10 coisas que aprendi com Marx sobre o capitalismo #Marx200, por Pedro Rossi

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
[email protected]

Arte Pensar Contemporâneo
 
10 coisas que aprendi com Marx sobre o capitalismo #Marx200
 
por Pedro Rossi
 
1. O propósito do capitalismo não é atender às necessidades das pessoas mas à acumulação de riqueza.
 
2. No capitalismo, a distribuição da renda e da riqueza depende das relações de propriedade.
 
3. A meritocracia é impossível no capitalismo. (Mesmo supondo que a renda do trabalho seja distribuída de acordo com o mérito, quem tem capital – apartamento pra alugar, dinheiro em aplicação, ação de empresa, etc – recebe renda de quem não tem) 
 
4. O capitalismo superou formas diretas de dominação (escravidão, servidão, etc.), mas instituiu novas formas de dominação, indiretas e impessoais. 

 
5. O capitalismo é uma maquina de produzir inovações tecnológicas e desigualdades sociais
 
6. O capitalismo não é natural, nem é harmônico, mas historicamente determinado e inerentemente instável. 
 
7. O sistema financeiro negocia um monte de coisa que nem existe, como direitos sobre uma renda futura (capital fictício), e uma queda no preço dessas coisas pode gerar crise e desemprego.
 
8. A crise econômica é o momento que o capital tenta resolver os problemas que ele mesmo criou aumentando o desemprego, desvalorizando salários, expurgando capitais mais frágeis e promovendo oligopólios. 
 
9. Quanto mais desregulado, mais o capitalismo produz crises e desigualdades sociais
 
10. O capitalismo é o sistema mais “social” que existe e criou uma “comunidade global” unida pela troca de mercadorias. Mas essa “sociabilidade” é impessoal, mercantiliza as relações sociais, promove o individualismo e a concorrência entre as pessoas. 
 
Pedro Rossi
Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

13 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Dois velhos malditos barbudos
    Dois velhos malditos barbudos germânicos e pra piorar judeus (então mais malditos ainda), que com suas ideias revolucionárias inventaram o Homem contemporâneo como o conhecemos e somos: Marx, que nos deixou o vocabulário de conceitos e o roteiro de ideias para compreender o Homem na dinamica social e Freud, que avançou na compreensão dos recônditos mais escuros da mente do homem indivíduo.
    Desses dois ninguém escapa. Mesmo os seus mais radicais detratores são uma consequência do que esses dois pensaram lá no sec XIX.
    Vida longa aos dois, que vivos sempre estarão através de suas ideias.

    1. Apenas dois grandes Falsarios
      Apenas dois grandes Falsarios intelectuais, Marx e Freud, o ultimo não só desbancado por dezenas de estudiosos da farsa que é a psicanálise ( assim como o Marxismo, uma religião) como pela Neurociência. O primeiro já denunciado por outro socialista, Bakunin, que a Historia provou estar certo, como por Karl Popper, Ludwig von Mises, Carl Menger e etc.
      Só encantam jumentos adestrados.

  2. O texto inteiro-como não
    O texto inteiro-como não poderia deixar de ser- é pura fantasia digna de um zumbi de 14 anos doutrinado por um professor do MEC numa sucessão de falácias. Olha o desnivel intelectual desses jumentos.

  3. Já não é mais

    Foram outros tempos, onde a equação capital + trabalho gerava riqueza. O capital foi sublimado primeiro para sociedades anônimas, onde ninguém é o “patrão”, e logo para nuvens financeiras, ficando o tadinho do empresário e o operário no mesmo patamar de exploração. Hoje o capital não monta uma padaria, mas aluga o imóvel para outro idiota fazer. O capital não monta lanchonete, mas vende uma franshising para outro idiota fazer por ele. Hoje o capital não investe em transporte, mas cobra 25% de cada corrida de Uber. Hoje empresário e operário são apenas peças do tabuleiro da exploração financeira. Se Marx tivesse hoje que escrever chegaria a conclusões totalmente diferentes.

  4. Rebutando

    O real propósito do capitalismo é oferecer serviços por dinheiro, ou seja benefício por benefício, resultando no enrequecimento de todos envolvidos.

    O interlocutor propõe que o capitalismo acabou com formas de dominação como a escravidão, mas introduziu novas formas de dominação. Isso é verdade, portanto essas novas formas de dominação, com raras excessões, são muito mais humanitárias do que a escravidão…

    Desigualdade social não é algo necessariamente ruim. Comprovadamente você não precisa de riqueza para ser feliz e viver bem; somente não viver em pobreza extrema. Algo que o capitalismo faz com grande eficiência é tirar populações da pobreza extrema. Estamos vivendo na época em que a pobreza mundial em geral se encontra em seu menor, graças aos avanços e riquezas geradas pelo capitalismo.

    “O capitalismo não é natural, nem é harmônico, mas historicamente determinado e inerentemente instável. ” Não é claro o que o interlocutor quis dizer com “natural” aqui. O resto descreve reais problemas no capitalismo, mas é preciso entender que nenhum sistema é perfeito. Mesmo com seus defeitos, o capitalismo é a ideologia que mais proporcionou o avanço da humanidade, e imagino que ninguém são gostaria de arriscar mais um genocídio para tendar alcançar uma nova “utopia”…

    O “capital fictício” definitivamente existe, considerando o fato de que eu o uso para comprar bens necessários toda semana.

    Quando o capitalismo desregulado resulta em condições de vida terríveis para a parte pobre da população, chega a hora em que a voz da esquerda se torna útil. Afinal, somente casos extremos são o problema, e isso é verdade tanto quanto para a direita do que a esquerda. Defensores de Marx precisam acordar e deixar de propor ideologias extremas que resultam em mais dano do que benefício à humanidade.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador