Périplo eleitoral, por Bruno Alcebino da Silva

O ano de 2024 carrega eleições cruciais em diversas partes do mundo, como Taiwan, México, Rússia, Ucrânia, Venezuela e os Estados Unidos.

Périplo eleitoral

por Bruno Fabricio Alcebino da Silva

O ano de 2024 promete ser palco de eleições cruciais em diversas partes do mundo, abrangendo Taiwan, México, Rússia, Ucrânia, Venezuela e, centralizando as atenções globais, as eleições nos Estados Unidos. Em meio a esse contexto, destaca-se o centenário da morte do icônico líder da Revolução Russa, Vladimir Lênin (1870-1924), cuja impactante assertiva ressoa de maneira oportuna para o período atual: “Há décadas em que nada acontece e há semanas em que décadas acontecem”.

A eleição nos Estados Unidos, marcada para 5 de novembro, emerge como um evento central com potencial para influenciar questões globais de grande magnitude. Além de definir os destinos políticos internos, esse pleito pode exercer impacto significativo sobre os rumos de conflitos cruciais em regiões como a Ucrânia e o Oriente Médio. Em particular, as dinâmicas envolvendo Israel e Palestina têm o potencial de moldar as decisões e políticas adotadas nos EUA.

Assim, à medida que o mundo se prepara para testemunhar o desenrolar dessas eleições, a citação popularmente associada a Lênin ressalta a intensidade e a rapidez com que eventos significativos podem ocorrer, moldando o curso da história em semanas que, de fato, parecem conter décadas de acontecimentos.

Périplo pelo cenário global

Atualmente, diversas questões cruciais moldam o cenário global, abrangendo eventos significativos em diferentes regiões do mundo. No norte global, destacam-se a prolongada guerra na Ucrânia, que está prestes a completar dois anos neste mês, e o genocídio em curso perpetrado por Israel contra os palestinos. O episódio recente que exacerbou as tensões foi o ataque do Hamas a Israel, resultando na declaração de guerra por parte do Estado judeu, o que intensificou o conflito com o grupo político-militar. Em resposta aos eventos, a África do Sul apresentou uma denúncia ao Tribunal Penal Internacional em Haia, acusando Israel de genocídio contra os palestinos, com apoio de mais de 70 países. O conflito já se estende por mais de 100 dias. Embora uma decisão preliminar da Corte Internacional tenha recomendado o fim dos ataques contra os palestinos, a expectativa é que Israel mais uma vez desrespeite essa medida, dada sua tendência a ignorar tais recomendações.

Já no sul global, emergem questões prementes que exigem atenção. A insurreição dos narcotraficantes no Equador, em aliança com cartéis mexicanos e grupos colombianos, contra o governo liderado pelo direitista Daniel Noboa, representa um desafio significativo para a estabilidade da região. Os confrontos entre Venezuela e Guiana pela disputa territorial de Essequibo também adicionam uma camada de tensão na América do Sul. Além disso, a Argentina enfrenta uma recente onda de protestos contra as medidas neoliberais implementadas pelo presidente Javier Milei, refletindo as crescentes tensões sociais e políticas no país.

Estados Unidos

As eleições de 2024 nos Estados Unidos surgem como um ponto crucial em um momento de mudança e desafio para a superpotência mundial. O embate entre o atual presidente Joe Biden e o ex-presidente Donald Trump captura a atenção não apenas dos americanos, mas do mundo inteiro, em meio a um contexto de incertezas e transformações.

Historicamente, o período que antecede as nomeações dos candidatos presidenciais costumava ser de extrema importância para a saúde da democracia estadunidense. As prévias representavam uma etapa vital, proporcionando voz a uma variedade de candidatos e estimulando a participação direta dos cidadãos no processo político.

Entretanto, as eleições de 2024 apresentam uma dinâmica bastante diferente. Em janeiro, apenas dois estados realizaram votações (Iowa e New Hampshire), mas o cenário já parece estar definido: uma inevitável revanche entre Trump e Biden. No lado democrata, Biden é tratado como candidato óbvio, apesar de sua baixa aprovação e idade avançada. No campo republicano, Trump domina o cenário, deixando pouco espaço para desafiantes.

Essa falta de competição nas prévias reflete uma etapa “pro forma” do processo eleitoral, sem debates substantivos ou renovação de lideranças. A democracia norte-americana parece fragilizada, sequestrada pela polarização e pela crise de identidade dos partidos políticos. A dependência do personalismo e a falta de alternativas representam um desafio significativo para um país que se vê como um modelo de democracia representativa.

No entanto, por trás dessa disputa política, há um fenômeno mais amplo em jogo: o declínio inexorável dos Estados Unidos e do Ocidente como um todo. Como nas tragédias gregas, a resistência ao destino parece apenas acelerar sua concretização. O peso relativo dos EUA em termos demográficos e econômicos vem diminuindo ano após ano, enquanto a ascensão da China emerge como um desafio fundamental.

Conforme relatório recente do Fundo Monetário Internacional (FMI), a fatia dos Estados Unidos no PIB global, com base na Paridade do Poder de Compra (PPC), declinou de 21,3% em 1980 para uma projeção de 14,5% em 2028 (ver gráfico 1). Nesse ínterim, espera-se que a China supere os EUA como a maior economia do mundo até 2030. Esse declínio relativo dos EUA é impulsionado por fatores como o envelhecimento da população, baixas taxas de natalidade e desafios estruturais em setores-chave da economia, como a manufatura. Enquanto isso, a China continua a expandir sua influência econômica e geopolítica, investindo em infraestrutura global, aumentando sua participação no comércio internacional e promovendo sua moeda, o yuan, como uma alternativa ao dólar americano. Essa mudança no equilíbrio de poder tem repercussões significativas para a política mundial, colocando os Estados Unidos e o Ocidente diante de um desafio existencial em relação ao seu papel dominante no cenário global.

Gráfico 1 – PIB baseado em Paridade de Poder de Compra (PPC) da China e dos EUA entre 1980-2028

Fonte: FMI, World Economic Outlook, consulta em 28 de janeiro de 2024.

A China se apresenta como um rival formidável, combinando poder econômico e militar de maneira sem precedentes, podemos observar o crescimento ascendente do PIB chinês baseado no PPC entre 1980 e as previsões para 2028 (ver gráfico 1). Enquanto os americanos se esforçam para manter sua hegemonia, suas ações têm consequências contraproducentes, exacerbando o declínio e fortalecendo a posição de seus adversários. A confrontação com a Rússia em torno da Ucrânia, por exemplo, tem sido marcada por erros estratégicos e um custo político significativo.

Além disso, a política externa dos Estados Unidos, especialmente em relação a Israel, expõe as contradições e disfunções da plutocracia americana. O apoio inabalável aos excessos do governo israelense, ou seja, ao genocídio, mina a credibilidade do país e compromete seus valores democráticos e de direitos humanos.

No cenário interno, a baixa qualidade das lideranças políticas e a crescente desconfiança nas instituições democráticas refletem um sistema político disfuncional. A democracia se converte em plutocracia, onde o dinheiro governa e a mediocridade prevalece.

Diante desse quadro desafiador, é difícil prever se os Estados Unidos e seus aliados conseguirão reverter as tendências em curso. A história mostra que as superpotências em declínio podem ser particularmente perigosas, e os recursos dos EUA garantem uma despedida prolongada. No entanto, o destino parece estar traçado, e a era do domínio americano pode estar chegando ao fim.

Rússia

A eleição presidencial na Rússia, agendada para março, ocorrerá em meio a um cenário marcado pela continuidade do conflito com a Ucrânia e pela busca de Vladimir Putin por seu quinto mandato como presidente.  A vitória contra o Ocidente na chamada “Operação Militar Especial” é evidente, a estratégia de longo prazo num conflito de desgaste, teve o resultado esperado, só falta o reconhecimento oficial dos perdedores.

Em meio a tudo isso, o anúncio de Putin sobre sua candidatura foi feito em dezembro de 2023, de maneira inusitada, durante uma cerimônia no Kremlin, onde confirmou sua participação nas eleições após ser questionado por um comandante militar. Essa confirmação não surpreende, dado o histórico de apoio popular e a ausência de candidatos viáveis que ameacem a posição de Putin.

Neste contexto, é importante destacar a ausência de uma oposição efetiva na Rússia, com políticos críticos ao Kremlin, como Alexey Navalny, presos, e outros fora do país sem influência significativa sobre os processos políticos internos. A popularidade de Putin permanece alta, com pesquisas indicando uma aprovação de cerca de 80% da população, o que reforça sua autoridade incontestável.

As mudanças constitucionais realizadas nos últimos anos na Rússia permitem que Putin permaneça no poder até 2036, sinalizando uma continuidade política que não contempla uma sucessão iminente. O processo eleitoral, apesar de sua formalidade, é visto como uma garantia de legitimidade para a manutenção do poder, especialmente diante do cenário de guerra com a Ucrânia.

No entanto, a realização das eleições em meio ao conflito ucraniano apresenta um dilema para o Kremlin. A ausência de um candidato com uma visão crítica à campanha militar de Putin pode questionar a legitimidade do processo eleitoral. A possibilidade de permitir um candidato contrário à guerra, embora útil para fortalecer a legitimidade presidencial, é vista como arriscada pelo Kremlin, que busca minimizar qualquer ameaça ao seu controle sobre o sistema político e eleitoral.

Ucrânia

O cenário político na Ucrânia permanece turbulento e incerto, especialmente em relação às eleições presidenciais previstas para março deste ano. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reiterou sua posição de que este não é o momento adequado para realizar as eleições. Esse posicionamento reflete um debate em curso entre os líderes do país sobre a viabilidade de realizar o pleito em meio ao contexto de guerra que assola a nação.

De acordo com a Constituição ucraniana, todas as eleições, incluindo a presidencial, estão tecnicamente canceladas devido à lei marcial, que está em vigor desde o início do conflito no ano retrasado. Essa situação coloca em questão a legalidade e a realização prática das eleições em 2024. Há questionamentos sobre a viabilidade de conduzir um processo eleitoral justo e democrático enquanto o país está envolvido em conflito armado com a Rússia.

Tanto a população quanto o Parlamento expressaram o desejo de postergar as eleições até que a guerra chegue ao fim, refletindo as preocupações com a estabilidade e a segurança do país. O presidente Zelensky solicitou a extensão do período de lei marcial enquanto persistir o conflito com a Rússia, buscando garantir medidas adicionais de segurança e estabilidade durante esse período desafiador. Essa medida evidencia a gravidade da situação e a necessidade de medidas cautelares para proteger os interesses e a integridade da Ucrânia.

Taiwan

Taiwan, em 13 de janeiro, escolheu seu novo presidente em um contexto tenso com a China, que reivindica a ilha como parte de seu território. As eleições, foram marcadas por vitórias para o Partido Democrático Progressista (DPP) na Presidência, com Lai Cing-te assumindo o cargo, e para o partido nacionalista Kuomintang (KMT) no Legislativo. Esses resultados refletem a complexidade política e as divisões internas da ilha, que enfrenta desafios significativos em relação às suas relações com Pequim e às pressões externas, especialmente dos Estados Unidos.

O relacionamento entre Taiwan e China é uma questão central nas eleições taiwanesas, com as posturas dos candidatos em relação a Pequim definindo as relações bilaterais e até mesmo apresentando riscos de escalada militar. A China reivindica Taiwan como parte de seu território e busca sua reunificação, enquanto Taiwan defende sua autonomia política e identidade nacional.

Além disso, a possível vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em novembro pode agravar ainda mais a situação, dada a política agressiva adotada durante seu governo em relação à China. Isso poderia alimentar uma postura mais confrontadora por parte de Taiwan e diminuir os incentivos para o diálogo construtivo com Pequim.

É importante ressaltar que Taiwan mantém uma relação comercial significativa com a China, sendo seu maior parceiro comercial e destino de investimentos. Essa interdependência econômica traz desafios adicionais para a política externa taiwanesa, que precisa equilibrar interesses econômicos com preocupações de segurança e identidade nacional.

Em meio a essas complexidades, a liderança de Lai Cing-te expressou abertura para o diálogo com Pequim, em contraposição à confrontação. Essa postura pode representar uma oportunidade para reduzir as tensões e promover uma cooperação mais construtiva entre as duas partes. No entanto, o desafio reside em encontrar um equilíbrio entre as demandas internas e externas, garantindo a segurança e a estabilidade de Taiwan em um ambiente geopolítico cada vez mais volátil.

Venezuela

Na Venezuela, a incerteza paira sobre o cenário da eleição presidencial, com várias questões ainda sem resposta definitiva. A falta de uma data definida para a votação, a ausência de um candidato claro por parte da oposição e as preocupações sobre a integridade do processo eleitoral alimentam as dúvidas sobre a possibilidade de um pleito livre e justo. Além disso, há temores de que Nicolás Maduro, atual presidente, possa não aceitar uma eventual derrota nas urnas, levantando preocupações sobre a legitimidade do resultado.

O histórico recente de eleições na Venezuela adiciona um elemento de preocupação adicional. Em 2018, Maduro foi acusado pela oposição de ter fraudado os resultados das eleições, com o apoio da Suprema Corte venezuelana, que é controlada pelo regime. Essas alegações resultaram em uma crise política, com o líder da oposição, Juan Guaidó, declarando-se presidente interino. No entanto, o impulso dessa alternativa política enfraqueceu ao longo do tempo, com o gabinete paralelo perdendo influência em janeiro de 2023.

Maduro, que está no poder desde 2013, enfrenta desafios políticos e pressões internacionais para garantir a realização de eleições livres e transparentes. Em outubro de 2023, um acordo entre a Venezuela e os Estados Unidos foi firmado para promover tal processo, com a condição de que as eleições fossem monitoradas por organismos internacionais e que houvesse o fim das sanções sobre o petróleo venezuelano. No entanto, a suspensão do resultado das eleições primárias da oposição, que definiu María Corina Machado como candidata presidencial contra Maduro, indica que o acordo pode estar em risco. O governo dos Estados Unidos já planeja uma revisão das políticas de sanções após os recentes acontecimentos. Em uma declaração em 29 de janeiro, anunciou a retomada das sanções no setor de energia da Venezuela, afirmando que as empresas norte-americanas que negociam com a mineradora estatal venezuelana, Minerven, devem encerrar suas operações até 13 de fevereiro.

A decisão da Suprema Corte de invalidar as prévias da oposição, após alegações de um aliado de Maduro sobre impedimentos à sua participação, destaca os desafios enfrentados pelo processo eleitoral na Venezuela. Esses acontecimentos ressaltam a complexidade da situação política do país e levantam dúvidas sobre a possibilidade de uma transição pacífica e democrática do poder. Enquanto isso, a população venezuelana continua a sofrer os efeitos da crise econômica e política que assola a nação sul-americana.

México

No México, as eleições presidenciais previstas para junho de 2024 representam um momento histórico, pois marcam a primeira vez em que duas mulheres lideram as intenções de voto para o cargo mais alto do país. Claudia Sheinbaum, do partido MORENA, e Xóchitl Gálvez, do PAN, estão à frente nas pesquisas e representam uma quebra de paradigma em uma nação tradicionalmente dominada por líderes masculinos.

Esse avanço rumo à representatividade feminina na política mexicana é especialmente significativo após a histórica vitória do partido de António Manuel López Obrador, do MORENA, nas últimas eleições internas, que quebrou o domínio de 94 anos do PRI no Estado do México. Agora, a expectativa é que o país dê mais um passo em direção à inclusão e à diversidade, com a possibilidade real de uma mulher assumir a presidência.

No entanto, as candidatas enfrentam desafios significativos, especialmente em relação aos problemas persistentes do país, como a grave crise de segurança pública, as questões de gênero e o narcotráfico. O México continua a enfrentar altos índices de violência contra as mulheres, incluindo feminicídios, apesar de alguns avanços, como a descriminalização do aborto em 2023. Além disso, o maior desafio para os mexicanos segue sendo o narcotráfico, uma guerra que já causou a morte de dezenas de milhares de pessoas desde 2006. A última estratégia do governo foi empregar as Forças Armadas para combater os cartéis, mas os resultados têm sido mistos e a violência persiste em muitas regiões do país.

Claudia Sheinbaum e Xóchitl Gálvez têm perfis e propostas distintas. Sheinbaum, com sua formação em Engenharia de Energia e experiência como ex-prefeita da Cidade do México, destaca-se por suas políticas relacionadas à ecologia, desenvolvimento sustentável, transporte limpo e educação. Ela defende os direitos das mulheres e das comunidades LGBTQIAP+.

Por outro lado, Xóchitl Gálvez, de origem indígena e empresária bem-sucedida, representa uma abordagem mais liberal-progressista, focada na independência política e no apoio às causas indígenas. Ela busca manter uma imagem política independente de partidos estabelecidos e promove propostas que combinam avanços sociais com medidas de estímulo à economia.

A disputa entre Sheinbaum e Gálvez não apenas reflete a diversidade política do México, mas também destaca a importância da representatividade feminina na esfera política. Enquanto Sheinbaum é vista como favorita devido ao sucesso das políticas sociais do MORENA e à estabilidade econômica durante o governo de López Obrador, Gálvez enfrenta críticas por parte do atual presidente e seus apoiadores, que questionam sua independência política.

No entanto, independentemente do resultado eleitoral, o fato de duas mulheres estarem liderando a corrida presidencial no México representa um marco significativo na história do país e reflete uma transformação cultural e política em curso rumo à igualdade de gênero e à inclusão.

Enquanto o mundo gira

Em suma, o ano de 2024 se revela como um capítulo crucial na determinação dos destinos políticos e geopolíticos, onde os resultados dessas eleições moldarão o curso de eventos globais, influenciando a dinâmica das relações internacionais e o equilíbrio de poder no cenário mundial. Com potenciais mudanças no poder global em jogo, as eleições em países-chave como os Estados Unidos, Rússia e México assumem uma importância ainda maior. As decisões tomadas pelos novos líderes eleitos em 2024 terão repercussões significativas em questões como segurança, economia, meio ambiente e direitos humanos em todo o mundo. Além disso, esses resultados eleitorais também podem afetar alianças geopolíticas estabelecidas, impulsionar novas parcerias e até mesmo desencadear mudanças nas políticas internacionais de longa data.


Bruno Fabricio Alcebino da Silva – Bacharel em Ciências e Humanidades e graduando em Relações Internacionais e Ciências Econômicas pela Universidade Federal do ABC. Pesquisador do Observatório de Política Externa e Inserção Internacional do Brasil (OPEB).

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