O Brasil do presente e do passado. Mas e o futuro?

Jornal GGN – Uma aula de história e comportamento que explica muito sobre nossa atual situação política e econômica. O professor e coordenador do Centro de Estudos em Finanças da FGV/EAESP, Willian Eid Junior, já visitou mais de 90 países, leu tudo o que podia sobre a estrutura de cada uma dessas nações e concluiu: “Estamos atrasados em mais de 50 anos em relação ao resto do mundo”. Em entrevista exclusiva, ele explica por que não conseguimos saldar este atraso até os dias de hoje e a herança que carregamos desde os tempos do Império para chegarmos até aqui.

Em suas aulas, o senhor costuma fazer comparativos históricos entre os tempos de colônia e o atual momento político e econômico do país. Por que se interessou tanto nessas pesquisas e leituras?

O presente está associado diretamente ao passado, em todos os lugares do mundo, aqui também. Hoje temos uma literatura muito vasta sobre a História do Brasil, passando pelos livros do Laurentino, a biografia recente do Getúlio Vargas, por exemplo. Conseguimos ver e ler os últimos 200 anos do País com muita clareza. E a confusão que se faz do público com o privado é uma constante desde o nosso descobrimento. Essa cultura que se criou de que o que é público é propriedade de quem está no comando é algo que vem se perpetuando. E isso é muito constante: a máxima dos nossos políticos é de que ele deve usufruir do Estado até esgotar todas as fontes. E isto não é, nem de longe, um fenômeno recente.
 
O senhor já comentou em palestras sobre um executivo do governo português que foi “importado” por Tomé de Souza para cuidar das finanças brasileiras à época. No entanto, este mesmo senhor estava sendo processado e procurado em sua terra natal por suspeita de corrupção. Podemos afirmar que ele deixou seus “genes” por aqui?
 
[risos] Olha que ele teve mesmo um monte de filhos. Mas veja: no tempo de Colônia, a situação era mais grave pois desde as capitanias hereditárias, os contratadores passavam por aqui temporariamente com o foco em sugar tudo o que podiam e voltar para a sua metrópole. Quando nos tornamos um Reino Unido de Portugal e Algarve, em 1808, a situação até poderia ter mudado. Não muda porque passamos a usar o código legal outorgado por Napoleão, que protege o estado contra o indivíduo, e não como no modelo que vale na Inglaterra, onde o indivíduo é que está protegido contra as ações maléficas do Estado. Quando você protege o Estado, significa que eu, como cidadão, não consigo processá-lo, caso eu seja lesado. Por essa razão e outras, ainda convivemos com certos figurões que se envolvem em casos gravíssimos de corrupção e nada acontece. E todos continuam aí, agindo livres e leves.
 
Isso é um problema exclusivo do Brasil ou mesmo do brasileiro?
 
Eu já passei por 90 países, ao longo da vida. Em alguns deles, vivendo, estudando. Já percebi como funciona esta mecânica em outras localidades. E sim, nós não somos civilizados: ainda estamos na idade da pedra. Mas isso tudo tem a ver com a nossa história: no século 19, assumimos os códigos napoleônicos que se casavam muito bem com a tradição portuguesa, que é o Estado Feudal – um dos últimos a cair, inclusive. O mais interessante disso tudo é que D.Pedro II, por exemplo, não era um cara corrupto. Nem ele, nem sua equipe de serviçais. Tanto que, quando ele vai embora para a Europa, vai morar em Paris num hotel de terceira categoria, que foi pago por brasileiros que moravam lá e o admiravam. Ele não tinha bens, nem jóias. O problema era a “entourage” dele: seus ministros e assessores, que eram um bando de ladrões. Ele trocava de partido, mas não conseguia controlar o ímpeto de seus representantes. E assim foi com Getúlio Vargas, que esteve no poder há quase 100 anos, e enfrentou os mesmos problemas que até hoje atravessamos.
 
Podemos considerar algum líder executivo ou econômico brasileiro, com o próprio D.Pedro II supracitado, completamente isento, ao longo de todos estes anos?
 
Todos os nossos líderes sofreram deste mesmo mal. Mesmo os militares, como Ernesto Geisel e João Figueiredo, morreram vivendo de seus salários de aposentados federais. Inclusive o último, que após a morte da sua esposa teve o apartamento leiloado – seu único bem – e o estado do imóvel era lastimável porque a família não tinha dinheiro para reformá-lo. O problema destes senhores era justamente convocar os mesmos políticos que continuavam em voga no país desde os anos 1930. Tivemos gente muito boa, como Paulo Egídio, governador nos anos 60, que de tão frustrado com a política, virou fazendeiro e desapareceu do cenário. Também a gestão de Laudo Natal aqui em São Paulo, aparentemente, foi correta e sem atropelos. Mas agora, a gente precisa pensar também no que está por trás da estrutura, já que até a fiscalização das prefeituras da cidades já está mais do que contaminada. É uma herança que precisamos lidar e combater.
 
Esta conduta também se transfere para as nossas empresas?
 
Sim, claro. Numa empresa de capital aberto, os controladores não poderiam usar os ativos da empresa para o seu bel prazer. Conhecemos alguns casos em que isso naturalmente acontece, tanto em companhias nacionais quanto as estrangeiras que possuem sucursais aqui, e acabam absorvendo nossa “cultura” duvidosa. Os departamentos de compras destas empresas, por exemplo, sofrem muito com este comportamento usual.
 
E como isso se reflete na economia?
 
O brasileiro é corrupto. Ele quer levar sua vantagem, comprar o guarda no trânsito, gosta de ultrapassar pelo acostamento. O desrespeito às leis e normas é a regra por aqui e não a excessão – e isso também se aplica à nossa economia. Sem normas éticas, fica difícil recuperar isso. Daqui a 10 anos, continuaremos discutindo exatamente as mesmas coisas. A situação só tende a se agravar. Em termos econômicos, voltaremos para o lugar de onde nunca devíamos ter saído: o da miséria. E é simples explicar: não temos gente para trabalhar com tecnologia, que é o futuro da economia. E definitivamente não estamos preparados. Perdemos o bonde. Nossa pauta de exportação voltou para as commodities, paramos de exportar industrializados. Voltamos ao tempo da colônia neste setor. Esse surto de industrialização que passamos já se esgotou. Não há gente, investimento nem tecnologia e nossos competidores diretos crescem a olhos vistos. Fica difícil crescer desta forma.
 
Podemos afirmar então, segundo o que o senhor relata, que o problema está nas pessoas?
 
Sem dúvida. Nós, brasileiros, somos corruptos por natureza e herança, e isso não serve somente para políticos. E isto está nas pequenas coisas: por exemplo, a pressão que os pais de adolescentes sofrem, por exemplo, para comprar um DVD ou um jogo pirata é algo inimaginável. Parece ínfimo, mas não é. Eu, por exemplo, usava estratégias de terror com meus filhos para convencê-los de que não existe meia ética: ou se aplica ou não. E esse tipo de comportamento é complicado manter porque as tentações estão voando por aí. E nosso povo perdeu a consciência disso, isso se perdeu com o tempo. Faltou educação para que aplicássemos isso em nossa vida prática e também exigíssemos na vida pública. Nos afastamos de princípios morais, de religião, alguma coisa aconteceu no meio desse caminho.
 
Nossos colonizadores portugueses também não tinham ética? O povo que veio para o Brasil e se firmou aqui também repercutia esse desvio de conduta?
 
Não. O imigrante em geral tinha muito mais ética que o local, que era mais leniente. Quem progrediu foram justamente os estrangeiros. Trabalhavam duro, deixavam a família na terra natal, progrediam, traziam-nos aos poucos para cá. Criaram os filhos num ambiente ético. Até porque descobriram que era mais inteligente viver dessa maneira. Mas mesmo assim, já sonegava impostos, pois nossa tributação nos anos 30 favorecia isso.
 
E o que foi que perdemos?
 
Perdemos educação, nosso povo ainda é de analfabetos funcionais. Parece até uma conspiração geral para imbecilizar a população e escravizá-los. Um circo que não permite o pensamento, a leitura. Vejo isso na própria escola em que leciono, inclusive. Falta cultura geral até mesmo para quem trabalha e vive disso. Quando perdemos educação, perdemos senso ético, moral e nos aproximamos muito dos animais, essa é a verdade.
 
O futuro do Brasil, segundo sua lógica, é deseperador?
 
Veja: ninguém se importa com o Brasil. Essa é a nossa realidade. O que temos de importante e que interessa realmente aos estrangeiros? Minérios. E só. Não somos um país estratégico pra nada, não há produção de algo que realmente interesse aos países mais centrais, não há peso geopolítico, perdemos a liderança do bloco por conta de figuras que apoiamos e geram incertezas no continente, temos tomado decisões muito discutíveis. Estamos atrasados em pelo menos 50 anos.
 
Redação

36 Comentários

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  1. Que tristeza!

    Um professor e coordenador do Centro de Estudos em Finanças da FGV/EAESP cita os livros do Laurentino e fala que visitou 90 paises para chegar a conclusões tão rasas.

    Que perda de tempo!

    1. Relaxa, a intelligentsia do

      Relaxa, a intelligentsia do blog é repleta de professores de javanês, o Nassif já até andou censurando certos tópicos para protegê-los das bobagens que escrevem. Temo o Araújo, especialista em finanças que não sabe nem conceitos básicos de contabilidade nacional, e Gunter, especialista em geopolítica da Criméia e economia do México, e cita dados contrários ao que ele afirma para “sustentar” suas teses(infelzimente, Nassif censurou esse tópico em que Gunter comparava as economias de México e Brasil, com a tese de que o México tinha demonstrado desempenho muito melhor, “sustentando” seus argumentos com dados que comprovavam exatamente o contrário).

      Enfim, são os professores de javanês!

      1. O cidadão ou cidadã, campeão

        O cidadão ou cidadã, campeão de grosserias no blog, teve a cara de pau de afirmar que transferencias de imigrantes dos EUA para o Mexico, mexicanos que trabalham nos EUA remetendo dinheiro para suas familias no Mexico, constitue esta remessa parte do Produto Interno Bruto do Mexico. Se quem envia é um pedreiro, o trabalho dele foi executado nos EUA, portanto faz parte do Produto Interno Bruto dos EUA e nunca do México, pais para o qual ele efetua uma transferencia de dinheiro. Ele acha que não, que a remessa constitue PRODUTO INTERNO MEXICANO, quer dizer o produto que o remetente

        agregou à economia americana não existe nos EUA e sim no Mexico. Como não concordei com essa aberração, ele diz que não tenho noções elementares de contabilidade publica, portanto ele as tem, é um genio. E ainda se dá ao luxo de passar pito nos que ele acha ignorantes do blog porque evidentemente só ele é dono de todo o saber.

        1. O embusteiro ignorante, que

          O embusteiro ignorante, que outrora afirmava que remessas(transferências unilaterais) “não tinham nada a ver” com o PIB, agora reconhece que, na verdade, elas tem sim relação, e muito. Pelo menos isso.

          Porém, em sua incansável desonestidade e ignorância, MarMotta Araújo se “esquece” que remessas não são RENDA(o que se encaixaria no seu comentário acima), mas TRANSFERÊNCIA UNILATERAL(calculada no PIB do país destino, nesse caso, o México), pois, no caso em questão, a remessa de dinheiro por trabalhadores mexicanos a suas família não possui contrapartida(o pedreiro mexicano não recebeu qualquer serviço de sua família no México, a quem destinou o dinheiro).

          “Transferências Unilaterais:

          Conta composta por todas as doações e remessas de dinheiro para o país não relacionadas com operações comerciais, como o dinheiro mandado por brasileiros que moram no exterior.”

          http://economiabr.net/dicionario/economes_t.html

          Aliás, encontrei essa definição nos ite do banco Central do México:

          Balanza de transferencias unilaterales netas

          Es el registro de los activos financieros que no tienen contraprestación entre ellos, y de las cuales se conocen dos tipos: privadas y gubernamentales. En el primer tipo de transferencias se encuentran las transferencias de emigrantes y remesas de trabajadores, los llevados por inmigrantes al exterior, y los egresos de activos financieros originados por remesas de trabajadores al resto del mundo; y la de segundo tipo comprende créditos y donaciones del gobierno de un país a otro sean otorgados o recibidos.

          http://www.banxico.org.mx/divulgacion/glosario/glosario.html

          Parabéns, Nassif, pelo grande autor de livros sobre finanças que desconhece os conceitos mais básicos de contabilidade nacional. Seus livros deveriam ser traduzidos para outros idiomas, de preferências por pessoas que ignorantes do idioma, para manter a coerência do processo produtivo de tais obras.

           

          1. Nada a ver essa enorme

            Nada a ver essa enorme transcrição do Banco Central do Mexico com conceito de formação do PIB. O Banco Central define o que é a rubrica transferencia unilateral, não há duvida sobre isso, a questão que vc coloca é que essa transferencia faz parte do Produto Interno Bruto, o que nada tem a ver com a transcrição.

            E se tivesse a ver não é um banco central de algum Pais quem define conceitos teoricos de economia.

            Onde vc viu que eu reconheci o que? É uma questão simples, eu fiz uma afirmação e não mudei nada.

             

        2. “teve a cara de pau de

          “teve a cara de pau de afirmar que transferencias de imigrantes dos EUA para o Mexico, mexicanos que trabalham nos EUA remetendo dinheiro para suas familias no Mexico, constitue esta remessa parte do Produto Interno Bruto do Mexico”:

          E eh mesmo.  Que vexame, Andre!

    2. Nao, o problema eh real,

      Nao, o problema eh real, Lionel!

      O Brasil literalmente para no tempo por causa do judiciario, e eu ja repeti isso varias e varias vezes aqui.

    1. Certo onde? Quando eu vejo

      Certo onde? Quando eu vejo essa generalização do brasileiro corrupto costumo olhar a minha volta. Só vejo gente trabalhando. Analisa a sua família e os seus amigos, quantos se utilizaram da corrupção para vencer na vida ?

  2. Corrupção e preconceito

    A desobediência às regras é, realmente, um problema para a convivência democrática.

    No entanto, acho altamente questionável a visão sobre corrupção.

    Os EUA, por exemplo,  são o maior consumidor de drogas ilícitas do mundo.

    Como essa droga entra e se distribui no país?

    Como eles chegaram à quebra de 2008?

    A bem da verdade, eles não se consideram incorruptíveis, apenas tentam fiscalizar melhor os cidadãos, as empresas e o governo.

    É isso que precisamos fazer.

    Muitas vezes, quando viajamos ou vamos morar em outro país, não vemos realmente como eles são mas, em geral, os enxergamos como nós somos, principalmente se temos preconceitos arraigados. 

    Esses preconceitos filtram a realidade.

  3. Esperemos o futuro chegar!!

    Tá faltando vitamina nesse texto!!

    Não vejo o Brasil cambaleante dessa forma, até porque, nem começamos a vislumbrar a tecnologia de ponta que deverá ser gerada pelo pré-sal.

    Também, o professor Willian se esquece de que o futuro não é somente a somatória do passado com o presente, mas da variáveis inimagináveis. Existem muitos “ses” antes do futuro chegar…

    Outra: ele se esquece de que as receitas que o país gerará somente com o petróleo estão redirecionadas diretamente à Educação e Saúde.

     

    Esperemos o futuro chegar!!

  4. Parei..

    No momeno em que ele cita que “O brasileiro é corrupto”. Quer dizer que história na verdade está ligada ao destino, a fatalidade? Será que ele sabe da existência de Celso Furtado? Formação Econômica do Brasil, será que leu?

    bem, entra na minha lista dos que não devem ser lidos e levados a sério!

     

  5. Adoro esses “especialistas”

    Adoro esses “especialistas” que ganham para falar mal de nós mesmos.

    Eu não precisei viajar para 90 paises para saber que nos países centrais, o atual G7,  não existe governo. Existe um estado a serviço das organizações financeiras e potentados da exploração de riquezas naturais. Onde esse professor estava na crise de 2008, onde a população desses países pagou a conta dos bancos? E nas invasões dos países detentores de grandes reservas de petróleo para garantir a possessão das petrolíferas ele viajou para onde?

    Será que esse professor não sabe que o assentamento do estado de direito numa democracia exige tempo e que a história do Brasil é uma sucessão de rupturas do seu desenvolvimento social e político? 

    E o Laudo Natel e o Paulo Egídio é que eram bons políticos? Tão bons que não foram eleitos pelo povo. Esse daí é mais um dos indicados para criminalizar a política.

    Francamente….

    1. Ele tambem parou no tempo:

      Ele tambem parou no tempo: “Veja: ninguém se importa com o Brasil. Essa é a nossa realidade. O que temos de importante e que interessa realmente aos estrangeiros? Minérios. E só. Não somos um país estratégico pra nada, não há produção de algo que realmente interesse aos países mais centrais, não há peso geopolítico, perdemos a liderança do bloco por conta de figuras que apoiamos e geram incertezas no continente, temos tomado decisões muito discutíveis”.

      Fazer o que?

      1. Pelo CV dele, sua atuação

        Pelo CV dele, sua atuação parece ser mais forte em questões financeiras e de mercado de ações:

        http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?metodo=apresentar&id=K4721413T5

        Então deve ser esse o viés dele: enxerga um país (Brasil ou os outros 90 de que se gabou) segundo indicadores econômicos e chavões ideológicos liberais ou mesmo neoliberais. Falta substância aí, História, Sociologia, Antropologia, e outras humanas para ajudá-lo a ponderar melhor. Porque afinal é estranho alguém especialista em Finanças dar pareceres tão enfáticos sobre História e Sociologia …

         

  6. Uau, como é bom o

    Uau, como é bom o auto-engano, hein rapaziada? Acho ótimas as vozes contestaórias, que insistem em negar o óbvio.

    Parabéns, grande professor. Falou o que a gente sabe, seja por meio da intuição, ao nos apercebermos do ambiente totalmente permissivo, tolerante e corrupto em que nos encontramos, seja por meio da experimentação, ao já termos feito ou presenciado os inúmeros pequenos (ou mesmo gritante)  atos de corrupção que acontecem diuturnamente.

    Ao não recharçarmos os atos lesivos de nossas figuras públicas, que se apropriam do estado como se fosse coisa sua; ao procurarmos, com o jeitinho barsileiro, resolvermos situações cuja solução seria institucional; ao permitirmos que o Estado se torne disfuncional, justamente para que esse “jeitinho” impere e mais uma cadeia de corrupção se estabeleça.

    Ao negar que essas coisas acontecem, apenas porque quem diz que elas acontecem está pondo em risco um discurso ufanista, do “nunca antes neste país”…

    Mais uma vez, parabéns professor, por deixar escancarado o quão atrasados e mal educados somos; como nossa mentalidade é provinciana, como nós temos horror à construção, respeito e manutenção de valores que – ao fim e ao cabo – são os que mantêm vivas e punjantes as sociedades mais bem sucedidas.

     

    1. Qual é a obviedade?
      Que

      Qual é a obviedade?

      Que estamos construindo a nossa história e que a afirmação de um regime democrático com instituições fortes se faz de forma demorada?  E que, se não tivernos mais uma interrupção da nossa história teremos uma sociedade mais bem informada através de um sistema educacional de mais qualidade (o financiamento da educação pelos recursos do pré sal da Petrobrás que esta sob ataque das forças conservadoras que esse professor representa é primordial para esse novo patamar educacional) e melhor organização social permitindo a formação de novos líderes políticos?

      Corrupção, ao contrário do que este professor prega, existe no mundo inteiro. Em alguns lugares não existe corrupção visivel porque as grandes corporações financeiras  já tomaram conta do estado. Simples assim.

      A corrupção tão alardeada de agora somente tem essa visibilidade porque o atual governo contraria interesse escusos. Não somos uma ilha isolada de corrupção. Nosso estado democrático esta em processo de afirmação e nossa sociedade esta em desenvolvimento.

      Quantas pessoas do seu círculo pessoal são atrasadas e mal educadas? Ou usam esse tal jeitinho brasileiro para resolver situações institucionais? Quantas delas tem essa mentalidade provinciana de horror a construção. respeito e manutenção de valores que mantém vivas e pujantes (a palavra “punjante” não existe pois o correto é pujante) as sociedades mais bem sucedidas? E somos nós que fazemos o Brasil.

  7. Corrupção, uma fatalidade no Brasil?

    Posto aqui algo que li no Nassif algum tempo atrás, tão bom que salvei e compartilhei, na época, com todos os meus contatos…

     

     

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    O fenômeno da corrupção, por Francisco Fonseca

    Enviado por luisnassif, ter, 11/10/2011 – 08:25

    Por Assis Ribeiro

    Do Le Monde Diplomatique Brasil

    A corrupção como fenômeno político 

    Urge analisarmos a corrupção como um fenômeno intrinsecamente político, que se refere, portanto, à maneira como o sistema político brasileiro está organizado. A lógica do sistema político brasileiro é marcada pela privatização da vida pública, não em termos moralistas, e sim quanto às estruturas que o sustentam

     

    table border=”0″ cellspacing=”0″ cellpadding=”0″ width=”527″>por Francisco Fonseca

     

    As denúncias de corrupção que assolam o governo Dilma nesse seu início têm sido divulgadas pela grande mídia como se fossem uma característica do atual agrupamento político que está no poder. Tudo se passa como se pessoas de caráter duvidoso se aproveitassem do Estado em favor de seus interesses pessoais e grupais.

    Essa forma de veicular denúncias e indícios e, sobretudo, de interpretá-los, não apenas contribui para estigmatizar grupos políticos – no limite de sua criminalização, o que é um claro atentado à democracia – como, fundamentalmente, reafirma muitos dos mitos acerca do fenômeno da corrupção.

    Deve-se notar que tais mitos são de variada ordem e se encontram espalhados pelo chamado senso comum e entre as elites, a começar pela mídia, que os espraia seletivamente. Sem a pretensão de esgotar todos eles, podem-se inventariar alguns:

    • a colonização portuguesa, que seria essencialmente patrimonialista, em contraposição ao “poder local” e ao “espírito de comunidade” da tradição anglo-saxã, notabilizada por Tocqueville. Nessa imagem, haveria uma “inferioridade” da cultura e dos povos ibéricos, comparativamente a seus congêneres anglo-saxões, com consequências políticas nefastas a suas colônias. Assim, o patrimonialismo seria um legado do qual as ex-colônias jamais conseguiriam se livrar;

    • a cultura brasileira, que não teria, mesmo após a independência e a República, conseguido separar o público do privado, mantendo as “raízes do Brasil”, conforme a análise culturalista de Sérgio Buarque de Holanda. Aqui, o universo miscigenado brasileiro, tão criticado por perspectivas eugenistas do início do século XX e mesmo por pensadores como Oliveira Viana, impregnaria as instituições com sua “amoralidade macunaímica” (a obra de Mario de Andrade é, nesse sentido, ironicamente sintética e crítica dessa perspectiva);

    • o caráter (i)moral de grupos específicos que alçam ao poder, versão notabilizada pela UDN de Carlos Lacerda, intérprete da política à luz da moral (seletiva, diga-se) das relações pessoais: essa versão é bastante divulgada pela mídia contemporânea brasileira, com a mesma seletividade de então. Um exemplo dessa seletividade foi o processo de privatização, que, apesar de um sem-número de denúncias e indícios de corrupção no processo e na modelagem,1 foi sistematicamente negligenciado pela grande imprensa brasileira, em razão de seu apoio incondicional a ela.2 De toda forma, o fato é que a análise moralista aparece como fator explicativo dos processos de corrupção, mas seus intérpretes a invocam seletivamente;

    • a disjunção entre elites políticas e sociedade, como se as primeiras não fossem reflexo, direto e/ou indireto, da última. Trata-se de visão simplista, mas bastante difundida, quanto à desconexão entre eleitos e eleitores, em razão ou da “corrupção inescapável” dos que chegam ao poder, ou de uma inexplicável autonomia dessas elites perante o corpo de eleitores;

    • a ausência de uma base educacional formal sólida como explicação para comportamentos não republicanos. Nessa perspectiva, desconsideram-se o chamado “crime do colarinho branco” e as diversas formas de “tráfico de influência”, típicos das elites, como os atos mais graves e praticados por pessoas “educadas”, em termos de educação formal. Assim, o mote do senso comum – “a educação é a base de tudo” – concede à educação formal um poder equalizador, republicano e democrático que decididamente ela não tem e não pode ter, dado que a escola é também reflexo da sociedade, com todas as suas virtudes e mazelas, mesmo que seja um ambiente mais propício, em tese, à reflexão.3 Com isso, de forma alguma se está advogando a desimportância da escola, e sim seu papel real na sociedade, particularmente no Brasil. Nesse sentido, os meios de comunicação de massa são claramente concorrentes, com enorme superioridade quanto aos impactos, à escola, pois sua capacidade de incutir comportamentos e valores, inclusive estéticos, é brutal, ainda mais em países como o Brasil, em que não há qualquer responsabilização desses meios, embora sejam concessões públicas4;

    • por fim, a ausência e/ou fragilidade de leis e de instituições capazes de fiscalizar, controlar e punir os casos de malversação dos recursos públicos, como se o país fosse “terra de ninguém”, desconsiderando-se os inegáveis avanços institucionais desde 1988. É importante notar o novo papel do Ministério Público, com poderes inéditos na história brasileira, desde 1988; a recente criação das Defensorias Públicas estaduais, que contribuem para a melhoria do acesso à Justiça pelos mais pobres; as funções fiscalizatórias da Corregedoria Geral da União; as revisões no papel dos tribunais de contas, entre tantas outras instituições e marcos legais organizados em torno dos conceitos de controles internos, externos e sociais (caso, deste último, das organizações da sociedade politicamente organizada na fiscalização do Estado).

    Um fenômeno sociológico

    Todas essas versões tendem a negligenciar que a corrupção, em graus variados, existe em todos os países e é, de certa forma, também um fenômeno sociológico. Reitere-se que tais versões, com suas variações, são disseminadas na sociedade brasileira, tanto entre as elites quanto entre o senso comum – aliás, as chamadas elites tendem a comungar dos valores do senso comum quando o assunto é corrupção.

    Pois bem, em contraste às considerações culturalistas – de modo geral preconceituosas e simplificantes –, às moralistas, às generalizantes e às pouco refletidas, urge analisarmos a corrupção como um fenômeno intrinsecamente político, que se refere, portanto, à maneira como o sistema político brasileiro está organizado.

    A lógica do sistema político brasileiro é marcada pela privatização da vida pública, não em termos moralistas aludidos, e sim quanto às estruturas que o sustentam. Vejamos: o financiamento das campanhas políticas é essencialmente privado, embora haja também uma pequena parcela de financiamento público via fundo partidário, o que abre espaço à disseminada prática do caixa dois, com todas as suas variações; o sistema partidário é fluido e altamente flexível, o que é uma realidade desde a redemocratização, constituindo a vida partidária, para grande parte dos atuais 28 partidos existentes atualmente, num grande balcão de negócios.

    Expressões do jargão político brasileiro, como “partido de aluguel”, “venda do tempo na TV e no rádio” com vistas às campanhas eleitorais, e alianças partidárias que objetivam a distribuição de nacos do Estado, têm por trás uma cadeia de interesses privados empresariais, de tamanhos e graus diversos, o que tende a fazer dos partidos representantes de interesses privados setoriais.

    O próprio imperativo de governar por meio de amplas coalizões, em razão da fragmentação dos sistemas partidário e eleitoral, tem como resultado tanto a construção de alianças sem qualquer confluência programática, como a necessidade de o Estado, nos três níveis da federação, alocar tais grupos. Isto impacta a coerência e a coordenação das políticas públicas e a busca de uma política que se aproxime da caracterização de “pública”, dada a rede de relações e interesses privados, notadamente empresariais, que estão por trás dos partidos políticos; entre outras modalidades.

    Essas características produzem cálculos políticos nos partidos que os induzem a “jogar o jogo” das regras estabelecidas, não tendo, dessa forma, interesse em alterá-las: trata-se de um círculo vicioso.

    Reforma política desprivatizadora

    Nesse sentido, é claro que a reforma política é uma necessidade imperiosa, a começar pelo financiamento público das campanhas, o que poderia contribuir para desprivatizar a relação dos partidos com o Estado. Mas isso somente se essa reforma for acompanhada por uma inovadora e leonina institucionalidade5 voltada para fiscalizar e punir o uso de recursos privados.

    Não que, por mágica, os interesses privados desapareceriam da vida pública, até porque, no capitalismo, eles lhe são inerentes,6 mas é possível diminuí-los ao se estabelecerem novos marcos, em que o privatismo seja, ao menos, controlado.

    Assim, o norte da reforma política deve estar assentado no binômio “desprivatização” da vida pública e “aumento da representatividade e da responsabilidade” dos partidos, o que tem como consequência a diminuição de seu número.

    Paralelamente à reforma política, há uma pauta permanente do Estado brasileiro, referente à transparência, à publicização, à participação popular e ao republicanismo.

    Por mais avanços que a sociedade e o Estado estejam vivendo desde a redemocratização e, sobretudo, desde a Constituição de 1988, ainda há uma incrível opacidade que encobre esquemas poderosos de tráfico de influência.

    As informações, que deveriam ser públicas, como contratos estabelecidos entre o Estado e os agentes privados, são de difícil acesso;7 a linguagem da administração pública continua hermética aos cidadãos comuns, a começar pelo orçamento; os mecanismos do chamado “governo eletrônico” não são voltados ao controle do Estado – o que implica controle sobre o poder dos agentes privados, associados à burocracia e a segmentos dos políticos eleitos –, e sim à prestação de serviços; o processo licitatório é flagrantemente burlado pela própria natureza oligopólica da economia brasileira, principalmente nas obras “públicas” que envolvem bilhões de reais; não há no país uma “cultura política”8 de prestação de contas, por mais que avanços sejam observados desde a redemocratização e mesmo pela intensa mobilização da sociedade politicamente organizada no Brasil.

    Os mitos disseminados acerca da corrupção encobrem seu entendimento como fenômeno intrinsecamente político, com consequências sociais, políticas, econômicas e culturais. Mais ainda, as imagens e versões morais e moralistas escamoteiam os efeitos da desigualdade social histórica e profunda do Brasil, assim como a utilização do Estado pelas e para as elites.

    A ainda vigente opacidade do Estado – cujos exemplos estão no orçamento, nos contratos que deveriam ser publicizados, nas informações teoricamente públicas, em sistemas decisórios pouco claros, e na ainda pouco institucionalizada participação popular – decorre, portanto, do caráter essencialmente político e histórico desse fenômeno.

    O fato de mesmo o cidadão comum, pobre, não antever claramente a linha divisória entre o público e o privado é muito mais a expressão da forma como o Estado foi estruturado, e de sua apropriação por elites distintas ao longo do tempo, do que propriamente um fenômeno moral. Trata-se de um fenômeno político, de poder, por excelência!

    Francisco Fonseca

    cientista político e historiador, professor de ciência política da Fundação Getulio Vargas de São Paulo e autor do livro O consenso forjado – A grande imprensa e a formação da agenda ultraliberal no Brasil. São Paulo, Hucitec, 2005.

     

  8. Fiquei deprimido, acho que eu

    Fiquei deprimido, acho que eu vou embora para a America, Grécia, Itália , Espanha ou a Crimeia. 

    A cinco anos atras o Brasil era o rei da cocada branca, agora esta mais para a Geni e o Zepelin.

    Espero que este professor , tenha convenio médico.

  9. Um exagero generalizado

    A visão eurocentrista, americanizada e a do Brasil onde tudo está errado, tudo caminha errado porque somos todos corruptos, ignorantes, desprovidos de boas intenções. 

    Outra análise, onde a generalização se sobressai à realidade.

    Nem estamos atrasados 50 anos nem estamos num mar de rosas. 

    O Professor poderia revisitar a Europa e nos contar do desemprego, dos cortes dos benefícios dos aposentados, da flexibilização das leis trabalhistas, dos cortes nos gastos sociais, etc. Como andam esses instrumentos de garantia de dignidade ao habitante desses países tidos como desenvolvidos? 

     

  10. Que pensador!

    Falta de intelecto comovente. Aparentemente intercâmbios no exterior são capazes de te levar a cargos elevados na academia a despeito de seu intelecto.

  11. Este professor está coberto

    Este professor está coberto de razão. O Brasil é o c* do mundo. Os brasileiros somos todos corruptos de nascença. Isso não tem solução. Devíamos fazer como a Crimeia e pedir anexação aos EUA, implorando para que lá nos aceitassem ao menos como escravos.

  12. uma breve parada nos anos 60…

    e podemos ver claramente que a intenção principal é da época, antiga: encenar o caos

    para tentar nos convencer de que somos uma merda de país sem futuro

     

    tipo de professor que nada nos ensina

  13. Esse pode se tornar um, como

    Esse pode se tornar um, como se diz hoax (“embuste” numa tradução literal, ou farsa) a histórias falsas recebidas por e-mail, sites de relacionamentos e na Internet em geral,,,,só que com autor especificado, difernente daquela tal de Ruth Moreira envergonhada com o Brasil. Sintese; O tal complexo de vira latas. Quando o Brasil “nasceu” a Europa já tinha 1500 ano e lá que houveram duas guerras mundiais. Ah mas tem os EUA mais rebento que o Brasil (1492) e mais desenvolvido. Ah é então explica a crise de 2008!!!!

    Enfim esses servem de sparring para que treinemos a leitura da realidade. Vejam o que nos trouxe Jahé as 12,20. Como é gostoso ou melhor como é suculento o Francisco Fonseca

  14. Só do sujeito se gabar de já

    Só do sujeito se gabar de já ter passado por  “mais de 90 paises” e dar a entender que, por isso, teria um “conhecimento superior” ou mesmo que teria as “receitas para o País” , ja demonstra que é um sujeito tosco e raso, um verdadeiro babaca.

    Quem é ele para dizer que brasileiro é corrupto ? Corrupta deve ser a senhora mão dele e toda a sua família, incluído o próprio, isso sim. Por que ele insiste em generalizar sobre quem não conhece ? Devia falar apenas da própria família, não é mesmo.

  15. Li Eid e uma luzinha

    Li Eid e uma luzinha acendeu-se. Fui à wikipedia e li sobre Calim Eid. Este deve ser parente do entrevistado. Está explicado.

  16. “O problema hoje é que o

    “O problema hoje é que o futuro já não é o que costumava ser”

    Paul Valéry (1971-1945)

     “Não sabemos o que acontece, e é isso que está acontecendo”.

    Ortega y Gasset (1883–1955)

  17. Atrasado em relação à que????

    Parece uma propaganda dos EUA, ‘o manifesto capitalista’ do economista WW Rostow que colocava a economia americana como ‘ponto de chegada’ e via desenvolvimento e subdesenvolvimento como a ‘distância’ em relação ao paraíso do capital. Cada país tem sua história: não estamos 50 anos atrasados pois isso significaria que a história tem um ‘fim’, um ‘ideal’ a ser realizado por todos os povos, um ‘ponto de chegada’ pré-determinado e para chegar lá temos que tomar o bonde na hora certa. Seria o ‘ponto final’ um capitalismo como o americano?? Rostow escreveu na década de 1950, mas cá pra nós os EUA hoje não são modelo para nada, muito menos ‘civilizada’ Europa, infestada de neonazis.

    No entanto sou capaz até de concordar que os brasileiros em grande parte – não digo ‘a maioria’ ou menos ainda ‘todos os brasileiros’ pois não tenho dados para isso – não respeitam as leis. MAs não é um ‘gen’ que herdamos. Há um excesso de leis que se contradizem umas as outras, o que significa que ‘de fato’ a maioria da população vive sob o arbítrio de policiais e juizes. A população brasileira vive sob um autoritarismo social e uma grande parte de nossa história é uma história de ditaduras. O problema não é falta de ‘ética’ – na verdade o ‘professor’ deveria se referir a moral e não ética, são coisas diferentes – e muito menos de religião. O problema são as classes dominantes autoritárias desse país.

  18. É fundamental nessa questão

    É fundamental nessa questão deixar clarissimo que eu sempre me refiro a PRODUTO INTERNO BRUTO, ver minhas inserções, GROSS DOMESTIC PRODUCT, vou repetir , PRODUTO INTERNO BRUTO, o que significa  “” produtos e serviços

    produzidos DENTRO do Pais””, a localização da produção do bem ou serviço é elemento essencial na definição.

    Se o debatedor quiser incluir”” transferencias unilaterais”” que são as remessas de migrantes, essa renda cabe em outro conceito, o de PRODUTO NACIONAL BRUTO, em inglês GROSS NATIONAL PRODUCT, o que não é o cocneito que eu estou usando nesta discussão.

    As comparações macroeconomicas que costumo usar são as da CIA World Factbook porque são as mais completas e de mais facil recuperação na Internet mas é  GDP o benchmark universal para medições comparativas, o famoso PIB.

    Então mais uma vez, porque o distinto custa a entender ou finge que não entende:

     

    Transferencias Unilaterais NÃO COMPÕE O PIB, ESTÁ CLARO?

    Transferencias Unilaterais COMPÕE o PNB, Produto Nacional Bruto, que é OUTRO CONCEITO.

    Se quiser conferir consulte QUALQUER MANUAL DE ECONOMIA.

     

     

    1. Basta a simples leitura de

      Basta a simples leitura de qualquer livro introdutório de contabilidade nacional(o que o Motta Araújo, autor de livros sobre “finanças”, nunca fez)para perceber o mico, o verdadeiro King Kong, que está sendo pago pelo “historiador econômico”.

      Sinto falta do Nassif, o jornalista econômico, para comentar esses conceitos aventados por seu auxiliar, que se arroga a condição de especialista em assuntos financeiros, mesmo sendo completamente ignorante dos conceitos mais básicos acerca das contas nacionais. 

      Araújo, suas contradições e incoerências para tentar justificar sua inacreditável ignorância, certamente na esperança de enganar os desavisados, não resiste um minuto de contraditório. Vou refrescar sua memória.

      Em primeiro comentário, no tópico do Gunter, você disse o seguinte:

       

      Remessas de emigrantes NÃO FAZEM PARTE DO PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) de nenhum Pais, compõe Transações Correntes. De todo modo, o valor das remessas de imigrantes mexicanos para o Mexico nos ultimos cinco anos ficam entre US$23 a 25 bilhões de dolares po ano, o que significa nomáximo 1,35% do PIB, voce fala em percentuais que não tem o menor sentido logico.

      https://jornalggn.com.br/noticia/comparacao-do-pib-mostra-semelhancas-entre-brasil-e-mexico

      Aqui, o senhor nega que transferências unilaterais(ou, pior ainda, transações correntes) façam parte do PIB. Repetindo seu comentário:

      Remessas de emigrantes NÃO FAZEM PARTE DO PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) de nenhum Pais, compõe Transações Correntes. 

      Ao perceber o mico, o senhor, na maior desfaçatez, voltou atrás em sua posição inicial, em comentário nesse mesmo tópico:

      No entanto, seu comentário mais recente, em contradição ao comentário anterior, compartilha com este a ignorância sobre os conceitos de contabilidade nacional, pois confunde Transferências Unilaterais com Renda. Por isso postei a definição do Banco Central do México(que utiliza o padrão de contabilidade nacional desenvolvido poela ONU, mais um aspecto que o senhor, alegado autor de livros sobre finanças, desconhecia):

      Balanza de transferencias unilaterales netas

      Es el registro de los activos financieros que no tienen contraprestación entre ellos, y de las cuales se conocen dos tipos: privadas y gubernamentales. En el primer tipo de transferencias se encuentran las transferencias de emigrantes y remesas de trabajadores, los llevados por inmigrantes al exterior, y los egresos de activos financieros originados por remesas de trabajadores al resto del mundo; y la de segundo tipo comprende créditos y donaciones del gobierno de un país a otro sean otorgados o recibidos.

      http://www.banxico.org.mx/divulgacion/glosario/glosario.html

      O cidadão ou cidadã, campeão de grosserias no blog, teve a cara de pau de afirmar que transferencias de imigrantes dos EUA para o Mexico, mexicanos que trabalham nos EUA remetendo dinheiro para suas familias no Mexico, constitue esta remessa parte do Produto Interno Bruto do Mexico. Se quem envia é um pedreiro, o trabalho dele foi executado nos EUA, portanto faz parte do Produto Interno Bruto dos EUA e nunca do México, pais para o qual ele efetua uma transferencia de dinheiro. Ele acha que não, que a remessa constitue PRODUTO INTERNO MEXICANO, quer dizer o produto que o remetente

      https://jornalggn.com.br/noticia/o-brasil-do-presente-e-do-passado-mas-e-o-futuro

      As remessas de imigrantes, que antes não faziam parte do PIB de “nenhum país”(Remessas de emigrantes NÃO FAZEM PARTE DO PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) de nenhum Pais), agora fazem parte do PIB dos EUA(Se quem envia é um pedreiro, o trabalho dele foi executado nos EUA, portanto faz parte do Produto Interno Bruto dos EUA e nunca do México), denotando sua inconsistência, fruto de sua mais completa ignorância sobre o assunto. Primeiro disse que as remessas não faziam parte do PIB de nenhum país, agora admite que elas fazem parte do PIB dos EUA.

      Em suma, Motta Araújo é um belo exemplo de PROFESSOR DE JAVANÊS do conto de Lima Barreto, no qual um sujeito, valendo-se da ignorância das pessoas quanto ao idioma de Java, se apresenta como professor daquele idioma, enganando os desavisados. Esse é Motta Araújo, ignorante dos cocneitos mais básicos de contabilidade nacional que se apresenta como autor de livros de “finanças”, enganando desavisados.

      Seriam bem-vindos os comentários do jornalista “econômico”(agora entre aspas, após os solenes elogios ao “professor de javanês financeiro”)sobre os conhecimentos de seu co-host em assuntos financeiros.

      Vamos aguardar!

    2. “Transferencias Unilaterais

      “Transferencias Unilaterais NÃO COMPÕE O PIB, ESTÁ CLARO?

      Transferencias Unilaterais COMPÕE o PNB, Produto Nacional Bruto, que é OUTRO CONCEITO.

      Se quiser conferir consulte QUALQUER MANUAL DE ECONOMIA.”

      Em caixa alta, para o comentário ficar tão grande quanto sua ignorância.

      E cadê o Nassif, grande entusiasta dos livros de finanças do autor do comentário acima?

  19. Pensando profundamente

    Pensando profundamente sobre a realidade que presencio eu também já havia chegado a mesma conclusão que o professor, de forma que sou obrigado a concordar quase integralmente com ele. Tenho uma ou duas diferenças, mas no excencial ele está correto: somos incivilizados e estamos no mínimo 50 anos atrasados com o restante do mundo. Não digo todos, mas a grande maioria dos brasileiros já perdeu os refenciais éticos e isso está envenenando nossa sociedade; limita-se ao puro consumismo imbecilizante; não vê nada de útil na cultura; não tem capacitação intelecutal, cultural e técnica e nem sabe o que significa um projeto de país. Estamos sim ficamos para trás, aliás já ficamos. Acho que ao invés de jogarmos pedras nesse professor deveríamos parar para pensar se ele está tão errado assim, ou se o que diz serve como um alerta, um alerta que muitos de nós não querem ver. Para mim serve de alerta e reforça minha convicção.

  20. A direita não tem remédio

    nem pra hemorroidas e fica (perdão, má palavra!) defecando regras. 

    Só de citar autor de romance de auto-ajuda histórico – Laurentino e seus múltiplos anos – como referência para estudos, o naufrágio do frágil e pretencioso artigo já se vislumbrava. 

    Que lixo! 

  21. Vejo que muitos se

    Vejo que muitos se manifestaram indignados com relação ao que foi dito na entrevista. O verdadeiro problema está em não reconhecer os próprios problemas. O brasileiro sabe que é corrupto, mas não admite, bate o pé, teima. A culpa é sempre só dos políticos, mas se algum dia precisarmos de um sacrifício pessoal de alguem em prol de um bem comunitário, certeza que nenhuma das pessoas que se manifestaram aqui moveriam suas bundas do sofá. Além de corruptos, os brasileiros são egoístas e burros. Não percebem que o coletivo inclui o individual. Se o coletivo estiver bom, o unitário também vai estar. Não é uma questão de inferiorização da cultura brasileira, e sim um reconhecimento de nossos erros, que nos afetam e não aos estrangeiros; e logo deveria ser de nosso interesse. O ideal de todos os brasileiros é encontrar uma figura pública em que eles podem descontar todas as suas frustrações, que são frutos principalmente de seus próprios atos. Os políticos se aproveitam a desunião e do egoismo dos brasileiros. Infelizmente, o brasileiro é muito imaturo para reconhecer seus próprios erros e tentar melhorar. Enquanto formos imaturos, não haverá mudança.

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