Petrobras perde R$ 3,759 bilhões no terceiro trimestre

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A Petrobras teve um prejuízo de R$ 3,759 bilhões no terceiro trimestre de 2015. O resultado contabilizado é 29,6% menor do que o prejuízo de R$ 5,339 bilhões acumulado de julho a setembro de 2014. Entre janeiro e setembro o balanço ainda é positivo, com lucro de R$ 2,102 bilhões, o que representa queda de 58,1% sobre o mesmo período do ano passado.

De acordo com a empresa, o prejuízo foi decorrente dos efeitos da depreciação cambial, “que geraram maiores despesas financeiras líquidas”. O resultado operacional ficou em R$ 5,8 bilhões, com redução de 39% na comparação com o segundo trimestre de 2015. Os números decorrem do menor lucro bruto e maior despesa com contingências judiciais, especialmente com processos trabalhistas e tributários, que somaram R$ 2,3 bilhões.

Houve impacto ainda de maiores gastos com baixas de poços secos e/ou subcomerciais, da ordem de R$ 668 milhões, e maiores gastos com devolução de campos à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocomustíveis (ANP).

O lucro operacional da companhia, também nos nove meses de 2015, atingiu R$ 28,6 bilhões, o que significou aumento de 149% em relação a igual período do ano anterior. Já no fluxo de caixa livre, enquanto em 2014 ficou negativo em R$ 12,3 bilhões, de janeiro a setembro de 2015 foi positivo em R$ 8,3 bilhões.

“Fecha esse ano no positivo. É preciso lembrar que este ano fizemos um aumento de gasolina e diesel em 30 de setembro. Este impacto vai ser capturado no quarto trimestre. Então, a expectativa é que, na medida em que avança o pré-sal e as decisões de redução de custos, tudo vai ser capturado no resultado. Isso vai gerando um benefício que vai sendo capturado mês a mês no resultado da companhia”, analisou o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da companhia, Ivan de Souza Monteiro, segundo informações da Agência Brasil.

O diretor não revelou se ainda este ano haverá novo aumento de combustíveis. “Essa é uma análise que a gente faz permanentemente e quando a gente chega à conclusão, como foi no dia 30 de setembro, quando o câmbio chegou a US$ 4,20. Naquele dia foi tomada a decisão da diretoria de que deveríamos realizar um aumento”, disse.

Os investimentos no período caíram 11% na comparação com 2014 e somaram R$ 55,5 bilhões, sendo que o segmento de Exploração e Produção no Brasil ficou com 78% dos recursos. “Em dólares, os investimentos atingiram US$ 17,5 bilhões, 36% abaixo do mesmo período do ano passado [US$ 27,3 bilhões]”, informou a Petrobras.

Na produção de petróleo e gás natural no Brasil e no exterior houve elevação de 6%, o que significou a média de 2 milhões e 790 mil barris de óleo equivalente por dia (boed). Nas exportações de petróleo, o aumento ficou em 60%, passando de 219 mil barris/dia em 2014 para 351 mil barris/dia em 2015 entre os meses de janeiro e setembro.

Além disso, a estatal está contando com os resultados do Programa de Desinvestimento incluído no Plano de Negócios e Gestão (PNG) 2015-2019 para amenizar a necessidade de captação externa de recursos. A empresa voltou a ressaltar a importância do programa com as metas e os objetivos já foi largamente esclarecida para o mercado. “A gente tem procurado, com toda a transparência, prestar as informações necessárias, não só para os funcionários da companhia, para todo corpo funcional, como também para as entidades sindicais. Essa é uma decisão da companhia”, disse Monteiro.

O executivo informou que até maio deste ano a empresa captou todos os recursos necessários para 2015. “A nossa meta é até o final de 2015 captar todos os recursos necessários para o ano de 2016. A gente está perseguindo essa meta de maneira obstinada, mas de um modo geral houve uma grande diversificação nos US$ 11 bilhões que a gente captou”, afirmou. Segundo ele, a empresa trabalha com várias alternativas de captação procurando antecipar todos os vencimentos de 2016.

 

(Com Agência Brasil)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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  1. Nassif, soube que a Shell

    Nassif, soube que a Shell teve um preajuízo de 6 bihlões de dólares, peço que ponha o balanço das outrsas companhias estrangeiras estatais e privadas, por favor.

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