Eletronuclear nega que houve definição de usinas no Nordeste

Do Jornal da Energia

Por Adriana Maciel

O presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, afirmou em entrevista nesta quarta-feira (15) que as novas usinas nucleares que o governo anunciou ter interesse em instalar na região Nordeste ainda não têm local definido. “Não tem nada definido, isso é especulação. Muito provavelmente será necessário, porque o Brasil precisa de energia, mas não temos o local ainda”.

Matérias veiculadas no final de dezembro de 2013 destacaram a afirmação feita pelo coordenador regional na Eletrobras Eletronuclear, Carlos Henrique Costas Martins de que o Estado do Alagoas já teria passado por estudos e que provavelmente uma usina seria instalada na cidade de Piranhas, as margens do Rio São Francisco. Tal fato inclusive ocasionou a instauração de uma ação civil pública por parte do Ministério Público Federal (MPF), que cobrou explicações da Eletrobras Eletronuclear sobre detalhes e o andamento do projeto.
 
O presidente da Eletronuclear afirmou que não sabe de onde saiu essa afirmação. “Eu me surpreendo com o camarada que diz que vai ser em tal lugar, porque eu mesmo não estou sabendo”, ressaltou Pereira na saída da reunião com o Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Questionado qual teria sido o assunto tratado, o presidente disse que não ia comentar.
 
Com relação às expectativas de inclusão da fonte nuclear nos próximos leilões, Othon Luiz disse que como técnico da área, não tem a menor dúvida que o governo com certeza deve optar pela inclusão devido o preço ser mais em conta que as termelétricas, por exemplo. “A energia nuclear é mais barata do que as térmicas. No ano passado nós estávamos vendendo a R$ 135/MWH. E a térmica convencional mais barata é R$ 270/MWH. Então é uma necessidade para a nossa sociedade, polui muito menos. Vai ser necessário, a menos que a gente queira pagar mais ainda pela energia”, explicou.
 
O presidente ainda acrescentou que o país precisa de todas as fontes combinadas de forma adequada. “Porque a energia não é igual time de futebol, no qual cada um torce pelo seu, energia a gente tem que torcer pela seleção, é pegar os melhores jogadores de cada time”, ressaltou Othon Luiz Pereira.
 
Por fim, sobre o cronograma de Angra 3, o presidente da Eletronuclear afirmou que continua da mesma forma, seguindo conforme o planejado. “Será para 2018; é um evento importante para o setor de energia. Está indo bem, graças a Deus”, se limitou a responder.
Redação

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