O julgamento de Nuremberg na Internet

 HARVARD DISPONIBILIZA O 

JULGAMENTO DE NUREMBERG

  

O maior julgamento internacional de todos os tempos está integralmente disponível na internet.Julgamento de Nuremberg (1945-1949) – responsável por apurar e julgar os crimes nazistas durante a Segunda Guerra Mundial – produziu cerca de 120 mil documentos que podem ser consultadas por qualquer pessoa com acesso à Internet graças a uma iniciativa da faculdade de Direito da Universidade de Harvard. No total, são mais de 1 milhão de páginas com fotos digitalizadas de documentos que contam o que aconteceu. A iniciativa pretende lembrar para sempre as atrocidades cometidas pelo Terceiro Reich, uma vez que, segundo diretores da Harvard, há uma tendência de o mundo esquecer o Holocausto ocorrido durante a Segunda Guerra. Os documentos descrevem os diálogos entre os criminosos e seus juízes, tornando possível saber quem foi quem e que delitos foram cometidos. O projeto decolou com uma doação de US$ 100 mil de um estudante, devendo custar, quando pronto, US$8 milhões à universidade.

Lembrando que em dezembro, no NEJ, teremos o Seminário: Crime contra a humanidade: a lição do Tribunal de Nuremberg, por Luiz Nazario, contestando a idéia revisionista que circula no meio jurídico e contamina leigos e desinformados, de que este foi um tribunal injusto, de tipo inquisitorial, um julgamento vingativo, de vencedores sobre vencidos, no qual os réus não puderam escolher seus advogados, alijados de seu direito à ampla defesa. Luiz Nazario esclarece que os vencidos não foram as altas autoridades nazistas julgadas em Nuremberg, mas os 6 milhões de judeus e os 5 milhões de Untermenschen (entre os quais 500 mil ciganos, 100 mil doentes hereditários, 10 mil homossexuais, 3 mil dissidentes religiosos) vitimados nas indústrias de morte que aquelas autoridades montaram. Sem a lição de Nuremberg o mundo não teria parâmetros para julgar o crime contra a humanidade que foi o Holocausto, cuja negação é um dos temas prediletos dos novos antissemitas. O seminário será ilustrado com documentários inéditos no Brasil sobre o Tribunal de Nuremberg.

Luis Nassif

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