LN,
sabemos que essa derrota da Marina Silva junto ao STF se desenhava há meses. Seu projeto 2014, em coma, teve o desligamento dos aparelhos ontem. Mas pode ressurgir para 2016 e 2018. Quem seria irresponsável para afirmar, hoje, o contrário? Mas pode também simplesmente perecer. A viabilidade de Marina silva como liderança nacional corre o risco de se trasnformar naqueles namoricos do litoral paulista, onde dizem que “paixão de verão não sobe a serra”. Teria a paixão por Marina Silva perdido o encanto? Ou o amor verdadeiro por sua história e originalidade resistirá a esse revés?
Escrevi um palpite a esse respeito, tentanto construir o início, o meio e o desfecho dessa novela mexicana que o TSE tratou de findar ontem.
Abraço.
Do Blog O Palpiteiro
A liderança de Marina Silva em xeque
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Eleição de bandeja
O Dudu Campos ainda é traíra???
Depois dessa de convencer Marina a ser sua vice (não entendo como ela aceitou) ele acaba de dar vitória a Dilma no 1º turno.
O PT só perde para ele mesmo, se cometer as bobagens de 2010 (pragmatismo exagerado, ceder muitos espaços para viabilizar “aliados” conservadores).
Campos desistir da presidência para Marina ser a candidata no lugar dele é perfeito para o PT, aí vai haver uma baita dissidência no PSB com a maioria apoiando Dilma.
Aécio será trocado por Serra? Joaquim Barbosa entra na disputa?
Ambos traíras. Macho e fêmea.
Ambos traíras. Macho e fêmea.
O desencanto esperado: pobre Marina
Por que só agora falo de Marina? Ainda que em nenhum momento tivesse acreditado nela como projeto político consistente, pelo contrário, sempre a vi como política monotemática e inconsistente, respeitava a sua trajetória. A verdade é que você, que acompanha os meus textos ao longo desses últimos tempos, raras vezes me viu falando dela. Agora, não há mais como manter essa postura. O Brasil quase explode nas manifestações de junho/julho, irresponsável e criminosamente manipuladas e conduzidas pela mídia brasileira assim que ela imaginou que poderia tirar proveito. Nas manifestações algumas coisas ficaram evidentes, entre elas o desencanto com os políticos e seus partidos, em suma, com a classe política. Onde estava Marina? Quem a viu? Quem ouviu ou viu qualquer declaração dela? Não, Marina pairava acima do bem e do mal. Boa parte das manifestações foi direcionada aos políticos e Marina não é política. Portanto, ela nada tinha a ver com aquilo. Parecia dar resultados; a imprensa mostrava que ela era a única que subia nas pesquisas. Como é possível que o país, num momento como aquele, não ouça ou veja nenhuma palavra, gesto, atitude, nada, de uma ex-Ministra da República, ex-senadora dessa mesma república, candidata à presidência dessa mesma república em 2010 (quando teve cerca de 20 milhões de votos), atual candidata e segunda mais bem posicionada nas pesquisas para a presidência da mesma república, pode se permitir nada dizer, nada fazer? O que fez ela? Marina, covardemente, tentou se esconder. Tentou se esconder numa rede que, cheia de furos, na verdade não a escondia. Imaginou-se protegida de manifestações que se voltavam para um mundo do qual, insiste em querer mostrar, não faz parte; o dos políticos. Rede Sustentabilidade. Não sei o que isso significa. Sei que esse é o mundo de Marina Silva. Um mundo à parte, um mundo puro, longe da política. A Rede que não é partido. Apesar de lá existirem (poderia ser diferente?) vereadores, prefeitos, deputados estaduais, deputados federais, senadores, governadores e uma candidata à presidência da república. Está certo que algumas estrelas globais apoiem e façam parte dessa coisa fantástica que é ter um partido que não é partido, é rede, e uma rede que não é rede, é partido (já me perdi). Mas, com algumas poucas exceções, diante do que vimos até hoje, o que podemos esperar dessas estrelas? O vice de Marina mora em Londres há mais de dez anos. É o milionário Guilherme Leal, dono da Natura, que foi autuada no início do ano pela sonegação de R$ 628 milhões. Maria Alice Setúbal, conhecida como Neca Setúbal, herdeira do Banco Itaú, é quem, desde 2010, está à frente da arrecadação de fundos para a campanha de Marina. O Banco Itaú, que foi autuado pela Receita Federal por sonegação de R$ 18,7 bilhões, disse na mídia que dará apoio financeiro para a campanha de Marina. Veja o que diz o jornalista e blogueiro Fernando Brito no Tijolaço: “Não é preciso mais para esclarecer o campo político em que Marina Silva vai, ou admite ir, para se abrigar. Mas, se fosse preciso, bastaria este parágrafo do Estadão: Marina foi pressionada por empresários que têm financiado seu projeto político de criar um partido a sair candidata. Foi dito a ela que não seria possível ela abandonar um projeto que contou com tantos apoios, inclusive financeiro na sua trajetória para criar a Rede. Marina não sai desta barafunda apenas bem menor que entrou. Sai mais desnuda politicamente”. Todos sabem que Marina, por razões óbvias, tem grande apoio da Globo e dos seus colunistas. Porém, como tudo tem limite (só não há limites para ela, Globo), alguns deles às vezes chutam o pau da barraca. Dessa vez, parece ser o caso de Ricardo Noblat. Vale a pena ver o que ele diz em E Marina, hein? no seu blog: “A candidata disposta a se eleger presidente da República para mudar o país foi incapaz de montar um partido no prazo determinado pela lei. Dá para acreditar?Marina ainda é um segredo de Estado. Poucos conhecem algo além de sua imagem pública. Os que a conhecem bem não contam como Marina é – conservadora, preconceituosa, centralizadora”. Apesar das distorções bastante conhecidas do sistema político/eleitoral do Brasil, a criação de um partido político, ainda mais quando esse partido político se nega como tal e se anuncia como aquele que vem para combater os vícios dos partidos, como a corrupção e o uso de grandes volumes de dinheiro, só pode ser coisa séria. Diante da iminente negação do seu registro como partido político, ou o que quer que fosse, pelo Tribunal Superior Eleitoral, causada pela sua reconhecida e comprovada incompetência no cumprimento das normas eleitorais, recorrer a mecanismos ilícitos, como tentaram fazer, sem dúvida deixa uma mancha impossível de remover sobre a seriedade dessa instituição, como quer que queiram chama-la. Um partido que não é partido, é Rede, e que vem para combater os vícios dos partidos políticos existentes, como a corrupção, o uso de grandes volumes de dinheiro, os arranjos e composições com outros políticos sejam eles quem forem… Que outra forma poderia haver para recebe-lo que não fosse dar as boas-vindas? Estaríamos, finalmente, caminhando na direção de uma política exercida com mais dignidade. No julgamento em que o Tribunal Superior Eleitoral analisava o seu registro, essa foi a tônica; um partido político deveria ser criado visando justamente isso, o desenvolvimento do processo eleitoral do país e não para concorrer a uma eleição. Porém, pelo menos dois ministros registraram e deixaram bem claro que não foi isso que a Rede Sustentabilidade fez. Havia, na verdade, o objetivo de criar um partido político para disputar a eleição para a presidência da república em 2014. Haveria como provar esse objetivo, digamos, não tão nobre? Sim, mais cedo do que se poderia imaginar e justamente por causa do fator tempo. Hoje, dia 05 de outubro, encerra-se o prazo de filiação para os candidatos que desejam disputar as eleições de 2014. E agora, neste momento em que escrevo, o nome mais importante da Rede Sustentabilidade, o partido que não é partido, aquele que vem para combater os vícios de todos os partidos políticos existentes, como a corrupção, o uso de grandes volumes de dinheiro, os arranjos e composições com outros políticos sejam eles quem forem, está em conversas com alguns… partidos políticos. Objetivo; disputar a presidência da república. Seja qual for o partido escolhido, fica bem claro que a Rede Sustentabilidade era uma farsa. E ainda houve quem acreditasse.
“Marina ainda é um segredo de
“Marina ainda é um segredo de Estado. Poucos conhecem algo além de sua imagem pública”:
Noblat so pode estar doente pra escrever uma coisa dessas!
Opa, esta mesmo! (BOA SORTE, NOBLAT!!!!)
Ninguem esta se iludindo com Marina, todo mundo sabe exatamente que ela eh o voto ultraconservador de outra ala da ala ultraconservadora do Noblat. A ala nao global.
Aquela que eh maior que a ala da rede golpe. A dos evangelicos.
So que todo mundo ja sabe que eles sao sabotadores, nasceram sabotadores, e vao morrer sabotadores. Essa eh uma ilusao que ninguem jamais vai ter a respeito dela.
So que contar com isso somente sem contar com Eduardo e sua influencia nao eh suficiente como analise jornalistica -a nao ser que todo mundo pense que Campos vai se anular e deixar Marina “comer o palco” (chew the scenery), como dizem os americanos.
Nao vai acontecer.
Não haveria “oxigenaçao’
Não haveria “oxigenaçao’ nenhuma. Marina não acrescenta nada ao debate, nao se posiciona em relação a nada realmente importante para o país.
Maior ou menor presença do estado na economia? Regime de partilha ou concessão? Marina acha o que? Juros? Se bem que talvez não precise falar nada, dado a companhia de Armínio e Itaú. E reforma política? É a favor do financiamento público?
Mas agora o assunto é outro. O Dudu pegou ela. O Aécio é muito farrista, e Marina é evangélica. Ainda não está claro quem vai ser o vice. Se for ela, me parece que abriu mão de ser uma alternativa “diferente” para apenas derrotar a Dilma.
De qualquer forma, forma-se um belo casal. Os dois “não são governo, nem oposição, muito pelo contrário”. Ou seja, já vejo todos meus amigos coxinhas aderindo a candidatura “do novo”.
E a direita agradece
Especulações dão conta que
por trás da movimentação de Eduardo Campos encontra-se nada mais, nada menos que Lula… A especulação é tanto de setores do PT quanto da ultra-direita eleitora do PSDB, por falta de opção.
Faz sentido:
– Ainda que fosse melhor que Marina se candidatasse por seu próprio partido, por dividir ainda mais o eleitorado anti-PT, na impossibilidade, melhor no PSB que no PPS para liquidar de vez com o PSDB.
– Ambos, Eduardo e Marina, são “crias” de Lula, o que indispõe os mais radicais anti-PT. Sem contar que a palavra “socialista” de qualquer forma dá arrepios na ultra-direita.
– De quebra, dá um forte golpe na retórica “sem partido” e da ética no vazio que Marina explorava e que é perniciosa para a democracia. ( O efeito colateral pode ser um investimento maior desse pessoal em JB).
Se é ou não, só eles, Eduardo e Lula, sabem… Marina, entre outros, como sempre, teriam entrado de gaiatos…
“por trás da movimentação de
“por trás da movimentação de Eduardo Campos encontra-se nada mais, nada menos que Lula…”:
Malu, ate prova em contrario – e eu precisaria de documentos juramentados e testemunhados por umas 10 pessoas, no minimo, com assinaturas notarizadas…
,,, foi ideia de Lula.
A liderança de Marina em cheque
Em xeque, né?
Ambos traíras. Macho e
Ambos traíras. Macho e fêmea.
Resumindo tudo: se não
Resumindo tudo: se não consegue arrumar e organizar um partido, como pretende governar um país…
Nossa democracia não perdeu nada com o naufrágio dela…pode ganhar se ela aprender a lição e se curvar as noções mais básicas de convivência política e, enfim, de exercício democrático, como: pensar antes de falar m..rda.
E pelo que lemos e ouvimos depois da tentativa frustrada de “carteirada” no tse, a joana d’arc da floresta não aprendeu nada…
Vai pr’o ralo da História…
Comemorar o malogro da
Comemorar o malogro da fundação do partido de Marina e tampouco se dedicar de modo sofrego à psicologização das atitudes da ex-petista colocarão para baixo do tapete o fato novo trazido à baila sexta passada, a ida dela para o partido de Eduardo Campos, o PSB.
Gostem ou não, trata-se de fato consumado, com potencial de referendação pela grande mídia. Afinal de contas, essa Marina pessebista foi aquela que anunciou que sua aliança com Campos é programática: tem por escopo derrotar o chavismo à brasileira operacionalizado pelo partido de Lula.
Qual discurso é mais digerível por um leitor da revista VEJA que esse? Em um país que já foi capaz de eleger Fernando Collor de Mello, a partir praticamente do nada, eu tomaria muito cuidado com Campos, em sendo da situação.
Muitos soltam rojões agora pelo que seria o selamento do caixão do outro partido, o PSDB. Aécio Neves se mostra cada vez mais vacilante com relação à sua própria candidatura. Diante disso, resolvi dar uma de advogado do diabo: e se Aécio Neves e seu partido resolvem marinar, levando o PSDB para o colo de Campos? Marina, Aécio e Grande Mídia, com todo esse pessoal no bolso, a candidatura de Campos ainda é um traque?
Marina certamente não será mais candidata a presidente, pelo menos na próxima eleição. Já Campos, está aí, lépido e fagueiro, pronto para cair nos braços do eleitorado. Muita gente enxerga a trajetória de Collor ao olhar para o pernambucano… Cautela com ele, portanto, seria uma boa. Não faria mal a quem apoia o governo, certamente. Parece ser uma candidatura plenamente viável. Sobretudo porque, ao que tudo indica, Campos conta com a reinstauração do ensaio de caos verificado em junho de 2013. Afinal de contas, a Copa do Mundo – a Copa de Verdade, não a das Confederações – ainda é ano que vem.
Não houve falta
O principal problema desse texto é que o autor aparentemente não foi informado ou se deu ao trabalho de pesquisar que a Rede conseguiu quase 900.000 assinaturas, o que invalida um bom punhado de argumentos desse texto.