Mobilidade sustentável

Atendendo a pedidos de comentaristas, abri na Comunidade do Blog um Fórum de “Mobilidade Sustentável”  para discutir a questão dos transportes urbanos (cique aqui).

Luis Nassif

19 Comentários

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  1. o forum e oportuno sem duvida
    o forum e oportuno sem duvida alguma, mas nomes politicamente corretos como Mobilidade Sustentável e um tanto quando bobinhos, não bastaria ser um simples Transportes Urbanos, ou Transportes de Massa, essa necessidade de ser moderninho as vezes me parece exageradamente provinciana!

    sim, eu sou velho mesmo!

    … e ranheta.

  2. Excelente iniciativa. Os
    Excelente iniciativa. Os transportes públicos de qualidade são a ÚNICA forma de corrigir o caos do trânsito nas grandes cidades, principalmente São Paulo. As outras opções – pedágio urbano, rodízio, etc – são apenas paliativos.

  3. Aqui em Recife a prefeitura
    Aqui em Recife a prefeitura resolveu no final de 2008, reduzir a alíquota do ISS das Empresas de ônibus, com a promessa de melhoria, mas passados meses e nada ainda foi feito pra melhorar, e agora os empresarios querem aumento nas passagens de 30% e isso sem terem feito nada de melhoria.
    isso que é parceria.

  4. Nassif,
    Nossas cidades foram
    Nassif,
    Nossas cidades foram projetadas para pedestres ou veículos automotores?
    Com o aumento da produção de carros a cada ano, há de se questionar o uso de espaço da área urbana, nos becos e vielas das principais cidades brasileiras.
    Otávio Barros
    Palmas – Tocantins

  5. “transportes públicos de
    “transportes públicos de qualidade são a ÚNICA forma de corrigir o caos do trânsito nas grandes cidades”:

    Otimo: FORA, LOBISTAS.

    “passados meses e nada ainda foi feito pra melhorar, e agora os empresarios querem aumento nas passagens de 30% e isso sem terem feito nada de melhoria”:

    Nao disse? Nao da pra ter qualquer melhoria em qualquer lugar aonde politicos lidam diretamente com lobistas. Eh impossivel.

  6. Não, Mario
    Não, Mario Blaya…

    Mobilidade Sustentável vai muito além de um nome “politicamente correto”, ainda que eu nào tenha absolutamente nada contra o politicamente correto, muito pelo contrário.

  7. A Mobilidade Sustentável:

    .
    A Mobilidade Sustentável:

    . busca a apropriação eqüitativa do espaço e do tempo na circulação urbana, priorizando os modos de transporte coletivo, a pé e de bicicleta, em relação ao automóvel particular;

    . promove o reordenamento dos espaços e das atividades urbanas, de forma a reduzir as necessidades de deslocamento motorizado e seus custos;

    . promove a eficiência e a qualidade nos serviços de transporte público, com apropriação social dos ganhos de produtividade decorrentes;

    . promove o desenvolvimento das cidades com qualidade de vida, através de um conceito transporte consciente, sustentável, ecológico e participativo;

    . contribui para a eficiência energética e combate a emissão de agentes poluidores, sonoros e atmosféricos;

    . preserva, defende e promove, nos projetos e políticas públicas voltadas ao transporte público e à circulação urbana, a qualidade do ambiente natural e construído e o patrimônio histórico, cultural e artístico das cidades.

  8. Entendo que o ramo de
    Entendo que o ramo de atividade que tenha uma representação mais robusta do que o necessário nas Câmaras de Vereadores, é um ramo pouco saudável, e que busca “proteção” junto ao governo, geralmente municipal.

    Um deles é o de transporte público metropolitano. Geralmente o serviço prestado por estes tipos de empresas é bem ruinzinho – monopólio de linha, só uma forma de pagar em dinheiro, ou então pagar adiantado através de vale-transporte, etc.

    Já o transporte intermunicipal possui uma concorrência um pouquinho maior e por isso seus ônibus costumam ser mais confortáveis (ar condicionado, banheiros, etc.). Não sei se a turma da estrada tem um lobby tão forte como a das cidades, ou talvez seja necessário criar dois lobbies, um na cidade de origem e outro na cidade de destino.

    No Congresso Nacional temos a bancada da cana, da bola, da advocacia, dos ruralistas, do cimento, da construção civil, etc.

    Coincidência: os serviços prestados pelos ramos “representados” por estas bancadas são sempre bem ruinzinhos.

    Voltando ao caso do transporte urbano, quem sabe, a substituição do monopólio das linhas por uma concorrência de até 4 empresas na mesma linha não daria uma bela melhorada?

  9. E o transporte não
    E o transporte não motorizado, bicicletas, também poderia ser uma solução? Na Europa alguns países fazem uso intensivo e constante de bicicletas, vide a Holanda.

  10. Ivan

    O Transporte Não
    Ivan

    O Transporte Não Motorizado (Bicicleta e a Pé) é UMA das soluções. Sozinhos, para distâncias de até 7 ou 8 km, no caso da bicicleta, até 1 km no caso do transporte a Pé, ou como modo complementar ao transporte público coletivo.

    Por isso a importância de termos calçadas desimpedidas, regulares, contínuas e com largura suficiente, além das travessias seguras, bem como a importância de ciclovias, ciclofaixas, bicicletários (fechados e de longa duração) e paraciclos (abertos e de curta duração). Também são importantes a arborização, para proporcionar sombra, e a iluminação, para proporcionar segurança no período noturno.

    No Brasil, na quase totalidade das cidades, a bicicleta é encarada como esporte, lazer e transporte de pobres. Ainda não se encara a bicicleta como meio de transporte, enquanto em Copenhagen, bicicletas, autos particulares e ônibus têm participação muito semelhante na divisão modal de cerca de 95% dos deslocamentos. Em toda a Europa, a bicicleta é encarada como importante modo de transporte cotidiano, para todas as faixas de renda.

    Em Londres, cerca de metade da rede de metrô permite o transporte de bicicletas fora dos horários de pico, em geral, das 9 às 16 horas e após as 19 horas.

    Temos muito o que evoluir nisso. No Brasil, qualquer restrição ao livre (?) circular (?) de automóveis é motivo de severas críticas aos prefeitos. A Marta Suplicy enfrentou oposição intensa e constante para construir a faixa exclusiva junto ao canteiro central da Avenida Rebouças, que tanto melhorou a velocidade comercial dos ônibus que, de tão certo que deu, aumentou a demanda e hoje já está saturada em alguns pontos.

  11. Mazella

    A reduçào da
    Mazella

    A reduçào da alíquota de ISS das Empresas de ônibus é uma das bandeiras do MDT – Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte Público com Qualidade para Todos ( http://portal.antp.org.br/Inicio/brsl/Lists/Prdcs/inf_mdt.aspx ).

    E as tarifas não são definidas pelo Consórcio Grande Recife de Transporte? Como estão as prefeituras de Jaboatão e Olinda nessa questão? E as demais prefeituras da Região Metropolitana?

  12. Primeiro, concordo com a_Eli
    Primeiro, concordo com a_Eli que bicicleta é um meio de transporte complementar. É fundamental que se encare biciletas como transporte individual de baixo impacto, mas não como unica solução.
    Sem falar que a capital da holanda é totalmente plana e cabe em um bairro médio de São Paulo. Mesmo assim, temos que olhar para o sistema de ciclovias de Curitiba, que apesar de totalmente sub-utilizado pela população, é interessantimo, corta boa parte da cidade “formal”.

    Segundo, Filósofo Amador, politicos fazendo politicagem temos sim, é verdade, mas são representantes votados nós como sociedade civil temos exercido pouca pressão sobre eles. Há uns três anos a população de Florianópolis impediu por meses o aumento da tarifa. Agora, aqui em São Paulo, somos obrigados a conviver com ônibus com TV passando amenidades e temos raros motoristas que se lembram que estão levando pessoas e não cavalos ou caixotes. TV no ônibus e ônibus sem hora para passar no ponto ou chegar no destino.

    Juntando um pouco… e poderiamos falar de outros aspectos, como o transporte sobre trilhos, ou porque não a navegação, mas o que parece estar levando as grandes cidades ao colapso é a cultura do carro.
    Na minha opinião o problema é cultural. É muito mais fácil aumentar a produção de automóveis, gerar muitos empregos, criar uma euforia de crédito facilitado com ampla divulgação (salvo engano, os maiores anunciantes publicitários foram indústrias de automóveis nos últimos anos) e entupir a cidade…
    Então cada um quer ir ouvindo seu som no seu ar-condicionado, pois seu nível social já não suporta mais aquele ônibus lotado, que demora a passar, e os ônibus ficam cada vez mais lotado por que ninguém reivindica mais investimentos e as ruas que poderiam ter 100 ônibus ficam com 5000 carros…

    Já que me delonguei demais, vou sugerir mais uma idéia a esse debate:
    Em todas as cidades brasileiras que eu fui, o principal problema é a inexistência de planejamento efetivo. Um poder municipal forte que dê as diretrizes de crescimento da cidade.

  13. Indo a contra-corrente, para
    Indo a contra-corrente, para mim, que moro no Rio de Janeiro, bicicletas sao PRAGA URBANA. Andam na contra-mao, nas calçadas, nao respeitam ninguém. Já fui quase atropelada saindo da portaria do meu prédio! Só sao solução de transporte em países onde os cidadaos têm o hábito de respeitar a lei de trânsito, aqui só agravam as coisas.

  14. Anarquista Lúcida

    As
    Anarquista Lúcida

    As bicicletas, coitadas, não fazem nada disso.

    Muitos ciclistas andam na contra-mão porque não existem ciclovias suficientes e muitos aprenderam, quando crianças, que andar na contra-mão é mais seguro pra eles. Não existe, Centros de Formação de Ciclistas e nem de Pedestres. O problema não é a bicicleta e nem esse modo de transporte, mas como ele é encarado pela sociedade.

    E também não existe A solução de transporte urbano. Sempre teremos soluÇÕES, sempre no plural.

  15. Empresa de onibus no Brasil
    Empresa de onibus no Brasil (transporte público), tanto urbano como interurbano e interestadual, É FACILMENTE UM DOS MELHORES NEGOCIOS DO BRASIL. Entre aqueles que não deixam dúvidas como PETROLEO, BANCOS, LATIFUNDIOS, MINÉRIOS, EMPREITEIRAS,e …..

    …por ai.
    Nas cidades , milhões de pessoas caminham quilometros para reduzir ou não pagar passagens, que são as MAIS CARAS DO MUNDO. Viajar de ônibus é mais caro que de automóvel, mesmo c/a gasolina mais cara do mundo
    Para provar, é só ver quem assumiu as empresas aéreas no Brasil (tanto c arga como passageiros)

    As interurbanase interestaduauis faturam mais c/carga do que c/ passageiros. Cobram passagens caras e preferem não levar passageiros que sujam os onibus e encomodam.

    Ha alguns meses fiz a viagem SP/CURITIBA pela COMETA. O onibus tinha mais de 20 anos. Uma carroça. Foram mais de 6 horas em bancos apertados e vento entrando p/todos os lados.

    E O PIOR, são grupos que comandam todas as grandes e médias cidades e os melhores percursos interurbanos. SÃO PODEROSOS DEMAIS

    E não venham, c/essa de Agências reguladoras. Não há NADA A FAZER
    .

  16. em 1975, Sachs desenvolveu a
    em 1975, Sachs desenvolveu a idéia do “eco desenvolvimento” à qual se opós Henry Kissinger (“meu velho amigo”, segundo FHC), cunhando o termo de “desenvolvimento sustentável”. O primeiro termo propõe o desenvolvimento das condições ecológicas e é filho da idéia de crescimento zero. O segundo implica na irracionalidade do lucro crescente com “sustentabilidade”, que não é muito mais do que poder continuar a ter lucro crescente no futuro. De lá pra cá, muitas boas intenções adotaram o adjetivo e passaram a achar que ele significa alguma coisa de melhoria ambiental. Não significa. Significa um marketing empresarial com algumas despesas de “reciclagem” “plantios de árvores” ou mesmo “áreas verdes para grandes investimentos imobiliários”.
    Para a “mobilidade sustentável” propomos, seguindo Sachs, o “eco-desenvolvimento urbano”; ou seja: as melhorias ambientais da sociedade urbana como um todo. E isto, em termos de transporte, implica em crescentes restrições ao uso do automóvel particular (aumento do combustível – 2x; 3x; 4x – restrições de uso, pedagio urbano, etc, etc) e, é claro, investimento na mobilidade coletiva; nas cidades atuais, o transporte deve ser visto como a saúde, a educação, a segurança; isto é: obrigações do Estado para com o cidadão.
    Quem tem emprego recebe ajuda de transporte, mas há uma parcela significativa da sociedade produtiva que trabalha por conta própria, os “autônomos” ou biscateiros. Para esta população o transporte é muito, mas muito caro. Minhas viagens cotidianas são inferiores a 10 Km (moro em Salvador, em bairro relativamente central) e gasto menos de combustível do que uma passagem de ônibus! Pago menos de transporte do que a população que viaja de ônibus! E lá vou eu passeando uma tonelada de ferro para transportar meus 80 kilos!

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