Segunda etapa do Pronatec oferecerá 12 milhões de vagas em cursos técnicos

Enviado por Cyro

Da Agência Brasil

Pronatec 2.0 terá oferta de 12 milhões de vagas a partir de 2015

Yara Aquino

A presidenta Dilma Rousseff anunciou ontem (18) a segunda etapa do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que vai ofertar 12 milhões de vagas em 220 cursos técnicos de nível médio e em 646 cursos de qualificação, a partir de 2015. A meta da primeira etapa do programa, criado em 2011, é oferecer 8 milhões de matrículas até 2014.

 “Falamos em 12 milhões com a certeza de que esse número é viável porque ao longo deste período construímos nossa curva de aprendizado. Hoje sabemos como se faz e podemos melhorar muito o Pronatec”, disse a presidenta ao discursar na cerimônia de lançamento da segunda etapa do programa, chamada de Pronatec 2.0. Ela ainda destacou que a meta da primeira fase está próxima de ser alcançada, já que o Pronatec contabiliza atualmente 7,4 milhões de matrículas.

Dilma ressaltou a importância da educação para a redução da pobreza e para a economia brasileira. “Cada vez mais, a educação terá um duplo papel que é garantir a perenidade da redução da pobreza e desconcentração da renda que tivemos nos últimos 12 anos. O segundo papel é relativo à entrada do Brasil na sociedade do conhecimento. No curto prazo, isso passa pelo aumento da produtividade da nossa economia.”

Segundo o ministro da Educação, Henrique Paim, o Pronatec 2.0, irá ampliar a oferta de cursos voltados à formação empreendedora e à gestão para pequenos empresários. Paim disse ainda que a segunda etapa dará continuidade à expansão das matrículas e irá organizar nacionalmente a trajetória de formação profissional. “Sabemos que a educação profissional no Brasil sempre foi relegada a segundo plano, fizemos um esforço expressivo e avançamos muito”, acrescentou o ministro.

O Pronatec foi criado em 2011 pelo governo federal com o objetivo de ampliar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica. O governo federal investe na fase atual R$ 14 bilhões até o final de 2014.

Redação

11 Comentários

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  1. Eles não queriam

    Eles não queriam isso.

    Concorrência para os seus filhos.

    Eles não queriam cotas, mais concorrência.

    Os médicos não queriam os cubanos, mais concorrência.

    Sempre, no Brasil, os governos seguiram a “reserva de mercado” para apenas alguns.

    Eles odeiam a concorrência real.

    Eles odeiam o PT.

    1. Desde de  quando filho a

      Desde de  quando filho a elite branca faz curso técnico? O arranca rabo seria se isso fosse em engenharia, o que precisaria da  Dilma enfrentar os tranqueiras de pública e bastava uma só medida para tanto: aumentar em 20% o salário e  proibir todo de assumir cargo administrativo; teria aumento se fosse para se dedicar só sala e aula e pesquisa. De fato, o grande sonho de todo do andar de cima é encontrar mesmo um bom técnico. Pois, esse faz tudo, engenhiero só assina e fica curtindo praia, passeio, etc etc.

    1. Adailton

      De fato.

      No Brasil informação é partidarismo político.

      O que vale por aqui,e é isento, é o jornalismo de opinião mesmo em matérias informativas.

      Esse é  a mudança que incomoda.

      Ainda mais no tema educação.

      1. Crédulos

        Comentário com forte sintoma dos inocentes úteis.Tais sintomas  são decorrentes das viroses adquiridas nas promessas astronômicas pré-eleições.De qualquer partido: tucanos, demos, petistas, udenistas, comunistas, anarquistas,golpistas. direitistas, esquerdistas,  etc., etc

  2. Muito bom!

    Fez-me lembrar o comentário de amigo que trabalhava numa empresa de aviação , e que afirmava que os comandantes sentiam mais segurança nas informações dos mecânicos da Manutenção, do que nos Engenheiros, seus chefes. O Brasil está carente de especializações técnicas em todos os setores. Sobram vagas para mão de obra qualificada.

  3. E os vira-latas teleguiados

    E os vira-latas teleguiados pela terrorrista mídia, não sabem disso(ou não admitem, como uns ai). Vocês, que são governados pela corrupta mídia, deveriam sentir-se envergonhados. Não a toa, fizeram o fiasco que espantou o mundo, que passou a  identificá-los como cidadãos de quinta na educação, que, ao invés de resolver seus próprios problemas, gritou para o extrangeiro, que não os quer, vir salvá-los do “comunismo”. Mais ridículo, impossível.

  4. Fico extremamente feliz em

    Fico extremamente feliz em ver um líder que se preocupa em construir uma “curva de aprendizado” sobre os assuntos que tem responsabilidade. Tem meu apoio o governo Dilma que trabalha para dar maior eficiência à gestão dos inúmeros fluxos e processos da administração federal. 

  5. Para contextualizar o oba-oba, transcrevo abaixo…

     CARTA DO SINASEFE: REPÚDIO AO PRONATEC

    Brasília, 27 de abril de 2014.

    Ao longo de toda a história brasileira, as políticas de educação profissional têm sido marcadas por ações e programas pulverizados, descontínuos e desarticulados, que se caracterizam por ofertar uma qualificação aligeirada e desintegrada da elevação da escolaridade. Apenas como exemplo, citamos o Programa Intensivo de Preparação da Mão-de-Obra (PIPMO), implementado na Ditadura militar, o Plano Nacional de Educação Profissional (Planfor) do governo Fernando Henrique Cardoso e o Plano Nacional de Qualificação (PNQ) do governo Lula. No governo Dilma, vemos essa história se repetir por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – PRONATEC.

    A categoria organizada de trabalhadoras e trabalhadores da educação básica federal, representada pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica – SINASEFE – vem a público esclarecer os motivos pelos quais repudia o PRONATEC:

    O Pronatec é um programa elaborado dentro dos gabinetes, sem diálogo com a comunidade acadêmica e os movimentos sociais da educação, e desconsidera suas demandas e bandeiras, entre elas, e uma das mais importantes: dinheiro público para a escola pública.

    O Pronatec fortalece a lógica de privatização do público quando, através do Bolsa-Formação, financia, com verbas públicas, cursos de qualificação oferecidos na rede privada e no Sistema Nacional de Aprendizagem do Comércio, da Indústria, entre outros, conhecido como Sistema S, repassando para tais instituições bilhões de reais, pois detêm a maioria esmagadora das matrículas.

    O Pronatec fortalece o ensino privado em detrimento do público quando expande o FIES (Financiamento Estudantil) aos estudantes de ensino técnico para estudarem em escolas particulares, à semelhança do que ocorre nos cursos superiores, e por meio do FIES Técnico Empresa faz empréstimos aos empresários para a capacitação de seu quadro de funcionários, focada nos processos produtivos específicos da empresa, ao invés de concentrar esforços na ampliação da oferta de vagas na rede pública de ensino.

    O Pronatec tem caráter eleitoreiro, pois promete atingir cerca de 8 milhões de jovens e adultos, mas desconsidera as reais necessidades de formação e de trabalho desse público. Embora as propagandas desse programa anunciem seu objetivo de fortalecer o ensino médio, na prática não é isso o que se vê. Majoritariamente, os cursos ofertados pelo Pronatec, tanto nas instituições públicas quanto privadas, são cursos aligeirados de qualificação, para atender a uma suposta demanda do mercado de trabalho local e/ou nacional. O programa está dissociado do sistema educacional e, portanto, nega a oferta de uma educação integral, que contribua para o atendimento de uma necessidade histórica das trabalhadoras e dos trabalhadores brasileiros, que é a elevação de sua escolaridade, através da garantia do direito à educação básica, incluindo o ensino médio.

    A rapidez e o tecnicismo que marcam a oferta dos cursos do Pronatec, vão na contra mão de um processo formativo que objetive a formação humana integral, em que o trabalho, e não o emprego, tenha centralidade e seja tomado como princípio educativo, integrado às dimensões da cultura, da ciência e da tecnologia.

    Somos contra o Pronatec, pois ele precariza as relações e as condições de trabalho de milhares de servidores públicos e servidoras públicas dos Institutos Federais, ao estimular jornadas extras de trabalho em troca de bolsas, que não se caracterizam como salário e nem configuram vínculo empregatício, flexibilizando e fragilizando direitos trabalhistas.

    A sobrecarga de trabalho dos servidores e das servidoras, provocada pela oferta do Pronatec, além de contribuir para o maior adoecimento dessa categoria, também precariza a qualidade do ensino e do atendimento aos estudantes, comprometendo o processo educativo.

    Rejeitamos o Pronatec, pois ele não é capaz de oferecer à população jovem e adulta brasileira uma formação correspondente aos seus direitos. Direitos de acesso à educação básica completa, de qualidade, não apenas gratuita, mas efetivamente pública.

    Por fim, repudiamos a postura do Governo Federal quando incentiva uma “oferta compulsória” do Pronatec aos Institutos Federais, atrelando os recursos destinados aos cursos regulares à oferta do Pronatec, conforme previsto no Ofício Circular nº 17/2013 de 18 de março de 2013 da SETEC/MEC.

    Defendemos uma política de educação profissional que utilize os recursos públicos para o fortalecimento das escolas públicas como centro da atuação do Estado no atendimento às demandas de formação profissional da população jovem e adulta. Uma política que promova processos formativos centrados no ser humano em sua integralidade, para além de uma capacitação pragmática e imediatista exigida pelos postos de trabalho do mercado capitalista.

    Lutamos pela melhoria nas condições de trabalho e de vida de todos os trabalhadores e trabalhadoras brasileiras e por isso não podemos coadunar com um programa que vai em direção contrária aos nossos princípios. O Sinasefe seguirá em luta por uma educação efetivamente pública, laica, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada!

    Carta aprovada na 121ª PLENA do SINASEFE

    26 e 27 de abril de 2014

    1. Perfeito.

      Pena que os petistas jamais são críticos, pois são meros militantes, menos que cidadãos preocupados com o real desenvolvimento do País.

      A Caros Amigos já vem dizendo há muito tempo.

  6. Os dados do PISA diz que

    Os dados do PISA diz que nesse país não docente em condições de ensinar do  B+A= BA, mas há de sobra para ensinar o cara mexer com eletricidade? Ou será que a maioria dos cursos é de manicure, corte de cabelo, ….?

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