A crise dos clubes ingleses

Do Blog de Wilson Merlo Pósnik

2/3 dos Clubes Ingleses, na ‘Lista Negra’ dos Sem Crédito !

Quatorze dos vinte clubes que disputam a Premier League, a primeira divisão do futebol inglês, considerada a mais rica e importante do mundo atualmente, estão em uma “lista negra” criada pela Riskdisk, uma importante agência de checagem de crédito – se fosse o cidadão brasileiro, diríamos que eles estão com o nome sujo no Serasa, por exemplo. Em ordem alfabética, são eles: Aston Villa, Birmingham, Bolton, Burnley, Chelsea, Everton, Fulham, Hull City, Liverpool, Manchester City, Portsmouth, Stoke City, Wigan e Wolverhampton.

A notícia surgiu no mesmo fim de semana em que o governo britânico divulgou seu plano de criar uma lei que “devolve” 25% dos clubes aos seus torcedores. Na verdade, os fãs teriam preferência na compra dessa porcentagem de ações num momento de venda.

Isso significa que os quatorze clubes, em tese, estão com o crédito suspenso na praça, ou seja, não devem conseguir empréstimos de nenhuma instituição financeira até que essa situação mude. Outra agência do setor, a Experian, não divulgou uma lista, mas disse que pelo menos cinco times estão categorizados como “finanças críticas”, isso quer dizer que fazem parte do grupo que eles não recomendam fazer negócios de nenhuma espécie.

Rob McLaughlin, diretor da Riskdisk, disse ao jornal The Times, que essa lista foi feita com informações oficiais e públicas, de fontes consideradas sérias e com reputação no mercado. O exemplo do Portsmouth, que praticamente “quebrou” em fevereiro e sofreu uma intervenção administrativa, também foi usado na matéria.

Completando a lista, Arsenal, Blackburn e Manchester United foram denominados como “bons” para investimentos (apesar da dívida recorde de quase um bilhão de euros do Manutd, o clube tem fortes acordos comerciais no mundo todo). O Sunderland como “normal” e o West Ham, que passou por graves problemas recentemente, se recuperou e agora está na categoria “invista com cuidado”.

E fica a sugestão: que tal as agências brasileiras do ramo também prepararem um ranking similar com os clubes brasileiros?

Luis Nassif

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