Risco de calote leva Moody’s a reduzir rating da OGX

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A agência de rating (classificação de risco) Moody’s rebaixou a nota de crédito da petrolífera OGX, do empresário Eike Batista, de B2 para CAA2, com perspectiva negativa – o que sinaliza um elevado risco de calote. Esta é a quarta pior nota da agência em uma listagem de 21 classificações.

A Moody’s acompanhou o anúncio realizado pela agência Standard & Poor’s (S&P), que cortou a nota de crédito da empresa de “B-” para “CCC”, num nível próximo ao de empresas em situação de calote. Segundo a S&P, o rebaixamento foi puxado principalmente pelo anúncio realizado na última segunda-feira (1), de redução nos planos de desenvolvimento da produção – segundo a OGX, os três poços (Tubarão Tigre, Tubarão Gato e Areia Tubarão) no campo de Tubarão Azul podem cessar a produção em 2014, devido à falta de tecnologia disponível.

Além disso, foram canceladas novas encomendas para novas plataformas de petróleo. “Esperamos que a OGX precise de financiamento externo adicional para amortecer a falta de caixa no fim de 2013 e começo de 2014”, revelou a agência de risco. Em meados de junho, a Fitch também havia rebaixado a nota da empresa, para CCC.

Em nota, a Moody’s afirmou que o rebaixamento da petrolífera de Eike foi impulsionado “pela fraca resposta de produção de petróleo e dos fluxos de caixa, comprometendo negativamente a cobertura de notas-sênior sem garantias da empresa”. Ao sustentar que a nova classificação reflete a alavancagem elevada em relação à produção da empresa e ao fluxo de caixa, a agência de rating ressaltou que a OGX poderá enfrentar um quadro de liquidez reduzida nos próximos 12 a 18 meses, “com a expectativa de busca de alternativas adicionais” para que possa atender suas obrigações operacionais e financeiras.

Enquanto isso, as ações da OGX seguem como principal vetor de queda da bolsa nesta quarta-feira (3). Às 11h59, a ação OGXP3 operava em queda de 13,33%, a R$ 0,39. Com isso, o papel já acumula uma perda de 50,63% no mês, e de 90,87% em 2013. O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) reverteu o ritmo de baixa visto no começo do dia – às 12h06, o índice subia 0,47%, aos 45,443 pontos.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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