A história de José Sampaio de Macedo, Major Brigadeiro do Ar

Enviado por jns

José Sampaio de Macedo, Major Brigadeiro do Ar, barrou o projeto Mucuripe Field em Fortaleza.

Brigadeiro Macedo: – ‘Estou defendendo o crescimento da mais linda Capital do Nordeste.’

Comandante Americano: – ‘Você está me impedindo de construir um dos mais importantes aeroportos da América Latina.’

“O Padre – Cícero, ‘uma pessoa não muito boa do juízo’ – escrevia cartas para Adolfo Hitler com uma familiaridade impressionante, naturalmente não obtendo resposta” – Macedo

‘Zé do Crato’, brigadeiro, caçador de Lampião, assessor hollywoodiano bissexto, pioneiro do mítico Correio Aéreo Brasileiro e cachaceiro dos bons, barrou o projeto americano Mucuripe Field em Fortaleza.

A figura do Major Brigadeiro do Ar José Sampaio de Macedo é um capítulo à parte na história da aviação do Ceará. Fundador e primeiro comandante da Base Aérea de Fortaleza, o brigadeiro Macedo foi o principal opositor ao projeto norte-americano Mucuripe Field, que previa a construção de um aeroporto no coração da Aldeota, bairro mais nobre da cidade de Fortaleza.

A iniciativa norte-americana de construir a maior base aérea do Nordeste começou a ser executada durante a Segunda Guerra Mundial. Pelo projeto Mucuripe Field, a pista de pouso e decolagem de aeronaves militares seria construída onde se localiza hoje a Avenida Dom Luís, com instalações físicas a partir do clube Círculo Militar de Fortaleza. A interferência de José Sampaio de Macedo impediu que o projeto estadunidense fosse implantado no Ceará.

DESTEMIDO E DE MUITAS FAÇANHAS

Conhecido por seus biógrafos como um homem destemido, que evocava audácia e muita coragem, Macedo foi personagem de muitas façanhas. Dentre elas figura a estranha passagem do brigadeiro como chefe de uma volante que tinha como objetivo a captura de Lampião e seu bando que, na época, causava terror em alguns municípios do interior baiano. A presença do militar cearense nessa perseguição ao “capitão” Virgulino Ferreira deveu-se a uma solicitação do interventor do Estado da Bahia, também cearense, Juracy Magalhães, que conseguiu sua disposição para tal fim. Outra aventura muito comentada nos meios aeronáuticos foi a passagem de Macedo por Los Angeles, na Califórnia, que tinha como missão trazer para o Brasil, via Chile, um grupo de seis aviões B-17.

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A rota usada para importar os aviões B-17 dos EUA

Enquanto a compra dos aviões não se efetivava, Macedo passou vários dias frequentando os estúdios cinematográficos onde assessorou diretores de cinema que filmavam cenas de batalhas aéreas, a exemplo da película “Patrulha de Bataan”, de Tay Garnett, com Robert Taylor e George Murphy, em 1943.

PRECURSOR DO CAN

Natural da cidade do Crato, onde nasceu no dia 17 de outubro de 1907, José Sampaio de Macedo foi também responsável por várias implantações de campos de pouso no Nordeste brasileiro, que posteriormente passaram a ser utilizados pelo Correio Aéreo. Militar. 

Dentre os muitos voos que participou, um deles é reconhecido por seus biógrafos como um dos mais importantes da história do Correio Aéreo Militar (CAM) e, posteriormente, transformado em Correio Aéreo Nacional (CAN).

Cartaz de propaganda do Correio Aéreo Militar em 1933.

Na companhia do também piloto Nelson Freire Lavanère-Wanderley, José Sampaio de Macedo inaugurou no dia 15 de fevereiro de 1933 a linha Rio de Janeiro – Fortaleza, escalando em Belo Horizonte, Pirapora, Januária, Bom Jesus da Lapa, Barra, Xique-Xique, Remanso, Juazeiro da Bahia, Petrolina, Juazeiro do Norte, Iguatu e Quixadá. A aeronave utilizada neste voo foi um avião Waco, modelo CSO C-21. 

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O avião Waco CSO, na inauguração da linha Urugauiana a Porto Alegre, em 23 de junho de 1934, na foto com o Ten Av Rosemiro Leal de Menezes Filho e o Ten Av Levi de Castro  Abreu.

Antes de chegar à capital cearense, Macedo e seu companheiro de voo Lavanère-Wanderley realizaram um pouso na cidade de Juazeiro do Norte. Neste local, ocorreu um encontro histórico dos dois pilotos com o padre Cícero Romão Batista, onde foi mostrado ao lendário sacerdote a importância do voo do CAM para a região do Cariri. Esse encontro despertou grande interesse do brigadeiro Macedo pela figura carismática do Padre. 

Esse fato se tornou evidente na entrevista que concedeu ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada na edição do dia 16 de outubro de 1986. Macedo disse ao jornal paulista que o ‘Padre Cícero era um homem tolo, mas tinha mania de grandeza e parecia, em certos momentos, uma pessoa não muito boa do juízo’. 

Macedo fez ainda outra observação sobre o comportamento do velho sacerdote: ‘O Padre escrevia cartas para Adolfo Hitler com uma familiaridade impressionante, naturalmente não obtendo resposta’.

DE MILITAR A PRODUTOR DA CACHAÇA BRIGADEIRO

Em 19 de março de 1951, nessa ocasião ocupando o posto de coronel, Macedo recebeu a promoção de Brigadeiro do Ar e foi transferido para a reserva da Força Aérea Brasileira. Em ato referendado por outro decreto, igualmente datado de 19 de março de 1951, o militar cearense foi nomeado para o posto de major-brigadeiro.

Com o afastamento da vida militar, Macedo passou a residir no município de Quixeramobim, na Fazenda Parelha, de sua propriedade. 

De acordo com informações obtidas junto aos familiares do militar cearense, em especial de Ricardo Biscuccia, um dos seus netos, a permanência do brigadeiro na Fazenda Parelha foi de apenas três anos. Levado pela saudade dos seus familiares, o militar retornou à cidade do Crato, na região do Cariri, berço do seu nascimento e local onde havia deixado inúmeros amigos e parentes.

Em nova residência, denominada de Sítio Fernando, o brigadeiro Macedo não deixou de realizar um antigo sonho: dedicar-se à agricultura. O bom desempenho da plantação de cana-de-açúcar em seu novo sítio deixou o militar motivado para a implantação de uma destilaria de álcool e de um engenho. Resultado dessa nova atividade foi a fabricação da cachaça ‘Brigadeiro’.

Mesmo afastado da vida militar, Macedo continuou sendo lembrado em várias oportunidades. Uma delas aconteceu durante as comemorações do 43º aniversário da criação do VI Regimento de Aviação, ocorrida no dia 15 de maio de 1976. Nessa ocasião, o brigadeiro Macedo, tratado carinhosamente por seus colegas de arma da aviação como “Zé do Crato”, ou “Sertanejo”, recebeu simbolicamente do Cel. Aviador José Ruy Álvares o comando da Base Aérea de Fortaleza. 

Nessa mesma oportunidade, o ilustre cearense foi agraciado com a Medalha da Abolição pelo Governo do Estado do Ceará, recebendo a comenda das mãos do então governador Adauto Bezerra. 

Outras honrarias foram também prestadas ao cearense do Crato durante a solenidade de aniversário do VI Regimento. Entre as entidades, que se associaram às homenagens, estavam a Assembleia Legislativa, Câmara Municipal de Fortaleza, Aero Clube do Ceará, Empresa Cearense de Turismo (Emcetur) e Associação dos ex-alunos do Colégio Militar de Fortaleza. 

Ao final das comemorações, a tropa de infantaria da Base Aérea de Fortaleza e os integrantes do esquadrão de ataque (pilotos do 1º do 4º) desfilaram em continência ao major-brigadeiro Macedo e a todos os ex-comandantes presentes. 

Foto: Correio Aéreo Militar chega em Assunção, em janeiro de 1936.

Oficial paraguaio, Maj. Pery Bevilacqua, Emb. Lafayette C. e Silva, Cap Hortêncio e Ten Nicoll.

Macedo faleceu no dia 14 de fevereiro de 1992, em Fortaleza, no Hospital Gastroclínica, de ‘complicações cardíacas e respiratórias’, conforme laudo médico. 

O corpo do brigadeiro Macedo foi trasladado para o Crato em avião da Força Aérea, pilotado pelo então comandante da Base Aérea de Fortaleza, Coronel Aviador Cláudio Queiroz.

Hoje, os restos mortais do Sertanejo da aviação brasileira estão sepultados no jazigo particular da família, no interior da capela no Sítio Fernando, na cidade do Crato.

Essa capela, objeto de desejo pessoal do Brigadeiro, foi construída pelo seu neto, Ricardo Bisccucio, de acordo com projeto do arquiteto húngaro Emílio Hinko, também responsável pelo planejamento arquitetônico da Base Aérea de Fortaleza.

Fonte: RESERVAER, IVONILDO LAVOR, MORAIS VINNA e LAMPIÃO ACESO

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ACORDA CORDEL

Por quê não contaram, ainda, as aventuras do famoso Zé do Crato e a sua heróica ‘peitada’ no Mucuripe Field da gringolândia?

Redação

12 Comentários

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  1. Prezado Nassif
    E a

    Prezado Nassif

    E a participação deste típico  Brigadeiro no campo de batalha da segunda guerra mundial -Itália , alguma ?.Fanfarronicaes fabianas ?.

    1. Caro IclBotelho:
      Li o resumo

      Caro IclBotelho:

      Li o resumo da biografia do Brig.Macedo sua atuação sem dúvida dignifica a história da FAB,quanto sua indagação na Segunda Guerra Mundial – sua idade na época já o impedia de ser um caçador.

      Caso você lr o livro Senta a Pua -verá que a idade dos tenentes era de 18 e 25naos,os capitães de 26 a 28 anos e finalmente o Comanndante Nero Moura com 33 anos.

      O Brig Macdo,na época Coronel,pela idade  não teria s condições necessária para o combate.

      Grande abraço

      Pedro Luiz 

  2. Prezado Nasif
    Daqui a pouco ,

    Prezado Nasif

    Daqui a pouco , vão homenagear o “General” Curió de serra pelada (aquele cupincha do democraticamente inescrupuloso  Tenente cel do EB -Jarbas PASSARINI _SELVA) , ou o famoso capitão (Miliciano &Bicho)  Guimarães da Brigada Paraquedista do Rio de Janeiro ? .

    Militares combatentes só são homenageados por seus feitos militares ou de engenharia militar , como o grande Marechal Cândido Rondon .Ou o Tenente Coronel Benjamin Constant Botelho , professor de matemática Superior na antiga Escola Militar do Império e único não semi anafalbeto da quartelada da Proclamação da República-15 de novembro de 1889  !.

  3. José Sampaio Macedo o “Zé do Crato”

    Brigadeiro foi fundador da Base Aérea de Fortaleza

    Fonte: Diário do Nordeste

    Visita do Marechal Castelo Branco a Juazeiro, acompanhado pelo Gal. Ernesto Geisel, de quepe.

    Em visita ao Crato, Castelo Branco avistou o brigadeiro Macedo no meio da multidão, reunida na Praça Siqueira Campos e perguntou: – ‘O que tu estás fazendo aqui, Zé do Crato?’.

    O brigadeiro respondeu: – ‘Estou fabricando cachaça para alegrar o povo e dar emprego a polícia, juiz e advogado.’

    O major brigadeiro-do-ar, José Sampaio Macedo, mais conhecido na Força Aérea Brasileira como ‘Zé do Crato’, deixou seu nome na história da aviação como um dos pilotos mais corajosos e disciplinados. O livro ‘História da Aviação no Ceará’, escrito por Augusto Oliveira e Ivonildo Lavor, apresenta o brigadeiro como um capítulo a parte. Ele foi fundador e primeiro comandante da Base Aérea de Fortaleza e opositor ao projeto americano ‘Mucuripe Field’, que previa a construção de um aeroporto no coração do bairro Aldeota, em Fortaleza.

    ‘Você está me impedindo de construir um dos mais importantes aeroportos da Americana Latina’, argumentou o comandante americano. O brigadeiro Macedo respondeu que estava defendendo o crescimento da mais linda Capital do Nordeste. A interferência de Zé do Crato contribui para que o projeto fosse embargado.

    Homem destemido

    Conhecido pelos seus biógrafos como um homem destemido que evocava audácia e muito coragem, Macedo foi personagem de façanhas que marcaram a história da Aeronáutica. O livro conta que uma das aventuras do brigadeiro foi a sua viagem a Los Angeles, na Califórnia, que tinha como missão trazer para o Brasil, via Chile, um grupo de seis aviões B-17.(rota abaixo)

    Enquanto a compra dos aviões não se efetivava, Macedo passou vários dias freqüentando os estúdios cinematográficos de Hollywood, às vezes olhando diretores de cinema que filmavam cenas de batalhas aéreas, em que figuravam como atores Robert Taylor e Walter Pidgeon. De lá, trouxe várias fotos ao lado dos astros americanos, os mais famosos da época.

    Foi o brigadeiro Macedo quem marcou e inaugurou todos os aeroportos da Rota do São Francisco, de Minas Gerais ao Ceará. Ele foi também pioneiro do Correio Aéreo Militar (CAM), que, mais tarde, se transformou em Correio Aéreo Nacional (CAN).

    Inaugurou no dia 15 de fevereiro de 1933 a linha Rio de Janeiro-Fortaleza, escalando em Belo Horizonte, Pirapora Januária, Bom Jesus da Lapa, Barra, Xique-Xique, Remanso, Juazeiro da Bahia, Petrolina, Juazeiro do Norte, Iguatu e, também, no município de Quixadá, sertão central do Ceará. A aeronave utilizada neste vôo foi um avião Wacco, modelo CSO C-21.

    Durante o percurso, ocorreu um fato histórico. O encontro do brigadeiro com o Padre Cícero no Aeroporto.

    A história de Zé do Crato não ficou somente no ar. Cansado das aventuras aéreas, Macedo se apresentou como voluntário para combater o bando de Lampião no Raso da Catarina, localizado no sertão da Bahia.

    Combate a Lampião

    No comando de 54 homens, dispostos e corajosos, levando como carga um fuzil, 200 cartuchos, rapadura e farinha, o então tenente Macedo, seguiu as pegadas do cangaceiro. Porém, voltou para casa, dias depois, com um tiro no tornozelo.

    O brigadeiro não fazia apologias de suas aventuras. Quando perguntado o motivo pelo qual se apresentou para combater Lampião, respondia assim: ‘Foi besteira, minha coisa de juventude. Não vi Lampião nem de longe. Ouvi os gritos dele, por um rochedo, dizendo: Teus dias estão contados, tenente Macedo’, contava o major brigadeiro.

    Castelo Branco

    Transferido para a reserva da Força Aérea Brasileira, no posto de major-brigadeiro, no ano de l951, Macedo morou três anos na fazenda Parelha, no município de Quixeramobim. Depois, voltou para a cidade do Crato, onde morreu em 1992, com 84 anos.

    No Crato, montou uma indústria de destilaria de cachaça que hoje é administrada pelo seu neto, Ricardo Biscúcia.

    O jornalista Huberto Cabral lembra que quando o presidente Castelo Branco visitou o Crato, o brigadeiro Macedo esperou a sua passagem na Praça Siqueira Campos.

    Ao avistá-lo no meio da multidão, o presidente perguntou: ‘O que tu estás fazendo aqui, Zé do Crato?’. O brigadeiro respondeu que estava ‘fabricando cachaça para alegrar o povo, dar emprego a polícia, juiz e advogado’.

    http://moraisvinna.blogspot.com.br/2009/03/jose-sampaio-macedo-o-ze-do-crato.html

    http://juazeiroanos60.blogspot.com.br/

  4. As Deliciosas Marmitas e Coca-Colas do Ceará

    A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL NA CAPITAL CEARENSE

    Rostand Medeiros | TOK DEHISTORIA

    Não se pode esquecer que de Natal partiam aeronaves que patrulhavam a costa brasileira e que foram destruídos alguns submarinos.

    Mas não foi apenas Natal que participou deste esforço. Várias outras capitais e cidades brasileiras, mesmo limitadamente, também possuíam bases aéreas e “entraram na guerra”. Fortaleza, capital do estado do Ceará, foi uma delas.

    A cidade de Fortaleza em 1937.

    Ninguém discute a importância de Natal no contexto da participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial. A existência do intenso tráfego aéreo de aviões de transporte e de bombardeiros aliados, entre a capital potiguar e as bases aéreas na ilha de Ascenção, no meio do Oceano Atlântico, e principalmente nas cidades de Dacar e Acra, na África, foi um fator de grande importância para a vitória aliada neste conflito.

    As Primeiras Bases Aéreas

    Nesta cidade o primeiro campo de pouso foi o do Alto da Balança, que se transformou em um ponto de apoio dos aviões do mítico Correio Aéreo Nacional (CAN). O local era mantido por uma unidade do Exército Brasileiro desde 21 de setembro de 1936 e servia igualmente de apoio as empresas aéreas estrangeiras e brasileiras. Na história do Campo do Alto da Balança, assim como no Campo de Parnamirim em Natal, foi ponto de parada de vários aviadores estrangeiros que realizaram os chamados “raids” aéreos. Um destes foi a famosa aviadora estadunidense Amelia Mary Earhart, que pousou na capital alencarina no dia 4 de junho de 1937.

    E os Americanos Chegaram

    Segundo Augusto Oliveira e Ivonildo Lavor, autores do livro “A história da aviação no Ceará”, quando os norte americanos estavam implantando suas bases no Nordeste do Brasil, antes mesmo da declaração de guerra brasileira contra a Alemanha e a Itália, estes decidiram que em Fortaleza a base aérea local seria construída no antigo “Sítio Pecy”, que passou a ser conhecido como Pici Field (Campo do Pici) e sua construção teve início ainda em julho de 1941.

    Quando a pista ainda estava em sua fase final de construção, ela foi prematuramente inaugurada quando um bombardeiro B-17 pousou por se encontrar perdida em relação a sua rota original. Segundo os dois autores de “A história da aviação no Ceará”, o sobrevoou deste grande quadrimotor causou certo pânico em Fortaleza.

    Ainda segundo Augusto Oliveira e Ivonildo Lavor, com o crescimento do tráfego aéreo para Natal, além do fato da pista do Pici ter sido concluída com um tamanho limitado, fez com que o comando da USAAF na região resolvesse construir uma segunda pista em Fortaleza. O Campo do Pici ficou então sob a responsabilidade da U.S. Navy (Marinha dos Estados Unidos) e ao novo local foi dada a denominação de Adejacento Field (Campo Adjacente), por está próximo ao Campo do Pici.

    Armamento sendo transportado para aviões Lockheed PV-1 Ventura da U. S. Navy, em Pici Field

    Com uma denominação esdrúxula como essa, aparentemente pautada na falta de criatividade, os cearenses da capital passaram logo a chamar o lugar de “Base do Cocorote”.

    Inaugurado em 10 de dezembro de 1943, Adjacento Field serviu a praticamente um grande propósito; durante cinco meses, até 14 de maio de 1944, com o intuito de desafogar o tráfego aéreo em Parnamirim Field, o local foi o ponto de partida de grandes quadrimotores, a maioria deles pertencentes a 15ª Força Aérea da USAFF, que tinham bases no sul da Itália e seguiam sem escalas diretamente para Dacar.

    O destacamento americano que operava a base era conhecido como 1155th AAFBU Army Air Force Base Unit – Fortaleza, que era parte do South Atlantic Division (Divisão do Atlântico Sul), todos subordinados ao ATC – Air Transport Command (Comando de Transporte Aéreo).

    Fortaleza antes da Segunda Guerra Mundial. Fonte – Livro “Ah Fortaleza!”, Gilmar Chaves, Patrícia Veloso, Peregrina Capelo, organizadores. Fortaleza: Terra da luz Editoria, 2006, pág. 49.

    Durante este período a utilização de Adjacento Field foi muito intensa, onde foram realizadas 1.778 travessias. A partir de 15 de maio de 1944 esta base deixou de realizar este tipo de operação, passando a receber apenas aviões de linha ou alguma aeronave que apresentava alguma emergência.

    Aproveitando a Terra do Sol

    Mas apesar desta aparente utilização limitada, entre 1942 e 1945,  sempre havia militares norte americanos na cidade de Fortaleza. Existia até mesmo uma sede local da USO.

    A sede da USO em Fortaleza, o conhecido “Estoril” dea Praia de Iracema. Fonte – Livro “Ah Fortaleza!”, Gilmar Chaves, Patrícia Veloso, Peregrina Capelo, organizadores. Fortaleza: Terra da luz Editoria, 2006, pág. 62.

    A USO (United States Organization) foi fundada em 1941, sendo uma organização privada, criada em resposta a um pedido direto do então presidente dos Estados Unidos, Franklin Delano Roosevelt. Ele desejava que pessoas e organizações diversas se unissem sob uma única sigla para fornecer serviços recreativos que ajudassem na elevação do moral das tropas americanas nas áreas de conflito durante a Segunda Guerra Mundial. A USO teve uma atuação muito intensa neste período e com enorme sucesso.

    Na capital alencarina a sua sede era em uma suntuosa residência a beira-mar da Praia de Iracema. A antiga Praia dos Peixes era então um local ainda pouco utilizado pela população local, onde existiam apenas algumas casas de veraneio. A residência utilizada pelos americanos, um verdadeiro palacete, havia sido construída em 1920 pelo rico coronel pernambucano José Magalhães Porto, que morava na cidade e a denominou inicialmente de “Vila Morena” .

    Amigos que tenho em Fortaleza me comentaram que as informações dos seus avós e pais, que viveram aqueles dias da presença norte americana na cidade, era que estes militares estrangeiros achavam a sede da USO um lugar agradável, com uma brisa convidativa, onde dava para tomar um ótimo banho de mar, em uma água deliciosamente quente, sob um sol escaldante. Para depois apreciar uma deliciosa e diferente água de coco.

    Militares americanos em momento de descontração

    Além de aproveitarem a natureza praiana, os militares dos Estados Unidos aproveitavam outras coisas boas do Ceará. Eles mantinham relações cordiais com as moças da cidade. Estas eram de famílias tradicionais, normalmente muito bonitas, elegantes, educadas e que não estavam nem aí para as críticas da sociedade local. Logo estas jovens foram apelidadas pejorativamente de “Coca-Colas”. Comenta-se que a denominação depreciativa surgiu por elas terem o privilégio de tomar o famoso refrigerante americano que, na ocasião, somente era visto nas telas do cinema. Provavelmente elas bebiam Coca-Cola da fábrica da “The Coca-Cola Company” em Natal.

    Um dos vários B-24 que passaram por Fortaleza. Esta é a B24H, nº 41-28750, batizada como “The Thunder Mug”, pertencente a Esquadrilha 789, do 467 Grupo de Bombardeiro, comandada pelo Tenente Charles Kagy, em rota transatlântica pela América do Sul. Ao fundo a torre de controle da base de Adjacento Field Fonte – http://moraisvinna.blogspot.com

    Não podemos esquecer que em Natal havia situação semelhante. Os norte americanos promoviam festas na base de Parnamirim Field, as famosas festas “For All” (Para todos) e faziam questão de ter, com toda fidalguia e respeito, a presença das moças potiguares nos eventos. Devido a distância da base e o centro de Natal, elegantemente os promotores das festas disponibilizavam gratuitamente um ônibus para buscar as jovens na cidade. De maneira prá lá de depreciativa, os marmanjos locais passaram a denominar este ônibus como “marmita”, pois transportava “a comida dos americanos”.

  5. Cearense Inventou o Helicóptero

    O Inventor no Portal do Ceará

    Antônio Henrique da Justa – Filho de Henrique Gonçalves da Justa e D.a Engracia de Paula Justa, nasceu em Pacatuba.

    Avós maternos Francisco de Paula Tavares Coitinho e D.a Lourença de Paula Tavares Coitinho, naturaes de Pernambuco, e de origem portuguesa, e paternos Antônio Gonçalves da Justa, português, e D.a Maria Neta da Justa, cearense e filha de português.

    De notável inclinação para os estudos da mechanica, teria feito nome invejável nessa especialidade, si outro fosse o meio em que vivesse e si não houvesse attentado contra a existência em momento de invencível prostração moral. Esse triste facto teve logar a 2 de Julho de 1909, contando elle 34 annos de edade.

    A aerostatica era sua occupação predilecta, e mostrou-o com a publicação da monographia: —Navegação Aérea (Aeroscapho), in 8.° de 52 pp. impresso na Typ. Moderna a vapor Ateliers Louis, 71, Rua Formosa, Fortaleza, 1899.

    Aeroscapho é o nome por elle dado ao apparelho de sua invenção, apparelho mixto do gênero mais pesado que o ar, segundo diz no l.o cap. da monographia.

    Sei que dias antes do suicídio Antônio da Justa destruirá grande acervo de papeis por elle escriptos, escapando felizmente de perda tão sensível o trabalho, que tinha entre mãos sob o titulo A Aeronáutica, do qual já havia escripto a introducção As Origens da Aeronáutica e os capítulos Theoria do balão livre e Construcção de um balão aerostatico. O ma-nuscripto esteve por alguns dias em meu poder.

    Mais de uma vez escreveu no Jornal do Commercio do Rio sobre assumptos de arte.

    Fonte:Diccionário Bio-bibliográfico Cearense-Barão de Studart.

    Data de Nascimento:1875

    http://portal.ceara.pro.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1681&catid=292&Itemid=101

    ***

    O AEROSCAPHO CEARENSE

    O ambicioso projeto de um helicóptero de Antônio Henrique da Justa

    Na primeira parte do trabalho, Justa expõe as duas tendências em que se dividiam os pesquisadores aeronáuticos: de um lado, os adeptos dos aparelhos mais leves do que o ar, os balões e dirigíveis, e, de outro, aqueles para quem o futuro da aeronáutica encontrava-se no desenvolvimento dos aparelhos mais pesados do que o ar. Justa descrevia as experiências de Langley sobre o Rio Potomac, nos Estados Unidos, e as mal sucedidas tentativas de Ader na França, argumentando que, apesar dos insucessos das experiências aeronáuticas até então realizadas, os governos dos dois países estavam convencidos da exeqüibilidade da navegação aérea. Citava o caso da Comissão Americana de Artilharia e Fortificações, que havia decidido consagrar a soma de 125 mil francos à pesquisa e desenvolvimento de um aparelho voador capaz de reconhecer posições inimigas e desempenhar funções ofensivas. A pesquisa seria comandada por um general norte-americano, sob a direção técnica de Langley, que, mesmo depois do insucesso de suas experiências sobre o Rio Potomac, continuava a merecer a confiança do governo e das forças armadas de seu país.

    A idéia do helicóptero remonta ao século XV e foi formulada por Leonardo da Vinci. Posteriormente, diversos inventores tentaram desenvolvê-la, sem sucesso. Em 1845, Cossus projetou um aparelho movido a vapor que, no entanto, não conseguiu elevar-se do solo em função do peso excessivo do propulsor. Em 1878, Castel projetou e construiu outro aparelho que, durante a primeira experiência, chocou-se com um muro, sem conseguir voar ou manter-se no ar. No mesmo ano, Forlani projetou um aparelho que elevou-se a 13 metros de altura, sem, no entanto, lograr voar.

    Na opinião de Justa, o helicóptero vinha sendo abandonado pelos pesquisadores aeronáuticos, não obstante constituir-se numa máquina de concepção superior a todas as outras : “Como conceber uma máquina aérea à perfeição? Devendo partir simplesmente de seu pouso sem necessidade de carreira horizontal iniciante sobre o solo, desprezando estações inconvenientes e elevando-se no ar calmamente em moderado movimento ascensional, como se fosse um balão, depois orientando-se e tomando a direção destinada, finalmente podendo voltar e pousar com a mesma facilidade com que partiu.

    Não ter-se-ia que preparar terrenos, nem usar de meios de lançamentos (…). O helicóptero seria a máquina voadora por excelência se não estivesse no estado de abandono em que parece achar-se (…) seria a máquina ideal se depois de abandonar o solo pudesse se converter em um aeroplano, voltando novamente a seu tipo no momento do pouso”.

    O helicóptero de Justa seria um aparelho composto de um conjunto tubular leve, de aço e alumínio, formado um estrutura retangular. O aparelho seria movido por um grupo propulsor de dois motores à explosão, alimentados por álcool ou derivados de petróleo. Os motores acionariam, as quatro turbinas por ar comprimido que, por sua vez, transmitiram força para quatro hélices dispostas nas extremidades da aeronave, juntamente com as turbinas. O ar comprimido chegaria às turbinas através da própria tubulação que comporia a estrutura do aparelho que, por sua vez, seria isolada termicamente com tecido de lã para evitar que o ar quente em seu interior se resfriasse em contato com a atmosfera.

    Os comandos estariam concentrados numa cabine, solidária com a estrutura e disposta no centro da aeronave. Seriam acionados por eletricidade ou pelo próprio ar comprimido que movimentaria as turbinas. Um pequeno dínamo movido pelos motores a explosão garantiria luz interna e energia para o farol externo, que seria empregado em operações noturnas. O Aeroscapho seria capaz de pousar e decolar na vertical e voar na horizontal. Suas hélices seriam dotados de passo variável, de forma a oferecer propulsão horizontal a aeronave. O grupo propulsor totaliza 366 cavalos, suficientes, segundo os cálculos de Justa, para elevar os 432 quilos do aparelho vazio, além do piloto e combustível. A força ascensional total seria da ordem de 840 quilos.

    A concepção do “Aeroscapho” apresentava uma série de idéias originais, todas elas empregadas, posteriormente, na construção de helicópteros e aviões, tais como: a concepção de um sistema motor composto e motores e turbinas, a idéia da aplicação de álcool à navegação aérea, um combustível nacional, a hélice de passo variável, a concepção de uma cabine fechada, a aplicação de materiais metálicos, a idéia de vôo noturno. O projeto revelava bases técnicas consistentes. Era mais do que a vontade subjetiva de um inventor.

    Henrique da Justa ressalvava que os cálculos apresentados apenas visavam demonstrar a viabilidade da idéia e que a construção efetiva do aparelho dependia de estudos complementares, que , por sua vez, dependiam de recursos de que ele não dispunha. A publicação do folheto era parte de um esforço para obtê-los: “Intento propugnar por uma causa de progresso que, atualmente, preocupa a atenção da ciência, da civilização, dos governos e países modernos. Tenho convicção de que não trato de uma quimera”. Afastando de si a sombra de extravagância que se projetava sobre os inventores brasileiros do século XIX, Justa pedia a atenção do governo, ao mesmo tempo em que vaticinava: “ A indiferença da França sobre as descobertas do vapor fê-la perder uma esplêndida página na história humana”.

    O inventor encaminhou seu pedido ao Ministério da Guerra. Mas os militares não se sensibilizaram com o projeto. Sem recursos, construiu apenas um modelo em escala do aparelho. Em 1909, tomado por uma crise depressiva, Antônio Henrique da Justa suicidou-se aos 35 anos de idade.

    Romeu Corsini, autor de vários projetos de aeronaves, é de opinião que o Aeroscapho poderia ter voado, se tivesse chegado a ser construído.

    Em Valentigney, Suíça, a 2 de outubro de 1921, Etienne Oehmichen fez voar um helicóptero cuja concepção era muito próxima da imaginada por Justa. Era um helicóptero dotado de quatro rotores, de estrutura tubular, cujas hélices estavam dispostas nas extremidades do aparelho. O sistema de transmissão era mais comum do que aquele concebido por Justa: uma árvore central recebia a força do motor e a transmitia para as hélices através de correias. Justa não havia tratado de quimeras.

    O engenheiro e designer francês de helicóptero, Étienne Oehmichen (* 15 de outubro de 1884 em Chalons-sur-Marne Châlons-en-Champagne, † 10 de julho de 1955 em Paris)

    Ele estudou na École Centrale de Paris. Em 18 de fevereiro de 1921, ele completou seu primeiro vôo bem sucedido com um helicóptero e interposto em 11 de novembro de 1922 ele foi primeiro Oehmichen No.2 no ar, provavelmente, o génio de confiança primeiro vôo, o que poderia levar um homem. Aqui, ele continuou a pequena montado verticalmente rotores que os rotores grandes horizontais são contra e chegou a estabilização da máquina como um todo. Esta idéia mais tarde, levou ao desenvolvimento do rotor de cauda. Em 14 de abril de 1923, ele teve o registro com um vôo de cerca de 358 m em. Um ano depois, em 4 de maio de 1924, conseguiu pela primeira vez com um helicóptero após uma trajetória circular com uma extensão de cerca de um quilômetro depois de cerca de 7 minutos e 40 segundos no mesmo lugar à terra. Para isso ele recebeu o dinheiro do prêmio anunciado de 10.000 francos franceses.

    Oemichen N ° 2 1922Oehmichen também foi um biólogo e tratadas com a função de princípio das asas do inseto, especialmente libélulas. Era o fim do prazo de 30 anos como professor de biologia no Collège de France, em Paris chamado, onde trabalhou até sua aposentadoria, ensinou. Seus escritos e fotografias contidas observações do vôo das aves e insetos, os cientistas hoje biomecânica servir como base para futuras pesquisas na construção de pás de rotor flexível.

      

    Etienne Oehmichen

    Fonte:  “http://en.wikipedia.org/wiki/Etienne_Oehmichen

    Publicado por http://cineastv.forumeiros.com/t699-o-inventor-do-helicoptero-era-cearense

     

  6. O Pioneirismo do Paraibano Marcos Barbosa na Aviação

    Ele voou quase 300 anos antes de Santos Dumont e muito antes de Otto Lilienthal, o ‘Pai dos Planadores’

    Marcelo Soares Cardoso | Revista Aeromagazine

    Capa

    Entre 1690 e 1710, um paraibano fez os primeiros voos com um aparelho mais pesado que o ar no Brasil. Seu nome era Marcos Barbosa, natural da cidade paraibana de Mamanguape. Ele voou quase 300 anos antes de Santos Dumont e muito antes de Otto Lilienthal, considerado o pai dos planadores. Ele conseguia voar a distancias impensáveis para a época.

    Marcos Barbosa, que nasceu e morreu em Mamanguape, era filho de Luiz Pereira Barbosa, comerciante, e Cecília Gomes, provavelmente professora. Com uma mente inquieta e brilhante, procurava aprender tudo o que podia, lutando contra a falta de estrutura do lugar onde nasceu para seu aprendizado, pois não havia escolas nem professores que o ensinassem o que sua sede de saber exigia. Por isso, tornou-se autodidata, chegando a ser gramático, músico e inventor. Construía objetos que já haviam sido criados por outros e os aperfeiçoava. Chegou a criar um instrumento de cordas, do qual tirava sons suaves e agradáveis aos ouvidos da plateia que o assistia.

    MAMANGUAPE – PARAIBA

    Não parava de ter ideias e começou a pesquisar asas, com a intenção de construí-las para ele mesmo voar. E assim o fez, quando construiu um planador rudimentar mais parecido com uma borboleta ou uma asa delta, com o qual realizou inúmeros voos com multidões como testemunha.

    Chegou até mesmo a protagonizar o que seria o primeiro acidente aéreo do Brasil, quando decolou de uma elevação em um de seus voos e, não podendo mais sustentar o voo, ficou sobrevoando o mar até cair nele.

    Tudo isso está registrado no livro Desagravos do Brasil e Glórias de Pernambuco, do clérigo Dom Domingos de Loreto Couto, editado em 1757. O pequeno texto que lembra as passagens acima está registrado no parágrafo 64 da pág. 389 daquela obra. Infelizmente, é isso o pouco que se sabe desse paraibano que foi um pioneiro em numa época em que o sonho do homem de voar era realizado em outras paragens e foi muito bem documentada.

    Portanto, Marcos Barbosa é mais um injustiçado da história brasileira e paraibana, salvo apenas por uma pequena lembrança em uma ou duas páginas de um livro de que poucos ouviram falar. Ele, como outros tantos, parecem condenados ao esquecimento pelo descaso dos brasileiros e autoridades com a sua História.

    ***

    Como dizia um morador de Carrapateira na Paraíba:

    – ‘Não vi o Homem chegar na Lua, mas freqüentei muito a boate Apolo, em Irecê, na Bahia’,

    Fecha o pano, rápido!

  7. Prezado Nassif
    Eis aqui dois

    Prezado Nassif

    Eis aqui dois ORGULHOS  do Nordeste e do Brasil :

    1-

    Otto de Alencar Silva nasceu em 3 de Agosto de 1874, em Fortaleza, então Província do Ceará,filho de Silvino Silva (comerciante estabelecido na cidade do Rio de Janeiro) e Maria Alencar Silva.

    Bisneto de Leonel Pereira de Alencarhttp://www.ghtc.usp.br/server/rsbhc/RSBHC19-Art2.pdf

    2-http://pt.wikipedia.org/wiki/Leopoldo_Nachbin

  8. Ceará, ponte para o ITA

     Não é de se espantar que cearenses sempre são um grande numero de aprovados para o ITA/DCTA, pois parece que o sol do estado é providencial para a geração de grandes mentes aeronauticas, e da cabeça de um dos mais eminentes filhos deste estado, foi a genese do estudo da engenharia aeronautica no Brasil, com Casimiro Montenegro Filho, que antes de ser engenheiro (formado na França), foi um dos companheiros do Brig. Macedo, no CAM.

      Quanto ao episódio das B-17, em 1942/43, apesar de Macedo ter ficado meses na California/Burbank, e ser interesse do governo brasileiro a aquisição destas aeronaves, parte do pacto de adesão aos aliados, tratado entre Roosevelt e G.Vargas e constantes dos termos preliminares do Land-lease act – Brazil – USA (Natal-1942), tais “bombardeiros estratégicos”, jamais foram fornecidos, tendo os Estados Unidos, nos enviado como parte do acordo, apenas aeronaves táticas bimotores, velhos B-18, e novos B-25/B-26/A-20.

        Os B-17 somente pousaram no Galeão, e posteriormente no Recife, em numero de 13 unidades, apenas em 1951, e eram desarmados, versão SAR ( busca e salvamento) e 2 R ( aerofotograficos/recon), e somente foram comissionados a FAB, por exigências da OACI, referentes a proporcionar ao Brasil uma unidade SAR, com responsabilidades a FIR Atlantico Sul.

  9. Olá

    Sempre tive interesse pela a história do brigadeiro Macedo, mas pena que não consegui muita coisa até fotos dele é dificil de encontrar !!!

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