Roberto Amaral acusa Noblat de manipular para comprovar sua tese

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Enviado por Pedro Penido dos Anjos

NOTA À SOCIEDADE

Roberto Amaral

Hoje (19/08), fui agredido pelo pasquim eletrônico assinado pelo ex-jornalista Ricardo Noblat. A direita alugada não compreende minha integridade. Irrita-lhe minha coerência política e meu papel como Presidente do Partido Socialista Brasileiro (PSB), de cuja refundação fui responsável em 1985.

Fui vítima de ataque, que me apontou como artífice de suposta conspiração contra Marina Silva. Noblat pretendeu, em sua manifestação tornar verídica sua infundada tese, valendo-se de frase que atribuiu a Eduardo Campos, hoje morto. Mortos não se defendem, tampouco atacam.

Logo que a tragédia da morte de Eduardo Campos se abateu sobre o meu País e meu partido, nessa ordem, começou o assédio para que o PSB anunciasse sua escolha óbvia para a recomposição da chapa presidencial. A primeira cobrança foi feita ainda no aeroporto de Congonhas quando me deslocava para saber do nosso líder. 

O mau jornalismo já estava açodado na noite daquela quarta-feira fatídica. E não mais parou. O partido, e eu pessoalmente, tomamos e mantivemos a decisão ética – incompreensível aos que carecem dessa matéria prima – de que só cuidaríamos de novos caminhos quando tivéssemos enterrado nosso amigo. Vivíamos um luto e pedíamos respeito.

Distribui nota com esses esclarecimentos, bem como dei fartas explicações aos que nos procuravam por definições. Além da política, existem a vida e a morte, além da fofoca, o respeito humano pelos que se foram e pelos que choravam.

Os idiotas de plantão desconheciam que eu havia conversado com Marina Silva sobre esse procedimento, com meus colegas de Executiva Nacional e com a família de Eduardo Campos.

Sepultado o líder, não cessam as dores. Mas os entendimentos foram abertos, começando por conversar com Renata Campos e, em seguida, com Marina. Amanhã será a vez dos partidos que integram nossa coligação. Nesse meio tempo, ouvi os companheiros dirigentes e nossos principais quadros.

Não cabe a um presidente socialista ter candidato, mas conduzir o partido ao encontro da melhor solução e esta é aquela que mais nos une e nos faz vencer o transe e a campanha. Cabe-me construir, ouvindo. Buscar a melhor alternativa partidária para a cabeça de chapa e seu vice. É o que estou fazendo.

Cabe-me levar o resultado aos partidos coligados e submeter nossa proposta. Tal decisão não é ato de exclusiva vontade do PSB. Muito menos pertence à imprensa, como alguns parecem acreditar. E o PSB decide e só decide através de suas instâncias partidárias e meu dever é preservar essas instâncias e suas autonomias e exigir que elas sejam respeitadas. 

Sempre procurei fazer a grande política, deixando a política miúda, da troca de favores, afagos e comissões para o baixo-clero. E não faço de adversários eventuais inimigos de carreira. Tanto eu quanto Eduardo sempre preservamos a amizade de Lula, de cujo governo fomos ministros dedicados. Isso jamais impediu um legítimo projeto político do PSB e inclusive disputar com ele as eleições de 2002.
 

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

23 Comentários

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  1. Necessitamos de muitos

    Necessitamos de muitos políticos como o Roberto Amaral. Governos, como o do PT precisam aprender com ele com urgência a responder à altura quando agredidos.

  2. Todo mundo no seu devido lugar…

    Quem foi vidraça, sempre será vidraça…

    Lembrei da foto de chacais, ienas e abutres disputando a carniça.

    A imprensa brasileira é mais mal educada que a própria população. Quem vai enquadra-lá???

    1. Pretensiosa

      Mal educada, pretensiosa, arrogante e, apesar de se pensar muito esperta, é estupida ! Pena que o PT ainda não aprendeu a lidar com esse jeito truculento com o qual a imprensa lida com o partido desde sua ‘pretensão’ de chegar à presidência. 

  3. Roberto Amaral é um “cabra marcado para morrer”

    http://tijolaco.com.br/blog/?p=20182

    Roberto Amaral, presidente do PSB, cabra marcado para morrer

    20 de agosto de 2014 | 01:48 Autor: Fernando Brito

    amaral

    Presidente do PSB, o cearense Roberto Amaral, é um “cabra marcado para morrer”.

    Sua atitude de tentar preservar o partido e não, simplesmente, entregá-lo a Marina Silva, lhe será fatal.

    Aliás, só será fatal porque ele teimará em não entregá-lo incondicionalmente, como deseja a mídia.

    Amaral publicou, no final da noite de ontem, texto no qual  reage à nota do colunista Ricardo Noblat, de O Globo, onde era apontado como “conspirador” contra Marina Silva. Nela, para sustentar a afirmação, Noblat “recordava”  supostas falas de Eduardo Campos de que Amaral seria um “traste” a ser suportado pelos socialistas, em homenagem aos “velhos tempos”.

    Amaral diz que Noblat tem “um pasquim eletrônico”, onde exerce a função de “direita alugada”.

    Embora aceite Marina como “opção natural” do partido, diz que o PSB, desde o instante da morte de Campos sofre “assédio” para entroniza-la na condição de candidata de um partido que, confessadamente, não é o dela.

    Amaral, porém, comete a suprema heresia de dizer – e repetir, em sua nota pública – que ele e Eduardo Campos , “sempre preservamos a amizade de Lula, de cujo governo fomos ministros dedicados”.

    O que é totalmente inconveniente para a candidatura que, gostando ao não o presidente do PSB, está fadada a ser ungida pela direita brasileira como sua expressão, no momento em que se torna claro que, embora montada na máquina partidária do PSDB, a candidatura Aécio padece de um vício incorrigível de mediocridade.

    A frase que Noblat atribui a Eduardo Campos – “-Esse Amaral, homem, só me cria problemas” –  foi adotada como lema pelo midio-marinismo que tomou conta da mídia brasileira.

    Os “velhos socialistas” do PSB podem, timidamente, resistir por algum tempo.

    Mas são, Amaral em primeiro lugar, cabras marcados para morrer.

    Marina só espera que lhe entreguem o bastão para virar a Rainha de Copas.

  4. Reação correta e legitima de

    Reação correta e legitima de Roberto Amaral, porém inutil. Em nada muda o fato de que o que era doce virou carniça e os abutres  da imprensa vão disputar cada naco, como porta vozes de interresses nada socialistas. A hostoria se repete como farsa, e como bem lembrou PHA, Marina  esta para o PSB, como Janio Quadros esteve para a UDN. Deu no que deu. Todo mundo sabe o desfecho dessa história.

  5. O serio
    O nuh e cru de um homem e do politico serio.
    Um homem serio nao acusa. Entendido.
    Como homem e politico esclareces seus pontos e debate dos contrario.
    Roberto Amaral nao acusou e defendeu suas ideias e posicao.
    Amaral e um serio. Merece respeito.

  6. Noblat e políticos dignos

    Noblat e políticos dignos como o Roberto Amaral não se misturam. O Noblablá, não pratica há muito tempo o jornalismo político, e sim o de fofoca. Na cabeça dele é assim. A Marina é garantia de segundo turno, e pode derrotar a Dilma, inclusive. Então o PT através do Lula aciona “seu homem” no PSB para sabotar a Marina.

    Nada de levar em conta o quão dificil estava sendo a aliança Marian/Rede e PSB. Avalizada basicamente pelo Eduardo. Nada de lembrar que a prórpria Marina dizia para quem queria ouvir que assim que acabasse a eleição, se dedicaria a criação de sua Rede. Nada de lembrar aos coitados de seus leitores, que a permanência dela no PSB é transitória, e o Roberto Amaral é fundador e membro orgânico do partido.

    Na cabeça do Noblat é ganhar ou perder eleição. Partidos, seus programas, e seus projetos, enfim sua coerência, isso não é nada para o fofoqueiro. Lamentável

  7. Liga não. O Niblat é o cara

    Liga não. O Niblat é o cara que deu a carta álibi para o Arruda. Eleé capaz de qualquer coisa.

  8. Noblat , Merval , Ancelmo e

    Noblat , Merval , Ancelmo e outros , abdicaram do jornalismo … o que fazem é expressar os desejos dos patrões e obedecer as ordens do editor …

  9. O jornalismo brasileiro de

    O jornalismo brasileiro de uns tempos para cá se autoconcedeu a prerrogativa de se elevar acima dos fatos e dos agentes concorrentes para estes. Se transformou numa espécie de demiurgo, um criador de realidades paralelas. 

    O galã Willam Bonner tascou hoje nas redes sociais algo como (só) estarem satisfeitos(com sua entrevista desastrosa e vergonhosa) “os robôs partidários de todos os matizes insatisfeitos(sic)! Corruptos insatisfeitos!Blogueiros sujos insatisfeitos!Muito bom!Muito obrigado!”(Lá vai: quem de fato estão insatisfeitos? Os robôs partidários ou os matizes? )

    Notaram a simplicidade do mentecapto, fora a dificuldade de elaborar frases com nexo? Além do mais é tão distraído que nem se dá conta que faz uso de expressão cujo matiz(rsrs) é a oposição política, a exemplo de “blogueiros sujos”. Se eu fosse um deles responderia: satisfeitos ficaram mesmo foram os sonegadores, a começar pela organização que te emprega e a quem tu entregaste a tua dignidade. 

    1. A  um Mentecapto servil desse

      A  um Mentecapto servil desse tipo, não se dá nem resposta, pois se isso acontecer, e é o que ele está esperando, tornaremo-nos tão mentecaptos quanto ele.

    2. William bobo

      JB não vale a pena levar a sério o fraquissimo William Bonner. Poder ser um excelente apresentador/leitor para o padrão Globo, mas como jornalista sempre foi muito fraco, sem conteudo, sem personalidade… Sem exagero, sempre o achei do mesmo nivel do Homer. Um Homer Simpson, como tão pretensamente designa o brasileiro, com verniz. 

       

  10. Inveja, pura inveja e desejo

    Inveja, pura inveja e desejo de manipulação.

    Tomou o bonde errado, Roberto Amaral é o maior pensador do PSB e não menino de recados que atende ao que é determinado pela grande mídia.

  11. Dar nome aos “bois”, é de

    Dar nome aos “bois”, é de suma importância para desmascarar esses urubus que se dizem jornalistas. Vendem a dignidade por um dinheiro a mais. Isso é a imprensa tupinica, ditadora e que não evolui. Essa geração protesteira de julho/2013, é a cara dessa midia: bonitinha por fora, mas horrorosa por dentro.

  12. Peões

    Noblat, ex-jornalista, hoje peão, segue a tradição da imprensa brasileira de inventar quando fatos não batem com seus desejos. Não à toa que em certas catarses, seus jornais e jornalistas foram atacados pela população. 

     

     

  13. Triste fim do psb

    mais prudente seria abrir mao da candidatura do psb, focar somente nos cargos dos governos estaduais, e no futuro se preparar melhor, com nova liderança, tentar a presidencia depois.

    ao arriscar demais na Marina, vai perder o controle e se brincar arrisca perder cargos nos estados.

    confiar na Marina?hahahahah   qual a ligação da marina com o psb? nenhuma!  vao perder o controle do partido e levar um pe na bunda depois.

     

     

  14. noblat é  essencia do pig,

    noblat é  essencia do pig, historicamente- liberdade total  pra ele e sua rurma e imobilidade total para os adversários.

  15. Noblat e os mortos

    Noblat não apenas faz parte do mais baixo clero do jornalismo brasileiro, como igualmente possui algumas outras qualidades deploráveis, vergonhosas, tal qual evocar os mortos, que já não podem confirmar ou desmentir, atribuindo a eles palavras que, independente de terem dito ou não, já provocam os estragos alvejados, objetivo final de seu comportamento.

    Não apenas isto, ele pode fazer coisas piores: Nos tempos de chumbo da ditadura,  ele publicou uma nota em sua coluna no Jornal do Brasil afirmando que Dom Hélder Câmara (um dos sacerdotes mais perseguidos pelos militares) daria uma palestra sugerindo um novo papel para as Forças Armadas. Alguém pode imaginar o que isto significa ou significou?

    Vejam bem, Dom Hélder nunca confirmou ter dito tal coisa, da mesma forma que jamais efetuou tal palestra. Mas a nota saiu no JB, publicada por Noblat, entregando na cara dura e ameaçando um perseguido da ira dos generais e do aparelho de repressão da ditadura, sem que se possa ao menos tentar entender em troca de quê.

    Acho que nenhuma pessoa de bom senso e na profissão de jornalista naqueles tempos, teria a idéia de fazer tal coisa. Os que fariam, contados nos dedos de uma mão, sabemos os motivos.

    Pois Noblat fez e conta a história (claro, com D. Hélder devidamente falecido), confirmando a ira dos generais e reafimando que o próprio Dom Hélder teria sido a fonte dele. Pior, condenando Dom Hélder pelo comportamento de supostamente negar e, inacreditável, insinuando que ele, Noblat, é quem esteve em perigo. 

    Nos dias de hoje, como nos de ontem, há pessoas que mudam o discurso, mudam o patrão, mudam o visual, mas não mudam as práticas.

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