Andre Motta Araujo
Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo
[email protected]

O aquecimento global, o redesenho geopolítico e o novo país ‘Amazônia’, por Andre Motta Araujo

A Amazônia brasileira não está a salvo de um ajuste decorrente da crise detonada com estrondo por uma ação deliberada anti-Amazonas perpetrada pelo grupo no poder em Brasília.

O aquecimento global, o redesenho geopolítico e o novo país ‘Amazônia’

por Andre Motta Araujo

O Presidente Donald Trump fez uma oferta de compra da Groenlândia, território autônomo dinamarquês. A proposta parece absurda, mas tem raízes.

A nova fase geopolítica do mundo atende pelo nome AQUECIMENTO GLOBAL e dela partirão novos ajustes no mapa político global. O último ciclo de ajustes geopolíticos foi o fim da União Soviética, um Estado que perdeu, ente 1990 e 2000, cerca de 8 milhões de quilômetros quadrados, da implosão saíram 11 Estados.

Portanto o mapa político mundial NÃO ESTÁ FECHADO, ele se move e o motor atual é a crise climática que fez o degelo da Groenlândia abrir o apetite de Trump por esse território.

A Amazônia brasileira não está a salvo de um ajuste decorrente da crise detonada com estrondo por uma ação deliberada anti-Amazonas perpetrada pelo grupo no poder em Brasília. Não adiantam discursos e tweets, a realidade se impõe, o Brasil até então elogiado campeão global de ação ambientalista, em poucos meses mostrou ao mundo que, a partir de agora, está se lixando para a Amazônia.

A campanha internacional caminha na direção de um “CONDOMÍNIO INTERNACIONAL DA AMAZÔNIA” sob mandato da ONU, assim como a Conferência de Versalhes, em 1919, deu à Liga das Nações e esta delegou à França um mandato sobre a Síria e o Líbano e para a Inglaterra mandato sobre o Iraque, a Transjordânia e a Palestina. A História mostra o permanente reajuste de fronteiras através dos séculos, nunca parou, como pensar que um dia a Holanda foi da Espanha e que os Estados Unidos tomaram em 1898 Porto Rico e as longínquas Filipinas da Espanha, na mão grande? Ou que o Alaska foi um dia da Rússia e o Acre da Bolívia? Hoje a França já tem um pedaço da Amazônia, pequeno, mas colado à nossa fronteira, a Guiana Francesa, é um departamento da República Francesa, como é a Borgonha, sem nenhuma diferença jurídica, onde a moeda é o Euro, temos fronteira com a França e a França já tem um pedaço da Amazônia, algo que parece que muitos brasileiros em Brasília desconhecem, é a “nossa” Amazônia de Macron.

Todos os redesenhos geopolíticos de fronteiras nascem de guerras ou crises. A CRISE DO AQUECIMENTO GLOBAL não é uma fantasia, é um fato aceito pelos centros de poder globais, o G-7, a União Europeia,  a OCDE, a ONU, com base em evidências científicas de milhares de pesquisadores em todos os grandes países, comprovadas por instrumentos e satélites, nega-las é considerada postura de débeis mentais.

NOVAS FRONTEIRAS DEPENDEM DE FORÇA MILITAR

É evidente que só pela força ou pela demonstração da existência de força que novas fronteiras podem ser redesenhadas. Mas no caso da Amazônia brasileira não parece ser necessária. A política do atual governo, em Brasília, parece se ajustar a esse redesenho de forma pacífica. As ações desse governo só têm alguma lógica se o objetivo for esse redesenho, porque todos os atos, passos e declarações só se encaixam se for esse o projeto.

Se o objetivo fosse o de manter a Amazônia no Estado brasileiro as ações praticadas seriam ilógicas, mas elas se tornam racionais se a entrega do território for o objetivo. O processo lembra muito o projeto da ultra-direita francesa em 1940 que queria entregar a França aos alemães, só esse desejo explicava a ação dos “colaboracionistas” de Vichy. Entregar aos alemães por que e para quê? Porque essa ultra-direita achava que só os alemães poderiam COMBATER OS COMUNISTAS. Está aí o desfecho da charada da ultra-direita brasileira: ENTREGAR A AMAZÔNIA PARA QUE OS OCUPANTES, DE PREFERÊNCIA AMERICANOS, PARA COMBATER OS COMUNISTAS, que se encastelaram no Norte e Nordeste do Brasil.

O AGENTE PROVOCADOR

Assim como os colaboracionistas franceses, Laval, Chautemps, Deat, Henriot, de Brinon, Darlan, queriam ardentemente os alemães governando um pedaço da França, os “agents provocateurs” brasileiros criaram as condições para entregar essa parte do território, tendo como guru ideológico um mega agente provocador que se entoca na Virgínia, ele age como na França os intelectuais da ultra-direita propagavam teorias malucas para justificar o colaboracionismo, teorias essas que abusavam de “conspirações” imaginárias dos aristocratas ingleses para com isso entregar a França aos nazistas.

A GLOBALIZAÇÃO COMO FATOR GEOPOLÍTICO

O atual ciclo de globalização não é o primeiro. Na Era Contemporânea houve uma forte globalização de capitais, mercadorias e pessoas entre 1870 e 1014.

1870 foi um princípio emblemático, combinando a fundação do Império Alemão, da Terceira República Francesa e marca o início das grandes imigrações da Europa para as Américas. Esse ciclo de globalização foi mais amplo e generoso do que o atual, que não inclui PESSOAS, só capitais e mercadorias.

Os ciclos de globalização se predispõem a redesenhos geopolíticos porque projetam novas áreas de influência que acabam influindo na política e na diplomacia.

O atual ciclo de globalização já mostra seu esgotamento marcado pela guerra comercial EUA x China e pelo BREXIT, mas a grande clivagem vem de seus efeitos deletérios sobre as pessoas. Ao se moverem capitais e fábricas cria-se o desemprego e, ao mesmo tempo, se fecham as fronteiras para as pessoas, criando zonas de enorme instabilidade porque os que querem emigrar encontram barreiras intransponíveis, o drama humano que hoje o mundo vive.

A crise do aquecimento global é parte integral agregada ao atual ciclo de globalização porque ela não tem fronteiras e afeta toda a geopolítica.

O Brasil, como País central da questão ambiental, é o alvo hoje preferencial da projeção de interesses dos Países ricos e sofrerá sérias consequências se não se ajustar à globalização ambiental, hoje alavanca da diplomacia e dos movimentos geopolíticos globais, um tema universal.

A última reunião do G-7 decidiu preparar uma CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE A AMAZÔNIA a se realizar no outono do Hemisfério Norte.

SOBERANIAS RELATIVAS E A QUESTÃO NUCLEAR

Para aqueles que tratam a soberania como se estivéssemos em 1900, há uma plataforma candente onde a soberania é relativizada. É a questão nuclear.

Um País, dentro de suas fronteiras, pode desenvolver tecnologia para fabricar uma bomba atômica? Depende. Está aí o Irã sofrendo mega sanções dos EUA por tentar desenvolver tecnologia nuclear, tema que é objeto de negociações internacionais que ULTRAPASSAM a questão de soberania territorial.

Essa plataforma se assemelha, na sua ultrapassagem da soberania tradicional, à questão ambiental, não é um tema que se esgota dentro das fronteiras de cada País porque os EFEITOS da questão afetam outros Países além-fronteiras. Há injustiças nessa questão?, claro que há, mas há também uma realidade.

O BRASIL MANDOU A MENSAGEM ERRADA SOBRE UMA QUESTÃO CENTRAL DA GEOPOLÍTICA

Avisar ao mundo que vamos desconhecer e desrespeitar a questão ambiental, sendo que nada ganhamos com isso, ao contrário, perdemos não SÓ o CAPITAL INTERNACIONAL da MARCA BRASIL que tem reflexos sobre as exportações, sobre a atração de investimentos, sobre o CRÉDITO FINANCEIRO do Estado brasileiro e das empresas brasileiras, sobre a qualidade da CULTURA NACIONAL e sobre o respeito que o País merece das demais nações, é um MAL NEGÓCIO para o Brasil e para os brasileiros. O País só perde, nada ganha, mas a questão também afeta internamente a população.

É lamentável que o imenso esforço que o Brasil vem desenvolvendo desde a primeira grande conferência ambiental internacional anfitrionada exatamente pelo Brasil, a ECO RIO 92, se perca pela combinação tóxica de ideologia com ignorância, um atentado à evolução da humanidade e aos interesses nacionais.

AMA

Andre Motta Araujo

Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo

19 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. As peças do tabuleiro estão sendo mexidas. Se não conseguirmos rapidamente, de que forma, não sei, derrotamos esse bando que assumiu o poder, esse país desaparece.
    O grande feito do minúsculo (territorialmente) reino de Portugal, em ter construído um país gigante, pode estar no limiar de sua desagregação, com aplausos das fitas ‘ forças armadas’.

  2. No centro de toda estupidez brasileira estão os militares. Estes, permitiram a criação da rede Globo que detém todo o “principal entretenimento”: futebol, F1, olimpíadas,etc. Aos poucos foi cedendo um pouco aos demais veículos. Mas monopoliza a praticamente tudo.
    Novelas, enlatados americanos e o jornalismo. Criaram a “percepção” no cidadão comum. Ajudaram a construir um país-colônia em cima de uma rede de mentiras espalhadas constantemente.
    Militares coniventes!
    Pois bem, chegando na Amazônia e na geopolítica: já existe um “projeto” do corredor andes-andino-atlantico feito por um “colombiano” ( país mais vassalo que o nosso). Só verificar a Wikipédia.
    Os militares tratam e temem, aparentemente, este tema.
    O “projeto” do presidente Bozo era ( ou é) de consolidar a soberania na Amazônia brasileira através de seus ruralistas. ( Aparentemente).
    Dentro da cabeça oca dos militares essa ideia reverbera bem. Junto com ela, as palavras: mito, mito, mito…
    São todos mitos, mesmo! Mitos pela estupidez!
    O Bozo pós em prática isso, segundo sua “dívida com os ruralistas e seus eleitores”.
    Agora, aparentemente, a idéia é parar e retomar o processo em um ou dois anos. Por isso o empenho do exército agora em parar esse incêndio. E a “ordem” de continuar mais pra frente, que talvez ainda não tenha sido dada, mas já é interpretada por quem está lá.
    Então fica minha dúvida se os militares não caíram, com o Bozo, como patos na própria artimanha.
    Desnecessário dizer que a casta arrivista (os milicos) permitiram toda sorte de desgraças, entrega da Vale, Embraer, desmantelamento das próprias forças armadas. Desnecessário falar sobre sua ignorância e do fato de que se informam pela Globo, que assistem e gostam de novelas. Desnecessário falar sobre sua completa alienação. E que a alienação brasileira deriva, antes de tudo, deles!
    Por fim, pode ser que o projeto Bozo seja este mesmo, de criar as condições para que já carreguem ela embora ( e aí é que vão saquear, poluir e desgraçar a floresta de uma vez).
    Uma terceira hipótese, que pode parecer loucura, é a de enfrentar uma possível ocupação estrangeira com uma guerrinha civil. Armar o povo da Amazônia com armas que podem ser vendidas com uma intermediação indireta dos nossos atuais governantes. Guedes e Bozo, o Bolsonaro.
    Pode parecer loucura, mas…
    Me diga um ato lúcido do clã Bolsonaro ou de seu guru o Olavo, psicopata, do carvalho! Uma única idéia que não seja insana…
    Enfim, de um jeito ou de outro, o Brasil caminha para se tornar uma Cuba. Uma Cuba pré-revolução. Um puteiro a céu aberto, cercado pela miséria.

  3. O canal do Bob Fernandes, postou um vídeo agora à noite onde de 10:30 onde ele fala cerca de 1 minuto, coloca uma fala de 2016 do Bolsonaro dizendo que a Amazônia não é do Brasil e o restante do vídeo, são as matérias da imprensa de diversos países falando sobre mais esta crise atual do governo que é um show de besteiras, como disse um militar graduado, general Santos Cruz ao se desligar do show de horrores. Dá até tristeza de ver as manchetes mostradas no vídeo. E encerra o vídeo com a fala do presidente francês lamentando pelo povo brasileiro, pela fala insana do presidente.

    https://www.youtube.com/watch?v=hi-U1SHw8es

  4. Bipolaridade tem cura? Até ontem, nossas Elites Intelectuais e Midiáticas falavam que esta estória de Intervencionismo era ‘Teoria da Conspiração’. Agora, precisamos ficar atentos às Nossas Ações para não inflar as tentativas de Intervencionismo? Editoriais, há poucos anos, durante os Governos Progressistas e ‘bem vistos’, publicados em Jornais Britânicos e NorteAmericanos, afirmavam o não reconhecimento da Soberania Brasileira sobre a Amazônia. E mais, sobre o Mar Territorial Brasileiro onde está o Pré-Sal. Esquizofrenia ou Surrealidade? Na ânsia de combater um Governo que não é simpático às Forças Políticas Fascistas Esquerdopatas que trouxeram a Nação à esta ‘Mediocridade Histórica’ nestas 9 décadas, estas mesmas Forças Políticas atacam Nosso Povo, Nossos Direitos e Nossas Soberania !!! Este Governo coloca o Brasil novamente na Vanguarda e Comando que abandonamos a quase 1 século. Livrando-nos do “CABRESTO, começa a incomodar muita gente. Aqui e lá fora. Trump fala em comprar a Groenlândia. Não fala em Intervencionismo, em Gerenciamento da ONU, em sério comprometimento com Aquecimento do Hemisfério Norte devido a 3 séculos de Industrialização com queima de carvão e combustíveis fósseis. Nem cita que aquilo que é produzido no Hemisfério Norte, 80% maior e mais poluidor que no Hemisfério Sul, por forças naturais, permanece no Hemisfério Norte. Como o tal Aquecimento ‘GLOBAL’ do Hemisfério Norte. O combate à força inigualável da Nossa AgroPecuária, ambientalmente sustentável, ecologicamente vanguardista, renovável está levando a EUROPA a uma histeria. Agricultores Alemães, Franceses, Irlandeses,… começam a montar barricadas, protestos e muita pressão política pelas perdas inevitáveis com a entrada dos superiores Produtos AgroPecuários Brasileiros e SulAmericanos. Não NOS ILUDAMOS. Toda a pressão sobre a AMAZÔNIA reside ai. Até porque NOSSOS MAIORES MERCADOS são a Russia, China e Países Muçulmanos. E não a CONCORRÊNCIA Européia e NorteAmericana. Não permitamos que a continuidade deste Estado de 9 décadas Fascistas de AntiCapitalismo de Estado Absolutista sabote a Nação que deveria estar protegendo. Pobre país rico. Mas de muito fácil explicação.

    1. Excelente comentário, concordo com sua argumentação. Creio que se deveria questionar essa tal CRISE DO AQUECIMENTO GLOBAL, (em minha opinião fabricada) dizer que vários pesquisadores atestam é fácil, quem está pagando aos pesquisadores por esses “resultados de pesquisa”? Que tal ouvir alguns brasileiros que tenham capacidade profissional para falar sobre o assunto? Ricardo Felicio está aí colocando a público essa grande farsa e não só ele o Prof Luiz Carlos Molion também e sofrendo as consequências disso, retaliações inclusive dos seus pares. Vamos olhar por trás das cortinas, essa “fumaça” toda é pra cobrir os verdadeiros interesses e maquinações que não são tão difíceis de se enchergar havendo discernimento e informação de qualidade de quem observa. Meu partido é sem partido, porque creio que a solução está a partir da ação de cada um de nós.

  5. É isso mesmo AMA: “As ações desse governo só têm alguma lógica se o objetivo for esse redesenho, porque todos os atos, passos e declarações só se encaixam se for esse o projeto.”
    Chega dessa visão ingênua de “Bozo é um louco, por isso age assim”. Louco ou não ele está sendo instrumentalizado por alguém. É um fantoche.

  6. Concordo em gênero, número e grau…….e tangenciando o assunto, dois comentários:

    1-Tenho lido, assistido e ouvido, uma definição de Macron algo simplória da parte do vários blogs de esquerda.Antes que alguém me “ponha uma etiqueta” de Macronista, não tenho grande simpatia pelo dito cujo, é só minha opinião baseada em fatos.Por estes lados, se define Macron como um “banqueiro de direita”, sendo que o tipo é por formação e(a maior parte da sua) vida profissional um tipico funcionário de estado……e mais…..pelo lado da esquerda…..achar que Macron seja uma copia de Henrique Meirelles e ian Goldfajn, me parece uma besteira
    Em FR
    https://fr.wikipedia.org/wiki/Emmanuel_Macron#Carri%C3%A8re_professionnelle
    Em Por
    https://pt.wikipedia.org/wiki/Emmanuel_Macron

    2-Esta frase de ontem(acho) passou um pouco “em branco”:
    “J’espère qu’ils auront bientôt un président à la hauteur”
    que podemos traduzir por “Espero que em breve (os brasileiros)tenham um presidente a altura(apto/em condições/capaz) (da tarefa)”. Vindo de um presidente de um pais do “capitalismo central” que “nas entrelinhas” nos aconselha a mudar de presidente num lapso curto de tempo(bientôt)…..não daqui a mais de 3 anos……país esse que tem longa tradição de interferir nos governos de países periféricos…..presidente esse que trabalhou com os Rothschild que conhecem o Brasil de trás pra frente e de cima em baixo.

    “A família Rothschild esteve diretamente envolvida na Independência do Brasil no início do século XIX. Pelo acordo com o governo português, o governo brasileiro deveria pagar uma indenização de dois milhões de libras esterlinas ao Reino para que Portugal aceitasse a independência do Brasil. A N M Rothschild & Sons foi proeminente em levantar este capital para o governo do recém-formado Império do Brasil. Uma correspondência de Samuel Phillips & Co., em 1824, sugere o envolvimento próximo dos Rothschilds na ocasião.”
    Se a turma da “bufunfa” não entender o recado……..
    PS:O Blairo Maggi esta muito eloquente esses últimos dias….justamente ele que tem negocios com o grupo Louis-Dreyfus…….

  7. Somos reféns de um alucianado-ignorante-manipulador na presidência. E se assim continuar, os outros poderes deverão ser cobrados por permitirem que se governe Pais de forma tão vergonhosa e sem equilibrio, juizo e discernimento. O Congresso com apoio do STF foi célere em derrubar Dilma Rousseff, ja com o capitão desvairado, ficam assistindo de camarote.

  8. Andre,
    De um lado Macron, filhote da família Rockfeller, de patrimônio incalculável e líder dos Illuminatti, que domina as finanças do mundo, e do outro o meu querido quadrúpede bolso, amigão do Queiroz e possível figura importante na cúpula das milícias, já que conhece milicianos em penca. Disputa duríssima, façam o jogo, senhores.
    Depois, quando alguém diz que o brasilsil é o país da piada pronta, eu ainda consigo me aborrecer.

  9. A Amazônia vai virar a Palestina pré guerra. Território sem status nacional, Território administrado por outros mas não fazendo parte de nenhum estado nacional. Ela vai inaugurar o pós-neocolonialismo.

  10. Perfeito, André! Mas há um detalhe que você mesmo mencionou:

    “A Amazônia brasileira não está a salvo de um ajuste decorrente da crise detonada com estrondo por uma ação deliberada anti-Amazonas perpetrada pelo grupo no poder em Brasília.”

    Acontece que o “grupo” no poder já é dominado pelos EUA. Portanto a ocupação “já” ocorreu e é do país inteiro e não só da Amazônia. O The Intercept em inglês já demonstrou quanto os irmãos Koch gastaram para eleger tanto Trump quanto Bozocaro, o GGN vai comprovar isso em breve e a nomeação do embaixaburguer é só mais um pouco de catchup no prato.

    Resta saber se o general Villas Boas joga no time de Janot, Moro e Dalagnol desde o início ou se entrou só no segundo tempo.

    Em tempo: o Brasil nunca foi uma nação propriamente dita, porque as massas de ex-escravos que compõe a maioria da população nunca teve plenos direitos políticos. Não vamos reduzir plena cidadania ao direito de votar, sob o controle político da justiça eleitoral partidarizada. Existem diversas formas de se roubar uma eleição sem mexer num único voto…

  11. Só discordo de um ponto no artigo do Araújo: O plano Bozo (e ao que parece das FFAA’s) não é entregar apenas a Amazônia, é entregar o Brasil inteiro para virar um protetorado dos EUA dentro da geopolítica mundial. Todos os gestos apontam para isso, ao se afastar do multilaterismo que garante muito mais a soberania.
    A forma de fazer isso começa com acordos de livre comércio e aliança militar. Dada a assimetria entre os dois países, com o correr do tempo, se submete à jurisdição legal dos EUA (intrínseco à integração econômica), abdica de ter a própria moeda, até perder completamente qualquer soberania.

  12. Vou completar o raciocínio. Estados que incentivem ou negligenciem aquecimento global passam a ser vistos como armas de destruição em massa, que ameaçam todo o planeta, portanto outros povos. Concorde ou discorde dos cientistas, isso é fato geopolítico irreversível.
    Assim o país que não se compromete é como os que violam tratados antiproliferação nuclear, de armas proibidas, como bacteriológicas, etc, e podem sim sofrer intervenção militar internacional se os 5 membros do Conselho de Segurança da ONU resolverem fazer a partilha do Brasil, usando ecocídio como motivo. Bozo é a maior ameaça que existe à soberania nacional.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador