Sergio Moro posa ao lado de Carlos Zucolotto durante ato de filiação ao Podemos

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Zucolotto é um esqueleto no armário de Moro. O advogado e empresário apareceu pela primeira vez na mídia em 2017, acusado de cobrar propina para facilitar delação

Carlos Zucolotto aparece ao lado de Sergio Moro em ato de filiação ao Podemos. Foto: Flickr/Podemos
Carlos Zucolotto aparece ao lado de Sergio Moro em ato de filiação ao Podemos. Foto: Flickr/Podemos
Por Cintia Alves

O amigo, padrinho de casamento e sócio da esposa de Sergio Moro, Carlos Zucolotto, esteve no ato de filiação do ex-juiz ao Podemos, em Brasília, na quarta-feira, 10 de novembro.

Zucolotto é um esqueleto no armário de Sergio Moro. O advogado e empresário apareceu pela primeira vez na mídia em 2017. Foi acusado, no auge da Lava Jato, de ter cobrado propina para facilitar o acordo de delação premiada de Rodrigo Tacla Duran, ex-advogado da Odebrecht.

À época do escândalo revelado pela jornalista Mônica Bergamo na Folha, Moro e Zucolotto rechaçaram as acusações. Desde então, o ex-juiz e a esposa, Rosangela Moro, adotaram uma postura mais “low profile” em relação a Zucolotto nas redes sociais, embora tenham mantido jantares e outros encontros na esfera pessoal.

Zucolotto, no entanto, fez questão de posar ao lado de Moro, sobretudo agora que o ex-juiz – afamado por condenar e inviabilizar a candidatura de Lula em 2018, para depois ser declarado “parcial” pela Suprema Corte – pode ser o candidato do Podemos à Presidência em 2022.

“Agora com o candidato filiado ao Podemos, Sergio Moro. Umas palavras aí para os amigos”, disse Zucolotto ao lado de Moro, gravando em um vídeo para as redes sociais.

Foto: Flickr/Podemos

“Estou aqui com o meu amigo Zucolotto e com o Felipe. Gente boa, os dois. Vieram aqui dar uma prestigiada. Hoje estamos começando uma nova jornada. Grande abraço para vocês, hein. ‘Tamo’ juntos aí”, respondeu Moro.

“Valeu, ‘tamo’ junto”, finalizou Zucolotto, que também tirou selfie com o general Santos Cruz, outro dissidente do governo de Jair Bolsonaro.

Nas redes sociais, Zucolotto também mostra que diversificou seus negócios. Antes focado em serviços de advocacia, ele agora apresenta-se como investidor anjo da Conectadoc, uma “plataforma de saúde integrada” que promete facilitar o encontro entre empresas, pacientes e profissionais de saúde.

Além disso, Zucolotto está aplicando dinheiro no setor de investimentos imobiliários, em uma pizzaria em Maringá, numa ótica e num aplicativo que recomenda e informa promoções em bares, restaurantes e outros estabelecimentos no Paraná.

Em 2018, Zucolotto e Rosangela, que já eram sócios em escritório de advocacia, abriram uma empresa de eventos para impulsionar a carreira de Moro como palestrantes.

A veia empreendedora de Zucolotto leva a outro amigo de Sergio Moro, o empresário Fábio Aguayo. Quando Moro ocupava o Ministério da Justiça, quase caiu no lobby de Aguayo pela indústria do cigarro. Foi barrado pelo Ministério da Saúde, então capitaneado por Luiz Henrique Mandetta – que também foi prestigiar Moro no ato do Podemos.

Carlos Zucolotto, o amigo de Sergio Moro, investe em pizzaria em Maringá (PR)

Aguayo ganhou holofotes na grande mídia por incentivar a candidatura de Moro à Presidência. Ele é dirigente da Associação de Bares e Restaurantes do Paraná (Abrapar) e ocupou a presidência da Confederação Nacional do Turismo em 2019. Zucolotto é do conselho jurídico da entidade desde então.

O GGN produziu um documentário sobre o passado de Sergio Moro.

Assista abaixo:

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

1 Comentário

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  1. Zucoloto pediu 5 milhoes de dolares pra “resolver” o processo do Tacla Duran .

    Matemática 1.0 – Duran tinha um problema de 15 milhoes acho que a partir da Odebrecht que a Lava Jato queria ir atras.

    Zucoloto procurou o Duran e propos: 5 milhoes pra ele, 5 de multa e o Duran sairia com os 5 restantes.

    Isso e que e amigo.Isso e a Lava Jato em estado puro.

    Para constar: o Duran esta solto

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