A lógica dos cartórios

Por eder

nassif, hj fui a um cartório aqui, na minha cidade ( goiânia – goiás) e quase cai de costas.. Sabe quando custa uma autenticação nos cartórios de goiás??? R$ 2,00 reais por folha. Um simples carimbo em uma folha de xerox, custa R$ 2,00 reais é um afronta a cidadania…Foi ai que eu percebi o verdadeiro interesse desses donos de cartórios em manter-se eternamente nessa inesgotável fonte de $$$..Partiu de um deputado federal de goiás, a PEC que efetiva todos os cartorários irregulares após a CF/88. Aqui, em Goiás, eles são em grande maioria, mais de 90%, irregulares. Para vcs terem uma idéia, um dos cartórios mais rentáveis de gyn, que está irregular, pois não houve concurso depois da sua vacância após a CF/88, pertence nada menos do que O NETO DO FUNDADOR DE GYN E FILHO DE UM EX-GOVERNADOR DE GOIÁS. Absurdo!!!

Mesmo com as medidas tomadas no CNJ ultimamente, estou muito cético com relação a moralização desses serviços, porque como DD eles tem trânsito livre em várias instÂncias de poder…

Comentário

Já fiz essa discussão quando estava na Folha. Vale a pena retomar. Há um setor moderno nos cartórios e aqueles ainda sujeitos a influências politicas. Há cartórios de registro civil, primos pobres, e os de imóveis, sócios de cada venda. Recentemente tentou-se passar uma lei derrubando os concursos públicos.

Em suma, com geoprocessamento, chaves digitais, qual o papel que o futuro reservas para os cartórios?

Por Euclides

Sr. Nassif, O financiamento de veículos é realizado com a entrega do bem em garantia da operação através da alienação fiduciária, cujo procedimento é realizado através do gravame no DETRAN específico, no SNG – Sistema Nacional de Gravame da Megadata, conforme a lei determina: “Código Civil – Art. 1.361.

Considera-se fiduciária a propriedade resolúvel de coisa móvel infungível que o devedor, com escopo de garantia, transfere ao credor.

§ 1º Constitui-se a propriedade fiduciária com o registro do contrato, celebrado por instrumento público ou particular, que lhe serve de título, no Registro de Títulos e Documentos do domicílio do devedor, ou, em se tratando de veículos, na repartição competente para o licenciamento, fazendo-se a anotação no certificado de registro.”.

Ora, conforme disposto acima, a repartição competente em se tratando de veículos é o DETRAN, ocorre que, existe um movimento dos Cartórios no Brasil, iniciado no Rio de Janeiro e já se espalhando por Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte e etc., para obrigar os proprietários dos veículos a efetuarem o registro dos contratos nos Cartórios de Títulos e Documentos, para que possam obter o CRLV – Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos.

Como se percebe, claramente, é uma tentativa de arrancar dinheiro do consumidor, pois o menor custo anda pela casa dos R$ 300,00 e sem o menor efeito legal, tanto que as instituições financiadoras que, em último caso, seriam as beneficiadas, pois o registro, do Contrato, em Cartório serve como aviso a terceiros que aquele objeto foi entregue em Garantia a alguém, não se utilizam desse procedimento.

Portanto, se não tem valor algum, para o Credor, a quem interessa senão aos Cartórios, como fonte de recursos? A situação é de tal forma que ninguém se apresenta contrário a esse esbulho, pois os atingidos são os consumidores e como são a parte mais fraca da corrente, não tem defensores.

Além do mais, o Sistema Notarial é uma verdadeira Babel, onde cada Cartório tem sua forma de atuar, só para exemplificar e encerrar, acreditem, pois é a mais pura verdade, nos dias atuais tem Cartório que só recebe pagamento, pelos serviços prestados, em espécie, nem TED ou depósito em conta aceita, precisa explicar o porque?

Luis Nassif

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  1. A LÓGICA DOS CARTÓRIOS É A
    A LÓGICA DOS CARTÓRIOS É A LÓGICA DO PAÍS. O BRASIL É UM IMENSO CARTÓRIO. ESSA FOI A GRANDE HERANÇA COLONIAL LUSITANA. A OUTRA FORAM OS 300 ANOS DE ESCRAVIDÃO.
    UM VIVA A BURROCRACIA!

  2. Sr. Nassif, O financiamento
    Sr. Nassif, O financiamento de veículos é realizado com a entrega do bem em garantia da operação através da alienação fiduciária, cujo procedimento é realizado através do gravame no DETRAN específico, no SNG – Sistema Nacional de Gravame da Megadata, conforme a lei determina: “Código Civil – Art. 1.361. Considera-se fiduciária a propriedade resolúvel de coisa móvel infungível que o devedor, com escopo de garantia, transfere ao credor.
    § 1º Constitui-se a propriedade fiduciária com o registro do contrato, celebrado por instrumento público ou particular, que lhe serve de título, no Registro de Títulos e Documentos do domicílio do devedor, ou, em se tratando de veículos, na repartição competente para o licenciamento, fazendo-se a anotação no certificado de registro.”.
    Ora, conforme disposto acima, a repartição competente em se tratando de veículos é o DETRAN, ocorre que, existe um movimento dos Cartórios no Brasil, iniciado no Rio de Janeiro e já se espalhando por Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte e etc., para obrigar os proprietários dos veículos a efetuarem o registro dos contratos nos Cartórios de Títulos e Documentos, para que possam obter o CRLV – Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos.
    Como se percebe, claramente, é uma tentativa de arrancar dinheiro do consumidor, pois o menor custo anda pela casa dos R$ 300,00 e sem o menor efeito legal, tanto que as instituições financiadoras que, em último caso, seriam as beneficiadas, pois o registro, do Contrato, em Cartório serve como aviso a terceiros que aquele objeto foi entregue em Garantia a alguém, não se utilizam desse procedimento.
    Portanto, se não tem valor algum, para o Credor, a quem interessa senão aos Cartórios, como fonte de recursos? A situação é de tal forma que ninguém se apresenta contrário a esse esbulho, pois os atingidos são os consumidores e como são a parte mais fraca da corrente, não tem defensores.
    Além do mais, o Sistema Notarial é uma verdadeira Babel, onde cada Cartório tem sua forma de atuar, só para exemplificar e encerrar, acreditem, pois é a mais pura verdade, nos dias atuais tem Cartório que só recebe pagamento, pelos serviços prestados, em espécie, nem TED ou depósito em conta aceita, precisa explicar o porque?

  3. Qual seria um metodo
    Qual seria um metodo alternativo para comprovar a autenticidade de um documento?
    Por mais que eu discorde da estrutura cartorária e despreze os efeitos dessa na formação de nosso país, há alguns pontos que exigem maior reflexão.

  4. Os cartórios são uma afronta
    Os cartórios são uma afronta ao mundo moderno, republicano e democrático. Fazem parte da estrutura medieval (medieval mesmo) em que um dono do pedaço mandava e desmandava sob a tutela de um poder outorgado.

    Porque alguém (que não o Estado) tem poder de dizer quem nasceu, morreu, casou, etc. Porque eles não fazem isto. Porque a prefeitura e não o cartório diz que o terreno onde moro é meu, uma vez que ela tem o levantamento de todo o espaço municipal. O mundo cartorial é feito de papel, eles não sabem se o local existe ou deixa de existir, se brincar eu abro um loteamento na Lua e tudo bem, está no papel é meu.

    A resposta pode ser encontrada verificando-se os donos destes Cartório$$$$.

    Pelo fim do feudo dos cartórios!!!!!!!

  5. Café pequeno, mas é o tipo de
    Café pequeno, mas é o tipo de comentário que o pvo gostta né ?

    O povo gosta e quem conhece o tema sabe que é relevante.

  6. Se, após a elaboração do
    Se, após a elaboração do geoprocessamento de áreas rurais, temos de primeiramente ir ao INCRA, para depois ir então ao “sócio” cartório de registro de imóveis por que então esse registro em Cartório? Cartório deveria ser ser órgãos das prefeituras, dos estados e federais e sem essa cobrança abusiva de taxa. Em Goiânia paga-se por uma escritura e registro – valor de R$ 100.000,00 mais de R$ 6.000,00. Realmente um absurdo.

  7. Por falar em Cartórios,
    Por falar em Cartórios, alguém poderia me explicar por quê eles ainda existem ? Fotocópia autenticada, recolhecimento de firma, casamento, registro de imóveis… Bem da verdade, as Prefeituras têm cadastrados todos os imóveis de suas respectivas áreas. Por quê os Cartórios devem controla-los também ? Os registros sobre o histórico das pessoas físicas e jurídicas já não são exercidos pelo governo ? Então por quê deixa-los também com os Cartórios ? Quem sabe alguém da família real portuguesa possa nos responder…

  8. Cópia autenticada é uma
    Cópia autenticada é uma afronta à inteligência!

    É possível instalar-se no Canada sem nunca descobrir sequer se existem cartórios por lá.

  9. a historia dos cartorio
    a historia dos cartorio talvez resumisse a historia brasileira, desde as sesmarias e capitanias hereditarias e a heranca burocratica portuguesa conforme o faoro relata no seu livro Os Donos do Poder…
    Tem malandro hoje em dia que, com uma ajudazinha de uma propina paqa a algumn cartorio do interior,
    consegue legalizar terras (ate devolutas) em seu nome. A historia da ocupacao de terras no brasil esta cheia desses exemplos…
    Quando nao era com os cartorios, eram arranjos com os governos…Um dos motivos da Guerra do Contestado (tipo canudos) entre 1912 e 1916 entre parana e santa catarina foi a concessao de terras num perimetro de vinte quilometros da estrada de ferro entre sao paulo e rio grande do sul – um malandro norte-americano chamado farquact deu entrevista no NYT sobre destino manifesto, essas coisas, com objetivo de convencer todo mundo da necessidade da construcao dessa rodovia…O resultado eh que o desmatamento do pais comecou ahi…Que figura meio dantesca, esse farquact, parecido com o tal do madoff, Ponzi, etc…muy amigos!

    Marcio Souza conta a parte da historia desse Farquact (no seu livro Mad Maria) na construcao da madeira-mamore, que virou minisserie da globo…Farquact so nao conseguiu acabar com a amazonia poque a amazonia acabou antes com o seu projeto…

  10. Não tem cartório de registro
    Não tem cartório de registro de imóveis nos EUA e, por isso, não tem registro de hipoteca. Assim, a pessoa que é proprietária de um imóvel ia ao banco com a escritura e o banco não sabia quantas vezes o mesmo imóvel tinha sido hipotecado. Já ouviram essa história antes?

  11. “Sabe quando custa uma
    “Sabe quando custa uma autenticação nos cartórios de goiás??? R$ 2,00 reais por folha”: pais de m… eh isso mesmo. Em frente o edificio da corte aqui em Newark tem um caminhao de hot dog. Eh la que a gente faz autenticacao. Eh baratinho.

  12. Nassif

    Trabalho no Tribunal
    Nassif

    Trabalho no Tribunal de Justiça do Paraná e por aqui, não só os cartórios extra-judiciais são privados, mas a maioria dos judiciais também. Praticamente todas as varas cíveis do Estado e todos os Distribuidores estão nas mãos de particulares. Cobrando muito por certidões, custas, etc.

    O TJPR está para realizar concursos para preenchimento dos cargos nos cartórios privados, seguindo orientação do CNJ, mas parece que ainda vai demorar a acontecer. Em princípio, a medida em que forem morrendo os atuais escrivães, as escrivanias serão estatizadas e os escrivães substituídos por funcionários públicos concursados. Mas vai demorar…

    Aqui, havia um político (já falecido) que era “sócio” da maioria dos cartórios do Estado e o cartório era moeda política para ser trocada por apoio eleitoral.

  13. Nassif, tam muito
    Nassif, tam muito importante.
    Curiosidades: a família do João Saldanha era dona de cartório, mas ele nunca se envolveu com essa aberração e o Fernando Sabino, mineiro, e sabemos o quanto os cartórios e os “cartéis” brasileiros nasceram e foram mantidos por mineiros, também recusou um cartório de um sogro dele mineiro amigão do JK. Está nas obras, e no caso do João, está na biografia dele.

    Muitos outros, por dignidade, recusaram integrar essa roubalheira que se chama cartório.

    E eu, vejam só, nasci numa cidade, Jales, cujo fundador, Euphly Jalles, mineiro de origem libanesa, conseguiu aplicar um golpe, sempre com a ajuda dos cartórios, chamado “enfiteuse”. Por causa disso, pagamos laudêmio sobre venda de imóveis para os sucessores do Euphly Jales até hoje. Vejam mais sobre Jales, reconhecida aberração no meio jurídico, e o papel dos cartórios no:

    http://www.ub.es/geocrit/sn/sn-194-91.htm

    Euphly Jales foi assassinado na década de 60 em São José do Rio Preto por causa de disputas de terras. Seu assassino é o pai de um advogado paulista dedicado ao direito agrário.
    Segue trecho abaixo.
    Abraços, Gustavo.

    http://www.ub.es/geocrit/sn/sn-194-91.htm
    “Euphly Jalles foi assassinado no dia 30 de outubro de 1965 em um estabelecimento comercial na cidade de São José do Rio Preto por Líbero Luckesi, advogado de Alcides do Amaral Mendonça, devido a litígios por terras na Gleba Marimbondo, parte da Fazenda Ponte Pensa. Para ver mais sobre o assunto ler Nardoque (2002).”
    “A enfiteuse era o direito de usar e gozar, no Império Romano[8] , por tempo ilimitado, de um prédio rústico alheio, para cultivo, contra o pagamento de um foro anual ao proprietário do terreno. As suas origens remontam ao arrendamento, por prazo longo ou para sempre, das terras públicas a particulares, contra o pagamento de uma taxa anual denominada de vectigal. Vem daí o nome das terras arrendadas de agri vectigales. Separadamente e bem distinto dos agri vectigales, a partir do século III d.C., os imperadores romanos costumavam conceder, contra um foro anual (cânon), terras incultas a particulares, pertencentes à família imperial, para cultivo. A origem de tal concessão de terras é de origem grega, copiada pelos romanos no Egito e em Cartago, e chamava-se emphyteusis. A partir do século IV d.C., os dois institutos, o ager vectigales e a emphyteusis fundiram-se e assim apareceu o novo instituto, sob o nome do último, na codificação justinianéia. Os direitos do enfiteuta são bem amplos, mais do que os do usufrutuário. Seu direito é alienável e se transfere aos herdeiros. O direito ao recebimento do foro foi denominado de laudemium, que era a porcentagem de 2% do preço de alienação do direito da enfiteuse, devida pelo alienante ao proprietário. No caso do Direito Romano, extinguia-se a enfiteuse quando: pela destruição da coisa; reunião, na mesma pessoa, das qualidades de titular da enfiteuse e do domínio; renúncia; ou, como pena, por não pagar o enfiteuta durante 3 anos o foro anual, ou não avisar o proprietário para que ele pudesse exercer o seu direito de preferência em caso de venda da enfiteuse.[9]
    Atualmente, está ocorrendo um movimento liderado pelo diretório do Partido dos Trabalhadores da cidade de Jales para, na esfera federal, tentar abolir o laudêmio, pois o Novo Código Civil, aprovado no ano de 2000, não permite a cobrança do “imposto” em novas situações.”

  14. Hoje no Estado de São Paulo
    Hoje no Estado de São Paulo existe uma verdadeira “debanda” de juizes para cartórios. Salários muito mais altos com responsabilidades muito inferiores.

    Na minha cidade as duas pessoas que mais compram terras são donos de cartórios de registro de imóveis em outras cidades .

    È um verdadeiro processo de geração de riqueza a partir do estado brasileiro com um dos mais influentes lobbys do País. (informações não confirmadas dizem que entre os maiores pagadores de IR PF a grande maioria são donos de cartório).

    Saiu na imprensa que o Governo Fedeal criou um grupo para estudar a implantação de um teto de vencimento. Não passa de jeito nenhum..

  15. “Os cartórios são uma afronta
    “Os cartórios são uma afronta ao mundo moderno, republicano e democrático. Fazem parte da estrutura medieval (medieval mesmo) em que um dono do pedaço mandava e desmandava sob a tutela de um poder outorgado.”. O comentarista Formiga está absolutamente certo, porém discordo do comentarista Eder. .A despeito das chaves digitais, geoprocessamento, etc. que poderão efetivamente eliminar os cartórios em outros países (onde eles ainda existem), no Brasil essas formas tradicionais e medievais de extorsão durarão ainda muitas décadas. Só acredito numa extinção dos cartórios quando acontecer uma reforma modernizadora e simplificadora do Poder Judiciário que o coloque a serviço a sociedade brasileira e, tendo em vista a atual correlação de forças, não consigo enxergar no horizonte próximo qualquer possibilidade de que isso venha a ocorrer. A propósito é bom lembrar que até o hoje os herdeiros da família real recebem o laudêmio sobre os imóveis negociados em Petrópolis…

  16. Caro Nassif
    Essa situação
    Caro Nassif
    Essa situação ainda é vergonhosa. É o absoluto reflexo da apropriação do Estado por alguns: grileiros de um lado, beneficiários do erário por meio das altas taxas de juros, por outro; e o presente que alguns receberam no passado com os cartórios.
    A Constituição Federal de 88 determinou que o provimento de tais cargos se dê pela via do concurso público. É um primeiro passo, e mesmo assim não foi respeitado. Permaneceriam aqueles cartórios sob a titularidade dos então tabeliães; à medida que falecessem ou se aposentassem (há uma discussão sobre a aplicação da aposentadoria compulsória, aos 70 anos, para esse casos) a titularidade seria objeto de concurso.
    Há casos em que os “herdeiros” do patrimônio público (sic) vão empilhando liminares, mantendo-se nessa situação por até décadas! O Conselho Nacional de Justiça vem atuando nessa questão, mas o problema ainda não está definitivamente resolvido.
    Há um segundo aspecto. É legítimo que se faça um concurso público para milionário da loteca? Em alguns cartórios é o que acontece. Há cartórios com retiradas líquidas impressionantes – de vários milhões de reais ao ano – e quem paga isso tudo é o cidadão, é quem precisa autenticar, registrar, averbar toda a sorte de documentos.
    De um lado, é necessário que o CNJ aprofunde as providências já vêm tomando – e é necessário que seja dito que o CNJ já vem atuando sobre o tema. De outro, no entanto, é necessário que essas custas sejam calculadas de acordo com o critério da razoabilidade. É uma situação esdrúxula haver concurso público para milionários. É o que vem ocorrendo em vários casos.
    Abraço do admirador.

  17. aqui tb ta rolando o lobby
    aqui tb ta rolando o lobby dos cartórios com relação a isto ai Euclides…
    aqui, o negócio e feio…
    esse povo não ter escrúpulo..

  18. Nassif,

    A questão dos
    Nassif,

    A questão dos cartórios é tão antiga quanto as Capitania Hereditárias. E como grande parte dos legisladores têm participação (direta ou indireta) nesse “mercado”, não vejo a mínima possibilidade de acabar com essa sinecura inútil (desculpem o pelonasmo).
    Registro de imóveis deveria ser feito somente no Cadastro Urbano das cidades e no Ministério da Agricultura na zona rural.
    Para registro de pessoas jurídicas, bastaria o CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica da RFB).
    Registro de pessoas físicas, estão aí os Institutos de Identificação das Secretarias de Defesa Social (antigas Segurança pública).
    Para quê Cartórios?

    Apenas um comentário ao seu último parágrafo: a introdução da certificação digital criou uma grande polêmica: alguns donos de cartório queriam que – mesmo sem deter a tecnologia necessária – isso seria de competência da classe. Mas se transformou em uma linha mais moderna de cartório uma vez que as empresas capacitadas (Verysign, Certisign, etc.) funcionam do mesmo modo e por um preço altíssimo.

  19. E para fazer inventário?
    E para fazer inventário? Dependendo do número de filhos do defunto, este ganha um novo filho na hora da morte.

  20. O “site” do NASSIF é
    O “site” do NASSIF é fantástico. Durante muitos anos, dos meus 40 anos de idade, sempre sonhei ter acesso ou participar de um espaço “público” onde os grandes temas do país pudessem ser debatidos; a INTERNET possibilitou isso com os blogs de altíssima qualidade como este.
    No que tange aos CARTÓRIOS, como foi muito bem comentado por vários, é uma aberração, se não podem ser extintos, devem ser controlados e cerceados pelo Estado, visto serem uma fonte de concentração de renda e exploração do “povo”.

  21. A certas coisas neste país
    A certas coisas neste país que nós não deveriamos nem comentar ,no caso dos cartorios de que adianta nós ficarmos aqui falando desta extorção sem fiscalização nada,não vai apareçer nenhum salvador da pátria pra nos livrar desta mafia,afinal muitos intereçes e dinheiro rolando por tráz disto tudo,um inventário simples não sai por menos de 6000mil reais pq é tão caro,alguem já precisou pagar uma duplicata em cartorio?é um roubo e ninguem faz nada precisei tirar umas copias autenticadas esta semana 36 reais,de que adianta reclamar aqui eles fazem oq querem terra de ninguem cartorios cobram oq querem e nós sem saida simplismente pagamos.

  22. “Cartorio so existe no
    “Cartorio so existe no Brasil? Tem traducao para ingles da palavra cartorio?”: que eu saiba, nao. Eles nao existem aqui nos EUA.

  23. “a introdução da certificação
    “a introdução da certificação digital criou uma grande polêmica: alguns donos de cartório queriam que – mesmo sem deter a tecnologia necessária – isso seria de competência da classe. Mas se transformou em uma linha mais moderna de cartório uma vez que as empresas capacitadas (Verysign, Certisign, etc.) funcionam do mesmo modo e por um preço altíssimo”: eles sao infiltracao bancaria. INFILTRACAO. MIL VEZES INFILTRACAO.

    Os cricris fazem o mundo acreditar que estao “adiantando” o mundo se cobrarem uma PORCENTAGEM do preco que voce pagar por qualquer coisa comprada na internet. EH MENTIRA. EH INFILTRACAO BANCARIA. Eles teem zero direito a qualquer porcentagem de compra. PONTO FINAL.

  24. Agora, nao foi por falta de
    Agora, nao foi por falta de aviso. Eu disse isso ha anos atraz: governos, quando nao sao substituidos por bancos, teem direito eterno de cobrar ou nao pela transferencia digital. GOVERNOS, NAO BANCOS.

    Eh immoral, aetico, e mantem o que seria uma revolucao completa no comercio mundial completamente parada para que os bancos estudem a maneira de tirar dinheiro do povo. O governos, quando nao eh substituido por interesses bancarios, ja faz isso muito bem.

    ABAIXO A PRIVATIZACAO DE TECNOLOGIA DE CERTIFICACAO! ABAIXO OS BANCOS!

  25. Vale a pena ler este artigo
    Vale a pena ler este artigo do deputado Darci de Matos, de Joinville/SC.
    Domingos Miranda

    A máfia do carimbo

    Darci de Matos

    Costuma-se dizer que a burocracia que nos asfixia desde o período colonial é uma herança portuguesa. Só que os nossos ex-colonizadores se deram conta dos males deste formalismo exacerbado e já tomaram medidas no sentido de simplificar a vida do cidadão diante do labirinto de normas. Como exemplo deste avanço basta dizer que um casal lusitano pode pedir o divórcio via Internet. Já nós, há mais de três décadas, estamos tentando pegar este “touro” pelos chifres, mas não conseguimos. Criamos até um Programa Nacional de Desburocratização, em 1979, com alguns pequenos avanços, mas diante da força do lobby dos cartórios, poucos anos depois acabou. Como a praga tiririca, que quanto mais corta mais cresce, este mal sempre volta com mais força. Um caso recente é a portaria do Detran de Santa Catarina que criou mais uma taxa, paga aos cartórios durante a compra de veículos financiados.
    É constrangedor, tanto para um empresário quanto para uma simples pessoa do povo, perder horas em filas e dinheiro com exigências formais desnecessárias. João Geraldo Piquet Carneiro, coordenador do Programa Nacional de Desburocratização nos anos 80 e atual presidente do Instituto Helio Beltrão, fala sobre estas exigências descabidas de certidões na compra e venda de imóveis, inclusive os de pequeno valor, como o lote do pobre. “E aí a culpa não é só do governo federal, mas também das corregedorias dos tribunais que cedem à pressão dos cartórios. Até na simples promessa de venda exigem-se certidões negativas antes somente exigíveis no ato final da compra e venda. Portanto, as duas grandes fontes de burocracia estão na política fiscal e na pressão dos interesses corporativos que vicejam na indústria do papelório”, frisa ele..
    A população paga um alto preço por causa desta burocracia. Levantamento do Conselho Nacional de Justiça constatou que os 13.416 cartórios de notas e de registros do País arrecadaram R$ 3,8 bilhões em 2007. Alguns deles chegaram a faturar até R$ 2 milhões por mês. Especialistas adiantam que, com o fim da formalidade exigida pela lei, os cartórios seriam desnecessários. José Osório de Azevedo Júnior, ex-desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo, afirma que “a maior parte das escrituras de imóveis passadas em cartórios são inócuas. São meras formalidades dispensáveis”.
    O juiz Urbano Ruiz, ex-presidente da Associação Juízes para a Democracia, vai além, e diz que quase todos os serviços notariais e registro são inúteis. Ele propõe a abolição da escritura de compra e venda de imóveis, escritura de permuta de imóveis, as procurações, o reconhecimento de firma e autenticação de cópias. Portanto, será um bom combate esta luta contra a máfia do carimbo.

    Darci de Matos é deputado estadual.
    Joinville – SC

  26. Via de regra (no sentido
    Via de regra (no sentido estrito) os donos de cartórios são financiadores de campanhas nos estados e municipios a que pertencem,surge daí um senso de retuibuição dos favores devidos na forma de vereadores e deputados (bancada dos cartórios) que se empenham em dar “proteçaõ legal”,atraves da propositura de leis estaduais e de “pressão”na bancada federal para se manter o “status quo”dos cartórios .mais uma vez ,parabens pela escolha do tema absolutamente pertinente e atual,abraços

  27. Por que ainda existe
    Por que ainda existe cartórios? Em parte porque nunca houve reforma agrária no Brasil. O que existe de propriedade fundiária hoje ainda é herança do período colonial e passa obrigatoriamente por cartórios. Nunca houve reforma neste tipo de registro e neste sentido de controle territorial (e populacional) nunca houve de fato Estado no Brasil.

    O Estado brasileiro de certa forma compete com os cartórios na gestão de seu território e população. Eu vários locais do mundo, os registros de nascimentos, por exemplo, são feitos ainda no hospital (seja ele público ou privado). No Brasil quem faz isso é o cartório e esta pessoa só passa a existir de fato para o Estado quando ela fizer o CPF. Mais surreal do que isso é só mesmo o fato do Pará ser no papel (dos cartórios) pelo menos 6 vezes maior do que é na verdade…

    Em vários países este regime cartorial foi-se com reformas agrárias, o Estado (local ou central) tomou a iniciativa de organizar a confusão das antigas propriedades, unificando o registro. Em algum destes paises ainda há sim notários, mas o que os notários fazem é totalmente diferente. Eles são em geral “advogados” que prestam serviços (para-)jurídicos na transferência de propriedades, testamentos, assermentação de documentos etc., mas não tem exclusividade territorial ou profissional neste mercado e os registros são controlados pelo Estado.

  28. Nassif, moro em Goiânia
    Nassif, moro em Goiânia também e gostaria de avisar ao comentarista ‘eder’ que já foi realizado concurso para tabelião, a fim de substituir esses ‘eternos’. Tenho amigos que passaram e conhecidos – notórios – que não conseguiram.

  29. À Daniel Dantas, os cartórios
    À Daniel Dantas, os cartórios também têm amigos em todo canto. No Congresso é fácil achar uma baciada. Na Folha de S. Paulo, pergunte ao Walter Ceneviva o que pensa deles. Enfim, também são um câncer. Não há nada que fazem que não poderia ser feito por uma subprefeitura qualquer.

  30. Os serviços dos cartórios
    Os serviços dos cartórios são, em geral, necessários. Alguém citou acima o caso das pessoas nos EUA que hipotecaram várias vezes o mesmo imóvel em bancos diferentes apresentando apenas o contrato de compra e venda. Isto só seria possível no Brasil com fraude de documentos e, mesmo assim, seria fácil consultar a situação no imóvel no registro de imóveis. Nos EUA, isto seria impossível.

    Precisa-se mesmo de REENGENHARIA, analisar cada um dos serviços prestados pelos cartórios e definir se eles deveriam ser prestados pelo Estado, por particulares ou serem abolidos. Aí entra a oposição dos lobbies cartoriais.

    Não sei para que servem os cartórios de notas, que entregam notificações registradas de uma pessoa para outra. O Correio poderia fazer o mesmo serviço de forma muito mais barata.

    Que eu saiba, nos EUA, é concedido a alguns comerciantes o direito (ou poder?) de autenticar cópias de documentos com a sua assinatura. Isto explica o caso citado em um comentário sobre a perua/kombi de hot-dog em frente da corte judicial de Newark. Entretanto, leis e processos variam muito de estado para estado nos EUA.

    Não há sistema cartorial totalmente imune a fraudes. É apenas questão de ponderar entre a necessidade de controle de acordo com a quantidade e esperteza dos fraudadores. Entretanto, no Brasil e em Portugal dá-se muita importância aos carimbos e assinaturas. Neste ponto, é interessante o caso de Artur Virgilio, o maior burlão da História de Portugal e talvez do século XX. Depois de uma primeira falsificação de autenticidade de documento, todos que seguiram a reconheceram como verdadeira. O peso dos vários reconhecimentos cartoriais deu aparência de veracidade aos documentos do maior golpe do século XX. Vejam em http://pt.wikipedia.org/wiki/Artur_Virg%C3%ADlio_Alves_dos_Reis

  31. Caro Alexandre

    Se todos os
    Caro Alexandre

    Se todos os dias aparecesse alguém interessado em colaborar com a sociedade, esta aberração chamada cartório, não existiria mais.

    Infelizmente D.Pedro (que só ferrou com o Brasil, literalmente), não poderia deixar de ajudar suas parceiros, que beiravam a falência.

    Luis, parabéns pela resposta.

  32. Cartório tem toda aquela
    Cartório tem toda aquela aberração por um motivo relativamente simples: ele não tem concorrência.

    E para fazer os cartórios concorrerem entre si é muito fácil:

    a) toda escrituração deveria ser digital, e arquivada em um único site especializado – por exemplo as Cias de Processamento de dados estaduais;

    b) o usuário escolhe o cartório de sua preferência e para lá encaminha suas necessidades cartorísticas.

    Aí eles começarão a brigar um pouco por seus clientes, melhorando o péssimo atendimento ou competindo no preço.

  33. O sistema cartorial
    O sistema cartorial brasileiro não é ineficiente, seu maior defeito são os preços extorsivos que extraem da Sociedade, só possiveis porque há uma historica aliança entre o sistema cartorial e os tres Poderes. Em São Paulo o lobby dos cartorios é o mais antigo em atividade na Assembleia, operado com a cara ostensiva do baixissimo clero dos deputados mas com retaguarda bem mais alta. Os aumentos de custas cartoriais geralmente são votados no penultimo dia do ano, para não ter ninguem olhando, um dos ultimos aumentos teve majorações de 500 e 600%, que são votados em dois ou tres minutos.
    Mudar todo o sistema seria uma revolução mas controla-lo melhor é possivel a curto prazo. Está na hora de se criar um Conselho Nacional Cartorial, nos moldes do CNJ e CNMP, para disciplinar os preços aberrantes e disparatados, que não tem nenhuma relação com os custos reais, cobra-se o máximo que der, alguns cartorios do Rio e de SP rendem dois ou tres milhões de reais por mês, isso foi apontado em um levantamento recente do CNJ.
    A concessão cartorial é herdeira das concessões do Rei, o espirito é esse, uma concessão-presente para premiar alguem. Certos serviços são cobrados abusivamente, outros não. Já a burocratização que gera serviços para os cartorios, diminuiu muito quanto houve vontade politica, no tempo do Ministério da Desburocratização , quando Helio Beltrão foi Ministro. Foi só extinguir esse programa, voltaram as firmas reconhecidas desnecessárias para 95% dos casos e autenticações idem, dois serviços que são o arroz-com-feijão dos cartórios. O sistema esta entrnhado no poder politico, é parte dele, só muda à força.
    Nos EUA não existe cartório, qualquer advogado pode ter carimbo de Notário Publico e autenticar documentos, é uma sociedade que confia na palavra mais que no papel, não dá para comparar, é tudo muito mais simples e menos burocratizado.

  34. Ivan Moraes,
    Você mora nos
    Ivan Moraes,
    Você mora nos EUA e diz que aí não existem cartórios? E o que são os mais de 5 milhões de Public Notaries?
    Não só existem, como cada Estado possui regras próprias para a nomeação dos notários, prazos de funcionamento, atribuições, etc.
    Tente fazer um testamento ou apresentar qualquer documento perante uma corte sem o carimbo de um notário.

  35. Já fui a um cartório em
    Já fui a um cartório em Brasília onde o funcionário, para autenticar uma cópia, não precisou do original.
    Quer dizer, cobra-se apenas para dar uma carimbada na folha.

  36. Na Constituinte que elaborou
    Na Constituinte que elaborou a Constituição de 1988 bem que tentaram tornar os cartórios 100% público. Para entender melhor é interessante ler os dois textos abaixo:

    1 – Nota Técnica do CNJ contra a PEC 471/2005
    http://www.cnj.jus.br/images/stories/nota_tcnica_5.pdf

    2 – CARTÓRIOS, REINO DA BUROCRACIA, texto do Senador Geraldo Mesquita Júnior PSB/AC, de agosto de 2003 que, nas suas palavras conta “a história de uma instituição odiosa, da qual o Brasil ainda não conseguiu se livrar. Os cartórios tornaram-se, no Brasil, um Estado dentro do Estado. Impunemente, desafiam a Constituição e as leis, submetendo-as a seus interesses e caprichos, contra os quais, ou reagimos, ou continuaremos, como até hoje, sendo impiedosamente explorados. Uma história que vale a pena ser lida”. (pag. 09)

    Link: http://www.senado.gov.br/web/senador/geraldomesquita/Textos/reino.pdf.

    ________________

  37. “Você mora nos EUA e diz que
    “Você mora nos EUA e diz que aí não existem cartórios? E o que são os mais de 5 milhões de Public Notaries?”: sim, la na porta da corte, o cara do caminhao faz notarizacao e ainda tem um cachorro quente excelente -melhor no verao do que no inverno.

    Num endereco previo a notary public era a tia doida do edificio. So falava em New Age, reincarnacao, e aquele cruel filho que tinha casado contra sua vontade –de fato a ultima vez que ela o viu ele a chamou de bitch, minino, ce acredita?

  38. Cartório ? Para que serve um
    Cartório ? Para que serve um cartório ? Êles me lembram um câncer com as metástases ativadas pelo nosso grande Poder Judiciário. Como qualquer câncer,é de difícil extirpação ! Abraços Sérgio.

  39. É uma mina de ouro ou
    É uma mina de ouro ou diamante. Vinte carimbadinhas no frescor do ar-condicionado equivalem a um Grama de Ouro, retirada de uma mina na áfrica do Sul, a 3 mil metros de profundidade, entranhado em rochas que ainda serão trituradas por megas máquinas.. um longo processo.

  40. Como se não bastasse a
    Como se não bastasse a cobrança em desacordo com a dificuldade do serviço, que na maioria das vezes é apenas carimbar e rubricar, ainda se acham no direito de extrapolarem qualquer limite de bom senso, veja o absurdo neste caso em particular : solicite um documento que tenha sido emitido em duas vias em qualquer tribunal de justiça, veja bem “duas vias”; ao liberar uma das vias do documento, folhas de um processo, por exemplo, é de praxe os cartórios dos tribunais carimbarem um “confere com original”, veja bem, é um carimbo de um tribunal de justiça…agora tente tirar uma cópia autenticada desse documento em qualquer cartório fora do tribunal…impossível tirar, e a justificativa é a de que o documento não é original, apesar de ser uma cópia fiel de um documento que foi emitido em duas vias originais…pior é a AnoregBR concordar com isto e não fazer nada para corrigir !

    Excelente o post do Eder, muito oportuno, e merece mesmo ser discutido com certo destaque, pois vai de encontro ao desejo de milhares de pessoas que até hoje sofrem nas garras dos barões famintos e seus cartórios.

  41. Nassif,

    Quando a construtora
    Nassif,

    Quando a construtora pretende vender um empreendimento na planta, primeiramente o memorial de incorporação deve ser registrado no cartório de registro de imóveis.

    Vou explicar como acontece em Brasília, onde o estado se confunde com o município.

    Cada um destes cartórios é dono de uma parte da cidade. Naquela região só se pode efetuar o registro naquele cartório. Não é como escritura que você pode escolher o cartório que quiser.

    Em Brasília, diferentemente da maioria dos outros estados, o registro de cada unidade deve ser feito quando do registro do memorial, ou seja, se houver 100 apartamentos naquele prédio, você fará 101 registros. Cada registro custa +/-R$355,00.

    O cartório leva +/- R$36.000,00 só para estes registros. Em vários outros estados, o registro (matrícula) do apartamento pode ser feito no momento da venda, ou da escritura, um a um. Só se faz um registro junto com o memorial.

    Quem estiver mais por dentro de como isto acontece em outros estados, pode me corrigir à vontade e complementar.

    Um empreendimento com 243 unidades lançado no ano passado, deixou +/- R$86.000,00 no cartório.

    Quando do registro de cada escritura, caso seja com alienação fiduciária, serão mais dois registros para cada apartamento: R$710,00, totalizando R$172.000,00

    Quando termina a obra, vem a averbação do habite-se (uma pelo empreendimento), averbação da convenção de condomínio (uma por cada unidade) e o registro da instituição do condomínio (um por cada unidade). Cada averbação custa 1/2 registro.

    Aquele prédio com 243 unidades, custará aproximadamente, mais R$129.000,00 para regularização do condomínio.

    Em linhas gerais, é isto.

  42. Não existe notário otário. Um
    Não existe notário otário. Um dos mais conhecidos deles é o Marcio Braga, atual presidente do Flamengo.

  43. Nassif,

    Ano passado ouvi uma
    Nassif,

    Ano passado ouvi uma reportagem na “National Public Radio” aqui nos EUA sobre a profissão de despachante (uma idiossincrasia brasileira). Na reportagem o despachante aparecia como a resposta brasileira à burocracia cartorial.

    Recentemente um amigo contraiu um empréstimo no Brasil e a Caixa requereu a autenticação da autenticação cartorial. Depois de autenticar o documento no cartório, o amigo ainda teve que ir ao fórum para certificar a autenticação.

    A título de compração, aqui nos EUA, quando se requer a autenticação de um documento (fato raro) você pode fazê-lo em qualqur banco.

  44. Modernizaram o atendimento
    Modernizaram o atendimento (senha, computador, pessoal treinado), mas o que se cobra por carimbadas e vistos desnecessários é um absurdo, coisa típica de país atrasado. Continuam sendo minas de dinheiro.

  45. Cartório.

    Talvez eu devesse
    Cartório.

    Talvez eu devesse me autofragelar depois de dizer isso, mas em si mesmo entendo que tenha serventia. Considero que dar oficialidade a documentos e atos firmados entre as pessoas seja relevante para tentar (TENTAR) inibir fraudes, enganações e outras procedimentos inescrupulosos que se faz onde impera a ética do jeitinho com vistas a levar vantagem em tudo.

    O que não entendo é porque sejam privados.

    Minha opinião é de que apenas o Estado deveria exercer o papel de legitimidade de procedimentos. O banco de dados deveria ser único, nacional, com pontos de atendimento esparramados pelo território. Os preços dos serviços adequados à prestação do serviço, sob controle do MInistério da Justiça.

    Considero que a publicização dos Cartórios, via criação de uma autarquia nacional, deveria ser acompanhada pela unificação dos documentos de cidadadia. Ao invés de um RG de registro na Segurança Pública, o individiduo receberia um RC, Registro de Cidadania, que susbstituiria todos os RGs, unificando-os, eliminando os Títulos de Eleitor, que já estaria implícito no Registro de Cidadania, desde que chegada a idade mínima exigida. Também não existiria mais o CPF. O Registro de Cidadania cumpriria o papel de controle fiscal.

    Além de eliminar as distorções do sistema cartorial, a vida do indivíduo seria simplificada sem perder nenhum dos direitos vigentes, pelo contrário, assegurando maior facilidade para seu exercício concomitantemente à elevação das condiçoes de fiscalização.

  46. “Um empreendimento com 243
    “Um empreendimento com 243 unidades lançado no ano passado, deixou +/- R$86.000,00 no cartório.

    Quando do registro de cada escritura, caso seja com alienação fiduciária, serão mais dois registros para cada apartamento: R$710,00, totalizando R$172.000,00

    Quando termina a obra, vem a averbação do habite-se (uma pelo empreendimento), averbação da convenção de condomínio (uma por cada unidade) e o registro da instituição do condomínio (um por cada unidade). Cada averbação custa 1/2 registro.

    Aquele prédio com 243 unidades, custará aproximadamente, mais R$129.000,00 para regularização do condomínio.”

    Ta explicado: nos EUA DETESTA SE O JURIDICOIDE!

    Tudo que eh juridicoide nos EUA tem diretamente a ver com bancos. De governo mesmo, virtualmente nada eh juridicoide.

    Esqueci de dizer antes: o nome da tia doida do edificio era Maryann Tevis, pessoa excelente que todo mundo gostava no edificio. Ela deve viver la ainda. Primeira vez que precisei dela ela tirou o carimbo do bolso do hobby, que estava emcima do pijama, e notarizou minha assinatura. So isso.

    ABAIXO OS JURIDICOIDES!

  47. quem é o goiano otimista
    quem é o goiano otimista ai????
    vc acha q o pessoal do concurso dos cartorarios de goias vai conseguir banir todos os irregulares????
    Ja existem algumas liminares, concedidas pelo juiz da fazenda publica, eXmo. Sr. Ari Ferreira de Queiroz, mantendo os irregulares em gyn, anapolis, anicuns e outras cidades…Liminares estas, contrariando as determinações do CNJ… Que eu saiba, as deterimações do CNJ devem ser questionadas no SUPREMO….
    barbaridade amigo…
    temos muito a caminhar….
    Fique tão indignado hoje, que resolvi enviar esse tema para enriquecer o Fora de Pauta desse blog. Parece q deu Certo!!! Não é somente eu que estou irritado com todas essas bagunças, à moda Brasileira…

  48. quem é o goiano otimista
    quem é o goiano otimista ai????
    vc acha q o pessoal do concurso dos cartorarios de goias vai conseguir banir todos os irregulares????
    Ja existem algumas liminares, concedidas pelo juiz da fazenda publica, eXmo. Sr. Ari Ferreira de Queiroz, mantendo os irregulares em gyn, anapolis, anicuns e outras cidades…Liminares estas, contrariando as determinações do CNJ… Que eu saiba, as deterimações do CNJ devem ser questionadas no SUPREMO….
    barbaridade amigo…
    temos muito a caminhar….
    Fiquei tão indignado hoje, que resolvi enviar este tema para enriquecer o Fora de Pauta desse blog. Parece q deu Certo!!! Não é somente eu que estou irritado com todas essas bagunças, à moda Brasileira…

  49. Em Manaus, um autenticação
    Em Manaus, um autenticação custa R$ 2,70, esse serviço extremamente inútil. O pior é que qualquer expediente tem que ser registrado em cartório. Por exemplo, o registro de um imóvel custa 6% do valor pago pelo mesmo. Depois é preciso registrar na prefeitura e pagar mais imposto. Ora, se o imóvel é registrado na prefeitura, por que é preciso registrar também no cartório?

    PS: Taxas, impostos altos e redundantes são necessários para manter a inoperância dos salários, aposentadorias e pensões dos “servidores públicos”, executivo, legislativo e judiciário: todos só ficam de boca aberta esperando o contribuinte trabalhar pra mante-los ociosos e com altos salários.

    Ex: Brasília não produz, se quer, uma agulha, mas aparece apresenta a terceira renda per capita do país. e o que os serviços desses servidores públicos apresentam de fato, efetivamente? NADA.

  50. Caro Nassif
    É uma máfia, se
    Caro Nassif
    É uma máfia, se a assinatura não bate, começa tudo de novo, autenticar uma cópia com a original em mãos, é irritante, somos escravos desse processo, ser dono de cartório deve ser o mesmo que de uma mina, o movimento é o dia inteiro. Entendo a preocupação com as fraudes, mas é um carnaval…
    Saudações
    Avelino

  51. Estou solicitando cidadania
    Estou solicitando cidadania Portuguesa e tive que tirar nova via da certidão de nascimento de meus avós, que tinham praticamente a mesma idade. A certidão solicitada em Portugal, pela internet, chegou aqui no Rio em 8 dias úteis e custou, correio incluído, R$58. A solicitada aqui no Rio, necessitando comparecer pessoalmente para pedir e para buscar, demorou 20 dias e custou R$78,00.

    Burros são os portugueses…

  52. Quem aqui paga serviço de
    Quem aqui paga serviço de despachante, para licenciar carro, etc..?
    Ninguém!
    Porém na década de 90, todos utilizavam.

    A tecnologia decreta o fim da burocracia, a questão é quando terão coragem de cortar o leite que amamenta meia dúzia de “amigos”.

  53. Não é de se estranhar que
    Não é de se estranhar que estes parasitas da nação, no caso os de Goiás, estejam com uma ação no STF para se perpetuarem nestas Capitanias Hereditárias, pretendendo impedir que o Corregedor-Geral do TJGO promova concurso público para ocupação de cargos vagos que há anos estão em mãos da parentada de juizes e políticos de lá, segundo informação do desembargador ao STF são mais de 300 cartórios vagos, com interinos se locupletando das rendas.
    Aqui no Rio, é uma barbaridade as custas cartorárias destas sinecuras e eles acham pouco, veja por exemplo, quanto de custas foi pago em 11.07.2008 (cópia do recibo em meu poder) pelo registro de um apartamento no 5º. Ofício de Registro de Imóveis da Capital:
    Registro R$ 484,91
    Busca Indisponib. R$ 9,65 (????)
    Prenotação R$ 2,37 (????)
    Microfilmagem R$ 21,90 (se querem microfilmar por quê botar na conta do cidadão)
    Informática R$ 13,65 (quem é que se beneficia com ainformática? seus próprios serviços cartórários)
    Arquivamento R$ 38,34 (???)
    Gravação Eletrônica R$ 2,73 (???)
    Guia de Comunicação R$ 4,19 (a gente paga pelo dever que eles têm de informar à Prefeitura que o imóvel foi transferido de dono)
    20% F.E.T.J. R$ 115,55 (fundo para o TJ)
    05% FUNDERJ R$ 28,88 (fundo para a Defensoria Pública)
    05% FUNPERJ R$ 28,88 (fundo para o Ministério Público)
    Mútua R$ 8,15
    TOTAL R$ 759,20
    Todo ano sofre reajuste.
    Vale registrar que, aproximadamente, este valor é pago antes ao tabelionato de Notas para lavrar a escritura e outro tanto para registrá-la.
    Observem-se as rubricas, como se fosse possível registrar um titulo sem fazer a “prenotação” e “a busca de indisponibilidade de bens do vendedor”, por outro lado, as rubricas “microfilmagem”, “informática” e “arquivamento” é problema deles, mas vai pra conta do cidadão que já pagou R$ 489,91 reais, onde deveria estar tudo incluído, mas tudo isso é feito dentro da lei que eles arranjam com seus poderosos lobbys tanto nas assembléias estaduais, como no Congresso Nacional.
    E outro dia ainda tive que ler declaração de um dos representantes destes donatários que eles são uns “abnegados”.

  54. Nassif, permita-me palpitar
    Nassif, permita-me palpitar sobre alguns comentários:

    # 20/01/2009 – 12:31 Enviado por: Euclides
    Tive essa surpresa ao me mudar da Bahia para Brasília. Enquanto na Bahia o registro no SNG (Sistema Nacional de Gravames) é feito de forma automatizada pela instituição financeira, possibilitando a entrega do CRLV já no dia útil seguinte, em Brasília se exige, além do registro no SNG, o registro em cartório, para que a anotação passe a constar no Sistema Territorial de Gravames e, só a partir daí, na base de dados do Detran. O custo da brincadeira? R$ 98 e não me lembro quantos centavos. Em 2008, segundo o Detran/DF, foram licenciados 80.858 veículos. Quantos deles teriam sido adquiridos por consórcio, financiamento ou leasing?

    # 20/01/2009 – 13:18 Enviado por: altamiro
    O registro imobiliário, especialmente de terras em áreas rurais, é regido por um “cipoal” (assim dizem os juristas) de normas, envolvendo terras devolutas, o registro do Livro 2 (extrajudicial), o registro Torrens (judicial), e por aí vai…
    Quanto à “legalização” de terras, basta ver as grilagens, as discussões sobre usucapião de terras públicas e os exemplos edificantes da região de Barreiras e São Desidério, na Bahia, onde, a exemplo do estado do Pará citado em outro post, a soma dos registros excede em muito a área dos municípios. Ou o fato de alguns políticos serem grande latifundiários e, “coincidentemente”, familiares de titulares de cartório de registro imobiliário.

    # 20/01/2009 – 13:30 Enviado por: Wagner P.
    Curiosidade: os cartórios extrajudiciais são particulares, mas o valor das custas é estipulado, em alguns lugares, por lei estadual, e, em outros, por ato do Tribunal de Justiça. Como se imaginar que vá haver concorrência entre os cartórios? A propósito: em Brasília, os cartórios fazem como os bancos – afixam cartazes com o tempo máximo de espera pelo atendimento e o telefone do Procon…

    # 20/01/2009 – 14:50 Enviado por: Jose Arlindo (BH)
    Sobre o registro de imóveis: as prefeituras têm todo um cadastro com os imóveis urbanos, e a própria Lei de Registros Públicos exige, para o imóvel rural, o CCIR, que é expedido pelo Incra.
    Quanto às pessoas jurídicas, as Juntas Comerciais são muito mais ágeis que os cartórios: se for para desburocratizar, bastaria atribuir a elas o registro das sociedades simples.

    # 20/01/2009 – 16:24 Enviado por: Wandhkleysson
    Realmente, restrições ao direito decorrentes, por exemplo, de penhor e hipoteca, exigem um mínimo de formalidade, o que justifica a necessidade dos cartórios de registro imobiliário. Acontece que, até hoje, a Lei de Registros Públicos ainda fala em livros, averbações, enquanto a Receita Federal, por exemplo, emite certidões pela internet, com chave para verificação de autenticidade.
    Quanto ao cartório de notas, os Correios podem mesmo ser um substituto mais eficiente e barato – atualmente, intimações são entregues por A.R., que já é reconhecido também como um instrumento a favor da celeridade processual nos procedimentos de consignação em pagamento.
    Em tempo: tomei um susto quando vi o nome “Artur Virgilio”…

    # 20/01/2009 – 17:47 Enviado por: peregrino
    Até 1999, para ingressar com um recurso no TRF, os cartórios das varas federais autenticavam gratuitamente as cópias das peças do processo. E não é que, no fim daquele ano, passaram a cobrar pelo serviço, através de guia de recolhimento pagável na CEF?

  55. Sem dúvida o interesse dos
    Sem dúvida o interesse dos cartórios nos serviços do Detran deve-se ao fato de que eles estão perigando em suas atividades rotineiras, sem falar na alta espectativa de lucros que isso pode gerar.

    Em São Paulo, a febre privatizadora do PSDB alimenta ainda mais esse desejo.

    Entre os despachantes já existem rumores de que os cartórios logo logo poderão realizar o bloqueio do veículo quando do registro da venda, para que se obrigue a transferência em 30 dias como manda a Lei. Daí para o registro e licenciamento é um pulinho. E por que não renovar a CNH no cartório? Claro, com a devida cobrança cartorária.

    Pra quem acha que é pouco, basta entrar no site do Detran e conferir as atualizações da frota. É uma mina de ouro.

  56. Pessoal, antes de mais nada,
    Pessoal, antes de mais nada, quero deixar bem claro que não sou cartorário nem tenho parentes cartorários, mas tenho um pouco de experiência na área imobiliária. Apesar de muitos protestos legítimos contra a organização cartorial, creio que os cartórios podem ser utilizados na lógica capitalista moderna. Sabe-se muito pouco sobre eles e sobre suas funções. Existem, basicamente, os seguintes tipos de cartórios: Registro de Imóveis, Registro de Títulos e Documentos, Registro Civil de Pessoas Jurídicas (que geralmente está junto com o de Títulos e Documentos), Registro Civil de Pessoas Naturais, Tabelionato de Protestos, Tabelionato de Notas e Tabelionato de Contratos Marítimos.

    Devemos ter em mente, em primeiro lugar, para analisarmos a questão, que existe uma substancial diferença entre registros públicos e cartórios. Registros públicos são essenciais em todo e qualquer país e existem em todo lugar do mundo. Ocorre que, em muitos países, os serviços notariais e de registro são prestados diretamente pelo Estado (como na Alemanha e nos Estados Unidos). Ainda que com toda a tecnologia, a sociedade não abre mão de registros (ainda que eletrônicos). Sem registros públicos, não existe nascimento reconhecido pelo direito, não há transferência de propriedade imobiliária nem de direitos reais sobre imóveis com o mínimo de segurança jurídica, não há a formalização jurídica da vontade das partes com fé pública nem a presunção de veracidade de negócios jurídicos entre entes privados. Aliás, a fé pública nos documentos particulares fica muito prejudicada Nesse sentido, o papel desempenhado pelos registros públicos é essencial. No Reino Unido, até meados do século XX, praticamente não havia registros públicos, mas hoje há.

    Cartórios são estabelecimentos nos quais tais serviços são prestados por PARTICULARES. Aí está a diferença fundamental entre cartórios e registros públicos. Estes são pressupostos daqueles, mas a recíproca não é verdadeira. No Brasil, assim como em outros países, como na Espanha e na Argentina, adota-se, há séculos, o modelo cartorial, com a prestação dos serviços notariais e de registro por entes privados. Isso não torna a função, pública, desnecessária, pois registros públicos são necessários em qualquer sociedade. Acabar com esse modelo de uma hora para outra provocaria o exsurgimento de problemas constitucionais, como a questão do direito adquirido, pois quem já está exercendo regularmente a profissão, após ser aprovado em concurso público, já adquiriu o direito à exercer a profissão nos moldes atuais. Além disso, por força do princípio da isonomia, não seria correto privar os outros cidadãos, que atenderem aos requisitos legais, dessa possibilidade. Por fim, trata-se de um sistema consolidado no Brasil, e estatizar os cartórios prejudicaria a própria dinâmica do sistema de registros públicos. Pensemos quantos cartórios existem em todo o Brasil. O titular da delgação contrata por iniciativa própria seus auxiliares e seu substituto. Imaginem se fossem estatizados os cartórios nessa altura do campeonato: além dos problemas referentes ao direito adquirido, haveria outras implicações seríssimas, como a necessidade de o Estado promover concurso públicos PARA TODOS OS CARGOS DENTRO DE TODOS OS CARTÓRIOS. Se já é difícil promover concursos para os delegatários dos serviços, pensem só como seria ter de promover concursos para todos! Aí que o negócio não andaria nunca mesmo.

    O problema maior é regulamentar a profissão, de modo que todos os brasileiros que preencham os requisitos da lei possam ter acesso a essa função pública por meio de concursos públicos, conforme diz a constituição (ressalvados os que têm direito adquirido a exercer em virtude a hereditariedade, como aqueles que assumiram a função ANTES da obrigatoriedade de concursos públicos). Desde 1982 (por meio de uma emenda à constituição de 1967/69), são obrigatórios os concursos públicos. Essa é a regra, e ela deve ser respeitada. A OAB já se manifestou contrariamente à PEC 471/2005 (PEC dos Cartórios, que busca efetivar os que estão em situação irregular) e sinalizou que, caso aprovada, será ajuizada uma ADIN no STF contra ela. Há diversos princípios constitucionais explícitos e implícitos que não admitem derrogação por emenda constitucional e, dentre eles, encontra-se o da igualdade, que tem como um de seus desdobramentos o direito de todos os cidadãos brasileiros, que atendam aos requisitos da lei, a concorrerem a todos os cargos, empregos e funções públicas. E a função cartorial é pública por excelência, apesar de ser prestada por particulares. É muito parecida com a concessão de serviço público, guardadas as devidas proporções.

    Na Espanha e na Argentina, exemplos citados, os serviços notariais e de registro são prestados na modalidade cartorial e muito bem prestados. E muitos cartórios do Brasil prestam devidamente seus serviços. Há, inclusive, na Espanha, cursos de ensino superior voltados para a área. Verifica-se, assim, que regulamentar a profissão é algo plenamente possível e que vale a pena, em prol do princípio da segurança jurídica nos atos e negócios jurídicos.

  57. Nassif, um cartório é um
    Nassif, um cartório é um Feudo, uma doação, e a lógica de um cartótio ou Feudo, é a sobrevivência, com o enriquecimento dos seus proprietários ou Senhores, através da exploração da população ou da plebe, que mantém esses ricos senhores, a pretexto de “alguma garantia ou segurança”, que não se sabe exatamente qual é. Sdc

  58. “Ora, se o imóvel é
    “Ora, se o imóvel é registrado na prefeitura, por que é preciso registrar também no cartório?”: corrupcao juridicoide.

    “Brasília não produz, se quer, uma agulha, mas aparece apresenta a terceira renda per capita do país. e o que os serviços desses servidores públicos apresentam de fato, efetivamente? NADA”: corrupcao juridicoide.

    Mas isso ja eh aberracao:

    “Registro R$ 484,91
    Busca Indisponib. R$ 9,65 (????)
    Prenotação R$ 2,37 (????)
    Microfilmagem R$ 21,90 (se querem microfilmar por quê botar na conta do cidadão)
    Informática R$ 13,65 (quem é que se beneficia com ainformática? seus próprios serviços cartórários)
    Arquivamento R$ 38,34 (???)
    Gravação Eletrônica R$ 2,73 (???)
    Guia de Comunicação R$ 4,19 (a gente paga pelo dever que eles têm de informar à Prefeitura que o imóvel foi transferido de dono)
    20% F.E.T.J. R$ 115,55 (fundo para o TJ)
    05% FUNDERJ R$ 28,88 (fundo para a Defensoria Pública)
    05% FUNPERJ R$ 28,88 (fundo para o Ministério Público)
    Mútua R$ 8,15
    TOTAL R$ 759,20”

    Pera la! Querem saber quem deu essa autoridade juridicoide toda pra essa gente?

    Coroneis juciarios.

  59. Esse argumento de evitar
    Esse argumento de evitar fraude é o papo mais velhaco que existe.

    Primeiramente, se já há no ordenamento jurídico e no aparelho do Estado previsões e instituições que coibem a fraude, seja prevenindo ou reprimindo, não há o menor sentido em se apoiar em mais uma estrutura cuja eficiência neste sentido é pra lá de duvidosa.

    Um outro ponto é a questão do profissionalismo da fraude. Quem frauda de fato não vai ser dissuadido por alguém que supostamente verifica o original antes de dar uma carimbada da cópia, atribuindo-a fé pública. E isso sem contar que é muito mais fácil falsificar uma cópia autenticada do que um original.

    Finalmente, e o mais importante, é a fragmentação do registro, ou melhor da fé-pública, e que aumenta a possibilidade de fraude. É muito mais difícil, por exemplo, casar duas vezes em um Estado não poligâmico de registro único do que de múltiplos possibilidades de registros. No Brasil, dá pra casar de novo a cada mudança de endereço. E nem quero entrar aqui na questão de fraudes cometidas com uma certa cumplicidade dos cartórios ou mesmo cometidas por eles. O que teve de terra da união que foi parar na mão dos outros via maracutais de cartório não está no giibi… Putz… nem quero imaginar o que vai aparecer de problema fundiário quando fizerem o trem da alegria destes cartórios irregulares… Enfim, os cartórios geram mais fraudes do que evitam. E como as fraudes via cartório têm por definição fé-pública, temos além de um problema lógico pra lá de interessante (a quebra da confiança que todos têm que confiar), algo que passa batido por ter um carimbo que diz que não é fraude.

  60. Não deixa de ser curioso que
    Não deixa de ser curioso que o modelo de incompetência, ineficiência e exploração predatória de mercado consumidaor – o modelo cartorial -, que Roberto Campos usou na sua muito bem sucedida campanha contra a instalação de uma indústria de informática (hardware e software) no Brasil, esteja em pleno funcionamento no país, e que tão poucas vozes contrárias a ele sejam ouvidas.

    Os cartórios são um tipo de parasita da sociedade, um dos piores tipos.

  61. Nos EUA existem os Notary.
    Nos EUA existem os Notary. São pessoas comuns que fazem um curso e são habilitadas pelo Estado para exercerem a função de autenticarem um documento. Precisei autenticar um documento, por exigência da Embaixada do Brasil, e uma colega de trabalho, que tinha a função de notary o autenticou para mim sem cobrar nada. É como se fosse um “fiador” do documento, só que sem nenhuma burocracia. É na base da confiança.

  62. Quando a gente compra um
    Quando a gente compra um imóvel tem que pagar ITBI pra Prefeitura. Isso já bastaria para registrar o imóvel. Mas não. Temos que pagar escritura e depois registro, valores absurdos, totalmente desnecessários.

    Os cartórios devem ser extintos, tudo o que eles fazem poderia ser feito pelo poder público, sendo que o dinheiro arrecadado seria revertido para a sociedade (pelo menos em teoria), já o dos cartórios vai para meia dúzia de privilegiados.

    Aliás, há algo de podre entre os cartórios e a mídia, que simplesmente ignora essa roubalheira.

  63. “Os cartórios devem ser
    “Os cartórios devem ser extintos, tudo o que eles fazem poderia ser feito pelo poder público”

    O golpe reside em colocar se como intermediario entre as pessoas e o que elas querem. TODO golpe do bau consiste nisso.

    Quanto ao aspecto juridicoide, eh o que mais existe no Brasil.

  64. Nao tenho certeza, e gostaria
    Nao tenho certeza, e gostaria de ter esclarecida essa duvida: das custas pagas aos cartorios 100% ficam com eles . Disseram-me que os cartorios ficam com algo em torno de 60% e o resto vai para algum orgao de justica. Se isso for verdade ai esta a resposta do porque dos cartorios ainda existirem e responde ao questionamente de recebimento em dinheiro.Assim fogem da fiscalizacao do tal orgao.

  65. R$ 2,00 até que está barato
    R$ 2,00 até que está barato para autenticar um doc. Aqui em BH é R$ 3,53. Mas, alguns bancos aceitam a apresentação do xerox e do original e o próprio gerente carimba um “confere com o original”.

  66. Se eu tivesse o poder total
    Se eu tivesse o poder total por apenas um dia, tenho certeza que mandaria queimar todos os cartórios do país, página por página.

  67. Nassif, você sabe quem são os
    Nassif, você sabe quem são os maiores pagadores de imposto de renda da pessoa física do Brasil?

    Não, não é o Sílvio Santos.

    Isso mesmo, são os titulares de cartórios que pagam uma verdadeira fortuna.

    Daí você pode ter uma visão desse enriquecimento imoral.

  68. Prezado Nassif, o debate pode
    Prezado Nassif, o debate pode ser outro. Como você bem disse, há um ambiente moderno nos cartórios, com concursados, operadores do dreito. Veja que as serventias mais ineficientes do país estão na Bahia, onde o regime é outro, estatizado (CF, ADCT, art. 32, que excepciona a regra saudável do art. 236). Após pressão da recém criada Andecc – Associação Nacional em Defesa dos Concursos para Cartórios, o CNJ privatizou o sistema baiano do finado ACM.
    O blog Casa Registral e Notarial postou notícia relevantíssiam: a da venda do Empire State Building pelo The New York Daily News, usando nomes fictícios, inclusive do notário.

    12/01/2009
    Os EUA e e a ausência de segurança jurídica registral

    Jornal consegue “roubar” titularidade do Empire State em 90 minutos

    03/12 – 15:44 – EFE

    Nova York, 3 dez (EFE) – O Empire State Building de Nova York protagonizou uma façanha descrita como uma das mais espetaculares da história americana: um jornal nova-iorquino conseguiu “roubar” o arranha-céu em menos de uma hora e meia.

    O “The New York Daily News” revela hoje em sua edição impressa como conseguiu obter a titularidade do edifício com a ajuda de documentos e notário falsos.

    Segundo o jornal, os responsáveis por este grande golpe só tiveram que preencher papéis falsos e, em menos de 90 minutos, eram o novo proprietário do edifício escalado por King Kong em 1933, por US$ 2 bilhões.

    Para dar impressão de realidade à fraude, o “New York Daily News” fingiu ser uma empresa chamada Nelots Properties – nelots é stolen (roubado) ao contrário.
    Além disso, na documentação colocou como testemunha da transação o nome de Fay Wray, a atriz que interpretou Ann Darrow, a loira que seduziu King Kong, e como notário o ilustre ladrão de bancos Willie Sutton.

    O “golpe” foi dado na segunda-feira passada e, segundo os promotores, buscava demonstrar o perigo de uma brecha legal que existe na regra local pela qual não se requer a intervenção de um funcionário para verificar a informação fornecida neste tipo de transações.

    Apesar de ter ficado claro que o roubou não ficaria em segredo por muito tempo, no caso de imóveis mais modestos pode ser que sejam fechadas vendas inclusive sem que o proprietário saiba, como queria denunciar o “New York Daily News”.

    O jornal, que não forneceu todos os detalhes da operação para nao facilitá-la, “devolveu” o edifício a seus donos, a empresa Empire State Land Associates, após 24 horas.

    O periódico diz que, quando a transferência é aprovada, é fácil conseguir uma hipoteca.

    Isso porque “os intermediários, os representantes das companhias, os bancos que fazem empréstimos, os advogados e outras pessoas relacionadas ao processo hipotecário não costumam verificar a identidade e outra informação fornecida pelos usurpadores” .

    Em 2007, as denúncias de atividades suspeitas apresentadas por instituições financeiras e relacionadas com empréstimos hipotecários aumentaram em 31% frente ao ano anterior, de acordo com dados do FBI (Polícia federal americana) citados pelo jornal.

    Fonte: Último Segundo (Ig), em posto do blog CASA REGISTRAL E NOTARIAL.

  69. Complementando. A coisa só
    Complementando. A coisa só vai andar na Bahia, com a realização de concursos, segundo sabemos, de corredor, porque o governador Wagner está interessado em modernizar de fato o Estado. Todavia, a transição será penosa e demorada: os atuais servidores, delegatários dos serviçõs extrajudicias, NÃOo concursados nos moldes do art. 236, continuarao à frene dos cartórios, até a vacância (é dizer, até além da idade relativa à “expulsória”, ou, em bom machadiano português, até que a cova os convoque).

  70. Já dizia um grande filósofo
    Já dizia um grande filósofo grego, a ignorância é a mãe do atrevimento. Quanto besterol. Quanto o Estado cobra para emissão da carteira de identidade, CNH, IPVA e mais os pedágios, etc…….. É só dar um pulinho na Bahia, lá os cartórios são todos estatisados, ou seja, é o Estado que faz os serviços, greves a todo momento, uma certidão demora mais de trinta dias…
    Em todo o lugar existem maus profissionais, no meio cartorário também, com certeza, mais não se pode generalizar, vejam por exemplo a nova lei para inventário e separação. Inventário que no judiciário demorava três anos, agora se faz em trinta dias. Se você vai a praia é ela pública, mais se você quiser um guarda-sol, cadeiras e demais mordomias, paga-se uma taxa e assim é, vejam na área da saúde, os serviços prestados pelo poder público e os serviços prestados por particulares…..

    Esse que falam mau, estão louquinhos para ter um cartório…..

  71. Para defender enfaticamente
    Para defender enfaticamente estes parasitas da nação que arrecadam rios de dinheiro aumentando suas fortunas pessoais, perpetuam seus privilégios através de leis que conseguem a custa de muito lobby, só podemos supor que o senhor Abel deve ser um dos privilegiados prósperos donos de cartórios.
    Fico só neste exemplo aqui do rio: certa vez, um corregedor-Geral tentou redividir os Registros de Imóveis (aqui na capital são 11), devido ao crescimento populacional, de maneira a facilitar a vida do cidadão. Pois bem, os parasitas foram até o STF e conseguiram derrubar a pretensão do corregedor, eis que, não poderiam abrir mão da fortuna que arrecadam e os serviços não são lá esta maravilha como afirma o nobre comentarista senhor Abel.

  72. Convém esclarecer que existem
    Convém esclarecer que existem sim notários nos Estados Unidos da América. Informações sobre esse serviço lá podem ser obtidas em http://www.nationalnotary.org.

    E, quem diria, lá também existem os serviços de reconhecimento de firma e autenticação de cópia. Na Flórida, por exemplo, “notaries are authorized to attest to the trueness of photocopies of certain documents. Although commonly known as certified photocopies, the notary law refers to these documents as attested photocopies.” (fonte: http://www.flgov.com/notary_ref_manual). Quanto ao custo desse serviço consta do Manual que “The maximum fee a notary may charge for making an attested photocopy is $10”, mais de 20 vezes mais do que no Estado de Goiás.

    No Estado de Nova Gales do Sul, na Austrália, o valor sugerido é ainda maior, sendo de AU$44.00, como se pode verificar no site http://notarynsw.org.au/fees_scale.

    No mais, a autenticação de uma cópia geralmente é exigida pelo destinatário do documento para eximi-lo de responsabilidade pelo cotejo entre o original e uma cópia, agilizando os atendimentos e conferindo segurança quanto à autenticidade, visto que tabelíães e escreventes estão afeiçoados à análise documental e geralmente têm capacitação e grafotécnica e documentoscopia.

  73. Pois é Reinaldo, agradeço
    Pois é Reinaldo, agradeço pela mensagem lúcida!
    A grande maioria das demais mensagens está turvada por rancor, preconceito e má-informação.
    É lamentável que um espaço de discussões bacana como este seja tão mal aproveitado. Por aqui infelizmente não encontramos boas idéias para o aperfeiçoamento da atividade notarial e registral. Pior, essa mensagens intestinas vão é contribuir para que o setor “sujeito a influência política” prevaleça sobre o “setor moderno”, para usar as expressões do Nassif.

  74. Nassif e demais leitores:
    É
    Nassif e demais leitores:
    É muito fácil criticar o que não se conhece.
    A crise imobiliária americana se desenvolveu por causa de um ineficiente sistema de controle das “mortgages” e dos “trusts” (parecidas com nossas hipotecas e alienações fiduciárias).
    Os americanos não possuem um sistema registral que controle a titularidade da propriedade imobiliária, do ônus real, ou de quem é o credor de uma relação jurídica que tem como garantia, um imóvel.
    Deu no que deu.
    No Brasil isso não aconteceria, pois a publicidade registral informa a qualquer cidadão a situação jurídica de um imóvel.
    Então o que se faz lá?
    SEGURO. O lobby das seguradoras é fortíssimo para qualquer mudança no sistema. E não é que algumas quase faliram? O tesouro do Tio Sam acudiu, senão, ia pro brejo.
    O judiciário americano já fez estudo sobre a insegurança de seu sistema imobiliário e adivinhem a que conclusão chegaram?
    O sistema alemão (muito próximo ao nosso) é o adequado ao trafego imobiliário americano. Há um órgão jurídico de controle, que não se confunde com o cadastral feito pelos municípios, e o nome disso na Alemanha é justamente Cartório de Registro de Imóveis, tal como na Espanha, Portugal, Bélgica, Áustria, Itália, só para citar os europeus.
    Então a culpa não é do cartório, e sim a falta dele.
    É uma profissão que para ingressar, precisa ser bacharel em direito e prestar e passar num disputadíssimo concurso público.
    E quantos querem prestar? Milhares. Só no atual concurso de São Paulo, quase cinco mil candidatos se inscreveram. Só passarão aproximadamente cem. Porque será?
    Alguns ganham menos de dois mil reais líquidos por mês, e a responsabilidade civil e penal é enorme.
    Alguns ganham milhões, mas são a exceção.
    Mas como se diz, “só se vê o brilho da estrela e não a distância dela”.
    E o pior de tudo é que já faz mais de 20 anos que a Constituição Federal de 1.988 em seu artigo 236 fala que para ingressar nesta atividade é preciso concurso público.
    E sabem o que querem os que não fizeram concurso?
    Serem efetivados por uma proposta de emenda constitucional – a goiana PEC 471, que efetiva todo mundo sem concurso público.
    Porque será?
    Querem que a atividade que se moderniza com os concursos que se realizam por todo o Brasil continue com aquela imagem de CAPITANIA HEREDITÁRIA.
    Nossos DEPUTADOS FEDERAIS tem a responsabilidade de dar um BASTA nesse retrocesso.

  75. Nassif, tenho certeza que
    Nassif, tenho certeza que você como um dos mais brilhantes jornalistas possa verificar a segurança jurídica que os cartórios representam no brasil “terra dos arrumadinhos”…Quando se adquiri um imóvel no Brasil e leva a registro você tem toda a tranquilidade e segurança. Nosso sistema é tão eficiente que dirigentes do mundo todo vem conhecê-lo. É uma pena que num blog tão conceituado só se discuta o que e quanto se ganha…não se importando com a SEGURANÇA dada pelos cartórios….É uma pena que haja tanta gente desinformada no Brasil….

  76. Pesquisa realizada nos
    Pesquisa realizada nos EUA,onde não existe cartórios,feita pela empresa Tillinghast,comparou o custo da administração da justiça naquele país com o de países que possuem cartórios.O critério utilizado foi o de estabelecer a porcentagem do PIB comprometida com o orçamento do judiciário.Conclusão:enquanto nos países que possuem cartórios(França,Alemanha,Itália,Espanha,Holanda e Japão) o custo do judiciário gira em torno de 0,5% do PIB, nos EUA eleva-se a cerca de sete vezes mais,ou seja, a 3,6%do PIB.

  77. Posso falar pelo Registro de
    Posso falar pelo Registro de Imóveis, que é uma instituição seriamente respeitada na Europa, principalmente na Espanha, por garantir o direito de propriedade das pessoas. É preciso que um órgão independente (em todos os sentidos) e sério fique a cargo de tamanha responsabilidade.

    O Banco Mundial recentemente analisou o preço para se adquirir um imóvel no mundo e o Brasil ficou nas colocações mais baixas, não ultrapassando 1% do valor do negócio (Fonte: Jornal “O Globo” – 21/11/2004 Caderno: Economia – pag. 49 Deborah Berlinck e Graça Magalhães – Ruether – Correspondentes).

    A sociedade deve escolher sua forma de transferência da propriedade. Como cidadão eu não confiaria em um órgão público típico para isso, o Estado não consegue ao menos cuidar de suas estradas, hospitais, escolas.

    Pensem no tempo que um processo judicial demora para ser resolvido, é o preço que teremos que pagar caso não exista um órgão controlador do direito da propriedade, os problemas serão resolvidos pelo Judiciário.

    Nos EUA ao se adquirir um imóvel o cidadão deve percorrer uma maratona burocrática inadmissível num país de primeiro mundo, aliás, nem o processo eleitoral é automatizado, lá se paga a um advogado pesquisar se quem lhe vende é proprietário, para depois fixar uma probabilidade de certeza (90%, 50%) e ao final, se pagar um seguro para garantir a transação.

    Os emolumentos pagos para um registrador ou tabelião podem ser considerados um seguro para a vida toda, ao contrário dos veículos, respondendo o delegatório com seu próprio patrimônio.

    É preciso discutir a atividade dos serviços extrajudiciais, mas é preciso também estabelecer um debate sério e saber dos riscos de se alterar um sistema para pior, gerando incertezas e riscos para os negócios imobiliários.

  78. PEC 471 favorece os “donos de
    PEC 471 favorece os “donos de cartórios”?

    Entendo que a discussão é positiva, já que o sistema registral e notarial, sem dúvida, padece de distorções. Eis uma distorção aberrante e atual: a PEC 471, que, praticamente, cria uma espécie de usucapião de cargo público. Pessoas que, indevidamente, por inércia do legislativo e do judiciário, auferiram renda por anos ou décadas, querem se eternizar em seus postos desrespeitando o mandamento constitucional do concurso público. Auferiram renda em uma circunstância que ofende o texto constitucional e se posicionam como vítima (detalhe: pessoas que também podiam e podem fazer concurso público). E nossos congressistas querem banalizar a importância do texto constitucional para legitimar o que não pode ser defendido pela razão sem o recurso do cinismo.
    Há quem pense que a aprovação desta PEC aproveite aos delegatórios de serviços notariais e registrais (os chamados “donos de cartórios”). Na verdade, esta PEC 471 pode interessar a qualquer um, menos a estes, pois impinge a toda uma classe um estigma que não é verdadeiro: o do “atraso”, do “feudalismo”, o de “aproveitadores do sistema”.

    Privatização
    Quem acha que basta a privatização para solucionar o problema, deve fazer uma visita aos cartórios baianos, que são estatais. São famosos pela demora nos serviços, inclusive na entrega de meras certidões (já me disseram que pode chegar a 75 dias). Os responsáveis por tais cartórios, em caso de erro, não estão sujeitos à enorme responsabilidade civil, administrativa e criminal dos delegatários (estes, em caso de erro, pagam a conta ao usuário) e quem pagará por seus erros é o Estado.
    Em Portugal, os serviços notariais eram estatais. A partir da década de 90 e até meados da presente década, completou-se um ciclo de privatização da atividade notarial, a fim de modernizá-la e equipará-la ao notariado europeu.
    Sobre os EUA, país com o maior número de notários (embora lá o “public notary” seja uma figura diferente do nosso notário, o “civil law notary”), já foram trazidas informações pertinentes em “posts” anteriores, principalmente no que diz respeito à insegurança jurídica das transações imobiliárias, que são compensadas pelas seguradoras. Ainda assim, faço constar que o estado da Lousiania é filiado ao Notariado Latino Internacional (como o Brasil, Alemanha, França, Espanha etc.) e o estado da Flórida estuda aproximar seu sistema notarial do nosso, o latino.

    Desjudicialização
    Os cartórios, sobretudo as notarias (tabelionatos de notas, no Brasil), abrem perspectiva para o desafogamento do judiciário. A partir de 2007, tornou-se possível a realização de inventário, separação e divórcio em cartório: podem ser realizados em qualquer tabelionato do Brasil, conforme a escolha das partes. Quem prega que os valores cobrados pelos cartórios exploram o povo, deve levar em conta que: (1) através de uma simples declaração de pobreza, sem necessidade de comprovação, pessoas probres não pagam absolutamente nada pelo serviço (separação, divórcio); (2) quem não se conformar com os emolumentos e preferir realizar tais atos através do Estado, pode recorrer ao judiciário (e, pagando um bom advogado, aguardar por alguns anos).

    Faturamento
    Sobre o faturamento dos cartórios, o blog peca pela deficiência e distorção da informação. Segundo levantamento do CNJ, cerca de metade dos cartórios do país percebem menos de R$5.000,00 brutos. Quer dizer, o delegatório tem que custear todo o serviço (funcionários, aluguel, luz, internet e demais despesas) com este valor. E, ainda assim, responder civil e criminalmente em caso de prejuízos causados a terceiros. Esta situação é a de 50% dos cartórios. No entanto, os comentários se concentram na exceção, nos 5% dos cartórios com renda altíssima. Estes dados não deveriam alterar o conteúdo da discussão? Ao invés de se defender a abolição de um sistema notarial e registral que não foi inventado pelo Brasil, mas segue o padrão internacional dos países que herdaram o direito europeu continental (romano germânico), não seria mais útil e proveitoso discutir as distorções deste sistema?
    Acrescente-se ainda que os novos delegatários, que recebem do estado a delegação por concurso público, têm informatizado os cartórios e modernizado o atendimento com recursos próprios. Quando se fala em atraso, quase sempre se está referindo àqueles que herdaram cartórios sem o crivo do concurso público.

    Internet e sistema registral e notarial
    A internet provavelmente tornará obsoleta uma série de práticas registrais e notariais, o que será ótimo, pois um mundo mais simples é um mundo melhor. Mas, por outro lado, as transações pela internet, os fatos jurídicos em ambiente eletrônico irão criar outras necessidades a serem supridas pelo sistema notarial, principalmente. É o caso da prova de fatos jurídicos em ambiente eletrônico através da ata notarial. A volatidade da internet requer um lastro de confiança para sustentar as relações sociais estabelecidas neste meio.
    Aliás, que valor tem um jornal (ex: a Folha de São Paulo) na era dos blogs, na era da informação abundante e gratuita? Seu valor consiste exatamente naquela que é uma das atribuições do sistema notarial e registral: a autenticidade da informação aí veículada e a possibilidade de responsabilização no caso de abusos. A internet requer mais – e não menos – confiança e segurança.

    Mark Twain
    Enfim, como em muitos outros assuntos, a opinião popular manifestada na internet é barulhenta e quase nunca próxima da realidade, pois, diferentemente do jornalismo profissional, não se dá ao trabalho de verificar dados. Prefere um ataque apaixonado a um bode expiatório à análise acurada e imparcial de fatos. O resultado é uma catarse repentina e inútil: no fim das contas, as coisas permanecem igual ou pioram. Para que possamos melhorar o sistema notarial e registral, o primeiro passo é conhecê-lo como ele realmente é: suas vantagens, desvantagens, possibilidades, utilidades, inutilidades e distorções. Como escreveu Mark Twain, “o problema do mundo não é que as pessoas sabem pouco, mas que sabem muitas coisas que não são.”

  79. ERRATA
    No “post” acima, onde
    ERRATA
    No “post” acima, onde se lê “Privatização”, leia-se “Estatização”. Pensei em uma coisa e escrevi outra.

    ESCLARECIMENTO
    Ao me referir à precariedade da opinião manifestada na blogosfera, evidentemente não falo de jornalistas profissionais (ou do presidente dos EUA) que se utilizam desta ferramenta para o exercício da profissão. A crítica não é ao meio, mas à qualidade da informação produzida pela mistura de desabafo, anonimato e diletantismo.

  80. Na esfera de documentos
    Na esfera de documentos particulares lavrados em cartórios, chega a ser um absurdo! Os valores cobrados por um documento PARTICULAR de compra e venda de IMÓVEL “ESCRITURA PARTICULAR”, ou um “CONTRATO PARTICULAR DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL” no qual o primeiro não se registra no cartório de imóveis, e ainda por cima cobram em torno de R$ 200,00 (duzentos reais) em média. Penso eu, que esses documentos deveriam ser elaborados por advogados ou corretores de imóveis(credenciados). já que não existe seurança juridica sufuciente no ato lavrado em cartório.

  81. correção: no tocante ao
    correção: no tocante ao escrito, onde coloco meu ponto de vista, me refiro a insegurança juridica nos atos PARTICULARES citados no texo.

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