WhatsApp não dá respostas nem soluções para fake news nas eleições brasileiras

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Convocado pelo Tribunal Superior Eleitoral para debater a disseminação em massa de fake news no decorrer das eleições brasileiras, o WhatsApp, de seu escritório na Califórnia, não respondeu às questões apresentadas por jornalistas de agências de checagem e tampouco projetou qualquer tipo de solução para combater as fakes news.
 
Em artigo para a Época, a jornalista da Agência Lupa, Cristina Tardáquila, registrou que Twitter, Google e Facebook enviaram ao TSE representantes para discutir o uso das plataformas durante a eleição. Já o WhatsApp participou por meio de videoconferência e se desconectou antes que as agências checadoras pudessem concluir a apresentação de propostas para a plataforma.
 
O WhatsApp afirmou apenas que trabalha em 3 vertentes: na educação de usuários, na prevenção de abusos e em sintonia com autoridades investigativas. A empresa teria afirmado ainda que fechou parcerias com plataformas de checagem no Brasil para combater fake news. Mas a diretora de Aos Fatos, Tai Nalon, disse que a “informação é falsa”. “Nós montamos nosso trabalho no WhatsApp sem nenhum apoio do aplicativo.”
 
O WhatsApp também não soube dizer de pronto se há mensagens em massa vindas de outros países para o Brasil durante e eleição, e tampouco informou se há uma equipe, e qual o tamanho dela, para atender aos brasileiros e à imprensa nesta semana que antecede o segundo turno da eleição.
 
A rede social também não informou se analisou propostas apresentadas pela Safernet há uma semana, sugerindo mudanças no aplicativo como foram feitas em outros países, a exemplo da Índia em decorrência de episódios de linchamentos movidos por notícias falsas.
 
Segundo a representante da Lupa, o que teve de produtivo na reunião convocada pelo Conselho Consultivo de Internet do TSE foi o recebimento de propostas elencadas pelas agências de checagem ao TSE.
 
“Agência Lupa, Aos Fatos, Boatos.org, Comprova, e-Farsas, Estadão Verifica e Truco/Agência Pública criaram um grupo único de WhatsApp nos últimos dias e propõem ao TSE que o utilize como principal canal de elucidação de dúvidas e comunicação de checagens. O grupo pede que o órgão forneça a essa equipe de profissionais acesso rápido aos TREs, que realizarão a votação de segundo turno, bem como a especialistas em direito eleitoral e em urnas eletrônicas. Por fim, pede que o órgão defenda publicamente a atuação dos jornalistas – que vêm sendo agredidos fisicamente e virtualmente (já foram mais de 130 casos de violência nas eleições deste ano, segundo a Abraji) e que passe a apostar em alfabetização midiática.”
 
Leia o artigo completo aqui.
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

3 Comentários

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  1. Como combater as bolhas e o isolacionismo?

    A acusação é que as redes sociais como Whatsapp e facebook usam algoritmos que unem e isolam pessoas com pensamentos iguais, separando=os de pensamentos questionadores. E, em meio a grupos em que todos repetem e concordam com um assunto, se cria a artificial sensação de que aquiilo é verdade.

    Não se pode ignorar a tendencia natural do animal humano em só quere ver e crer no que lhe agrada e interessa, querendo a verdade mais cômoda.

    Além disso, as redes permitem a criação de grupos, onde as pessoas podem se isolar ainda mais de opiniões dissonantes e contestadoras, e ampliar a certeza em uma verdade comum.

    Além disso, podemos bloquear, ou colocar no modo soneca pessoas com opiniões que nos desagradem ou contestem nossas verdades inquestionáveis.

    Por fim, no facebook tem o programa algortimo que faz detectar quais assuntos nos interessam e quais evitamos, e, intencionalemnte, nos empurra cada vez mais os assuntos que interessam e as pessoas que comaprtilham tais assutnos, visando tornar mais agradável nossa estada na rede, e assim aumentar nosso tempo de permancencia logados no face.

    Nas Redes Sociais não tem fiscalização pre´via do que vai ser postado, nem censura prévia, nem censor ou detector de mentiras. Como resutlado, pode-se postar mentiras, fraudes e verdades manipuladas ou descontextualizadas a rodo, principalemnte em um grupo onde só haverá receptividade e desejo por mais disso.

    Outro problema é que é fácil se crair perfis falsos, identidades e logins m[últiplos, e isso facilirta as fraudes, manipulações até por se tornar difícil uma punição em caso de denúncia. Também facilita o uso de programações robôs pra simularem pessoas, e distribuir em massas informação manipuladora.

    Estes são os problemas básicos das redes sociais, wharsapp e facebook.

    Podemos somar a isto outros problemas externos as redes sociais, mas que estão diretamente ligados a elas:

    Se o Facebook e o whatsapp estão se tornando fonte prinicpal de informação, muito disso é culpa também da imprensa oficial e dos governos, os qusi deveriam ser as fontes rpincipais, mas já demonstraram várias vezes, serem parciais, tendenciosas, manipuladores, partidários.

    Pilatos perguntou a Cristo o que era a Verdade, afinal? Napoleão resposndeu que  a história era apenas a versão dos vencedores. E emtodas as ditaduras, sejam nazistas, csocialistas, e mesmo em demcoracias capitalistas, quantas vezes a imprensa deturpou fatos para favorecer um interesse ou grupo de poder e prejudicar outro. Quantas vezes a imprensa usou de seu poder pra manipular e garantir a opressão e submissão de um povo inteiro? Até raus seixas j´pa cantou: eu não preciso ler jornais, mentir sozinho eu sou capaz… 

    Entao, muito do que empurrou a população a crer tão cegamente no que le na internet, é porque a imprensa e o governo que deveriam ser confiáveis, nunca foram. Eles merecem sim descrédito.

    Estes são os males da internet, das redes sociais. Como corrigi-los?

  2. Respostas do WhatsApp
     

    Nós não criamos o problema.

    Somos apenas um meio de comunicação

    Nosso meio de ganhar dinheiro é esse meio sem governos no meio, entenderam?

    So, fuck you!

     

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