Presidente do Fed defende manutenção de estímulos à economia

Nassif,

O presidente do Fed acaba de dar nó em pingo de éter para justificar o injustificável.

Bastou Ben Bernanke sugerir o fim dos QE, em função dos resultados apresentados, para a tropa de choque $$$ entrar em ação, uma vez que não é possível abrir mão de U$85 bi mensais.

O fato é que, sem esta teta mensal, esta espiral de alta das bolsas americanas (justificada apenas pela substancial grana que cai do céu mensalmente) vai pro beleléu em dois tempos, um prejuízo generalizado com reflexos imediatos em todos os mercados do planeta.Sem QE, um tombo igual ou superior a 15% não será surpresa.

As explicações para justificar este jogo com cartas marcadas ainda sem data prá terminar não passam de um blablablá ridículo.

Do Valor

Bernanke sinaliza manutenção dos estímulos pelo Fed

 

Atualizado às 15h50 SÃO PAULO – Ao dirigir-se ao Congresso americano nesta quarta-feira, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Ben Bernanke, disse que a economia americana permanece em dificuldades e que ainda é muito cedo para a autoridade monetária encerrar seus programas de estímulo à economia, sob o risco de prejudicar a recuperação. Mais tarde, a ata da última reunião do comitê de política monetária do Fed mostrou que membros do colegiado estão abertos a pisar no freio se as condições econômicas permitirem.

“Um aperto prematuro da política monetária poderia induzir a alta das taxas de juros temporariamente, mas também iria trazer um risco substancial de enfraquecer ou parar a recuperação econômica”, declarou Bernanke em audiência na Comissão Econômica do Congresso, em Washington.

A política monetária está produzindo “benefícios significativos”, acrescentou.

O presidente do Fed está conduzindo o mais agressivo estímulo econômico da história do banco central dos Estados Unidos na tentativa de acelerar o crescimento e reduzir o desemprego.

Bernanke notou que a economia está crescendo moderadamente neste ano e a taxa de desemprego caiu para o menor nível em quatro anos (7,5%). Ainda assim, o desemprego continua bem acima dos níveis consistentes com economias saudáveis.

O titular do BC americano comentou ainda que os impostos maiores e os cortes profundos nos gastos federais devem desacelerar o crescimento econômico deste ano.

Próximos passos

Bernanke reforçou que uma eventual elevação da taxa básica de juros ou redução do programa de compra de títulos será feita gradualmente, quando apropriado, e não um processo automático.

Questionado sobre a possibilidade de mudança no ritmo de aquisições, ele voltou a afirmar que qualquer alteração dependerá da avaliação dos dados econômicos, embora não tenha descartado nenhuma mudança nas próximas reuniões.

Ata do Fed

Divulgada nesta tarde, a ata do último encontro de política monetária do Fed mostrou que alguns membros do colegiado estão dispostos a reduzir o ritmo dos programas de compra de bônus a partir da próxima reunião, programada para os dias 18 e 19 de junho, a depender do cenário. Porém não há consenso.

“Um número de participantes expressou disposição em ajustar o fluxo de compras para baixo a partir do encontro de junho se as informações econômicas recebidas até aquele momento mostrarem evidências de um crescimento suficientemente forte e sustentado”, diz a ata. “[Contudo], as visões diferem sobre que evidências serão necessárias e a probabilidade desse resultado”, diz o documento.

De uma forma geral, a ata mostra que o Fed está em discussão sobre quando vai começar a retirar o programa de compra de ativos, mas ainda não há consenso sobre o início do processo. Declarações recentes de membros do Fed já apontavam para a chance de ajustes na política monetária.

Luis Nassif

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