Governo Bolsonaro dissemina Fake News e põe vacina Covid para crianças sob crivo popular

Por pressão de Bolsonaro, Ministério da Saúde decidiu abrir consulta pública para a população decidir sobre a medida comprovada pela ciência

Foto: Isaac Nóbrega/PR

Jornal GGN – Os ataques e campanha negativa do governo de Jair Bolsonaro sobre a vacinação de crianças contra a Covid-19 chegou à tomada de poder. Isso porque dos ataques verbais e Fake News disseminados por integrantes do governo, o Ministério da Saúde passou a tomar providências para frear a imunização das crianças.

Ainda no último domingo (19), o presidente já havia criticado a vacinação de crianças contra a Covid-19, uma medida já comprovadamente eficaz e segura em estudos científicos.

Enquanto andava de moto aquática no Guarujá (SP), um apoiador questionou Bolsonaro sobre vacinar crianças e a resposta do presidente da República foi: “é inacreditável o que a Anvisa fez”.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou o uso do imunizante da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos. A medida sanitária já é consenso em diversos países da Europa e Estados Unidos.

Em seguida, na terça (21), foi a vez de membros do governo criticarem a aplicação do imunizante como “ativismo político”.

A fala veio da secretária de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde, Mayra Pinheiro, servidora do Ministério da Saúde e conhecida como “Capitã Cloroquina”, por ter defendido o uso do tratamento precoce ineficaz contra o vírus.

Ela divulgou nas redes informações falsas, ou seja, Fake News sobre a imunização de crianças e defendeu que “não se pode aceitar passivamente que crianças façam parte de um experimento científico motivado por ativismo político e interesse comercial”.

A publicação da “Capitã Cloroquina” foi compartilhada por deputados bolsonaristas e aliados do governo.

Todos esses movimentos culminaram na atuação mais incisiva do governo contra a vacinação de crianças. Por pressão de Bolsonaro, o Ministério da Saúde decidiu abrir uma consulta pública para colocar a decisão -comprovada pela ciência- sob o crivo popular.

Especialistas criticaram duramente a medida. Nesta quinta (23), o ministro Marcelo Queiroga perdeu a paciência ao ser perguntado sobre o tema e abandonou uma coletiva de imprensa, na saída do prédio do Ministério da Saúde, em Brasília.

Ele disse que a consulta pública para definir se as crianças serão ou não incluídas no Plano Nacional de Imunização (PNI) do governo “não é uma eleição, não é para opinião de ‘grupo de zap'”.

Ainda na contramão dos estudos e da ciência, sobre a realização de uma audiência pública disse que “grande parte dos leigos” que vão participar são “pais e mães que têm o direito de opinar”.

Redação

1 Comentário

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  1. Dentre muitos, o principal argumento FACTUAL (é só ver os gráficos) a ser colocado aos INFAMES anti-vacina é o salvamento mínimo e matemático de cerca de 1,5 milhão de vidas no mundo desde o inicio da vacinação ou mesmo de quase meio milhão sp no obscuro braZil de besteinaro e queirodes
    Nós precisamos para de discutir a agenda de imbecilidades desse bozismo “gentecida” e trazer à tona as questões relevantes daquilo que deveria ser uma gloriosa nação brasileira.

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