Jornal GGN – A grande resistência de parlamentares, inclusive apoiadores da agenda de Paulo Guedes, em aprovar a proposta de reforma tributária enviada no final de semana teria sido enfrentada com os pleitos municipais.
De acordo com coluna de Andreia Sadi, do G1, o projeto do governo de Jair Bolsonaro incluía um novo imposto, ao contrário da negativa dada em discurso público junto a ministros e líderes do governo, nesta segunda (28).
A opção não era de todo mal vista por alguns parlamentares. Entretanto, pautas não populares são a última opção a meses das eleições municipais e das articulações de deputados e senadores de partidos junto a seus redutos eleitorais.
“Nas palavras de um assessor presidencial, a eleição municipal foi o principal fator elencado por deputados e senadores para adiar o apoio à reforma. Avaliam ser difícil explicar a criação de um novo imposto em ano eleitoral, embora a narrativa do governo seja a de que não haverá aumento de carga tributária”, escreveu Sadi.
Dessa forma, o “timing político” para aprovar o projeto de reforma tributária mencionado pelo próprio ministro da Economia não é agora, mas após as eleições.
Outra medida negociada, na contramão do que foi prometido por Bolsonaro, é a ideia da nova CPMF, para que o aumento da arrecadação em impostos possa evitar o furo do Teto dos Gastos de 2021, com a desoneração da folha de pagamento, não incluída na proposta de lei orçamentária do governo.
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