U$ 100 estão agora reclamando também que ela não baixa o preço enquanto o barril está pra baixo de U$ 50… Tudo pelo “bem” da empresa, do País, do cidadão e do consumidor….

    Ou seja: quem quer dar o golpe vai dar o golpe, não importa o que o governo faça ou deixe de fazer.

    Que venha, então…

    Só não sei porque tantos escrúpulos desse governo em chamar Rede Nacional. Seja na pessoa da Dilma ou desse Adams que está falando por ai… Não consigo entender o porquê de ficar conservando essa falsa calmaria enquanto a situação está se erodindo dia a dia; enquanto a oposição ganha a cada instante fôlego e autoconfiança… Não consigo entender. Querem se fazer de “vítimas” depois?

    A Presidente foi ontem a uma cerimônia de entrega de casas do progrma Minha casa minha vida. Depois de cumprimentar correligionário e autoridades cumprimentou os jornalistas… Será que ela ainda acredita que vão publicar o pronunciamento dela sem edição; sem “interpretação”?

    … É demais….

    1. Sobre a tal agência de

      Sobre a tal agência de risco:

      A “nota” da Petrobras e a “nota” da Moody’s

      Mauro Santayanna

      A agência de classificação de “risco” Moody´s acaba de rebaixar a nota de crédito da Petrobras de Baa2 para Ba2, fazendo com que ela passe de “grau de investimento” para “grau especulativo”.

      Com sede nos Estados Unidos, o país mais endividado do mundo, de quem o Brasil é, atualmente, o quarto maior credor individual externo, a Moody´s é daquelas estruturas criadas para vender ao público a ilusão de que a Europa e os EUA ainda são o centro do mundo, e o capitalismo um modelo perfeito para o desenvolvimento econômico e social da espécie, que distribui, do centro para a “periferia”, formada por estados ineptos e atrasados, recomendações e “notas” essenciais para a solução de seus problemas e a caminhada humana rumo ao futuro.

      O que faz a Petrobras ?

      Produz conhecimento, combustíveis, plásticos, produtos químicos, e, indiretamente, gigantescos navios de carga, plataformas de petróleo, robôs e equipamentos submarinos, gasodutos e refinarias.

      De que vive a Moody´s?

      Basicamente, de “trouxas” e de conversa fiada, assim como suas congêneres ocidentais, que produzem, a exemplo dela, monumentais burradas, quando seus “criteriosos” conselhos seriam mais necessários.

      Conversa fiada que primou pela ausência, por exemplo, quando, às vésperas da Crise do Subprime, que quase quebrou o mundo em 2008, devido à fragilidade, imprevisão e irresponsabilidade especulativa do mercado financeiro dos EUA, a Moody,s, e outras agências de classificação de “risco” ocidentais, longe de alertar para o que estava acontecendo, atribuíram “grau de investimento”, um dos mais altos que existem, ao Lehman Brothers, pouco antes que esse banco pedisse concordata.

      Conversa fiada que também primou pela incompetência e imprevisibilidade, quando, às vésperas da falência da Islândia – no bojo da profunda crise europeia, que, como se vê pela Grécia, parece não ter fim – alguns bancos islandeses chegaram a receber da Moody´s oTriple A, o mais alto patamar de  avaliação, também poucos dias antes de quebrar.

      Afinal, as agências de classificação europeias e norte-americanas,  agem, antes de tudo, com solidariedade de “classe”. Quando se trata de empresas e nações “ocidentais”, e teoricamente desenvolvidas – apesar de apresentarem indicadores macro-econômicos piores do que muitos países do antigo Terceiro Mundo – as agências “erram” em suas previsões e só vêem a catástrofe quando as circunstâncias, se impõem, inapelavelmente, seguindo depois o seu caminho na maior cara dura, como se nada tivesse acontecido.

      Quando se trata, no entanto, de países e empresas de nações emergentes, com indicadores econômicos como um crescimento de 400% do PIB, em dólares, em cerca de 12 anos, reservas monetárias de centenas de bilhões de dólares, e uma dívida pública líquida de menos de 35%, como o Brasil, o relho desce sem dó, principalmente quando se trata de um esforço coordenado, com outros tipos de abutres, como o Wall Street Journal, e o Financial Times, para desqualificar a nação que estiver ocupando o lugar da “bola da vez”.

      Não é por outra razão que vários países e instituições multilaterais, como o BRICS, já discutem a criação de suas próprias agências de classificação de risco.

      Não apenas porque estão cansados de ser constantemente caluniados, sabotados e chantageados por “analistas” de aluguel – como, aliás, também ocorre dentro de certos países, como o Brasil – mas também porque não se pode, absolutamente, confiar em suas informações.

      Se houvesse uma agência de classificação de risco para as agências de “classificação” de risco ocidentais, razoavelmente isenta – caso isso fosse possível no ambiente de podridão especulativa e manipuladora dos “mercados” – a nota da Moody´s, e de outras agências semelhantes deveria se situar, se isso fosse permitido pelas Leis da Termodinâmica, abaixo do zero absoluto.

      Em um mundo normal, nenhum investidor acreditaria mais na Moody´s, ou investiria um centem suas ações, para deixar de apostar e aplicar seu dinheiro em uma empresa da economia real, que, com quase três milhões de barris por dia, é a maior produtora de petróleo do mundo, entre as petrolíferas de capital aberto, produz bilhões de metros cúbicos de gás e de etanol por ano, é a mais premiada empresa do planeta – receberá no mês que vem mais um “oscar” do Petróleo da OTC – Offshore Technologies Conferences – em tecnologia de exploração em águas profundas, emprega quase 90.000 pessoas em 17 países, e lucrou mais de 10 bilhões de dólares em 2013, por causa da opinião de um bando de espertalhões influenciados e teleguiados por interesses que vão dos governos dos países em que estão sediados aos de “investidores” e especuladores que têm muito a ganhar sempre que a velha manada de analfabetos políticos acredita em suas “previsões”.

      Neste mundo absurdo que vivemos, que não é o da China, por exemplo, que – do alto da segunda economia do mundo e de mais de 4 trilhões de dólares em ouro e reservas monetárias – está se lixando olimpicamente para as agências de “classificação” ocidentais, o rebaixamento da “nota” da Petrobras pela Moody´s, absolutamente aleatória do ponto de vista das condições de produção e mercado da empresa, adquire, infelizmente, a dimensão de um oráculo, e ocupa as primeiras páginas dos jornais.

      E o pior é que, entre nós, de forma ridícula e patética, ainda tem gente que, por júbilo ou ignorância, festeja e comemora mais esse conto do vigário – destinado a enfraquecer a maior empresa do país – que não passa de um absurdo e premeditado esbulho.

      1. Desculpe Lucinei, mas esse

        Desculpe Lucinei, mas esse artigo não faz muito sentido e não foca no problema real, nem nas possíveis soluções.

        O rebaixamento da nota da Petro pode até ser questionado porque é algo sim, subjetivo, sujeito a diferentes avaliações e pontos de vista. Mas o rebaixamento, na prática, significa sim, no mínimo, um viés para uma maior dificuldade de crédito. É algo negativo, isso não se discute. E que encontra guarida quando se olha o cenário, os números financeiros da empresa, que vem piorando desde 2010, sem falar no estardalhaço da operação lava jato. Então o rebaixamento é subjetivo sim, mas não é algo absurdo se olharmos o cenário todo com isenção razoável.

        O Governo teria que agir em duas frentes: ajudando a empresa de alguma forma (ja que a prejudicou muito em anos recentes) e atuando para defender a empresa – e também toda a economia brasileira – frente á lava jato (republica do paraná). E não age. Então não adianta vir com essas críticas a empresas de avaliação de risco se não olharmos para os nossos problemas, da nossa empresa, e do nosso Governo.

        1. Sim, Daniel. Quero crer que

          Sim, Daniel. Quero crer que entendi suas poderações; e concordo om elas.

          Seus comentários – não só esse – são absoluamente pertinentes. Porém, o que este artigo do Mauro Santayana ajuda a refletir é que tem mais em jogo do que a “saúde financeira’ da Petrobras. Sei que você sabe disso, embora você enfatize a “higidez” contábil da empresa, o que, de modo nenhum é errado.

          Concordo com seu cometário – e com o do AA – que o governo deveria ter feito mais, muito mais em defesa da empresa, e não somente “deixar rolar pra ver no que vai dar”. Foi o sentido do meu comentário anterior ao adititado artigo do Santayana.

          Mas na minha opinião a repercussão da “nota” da agência de risco citada virou uma peça a mais de propaganda contra a Petrobras. Ainda que ela, de fato, oriente investidores mundo afora, mesmo que mal avisados, como lemra o articulista, a desdenhar de uma empresa que tem reservas e até outro dia batia recordes sucessivos de produção.

  9. Objetividade nem pro descartes.

    Inicialmente, gostaria de dizer que não estou torcendo CONTRA a Petrobrás. Muito menos CONTRA a qualquer um que emita um opinião defendendo uma tese contrário à minha.

    Não faz parte do meu arsenal de utilitários para o debate  a simples argumentação ad hominem, embora, em alguns momentos, até esse recurso precisa ser usado. Mas, não no presente caso.

    Dito tudo isso e, a partir daí, sentindo-me livre para emitir uma opinião razoavelmente imparcial, objetiva e necessariamente, subjetiva,  gostaria de dizer o seguinte:

    A petrobrás é a maior empresa brasileira, certo?

    O petróleo, como sabemos, é nosso ou deve ser nosso, desde os anos 1950,  correto?

    A república federativa do Brasil é um Estado soberano, mesmo diante da globalização, ops,  “flexibilização” de soberanias dos povos do sul.

    Etc.

    Por outro lado, juizes e promotores não são pagos – para usar um jargão mercadológico –  para realizarem show.  Ademais, um show que  não e televisionado ou não é  gravado,  só fica na memória dos que o assistiram. E não passam de uma “mostra”.

    Juizes e promotores não estão ai para salvar nem para destruir nada. Estão ai para fazer cumprir o PACTO soberano de relacionamento humano. No caso, nossa Cr/88 e seu ordenamento.

    Evidentemente, não eles são máquinas infalíveis. Erram.  Por isso mesmo, há caminhos “instrumentais” para corrigir eventuais  erros.

    Uma decisão do poder judiciário visa manter , em última instância, a paz social. Função precípua.

    Não há vencedores nem perdedores nessa seara.

    Avaliações objetivas são também subjetivas.  Zero é neutro. Mas pode ser zero à esquerda… xiii, pra variar é negativo.

    Zero à direita é positivo, certo?

    Você é destro ou canhoto?

    Tu és de direita ou de esquerda?

    A média aritmética é objetiva até o momento que queiramos que ela o seja.

    Aliás, pessoalmente, tenho horror à essa medida de tendência central.  Ela, não raro, é falsa e mentirosa, sobretudo, quando se envolve com a sua amiga “normal”, em conluio com o “desvio” padrão.

    In casu, curiosamente, o desvio parece ter sido padrão mesmo. Na média, é claro.

    Propagar o show fica a cargo de outros entes da república. Aliás, são entes que , em prol da liberdade para além da liberdade civil  Rousseauniana, matizam fatos e boatos longe dos autos.  Agarram-se a sim mesmos como donos da “liberdade de expressão”. Uma espécie de “minoria” que tem poder de “maioria”.

    Por fim um,  se um juiz vitalício, imparcial, inamovível, órgão de um poder soberano, só pode ser um ser subjetivo, uma agência internacional de risco – ou de falta de risco  – também o é. Aliás, ela nasce sujetivamente.

    E agora por fim dois, objetividade , nem mesmo no quarto escuro cartesiano.

    Saudações

     

     

     

  10. situação difícil

    é meio patético essas agências que foram um dos agentes da crise de 2008 continuarem a falar o que bem entendem e a serem ouvidas por investidores.

    no Brasil, que  é um país com elite política e cultural muita colonizado, a situação é ainda mais patética.

  11. O que choca o mundo é saber que as empresas deles corrompem

    Assim, fica claro que pimenta nos olhos dos outros é refresco.

    Como você e eu sabemos que a natureza humana quando encontra uma situação difícil para ela corromper, procura então meios mais sofisticados para praticar a corrupção, não fica difícil concluir que ela existe tanto lá como cá.

    Logo, os trouxas do mundo que juravam que suas empresas eram honestas e não corrrompiam, ficam estarrecidos quando descobrem que suas paladinas não só aprovam a corrupção como a praticam fora e dentro de casa.

    Ou alguem aqui no blog é inocente o suficiente para pensar que só se comentem os crimes contra os de fora, O Madoff taí para acordar o planeta.

  12. Roubo de 2.1 bi vs prejuizos de 1 tri…

    “De acordo com dados do Ministério Público Federal (MPF), os crimes já denunciados envolvem o desvio de cerca de 2,1 bilhões de reais. Já foram recuperados 500 milhões, e 200 milhões em bens de réus estão bloqueados.”

    Como querem recuperar a empresa impondo à Petrobrás e ao povo brasileiro prejuizos infinitamente maiores do que aqueles causados pelo cartel de empreteiras? O prejuizos causados pela Lava Jato não ficarão por menos de 1 trilhão de reais, mais de 500 mil desempregados, empresas de pontas virarão pó, a engenharia nacional já era, 13% do PIB se deve aos negócios diretos e indiretos gerados pela indústria do petróleo e gás, enfim, com a derrocada da economia todo serão punidos, familias intereiras com seus filhos que, desempregados podem virar moradores de rua, assim como também membros do Judiciário e MP, ou será que pensam que a grana que a União lhes repassa a título de salários vem de onde senão da movimentação da economia. A AGU está procurando negociar sem interferir nas punições mas o MPF já bateu o martelo: não, não e não. A lógica:  Vou te salvar lhe impondo um desfalque de 1 trilhão de reais por causa dos 2 bi que lhe roubaram….hum….

     

    1. É exatamente isso.
      A

      É exatamente isso.

      A presidencia tem que agir, vir a público dizer isso claramente à população e confrontar a republica do paraná, que age inclusive ilegalmente segundo a opinião de muitos juristas.

      Existem pelo menos duas frentes de atuação, a dos bastidores, com manobras juridicas e a do enfrentamento político e de comunicação.

      Pelo visto o Governo não atua em nenhuma delas.

  13. O nome da sucuri nunca é citado

    Leio milhões de palavras, são dezenas de blogues e centenas de artigos muito inteligentes sobre

    os ataques de que a Petrobras e o Brasil vem sendo alvo. Esse artigo é só mais um exemplo

    de uma profusão de detalhes descritivos que não passa do meio da montanha na sua análise.

    É que mais encima mora a sucuri que vai esmagando e engulindo pessoas, empresas paises

    e nações com seu apetite por petróleo. A maioria sequer  desconfia do que se trata e os poucos que

    sabem, morrem de medo da cobra ou estão a serviço dela. Por isso niguem fala o nome dela.

    O próprio  MA que  parece saber tanto, tem tantos livros e tanta vivência, se manca muito bem.

  14. Não se trata de luta contra a corrupção e sim disputa política

    PAC, aumento de gastos e o sorriso do Tio Sam. Como se sabe o PAC é mantido com a grana da Petrobrás: Aneis viários, pontes, ferroviais…A Petrobrás, que não é apenas uma empresa mas todo um sistema que alimenta a nossa economia, ou seja, a espinha dorsal deste pais, não foi levada em conta pelos engomadinhos do trio pig-judiciario-MP…O que a Petrobrás ganha com a demissão de no mínimo 500 mil trabalhadores que já ocorreram por causa do Lava Jato do Dr. Moro, aliás, bem apropriado o termo “Lava Jato”. É Brasil sendo varrido para bem longe do espectro dos paises desenvolvidos ou em desenvolvimento. O Tio Sam sorri de orelha a orelha, afinal de contas quanto mais quebrado o pais melhor para eles, que o diga a Líbia…

    Não se trata de luta contra a corrupção e sim disputa política por parte do conluio mdiático-penal. Tanto que não estão nem um pouco preocupados em combater a corrupção que sepultaram o caso suiçalão…o Eduardo Cunha que emplacar o financiamento privado de campanhas, sendo que acabou de embarcar os cônjuges dos parlamentares num trem da alegria…enfim, não querem mesmo alterar o sistema politico-juridico-administrativo que é a causa da corrupção, de forma que os governadores continuarão indicicandos quem os fiscalizará (os tais conselheiros dos tribunais de contas), e achamos tudo isso muito lindo…

  15. Pois é…

    EFEITO LAVA JATO

    Governo atrasa pagamentos em obras do PAC

     

     

     

    Nas bordas da Operação Lava Jato, investigação que levou à lona as gigantes da construção nacional, uma crise financeira se alastra entre empreiteiras de médio porte responsáveis pelas principais obras de infraestrutura do País. A grita é geral entre construtoras que, embora não sejam alvos diretos das investigações de corrupção na Petrobras, vivem um calvário financeiro causado pelo atraso de pagamentos de obras pelo governo federal.

    De dezembro para cá, a empreiteira SA Paulista cortou sua folha de pagamento em um terço. Dos 4 mil funcionários, 1 mil foram demitidos nos últimos 90 dias. Os cortes se concentraram no Cinturão das Águas, projeto de transposição em andamento no Ceará. ‘Não temos opção.

    Estamos sem receber desde outubro. São mais de R$ 20 milhões em atraso, porque o Ministério da Integração não fez o repasse que devia ao governo estadual‘, disse o diretor César Afrânio ao jornal O Estado de S.Paulo. ‘Só nessa obra tivemos que dispensar 800 pessoas. Está tudo parado.‘

    O drama financeiro também contamina a Ferrovia Norte-Sul, projeto bilionário da estatal Valec e uma das principais obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Há duas semanas, a Constran paralisou a produção de dormentes em sua fábrica, montada no lote da ferrovia entre Goiás e Minas Gerais. A empresa, que alega não receber da Valec desde novembro, cortou quase 2 mil trabalhadores no trecho. ‘Chegamos a ter 3 mil funcionários na Norte-Sul. Hoje estamos com 1.200‘, disse o presidente da Constran, João Santana.

    A Constran, que não tem contrato com a Petrobras, pertence à holding UTC, cujo sócio e ex-presidente da empresa Ricardo Pessoa cumpre prisão preventiva em Curitiba por causa da Lava Jato. ‘Não temos nenhuma relação com as investigações. Vivemos hoje esse pesadelo simplesmente porque o governo não paga pelo que contratou‘, diz Santana.

    Sem caixa, a Constran reduziu o quadro pela metade. Dos 12 mil funcionários que tinha até o fim de 2014, ficou com 6 mil. Nas contas da empresa, a Valec tem uma dívida R$ 30 milhões com a empresa.

    O calote federal envolve ainda o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), autarquia do Ministério dos Transportes que costuma ostentar a condição de ser dono do maior orçamento da União. A Constran atua em dois lotes de duplicação da BR-116, no Rio Grande do Sul. ‘Desde setembro do ano passado, o Dnit retarda as medições dos serviços. Temos R$ 29 milhões para receber. São serviços com fatura emitida e já vencida. Portanto, é pagamento atrasado.‘

    A Associação Paulista de Empresários de Obras Públicas (Apeop) calcula que, desde o fim de 2014, cerca de 40 mil operários da construção foram demitidos. A dívida do governo federal com as empreiteiras, segundo a associação, é estimada em R$ 5 bilhões. ‘Muitas empresas estão penduradas em contratos com o governo, sem receber desde o fim do ano passado. O governo gastou mais do que podia e segurou a situação até onde pôde para ganhar uma eleição. O resultado é esse que estamos vendo hoje‘, diz Luciano Amadio, presidente da Apeop.

    Questionado sobre atrasos nos pagamentos, o Ministério da Integração informou que ‘fez repasse de recursos para o Cinturão das Águas em janeiro e planeja manter o fluxo regular dos pagamentos, conforme o andamento das obras‘. A Valec declarou que tem um ‘pagamento pendente‘ de R$ 16,139 milhões com a Constran e a situação será regularizada.

    Em declaração conjunta, Dnit e Valec informaram que aguardam a publicação da Lei Orçamentária Anual de 2015, ‘onde serão definidos os limites para empenho e cronograma financeiro de desembolso‘. O Orçamento deve ser publicado na próxima semana. Segundo o Ministério dos Transportes, ‘não existe pendência de pagamentos‘ na Valec. Sobre o Dnit, ‘as medições efetuadas em dezembro serão praticamente pagas no fim de fevereiro‘, cerca de R$ 800 milhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

     

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador