Total do IPCA-15 em 12 meses supera teto da meta

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15) encerrou o mês de junho em alta de 0,38%, abaixo dos 0,46% contabilizados no mesmo período de maio, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com isso, o total acumulado em 12 meses foi para 6,67%, situando-se acima dos 6,46% apurados nos 12 meses imediatamente anteriores – e superando inclusive o teto de 6,50% para a meta de inflação. A taxa em junho de 2012 havia ficado em 0,18%.

Já a variação do IPCA-E (acumulado no segundo trimestre do IPCA-15) ficou em 1,36%, acima do mesmo trimestre de 2012 (1,12%), e fechou o primeiro semestre de 2013 com 3,45%, bem acima da taxa de 2,58% relativa a igual período de 2012.

Remédios e alimentos acabaram por influenciar a desaceleração do índice apurado em junho. O grupo Saúde e Cuidados Pessoais saiu de 1,30% para 0,72%, influenciado pela queda dos preços dos remédios, que passaram de 2,94% para 0,65%, depois de refletirem o reajuste vigente desde 04 de abril – e acumularem no primeiro semestre um aumento de 4,85%. Mesmo em forte desaceleração, foi o grupo da Saúde que registrou o mais alto resultado do mês, junto com Vestuário, ambos com 0,72%. Nos alimentos o aumento nos preços em junho ficou em 0,27% ante 0,47% em maio, e o semestre fechou em 6,49%. Encontra-se, a seguir, tabela com os resultados dos grupos de produtos e serviços pesquisados.

No grupo Alimentação e Bebidas, grande parte dos itens passou a custar menos de maio para junho, com destaque para o açaí (-12,43%), cebola (-6,01%), tomate (-5,02%), óleo de soja (-3,69%), frango inteiro (-3,45%), farinha de mandioca (-3,41%), hortaliças (-3,35%) e pescados (-2,70%).

O mais expressivo impacto para baixo foi registrado pela gasolina (-0,93% em junho contra -0,36% em maio) e pelo etanol (-4,40% contra aumento de 0,38% em maio), com -0,04 ponto percentual cada. Mesmo assim, a variação do grupo dos Transportes subiu de -0,03% em maio para 0,10% em junho. De acordo com a pesquisa, isto se deve, principalmente, às tarifas dos ônibus urbanos, que tiveram aumento de 1,83%, ao passo que em maio haviam apresentado queda de -0,43%. Também houve pressão dos aumentos nas passagens aéreas (de -3,41% em maio para 6,68% em junho) e nas tarifas dos ônibus intermunicipais (de zero para 0,81%).

Outros itens importantes no orçamento das famílias subiram bem menos de um mês para o outro e contribuíram para a desaceleração do índice, como o item empregado doméstico (de 0,76% para 0,50%), mão-de-obra para pequenos reparos (de 1,93% para 0,36%) e artigos de limpeza (de 1,27% para 0,21%).

Por outro lado, outros itens que afetam os orçamentos ampliaram suas variações, com destaque para o mobiliário (de 0,27% em maio para 1,25% em junho), taxa de água e esgoto (de 0,90% para 1,21%), artigos de higiene pessoal (de 0,36% para 1,01%), tv, som e informática (de –0,92% para 0,71%) e consertos (de –0,45% para 0,75%).

Dentre os índices regionais, o maior foi o do Rio de Janeiro (0,72%), sob influência das tarifas dos ônibus urbanos, cuja variação apropriada foi de 3,27% em razão do reajuste de 7,20% em vigor a partir de 1º de junho. O menor índice foi o de Belém, que apresentou queda de 0,25% e onde os alimentos também registraram queda (-1,18%).

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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