O criador do atual Exército da Alemanha

Por Motta Araujo

O CRIADOR DO EXÉRCITO DA ALEMANHA DE HOJE – O homem por trás do Bundeswehr, o atual exército da Alemanha foi UM militar prussiano que foi um dos maiores comandates alemães da Segunda Guerra, o Marechal de Campo Erich von Manstein. Filho, enteado, sobrinho e sogro de Generais prussianos, era também sobrinho do Marechal Von Hindenburg, que foi Presidente da República de Weimar e antecessor de Hitler.

Manstein foi um dos principais formuladores do Case Yellow (Fall Gelb), o bem sucedido plano de invasão da França pela Floresta das Ardenas, na invasão da Polônia era Chefe de Estado Maior do Marechal von Rundstedt, comandante do Grupo de Exército Sul, na Frente Leste participou do cerco de Sevastopol, na batalha de Stalingrado, na batalha de Kursk, em março de 1944 entrou em choque com Hitler e foi demitido, o Fuhrer queria interferir nas operações militares sem ter preparo, conhecimento e treinamento para isso, como teve sorte no começo da guerra, se achava um gênio militar.

Depois da fim da Guerra foi testemunha de defesa da Wehrmacht no Julgamento de Nuremberg, em 1949 foi preso e julgado por um Tribunal britânico em Hamburgo sob acusação de não ter dado proteção às populações civis da Polônia, sua defesa foi custeada pelo General Montgomery e por Winston Churchill, que pagaram os advogados. Ficou preso 4 anos, libertado foi contratado como Assessor Militar Principal do Chanceler da República Federal, Konrad Adenauer e foi o artífice de construção do novo Exército alemão, o Bundeswehr.

Seu prestígio eral tal que seus aniversários eram o maior acontecimento social em Bonn. Discretíssimo, não dava entrevistas, sua aparência civil era a de um banqueiro de Frankfurt.

Um dos mais inteligentes generais alemães, serviu a quatro regimes, o Imperial, o de Weimar, o do Terceiro Reich e o da República Federal, sua inteligência é demonstrada na sua capacidade de reciclagem, morreu em 1973 aos 85 anos.

Redação

33 Comentários

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      1. Ao que eu saiba, não houve um

        Ao que eu saiba, não houve um único general nazista que tenha enfrentado Hitler de peito aberto. Eram todos medrosos, cagões. A conspiração para matar Adolfo Hitler já diz tudo: só mesmo num exército de cagões um cabo manda num marechal. 

        1. Comandante em chefe.

          George Bush, o pai, foi piloto da marinha na II Guerra. Quando se tornou presidente, um marinheiro mandava em todos os generais americanos. Você também acha que o exército dos EEUU são um bando de cagões?

          1. Mexeu com meu irmão, mexeu

            Mexeu com meu irmão, mexeu comigo!

            São mais do que cagões: são covardes!

      2. Pior ainda: Manstein era

        Pior ainda: Manstein era descendente de judeus. Aliás, esta é uma ferida, uma mancha, da qual os judeus nunca – ou quase nunca – falam: os coronéis e os generais judeus que serviram a Hitler. Quer dizer, o povo judeu sendo esfolado pelos seus próprios generais. Que vergonha!

    1. Leia a noticia com atenção, a

      Leia a noticia com atenção, a doutrina de emprego do exercito alemão transcende o nazismo, durante o nazismo foi empregada na prática a blitzkrieg, mas o conceito já existia na primeira guerra mundial, só não tinham os meios para tal, o plano de invasão da França pelas Ardenas também é  dessa época.

      1. Doutrina

         Aleluia, Cesar A .

        alguem que conhece !

         Muitos militares historiadores, e outros estudiosos, já identificam táticas de “blitzkrieg”, na “ofensiva Ludendorff – Hidenburg”, realizada na Frente Ocidental em 1918 – com o básico possivel a época: concentração de artilharia em pontos sensiveis da frente ( eixos de progressão futuros), e posterior assalto com tropas de alta mobilidade e poder de fogo ( stormtroops). Posteriormente o conceito evoluiu nas décadas de 20 e 30, contemplando o binomio blindados + apoio aereo, combinando mobilidade e logistica ( blitzkrieg é sorvedouro de munição, combustivel e viveres), a idéia básica: rompimento de frentes estáticas.

          Existiu uma batalha importante, pouco conhecida geralmente, mas muito estudada, anterior a blitzkrieg alemã, travada entre soviéticos e japoneses, a de Khalkin Gohl (1938 ? ), onde todos os conceitos foram utilizados pelo Exército Vermelho: 1. Bombardeiros pesados ( TB-3) atacando a retaguarda (desorganizar a logistica inimiga); 2. Ataques aereos táticos + preparação de artilharia ( 122 e 152 mm) nos pontos de inflexão da frente; 3. exploração através de blindados (tanques) leves e/ou médios destes pontos de inflexão/junção; 4. Aberta a frente, em determinados pontos, a progressão lateral, através das unidades móveis ( para cercar ou desbaratar os dispositivos defensivos estáticos do inimigo) + a progressão direta, com unidades hipomóveis de artilharia ( 122 e 76 mm) e de infantaria a pé, visando “ocupar terreno”, entre a frente e retaguarda inimiga, para bloquear qualquer tipo de apoio.

            Leia: http://www.bu.edu/hs/marchapril05.html

    2. O exército, bem como as

      O exército, bem como as outras armas, nunca foram nazistas. Por isso hitler sempre nutriu desconfiança dos generais. A mínima oposição ao nazismo que conseguiu sobreviver à brutal repressão promovido pelo regime estava no oficialato prussiano ou exilada, preferencialmente fora da europa. Não por coincidência foi no exército que se orquestrou a tentativa de assassinato do führer.

  1. Blá, blá, blá… os mesmos

    Blá, blá, blá… os mesmos caras que ficam puxando o saco de oficiais da Wehrmacht que criaram o novo exército alemão depois da guerra detestam Carlos Marighella, apesar do comunista brasileiro ter fornecido material para um deles (VON DER HEYDTE, Friedrich August) escrever o livro “Guerra Irregular Moderna” (editado pela Bibliex no Brasil).  VON DER HEYDTE cita Mariguella mais de uma centena de vezes no livro dele, mas os babacas brasileiros adoram o aluno alemão do comunista brasileiro e detestam o mestre dele. Ha, ha, ha… vai entender. 

  2. Açougueiro

    Hannah Arendt, muito bem ressaltou que os generais alemães, em suas memórias (aqui inclusos Manstein), em momento algum assumiram a culpa e purgaram a hediondez de terem servido ao regime nazista. De maneira geral, se limitaram a manifestar sobre o aspecto bélico do conflito, sem adentrar ao exame de sua culpa. As tímidas explicações do Marechal de Campo, em momento algum o eximem do fato de que na retaguarda de seus exércitos, a ‘solução final’ era implementada com seu beneplácito. Muito mais do que afirma, o silêncio de Manstein é o que revela seu caráter. Um açougueiro, em verdade, não passou de um reles açougueiro…

    1. Manstein era um militar

      Manstein era um militar profissional, não esteve ligado à cadeia de comando que controlava as execuções de judeus e se estivesse teria sido processado em Nuremberg, onde não foi reu e sim testemunha.

      Se os militares fossem processado por todos os crimes que um Estado pratica, não haveria militares no mundo.

      1. As pessoas não costumam

        As pessoas não costumam entender a diferença nas funções das tropas do exército regular alemão  e as forças paramilitares ou pseudomilitares Schutzstaffel(SS) e Gestapo. Estas faziam parte da estrutura do partido nazista, tendo fidelidade canina ao führer.  Eram formadas por sociopatas escolhidos a dedo para cometer, sem pestanejar, as piores barbaridades em nome do líder e do partido.

         O exército, numa primeira onda, invadia e controlava o território. As barbaridades começavam com a chegada, na segunda onda, das forças da SS e gestapo.

        O problema é que muitos confundem o que pertencia ao partido com  o que eram forças regulares, subordinadas ao Estado, como o exército.

  3. É cultura, o que poucos gostam…..

    Motta Araujo como sempre nos brindando com suas pesquisas sobre fatos da II Grande Guerra.

    Os que se manifestam contra ou a favor, deveriam antes de tudo deixar as ideologias de lado e também pesquisarem estes mesmos fatos, pois só iriam engrandecer seus conhecimentos culturais!

    Manifestações particulares e individuais sobre os perfis dos  personagens que participaram daquela contenda, mostram tão somente, o partidarismo.

    Alguns comentaristas,  ao invés de  desarmarem os espiritos, usam da retórica mais xula  para se desviarem do tema, achando que a agressividade e palavras hostis, os ajudarão a impor suas “verades”, quando deveriam aproveitar a oportunidade para conhecerem mais a fundo o que de fato foi aquele triste episódio.

    Não só sobre a ótica dos vencedores, mas também e principalmente dos vencidos!

     

  4. https://jornalggn.com.br/notic

    https://jornalggn.com.br/noticia/enrique-lister-e-hemingway-na-guerra-civil-espanhola-retratados-por-robert-capa

    Isto aqui é uma narrativa historica, sem partidarismos e torcidas.

    Fiz aqui no blog DOIS posts sobre o General vermelho Enrique Lister, grande comandante da Guerra Civil Espanhola,

    General do Exercito Sovietico, lutou valentemente na libertação de Leningrado, ajudou Tito na Iugoslavia e Fidel Castro

    na luta contra Batista.

    Para se descrever um personagem historico é preciso destacar seu perfil, os eventos estão no passado, não há o que torcer pelo passado , é apenas Historia.

  5. “Opinadores” de cinema

    Os Alemães formam um povo aguerrido e de história relevante, antes, durante e depois das recentes guerras mundiais. Hoje são, novamente, os líderes da Europa. O AA, que gosta de trazer aqui diversos fatos históricos, mostra um aspecto específico do exército alemão, que apenas retrata o extremo profissionalismo das tradicionais tropas prussianas, experiência herdada pelo citado General. Parece-me muito infantil a atitude de alguns comentaristas, que reduzem esse gigantesco xadrez geopolítico da época (eixo Alemanha, Itália e Japão) para apenas uma questão judaica. Uma guerra convencional, feita por interesses geopolíticos da época, virou hoje, para muitos incautos, apenas um capítulo da história judaica, fartamente divulgado desde Hollywood.

  6. Mitologia  que   colabora  

    Mitologia  que   colabora   na  reabilitação do exército alemão e seus oficiais,confinando  o nazismo a Hitler  e meia dúzia de psicopatas que  despejaram LSD na água potável   das cidades alemãs durante dez anos obtendo do povo adesão maciça. 
    Com um pouco mais   de capricho e detalhes  essa versão na rede  vai acabar convencendo até  Angela Merkel.

    Ps.: Ô Motta ! Não ínsita na versão   de que o  Enrique Lister ajudou  Fidel.Nunca se viram e tampouco se amaram.

    1. Bundeswehr é o nome do atual

      Bundeswehr é o nome do atual exercito alemão, a expressão “bundes” equivale a federal e Heer é um substantivo que significa exercito. Wehr é um substantivo que tem um signficado mais amplo que heer.

  7. Apologia

    Sem demora teremos portagens exaltando o valor militar da Waffen-SS. Quem sabe até alguns  elogios a  H. Heydrich. De qualquer modo, indico Manstein ao prêmio “Jair Bolsonaro” dos direitos humanos.

  8. O Motta é (me desculpe Motta)

    O Motta é (me desculpe Motta) o nosso David Niven, o nosso Olivier, o nosso Duque de Wellington…ele é o mais Britanico comentarista deste blog e apesar de nossas diferença sobre quaisquer outro assunto eu atesto: ele é a BBC em termos de comentarista de Historia deste e de qualquer blog.

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