A liderança de Marina em xeque

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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LN, 

sabemos que essa derrota da Marina Silva junto ao STF se desenhava há meses. Seu projeto 2014, em coma, teve o desligamento dos aparelhos ontem. Mas pode ressurgir para 2016 e 2018. Quem seria irresponsável para afirmar, hoje, o contrário? Mas pode também simplesmente perecer. A viabilidade de Marina silva como liderança nacional corre o risco de se trasnformar naqueles namoricos do litoral paulista, onde dizem que “paixão de verão não sobe a serra”. Teria a paixão por Marina Silva perdido o encanto? Ou o amor verdadeiro por sua história e originalidade resistirá a esse revés? 

Escrevi um palpite a esse respeito, tentanto construir o início, o meio e o desfecho dessa novela mexicana que o TSE tratou de findar ontem. 

 

Abraço. 

Do Blog O Palpiteiro

A liderança de Marina Silva em xeque

Por Sérgio de Moraes Paulo
 
Para quem não acompanha com alguma atenção o que se passa na política partidária nacional, causa espanto uma liderança como Marina Silva não ter conseguido legalizar seu partido, Rede Sustentabilidade, a tempo das eleições de 2014. O espanto adquire o peso da indignação quando sabemos que ao menos 3 partidos foram autorizados pelo Tribunal Superior Eleitoral, o TSE: PEN, Pros e Solidariedade. Aos adeptos de teorias conspiratórias e ou mal-perdedores, houve algum tipo de arranjo para que o tal Rede Sustentabilidade fosse aprovado até hoje. Será?
 
Marina Silva não é uma liderança política qualquer. Teve 20 milhões de votos na última eleição presidencial e possui simpatia e respeito nacional que fazem inveja a muita gente, de partidos grandes, médios ou pequenos. Mas, com tanto respeito, qual seriam as razões que poderiam justificar seu fracasso partidário de hoje se acreditarmos que não houve trapaças e ilegalidades no processo?
 
Em primeiro lugar, é preciso fazer uma pergunta mais simples. Por que Marina Silva não conseguiu tirar dos 20 milhões de votos recebidos em 2010, ao menos 500 mil assinaturas para o pedido de abertura de seu partido? O mais óbvio e simples é constatar que não dispôs de uma rede – trocadilho inevitável- de militantes que fossem capazes de colher com maiores cuidados as assinaturas de que tanto precisava. O menos óbvio é entender que Marina e seus apoiadores erraram na comunicação. Assinar o pedido de abertura de um novo partido não é o mesmo que pedir filiação ao mesmo. Qualquer um poderia ter assinado, mesmo que filiado a outro partido. Numa sociedade desconfiada até o último fio de cabelos dos partidos políticos, convencer as pessoas de que pedir um novo partido não significa compromisso legal com ele é muito importante. A rede de Marina não foi convincente com algo básico: comunicar-se com seus simpatizantes. 
 
Mas, admitindo-se que entre os apoiadores de Marina estivessem pessoas, mesmo que em pequeno número, que soubessem explicar a simplicidade que seria assinar o tal pedido, faltou trabalho ou faltaram apoiadores. O palpiteiro desconfia que muitos deles apostaram mais nas redes sociais do que nas redes reais de apoiadores. Sindicatos, igrejas, associações civis e tantos outras. O palpiteiro não viu, em São Paulo, um único e mísero caixote de frutas para apoiar uma prancheta com papeis para ajudar a Rede a nascer. Pense rápido: quantas assinaturas por dia teriam conseguido com um cartaz e uma pessoa a pedir assinaturas no Viaduto do Chá, na Avenida Paulista, em frente a centros culturais e outros lugares com gente que poderia ter ajudado? Como dito, ou não tiveram gente suficiente, ou não tiveram gente que trabalhasse para isso em número suficiente. 
 
Reconhecendo que que alguns fizeram o trabalho direito, outra questão se torna inevitável: por que uma liderança nacional, do tamanho da que Marina Silva possui, não conseguiu ter mais gente a seu lado para fazer um trabalho que demandaria tempo e muitos lugares? Como uma postulante à presidência do Brasil não foi capaz de arranjar 500 mil assinaturas a tempo?
 
Talvez Marina Silva e seus apoiadores tenham sido vítimas do veneno que disseminaram, mesmo que involuntariamente. O veneno da contradição tem gosto amargo neste caso. Propagar ideias de que TODOS os partidos são um problema e que se busca algo “novo”, “honesto” e “verdadeiro”, para não dizer “ético”, confunde muito quando o que você quer é justamente isso: montar um partido… O palpiteiro participou de 2 das manifestações de junho. Na do dia 13, viu organização, gente indignada e firme. No dia 17, na Faria Lima, deparou-se com pessoas perdidas, vomitando frases feitas, namorando com o fascismo e dispostas a agredir aquele que se atrevesse a erguer a bandeira de um partido, fosse qual fosse. “Sem partidos” foi a palavra de ordem de muitos daqueles que agora lamentam a negação do direito de mais um partido. Tem certos pedidos que são aceitos. “Cuidado com o que se pede”, ensina a sabedoria popular…
 
Marina Silva talvez tenha acreditado que pudesse se descolar do sentimento geral de repulsa a partidos políticos. Em 2010, demorou para declarar sua posição no segundo turno da eleição presidencial. Poderia ter apoiado Dilma. Poderia ter apoiado Serra. Poderia ter pregado o voto nulo, com determinação. Preferiu se fingir de pura, “liberando” seus simpatizantes a fazerem o que achassem melhor. O PV de Marina Silva em 2010 tinha um pé com o PSDB no Estado de SP, e outro com o PT,  em Brasília. Marina não quis se complicar e fugiu da incômoda decisão de tomar um lado num contexto de divisão forte entre os eleitores. Em palavras mais duras, Marina Silva “vacilou”. Ninguém confia numa liderança indecisa. Marina perdeu muito naquelas horas em que pensou demais, julgou demais, acautelou-se demais. E liderou de menos…
 
O Brasil tem perdido muito com um sistema que é pluripartidário no papel e tripartidário na prática. PT e PSDB representam dois grandes lados no país. E o PMDB um terceiro, apoiando um dos dois partidos de acordo com a conveniência do momento, do dia, da Lua e das vantagens oferecidas. Um novo partido autêntico, com militância, intelectuais, artistas, empresários, estudantes e gente de verdade faria bem ao Brasil, para uma alternativa legítima para aqueles que se cansaram do clima de final de campeonato estadual representado pelo PT e PSDB, partidos rivais, mas com cara de partidos. Marina poderia ter liderado a novidade, a alternativa…
 
Mas o que fez Marina não se mostrar como alternativa de confiança? Ruth Rocha já ensinou no seu clássico infantil que o “camaleão que a todos querem agradar acaba por não agradar a ninguém”. Marina quis se distanciar dos inconvenientes do PT sem negar sua história de fundadora do partido. Quis a glória de ter pertencido ao PT de Chico Mendes da década de 1980 sem o peso do PT de 2005, de Zé Dirceu. O tal mensalão estourou em 2005, quando Marina Silva era ministra do PT, do Meio Ambiente. Cá entre nós, quem é o ingênuo de acreditar que Marina Silva descobriu o mensalão pelas capas da veja ou manchetes da Folha?
 
Pelo lado “cheiroso”, Marina também quis costurar apoios à direita sem a inconveniência do lado pesado que esse setor representa. Adotou um discursinho anti-corrupção, aproximou-se de grandes empresários e grupos de mídia. Cercou-se de economistas neoliberais, liderados por Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central do governo tucano de FHC. Marina quis aparecer como alternativa de confiança para a direitona nacional. Mas não se comprometeu a ponto de se parecer com eles. Sabia que o preço é alto. Poderia ter mais espaço nas capas de revistas, no Jornal Nacional e no Fantástico. Mas teria que silenciar diante dos abusos cometidos pelo país, na Amazônia em especial, por parte de grupos que sustentam esse lado “cheiroso” da mídia brasileira. Marina quis o bônus do espaço sem o ônus do alinhamento ideológico. A direita brasileira pode ter muitos defeitos. O da burrice não está entre eles. Marina não empolgou leitores de veja. 
 
Como aquele rojão que se espera grande estrondo e falha, Marina não se sustentou em seu voo rumo à tentativa de apoio. Ironicamente, não teve nem rede de aliados competentes para convencer sobre sua proposta e nem de apoiadores que sustentassem seus projetos. Com um pouquinho de sarcasmo, faltaram à Marina justamente “rede” e “sustentabilidade”…
 
O Brasil perde com o naufrágio da caravela de Marina Silva. Nossas perspectivas de melhorias políticas poderiam ser melhores. A liderança de Marina poderia ter trazido alguma oxigenação ao debate nacional, mesmo entre aqueles que jamais votariam nela, caso de tantos palpiteiros por aí. Fica para outras vez. Não se cria uma liderança para projetos alternativos sem o essencial, que é justamente uma liderança. 
 
Mas o teste de fogo de Marina será agora. Se for uma farsa, desiste e sai atirando em todo o sistema político-partidário do país. Se tiver grandeza, reconhece os erros, junta os cacos e não desiste de seu projeto. Se for pequena, irá se filiar a um partido qualquer para conseguir, por meio de outros, o que não foi capaz de ter para si: uma legenda legalizada. Marinas Silva tem uma história pessoal bonita e de passagens políticas muito interessantes. Mas os fatos são indiscutíveis: politicamente foi menor do que Gilberto Kassab e Paulinho da Força, ou ainda dou que os rotulados “pequenos partidos de extrema esquerda”. Os insatisfeitos poderão vociferar à vontade contra os tais “baderneiros da USP”, mas a verdade é cristalina: PSOL, PSTU e PCO são partidos legalizados perante o TSE e aptos a disputarem as eleições que o projeto Rede não conseguiu. 
 
Enfim, o Facebook e o Twitter podem servir de válvula de escape e outras esquisitices. Mas política de verdade é outra coisa.        
 

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

12 Comentários

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  1. Eleição de bandeja

    O Dudu Campos ainda é traíra???

    Depois dessa de convencer Marina a ser sua vice (não entendo como ela aceitou) ele acaba de dar vitória a Dilma no 1º turno.

    O PT só perde para ele mesmo, se cometer as bobagens de 2010 (pragmatismo exagerado, ceder muitos espaços para viabilizar “aliados” conservadores).

    Campos desistir da presidência para Marina ser a candidata no lugar dele é perfeito para o PT, aí vai haver uma baita dissidência no PSB com a maioria apoiando Dilma.

    Aécio será trocado por Serra? Joaquim Barbosa entra na disputa?

  2. O desencanto esperado: pobre Marina
    Por que só agora falo de Marina? Ainda que em nenhum momento tivesse acreditado nela como projeto político consistente, pelo contrário, sempre a vi como política monotemática e inconsistente, respeitava a sua trajetória. A verdade é que você, que acompanha os meus textos ao longo desses últimos tempos, raras vezes me viu falando dela. Agora, não há mais como manter essa postura. O Brasil quase explode nas manifestações de junho/julho, irresponsável e criminosamente manipuladas e conduzidas pela mídia brasileira assim que ela imaginou que poderia tirar proveito.  Nas manifestações algumas coisas ficaram evidentes, entre elas o desencanto com os políticos e seus partidos, em suma, com a classe política. Onde estava Marina? Quem a viu? Quem ouviu ou viu qualquer declaração dela?  Não, Marina pairava acima do bem e do mal. Boa parte das manifestações foi direcionada aos políticos e Marina não é política. Portanto, ela nada tinha a ver com aquilo. Parecia dar resultados; a imprensa mostrava que ela era a única que subia nas pesquisas. Como é possível que o país, num momento como aquele, não ouça ou veja nenhuma palavra, gesto, atitude, nada, de uma ex-Ministra da República, ex-senadora dessa mesma república, candidata à presidência dessa mesma república em 2010 (quando teve cerca de 20 milhões de votos), atual candidata e segunda mais bem posicionada nas pesquisas para a presidência da mesma república, pode se permitir nada dizer, nada fazer? O que fez ela?  Marina, covardemente, tentou se esconder. Tentou se esconder numa rede que, cheia de furos, na verdade não a escondia. Imaginou-se protegida de manifestações que se voltavam para um mundo do qual, insiste em querer mostrar, não faz parte; o dos políticos. Rede Sustentabilidade. Não sei o que isso significa. Sei que esse é o mundo de Marina Silva. Um mundo à parte, um mundo puro, longe da política. A Rede que não é partido. Apesar de lá existirem (poderia ser diferente?) vereadores, prefeitos, deputados estaduais, deputados federais, senadores, governadores e uma candidata à presidência da república. Está certo que algumas estrelas globais apoiem e façam parte dessa coisa fantástica que é ter um partido que não é partido, é rede, e uma rede que não é rede, é partido (já me perdi). Mas, com algumas poucas exceções, diante do que vimos até hoje, o que podemos esperar dessas estrelas? O vice de Marina mora em Londres há mais de dez anos. É o milionário Guilherme Leal, dono da Natura, que foi autuada no início do ano pela sonegação de R$ 628 milhões. Maria Alice Setúbal, conhecida como Neca Setúbal, herdeira do Banco Itaú, é quem, desde 2010, está à frente da arrecadação de fundos para a campanha de Marina. O Banco Itaú, que foi autuado pela Receita Federal por sonegação de R$ 18,7 bilhões, disse na mídia que dará apoio financeiro para a campanha de Marina. Veja o que diz o jornalista e blogueiro Fernando Brito no Tijolaço: “Não é preciso mais para esclarecer o campo político em que Marina Silva vai, ou admite ir, para se abrigar. Mas, se fosse preciso, bastaria este parágrafo do Estadão: Marina foi pressionada por empresários que têm financiado seu projeto político de criar um partido a sair candidata. Foi dito a ela que não seria possível ela abandonar um projeto que contou com tantos apoios, inclusive financeiro na sua trajetória para criar a Rede. Marina não sai desta barafunda apenas bem menor que entrou. Sai mais desnuda politicamente”.  Todos sabem que Marina, por razões óbvias, tem grande apoio da Globo e dos seus colunistas. Porém, como tudo tem limite (só não há limites para ela, Globo), alguns deles às vezes chutam o pau da barraca. Dessa vez, parece ser o caso de Ricardo Noblat. Vale a pena ver o que ele diz em E Marina, hein? no seu blog: “A candidata disposta a se eleger presidente da República para mudar o país foi incapaz de montar um partido no prazo determinado pela lei. Dá para acreditar?Marina ainda é um segredo de Estado. Poucos conhecem algo além de sua imagem pública. Os que a conhecem bem não contam como Marina é – conservadora, preconceituosa, centralizadora”. Apesar das distorções bastante conhecidas do sistema político/eleitoral do Brasil, a criação de um partido político, ainda mais quando esse partido político se nega como tal e se anuncia como aquele que vem para combater os vícios dos partidos, como a corrupção e o uso de grandes volumes de dinheiro, só pode ser coisa séria. Diante da iminente negação do seu registro como partido político, ou o que quer que fosse, pelo Tribunal Superior Eleitoral, causada pela sua reconhecida e comprovada incompetência no cumprimento das normas eleitorais, recorrer a mecanismos ilícitos, como tentaram fazer, sem dúvida deixa uma mancha impossível de remover sobre a seriedade dessa instituição, como quer que queiram chama-la. Um partido que não é partido, é Rede, e que vem para combater os vícios dos partidos políticos existentes, como a corrupção, o uso de grandes volumes de dinheiro, os arranjos e composições com outros políticos sejam eles quem forem… Que outra forma poderia haver para recebe-lo que não fosse dar as boas-vindas? Estaríamos, finalmente, caminhando na direção de uma política exercida com mais dignidade. No julgamento em que o Tribunal Superior Eleitoral analisava o seu registro, essa foi a tônica; um partido político deveria ser criado visando justamente isso, o desenvolvimento do processo eleitoral do país e não para concorrer a uma eleição. Porém, pelo menos dois ministros registraram e deixaram bem claro que não foi isso que a Rede Sustentabilidade fez. Havia, na verdade, o objetivo de criar um partido político para disputar a eleição para a presidência da república em 2014. Haveria como provar esse objetivo, digamos, não tão nobre? Sim, mais cedo do que se poderia imaginar e justamente por causa do fator tempo. Hoje, dia 05 de outubro, encerra-se o prazo de filiação para os candidatos que desejam disputar as eleições de 2014.  E agora, neste momento em que escrevo, o nome mais importante da Rede Sustentabilidade, o partido que não é partido, aquele que vem para combater os vícios de todos os partidos políticos existentes, como a corrupção, o uso de grandes volumes de dinheiro, os arranjos e composições com outros políticos sejam eles quem forem, está em conversas com alguns… partidos políticos. Objetivo; disputar a presidência da república. Seja qual for o partido escolhido, fica bem claro que a Rede Sustentabilidade era uma farsa.  E ainda houve quem acreditasse.

    1. “Marina ainda é um segredo de

      “Marina ainda é um segredo de Estado. Poucos conhecem algo além de sua imagem pública”:

      Noblat so pode estar doente pra escrever uma coisa dessas!

      Opa, esta mesmo!  (BOA SORTE, NOBLAT!!!!)

      Ninguem esta se iludindo com Marina, todo mundo sabe exatamente que ela eh o voto ultraconservador de outra ala da ala ultraconservadora do Noblat.  A ala nao global.

      Aquela que eh maior que a ala da rede golpe. A dos evangelicos.

      So que todo mundo ja sabe que eles sao sabotadores, nasceram sabotadores, e vao morrer sabotadores.  Essa eh uma ilusao que ninguem jamais vai ter a respeito dela.

      So que contar com isso somente sem contar com Eduardo e sua influencia nao eh suficiente como analise jornalistica -a nao ser que todo mundo pense que Campos vai se anular e deixar Marina “comer o palco” (chew the scenery), como dizem os americanos.

      Nao vai acontecer.

  3. Não haveria “oxigenaçao’

    Não haveria “oxigenaçao’ nenhuma. Marina não acrescenta nada ao debate, nao se posiciona em relação a nada realmente importante para o país.

    Maior ou menor presença do estado na economia? Regime de partilha ou concessão? Marina acha o que? Juros? Se bem que talvez não precise falar nada, dado a companhia de Armínio e Itaú. E reforma política? É a favor do financiamento público?

    Mas agora o assunto é outro. O Dudu pegou ela. O Aécio é muito farrista, e Marina é evangélica. Ainda não está claro quem vai ser o vice. Se for ela, me parece que abriu mão de ser uma alternativa “diferente” para apenas derrotar a Dilma.

    De qualquer forma, forma-se um belo casal. Os dois “não são governo, nem oposição, muito pelo contrário”. Ou seja, já vejo todos meus amigos coxinhas aderindo a candidatura “do novo”.

    E a direita agradece

  4. Especulações dão conta que

    por trás da movimentação de Eduardo Campos encontra-se nada mais, nada menos que Lula… A especulação é tanto de setores do PT quanto  da ultra-direita eleitora do PSDB, por falta de opção.

    Faz sentido:

    – Ainda que fosse melhor que Marina se candidatasse por seu próprio partido, por dividir ainda mais o eleitorado anti-PT, na impossibilidade, melhor no PSB que no PPS para liquidar de vez com o PSDB.

    – Ambos, Eduardo e Marina, são “crias” de Lula, o que indispõe os mais radicais anti-PT. Sem contar que a palavra “socialista” de qualquer forma dá arrepios na ultra-direita.

    – De quebra, dá um forte golpe na retórica “sem partido” e da ética no vazio que Marina explorava  e que é perniciosa para a democracia. ( O efeito colateral pode ser um investimento maior desse pessoal em JB).

    Se é ou não, só eles, Eduardo e Lula, sabem… Marina, entre outros, como sempre, teriam entrado de gaiatos…

     

     

     

     

     

     

    1. “por trás da movimentação de

      “por trás da movimentação de Eduardo Campos encontra-se nada mais, nada menos que Lula…”:

      Malu, ate prova em contrario – e eu precisaria de documentos juramentados e testemunhados por umas 10 pessoas, no minimo, com assinaturas notarizadas…

      ,,,  foi ideia de Lula.

  5. Resumindo tudo: se não

    Resumindo tudo: se não consegue arrumar e organizar um partido, como pretende governar um país…

    Nossa democracia não perdeu nada com o naufrágio dela…pode ganhar se ela aprender a lição e se curvar as noções mais básicas de convivência política e, enfim, de exercício democrático, como: pensar antes de falar m..rda.

    E pelo que lemos e ouvimos depois da tentativa frustrada de “carteirada” no tse, a joana d’arc da floresta não aprendeu nada…

    Vai pr’o ralo da História…

  6. Comemorar o malogro da

    Comemorar o malogro da fundação do partido de Marina e tampouco se dedicar de modo sofrego à psicologização das atitudes da ex-petista colocarão para baixo do tapete o fato novo trazido à baila sexta passada, a ida dela para o partido de Eduardo Campos, o PSB.

    Gostem ou não, trata-se de fato consumado, com potencial de referendação pela grande mídia. Afinal de contas, essa Marina pessebista foi aquela que anunciou que sua aliança com Campos é programática: tem por escopo derrotar o chavismo à brasileira operacionalizado pelo partido de Lula.

    Qual discurso é mais digerível por um leitor da revista VEJA que esse? Em um país que já foi capaz de eleger Fernando Collor de Mello, a partir praticamente do nada, eu tomaria muito cuidado com Campos, em sendo da situação.

    Muitos soltam rojões agora pelo que seria o selamento do caixão do outro partido, o PSDB. Aécio Neves se mostra cada vez mais vacilante com relação à sua própria candidatura. Diante disso, resolvi dar uma de advogado do diabo: e se Aécio Neves e seu partido resolvem marinar, levando o PSDB para o colo de Campos? Marina, Aécio e Grande Mídia, com todo esse pessoal no bolso, a candidatura de Campos ainda é um traque?

    Marina certamente não será mais candidata a presidente, pelo menos na próxima eleição. Já Campos, está aí, lépido e fagueiro, pronto para cair nos braços do eleitorado. Muita gente enxerga a trajetória de Collor ao olhar para o pernambucano… Cautela com ele, portanto, seria uma boa. Não faria mal a quem apoia o governo, certamente. Parece ser uma candidatura plenamente viável. Sobretudo porque, ao que tudo indica, Campos conta com a reinstauração do ensaio de caos verificado em junho de 2013. Afinal de contas, a Copa do Mundo – a Copa de Verdade, não a das Confederações – ainda é ano que vem.

  7. Não houve falta

    O principal problema desse texto é que o autor aparentemente não foi informado ou se deu ao trabalho de pesquisar que a Rede conseguiu quase 900.000 assinaturas, o que invalida um bom punhado de argumentos desse texto.

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