Vendas no varejo avançam 1,4% em 2021, segundo IBGE

Retomada no segundo semestre ajudou a melhorar resultados depois de um começo de ano enfraquecido; variação em dezembro foi de -0,1%

Foto: Donald Giannatti on Unsplash

As vendas registradas pelo comércio varejista em 2021 subiram 1,4% ao final de 2021, apesar da queda de -0,1% vista em dezembro, segundo dados divulgados pela Pesquisa Mensal do Comércio divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com isso, 2021 foi o quinto ano consecutivo de resultados positivos para as vendas no varejo e o resultado ficou próximo do visto anteriormente – 1,2% (2020) e 1,8% (2019).

Na análise mensal, as vendas registraram variação de -0,1% em dezembro no comparativo com novembro.

Segundo o IBGE, o comércio vinha avançando na primeira parte de 2021 (6,7%), mas teve uma sequência de quedas no segundo semestre, que acabou sendo encerrado com recuo de 3%. O comportamento foi inverso ao ano de 2020, que teve queda no primeiro semestre (-3,2%) e alta no segundo (5,1%).

Na análise setorial, cinco áreas fecharam o segundo semestre em queda: Móveis e eletrodomésticos (-19,4%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-9,7%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-8,6%), Combustíveis e lubrificantes (-3,1%) e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,6%).

Desses, quatro fecharam o ano de 2021 com retração: Livros, jornais, revistas e papelaria (-16,9%), Móveis e eletrodomésticos (-7,0%), Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,6%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-2,0%).

Por outro lado, Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (4,3%), Tecidos, vestuário e calçados (3,8%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,7%) tiveram resultados positivos na comparação com o segundo semestre de 2020.

Tais atividades também encerraram o ano com resultados positivos (9,8%, 13,8% e 12,7%, respectivamente), assim como os Combustíveis e lubrificantes (0,3%)

“Como o primeiro semestre de 2020 foi marcado pelo início da pandemia de Covid-19 no Brasil, com o fechamento do comércio durante vários meses em boa parte do país, a base de comparação para o primeiro semestre de 2021 era baixa e, portanto, o crescimento nesse período era esperado”, disse o gerente da pesquisa, Cristiano Santos

“Já a segunda metade de 2020 foi marcada pela retomada das atividades, enquanto que o mesmo período de 2021 não teve tanta força para o volume de vendas no varejo”, ressaltou.

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