Taxa de juros para pessoa física perde força em setembro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Jornal GGN – As taxas médias de juros para as pessoas físicas e jurídica foram reduzidas em setembro, interrompendo uma longa sequência de avanços – para pessoa física,  a última redução foi há 15 meses e, para empresas, há 12 meses, segundo dados divulgados pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

Quatro das seis linhas de créditos pesquisadas para pessoa física reduziram sua taxa de juros do mês (de 4,68% em agosto, a variação passou para 4,63% em setembro), no Crédito Direto ao Consumidor (CDC), de 1,81% para 1,79%, e nos empréstimos bancário, de 3,47% para 3,44%, e por financeira, de 7,32% para 7,26%. A linha cartão de crédito rotativo permaneceu estável, em 10,78%, e do cheque especial subiu de 8,44% para 8,48%.

A taxa de juros média geral para pessoa física reduziu 0,02 ponto percentual no mês (0,46 ponto percentual no ano), passando de 6,08% ao mês (103,05% ao ano), em agosto, para 6,06% ao mês (102,59% ao ano), em setembro, a menos desde julho.

No caso do crédito para pessoa jurídica, duas das três linhas de crédito que foram pesquisadas perderam força no período: desconto de duplicatas (de 2,55%, em agosto, para 2,54%, em setembro) e conta garantida (de 5,89% para 5,88%). A de capital de giro se manteve  em 1,88%.

Na média, a taxa de juros de pessoa jurídica apresentou redução de 0,01 ponto percentual no mês (0,17 ponto percentual em 12 meses), passando de 3,44% ao mês (50,06% ao ano), em agosto, para 3,43% ao mês (49,89% ao ano), em setembro, também a menos desde maio.

Para o coordenador da pesquisa e diretor executivo da Anefac, Miguel Ribeiro de Oliveira, as reduções podem ser atribuídas à interrupção do ciclo de ajustes da taxa básica de juros, bem como na sinalização do Banco Central de que a mesma vai permanecer inalterada nos próximos meses, além da estabilidade nos índices de inadimplência mesmo em ambiente de inflação mais alta e juros maiores, o que reduz a renda das famílias, o baixo crescimento econômico, maior seletividade das instituições financeiras no crédito (o que melhora a inadimplência futura), e as medidas recentes promovidas pelo Banco Central na redução dos depósitos compulsórios.

Por conta disso, é provável que as taxas de juros das operações de crédito se mantenham inalteradas neste período, a não ser que eventualmente, por conta da piora no cenário econômico, a inadimplência venha a ser elevada – o que levaria as instituições financeiras a subir suas taxas de juros mesmo em um ambiente de manutenção da taxa Selic. Outro fator a ser considerado, que eventualmente poderá provocar reduções nas taxas de juros, diz respeito ao fato de o Banco Central ter reduzido os compulsórios, o que poderá provocar alguma redução dos juros nas operações de crédito.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador