Fotos históricas: Albert Kesselring e Maxweel Taylor, uma semana após o fim da Segunda Guerra

Por Motta Araujo

FOTOS HISTÓRICAS – Juntos em 13 de Maio de 1945, uma semana após o fim da Segunda Guerra, o Marechal de Campo Albert Kesselring e o General americano Maxwell Taylor, como um encontro de companheiros. Kesselring foi um dos mais importantes Comandantes alemães. Nascido em 1885, lutou intensamente na Primeira e Segunda Guerra mundiais, nesta última foi comandante de grandes unidades nas invasões da Polônia, França e União Soviética. Obteve a mais alta condecoração alemã, Folhas de Carvalho com Diamantes. Kesselring foi um dos criadores da Luftwaffe no entre guerras e comandou a Legião Condor, unidade aérea alemã na Guerra Civil Espanhola.

Seu último posto foi Comandante Geral de todas as forças alemãs no Front do Mediterrâneo, Itália, África do Norte, Sicília. Seu Quartel General ficava em Frascati, perto de Roma. Lutou tenazmente até o último dia da guerra com grande habilidade, merecendo o respeito dos exércitos adversários (inclusive a nossa Força Expedicionária). Julgado em Veneza por um Tribunal inglês foi condenado à morte, a sentença mereceu protestos de Churchill e do General Harold Alexander, seu oponente na invasão da Itália através da Sicília e depois Anzio. Pela pressão britânica a sentença foi comutada e transformada em prisão perpétua mas Kesselring foi posto em liberdade em 1952 por problemas de saúde. No julgamento teve uma forte discussão com o Promotor, chamando-o de ignorante em questões militares. O promotor reconheceu que o réu estava certo e se desculpou. Kesselring dentro do furor da guerra tentou ao máximo poupar de destruição o patrimônio artístico italiano, especialmente Roma e Florença mesmo aumentando o risco para sua retirada, salvou a Ponte Vecchio em Florença sobre o Arno que seus oficiais queriam dinamitar. Foi um dos três únicos marechais alemães que publicou suas memórias. Ao lado de Erich von Manstein e Gerd von Rundstedt, todos Marechais, foi um dos três maiores Comandantes alemães da Segunda Guerra.

Morreu em 1960 e deixou a maior coelção de conhaques da Alemanha, 3.200 garrafas, era colecionador da bebida.

Maxwell Taylor foi o comandante da célebre Divisão Aerotransportada 101, uma das mais vitoriosas da Segunda Guerra, Taylor também foi um General famoso no front europeu, ao lado de Patton, Mark Clark e Bradley.

Fotografia de notícias: German Field Marshal Albert Kesselring who motored…

Redação

14 Comentários

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  1. Uma semana depois do fim? Pô,

    Uma semana depois do fim? Pô, o cara tá gordinho, com uma cara boa. Essa guerra dele foi mesmo ótima!

    1. Meu caro Daniel, porisso

      Meu caro Daniel, porisso achei a foto fora do normal. Taylor depois tive carreira militar e diplomatica importante, foi Chefe do Estado Maior Conjunto dos EUA, Embaixador no Vietnam, teve grande evidencia politica.

  2. Band of Brothers

    A série Band of Brothers retrata a atuação da 101ª de paraquedistas. Nos caítulo final o batalhão aceitou a rendição do oficial alemão que não precisou entregar sua Luger. Não sei se ocorreu dessa maneira, mas os oficiais se tratavam com muito respeito.

    1. É verdade, havia respeito

      É verdade, havia respeito entre os oficiais de exercito americanos e britanicos com os oficiais da Wehrmacht , da Luftwffe e da Kriegsmarine. O mesmo respeito não existia quando se tratava de oficiais sovieticos com os alemães.

      No geral, há exceções, os oficiais militares não eram nazistas, apenas profissionais da guerra, é claro que isso não ocorria com as Waffen SS.

      Notavel foi a proteção dada pela Lftwaffe aos pilotos aliados que caiam na Alemanha e eram feitos priosioneiros. Ficavam presos em castelos sob guarda de soldados da propria força aerea alemã, para protege-los da Gestapo e eram no geral bem tratados. Os aliados faziam o mesmo com os pilotos alemães, internados no Canada até o fim da guerra.

      As forças aereas em todo o mundo tem uma camaradagem especial entre elas. Kesselring era oficial da Luftwaffe, no fim virou Comandante geral de todas as forças mas sua farda era da Força Aerea.

        1. Isso porque todos os pilotos

          Isso porque todos os pilotos eram aristocratas.

          Quando prisioneiros, os adversários até davam festas na primeira guerra.

      1. Respeito

        Araujo, quando se sabe do ignóbil destino dado aos mais de 3,5 milhões de soldados do Exército Vermelho que se renderam à Wehrmacht nos primeiros seis meses da Operação Barbarossa no verão de 1941, fica bem mais fácil compreender essa “falta de respeito” dos oficiais soviéticos para com seus nobres colegas alemães.

        Esse texto da Wikipédia dá uma boa idéia do tamanho da carnificina, que não se repetiu no front ocidental. As fontes numeradas podem ser encontradas no artigo original (o link está no final da citação).

        ===================

        Some 3.3 million Soviet POWs died in Nazi custody, out of 5.7 million. This figure represents a total of 57% of all Soviet POWs and may be contrasted with only 8,300 out of 231,000 British and US prisoners, or 3.6%. Some estimates range as high as 5 million dead, including those killed immediately after surrendering (an indeterminate, although certainly very large number).[6][7] 5% of the Soviet prisoners who died were of Jewish ethnicity.[8] Among those who died was Stalin‘s son, Yakov Dzhugashvili.

        The most deaths took place between June 1941 and January 1942, when the Germans killed an estimated 2.8 million Soviet POWs primarily through starvation,[9] exposure, and summary execution,

        http://en.wikipedia.org/wiki/German_mistreatment_of_Soviet_prisoners_of_war

         

      2. Há de se dizer que no Brasil

        Há de se dizer que no Brasil oficiais que não se coadunavam com a tal da “Redentora” não tiveram o mesmo tratamento de seus pares. Não tenho certeza, mas os oficiais da intentona de 1935 foram respeitosamente tratados como manda a hierarquia e os codigos de conduta.

        Quando recruta, nos ensinam a bater continencia ao oficial mesmo que subelevado e preso, porque como diziam a epoca o oficial “nunca perde o peso de seus galões”. Vai que um dia ele se torna o seu oficial comandante…

        Mas voltando ao Kesselring ele não esteve envolvido no caso do massacre das Fossas Ardeatinas?

  3. Não entendo todos esses

    Não entendo todos esses louvores a quem, como comandante da Legião Condonr na Espanha, é responsável pelo massacre da população civil de Guernica. Só por isso Kesselring merece ser execrado. Se foi capaz disso, de que mais não terá sido capaz na Alemanha nazista?

  4. Se era um dos três bam bam

    Se era um dos três bam bam bam de Hitler porque não estava defendendo Berlim do avanço dos soviéticos? Estar nessa altura do campeonato na Itália era o equivalente a umas férias em Búzios, Caraguatatuba…

    1. Caríssimo, se Hitler tivesse

      Caríssimo, se Hitler tivesse se acercado de seus principais generais e escutado a opinião de seu estado maior, sequer teria invadido a Rússia! 

      O exército alemão tinha em seu estado maior a elite militar prussiana. Não eram homens tolos, mas disciplinados, estudiosos e preparados. Lutaram porque tinham um lado, mas angariaram respeito e admiração dos aliados em várias oportunidades, porque agiram com honra e lealdade militar. Rommel era admirado por Paton e todos os oficiais das divisões mecanizadas aliadas. Entender o contexto da Segunda Guerra vai muito mais além do maniqueísmo entre bons e maus.  

  5. Quando…

    … o destino da guerra estava determinado com a derrota do exército nazista (todos eram) – isto desde que o heróico exército sovietico começou sua marcha que só teve fim com a conquista do bunker de Hitler – o objetivo dos “exercitos aliados” sempre foi conter esse avanço… nenhuma surpresa nessa foto.

    Claro, o exercito soviético não era bonzinho como os yankes… o nosso amigo AA sabe quantas aldeias da atual Bielorussa foram incendiadas – junto com seus habitantes?

  6. Rudolf Spies

    Havia sim um respeito entre os militares graduados adversários. Basta ver  o campo 11 dos

    aliados ,destinados aos heróis militares.

    Por falar nisso, tive um chefe que impunha muito respeito a todos pela sua diciplina e competência.

    Trabalhava na Mercedes benz nos anos 50 e 60. Participou  nas duas grandes guerras como

    projetista  da aeronautica , como piloto de combate e como engenheiro aeronáutico da marinha.

    Para conferir vide          

    http://www.specialcamp11.co.uk/Generalingenieur%20Dipl.-Ing.%20Rudolf%20Spies%20%28Luftwaffe%20Civil%20Servant%29.htm

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