PM paulista é denunciada à Comissão Interamericana de Direitos Humanos

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Pais de alunos que protagonizaram a ocupação de escolas públicas paulistas que estão sob ameaça de fechamento por parte do governo do Estado decidiram não deixar passar em branco as inúmeras cenas agressivas registradas contra os manifestantes. Segundo reportagem do El País desta segunda (21), o Comitê de Mães e Pais em Luta denunciou a violência da Polícia Militar à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).

“A denúncia, dirigida à secretaria de Segurança Pública do Estado, foi acompanhada de um dossiê contendo dezenas de violações aos direitos humanos cometidas pela PM. Desde outubro, quando a reorganização escolar foi anunciada, e os secundaristas começaram a se manifestar, mais de 100 estudantes foram detidos em todo o Estado”, publicou o portal.

Na lista de denúncias contra a PM está o episódio de uma mãe de aluno agredida com cassetete em frente a uma escola na zona oeste da capital paulista, o uso de spray de pimenta, bombas de efeito moral, tortura psicológica, flagrantes de policiais em campo sem identificação, detenções de alunos e disparos de tiros em direção à escola Joaquim Adolfo, na zona sul.

Além disso, o Comitê pede uma audiência temática com a CIDH para que os estudantes possam expor a repressão da PM. Se o pedido for aceito, a audiência pode ocorrer em de abril do ano que vem, em Washington, nos Estados Unidos.

Segundo o El País, Luis Braga, um dos pais que fazem parte do Comitê, afirmou que a ideia surgiu porque “não têm sido tomada atitudes em âmbito nacional para coibir esses abusos da polícia”.

A representação também pede que as manifestações realizadas por crianças e adolescentes “sejam acompanhadas por órgãos específicos que garantam a proteção integral em conformidade com o previsto na Convenção Americana de Direitos Humanos e na Convenção Internacional sobre os Direitos das Crianças”, entre outros pontos.

Leia a reportagem completa do El País aqui.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

3 Comentários

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  1. A Polícia Militar não é

    A Polícia Militar não é autônoma e como qualquer outra instituição militar se sustenta em dois pilares básicos: a hierarquia e a disciplina. Seu comandante-em-chefe é o governador do estado de São Paulo Geraldo Alckmin. 

    Dadop isso, o pertinente seria denunciar o governador e a instituição, e não só esta. 

    1. Menos…..
      Se o governador mandar a tropa comer merda, duvido que alguém obedeça literalmente a ordem hierárquica superiora. ..
      Como sempre, desculpa de jegue é a cangalha….

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