Por Motta Araujo
Hoje 95 anos da proclamação da constituição da República de Weimar, o regime político que substituiu o Império Alemão ao fim da Primeira Guerra. Presidida pelo socialista Friedrich Ebert, a nova República teve sua autonomia limitda pelo Tratado de Versalhes, que permitiu um Exército de apenas 100.000 homens, proibiu submarinos e aviação e impôs pesadas reparações de guerra, que hoje equivaleriam a 930 bilhões de dólares.
Não obstante, a República de Weimar teve efervescente vida cultural e intelectual, foi um rico período de liberdade na Alemanha acostumada a muitas regras e autoritarismo. Surgiram efervescentes cabarés, teatros, cinema, ópera.
Movimentos como o Bauhaus, o expressionismo na arte do movimento com o balé moderno, experimentações nas artes plásticas, na literatura, na dramaturgia de Brecht. Uma literatura vibrante, assim como a aderencia ao jazz, da qual a Alemanha passou a ser um dos centros mundiais, especialmente em Hamburgo, o notável cinema da UFA.
Já na época de Weimar começou a reconstituição do poder bélico alemão, através do Tratado de Rapallo, pelo qual os alemães começaram secretamente a treinar sua aviação na Rússia, os tratadistas de Versalhes esqueceram de fechar as escolas prussianas de oficiais, o Exército continuou a formar excelentes tenentes e instrutores.
A economia afundou na hiperinflação de 1923 logo debelada pelo Plano Schacht (do qual o Plano Real é cópia), a Alemanha nunca teve tanta liberdade e prosperidade, abruptamente encerrada com a crise de 1929, que provocou 40% de desemprego e abriu espaço para os nazistas ganharem o poder pelo voto, dando fim ao regime de Weimar, um periodo de luz entre trevas da Primeira e da Segunda Guerras.
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
A multa aplicada à Alemanha
A multa aplicada à Alemanha era um ultraje, mero revanchismo francês.
Favor não simplificar um caso
extremamente complicado.
Tentando uma abordagem curta mas não tão maniqueísta:
1 – hoje é aceita pelos historiadores a responsabilidade de todas as potenciais europeias na geração do maior massacre de jovens homens (até a mesma Europa se superar no horror entre 1939 e 1945). Mas no momento do Tratado de Versalhes a versão aceita era a responsabilidade dos Reis (menos o do Reino Unido…) e Imperadores (Rússia, Alemanha e Áustria). O erro fundamental foi de ter aplicado as reparações aos povos e não ás famílias reinantes,
2 – Bélgica (maior proporção do território) e França (menor proporção) tiveram enormes destruições, pelo fato dos 4 anos da guerra (na frente ocidental) terem acontecido nos seus territórios. Como foi o exercito alemão que invadiu, primeiro a Bélgica, depois a França, a Alemanha foi responsabilizada. Mas como acima as decisões foram do Kaiser e sua corte e não do povo (que tinha participação política limitada no regime), aí o erro foi de novo fazer pagar o povo e não os responsáveis.
3 – até o presidente americano W. Wilson aceitou a tese das reparações, de uma pais para outro, portanto participou do erro coletivo, que não foi sô francês.
… assim caminha a humanidade………….
“A economia afundou na hiperinflação de 1923 logo debelada pelo Plano Schacht (do qual o Plano Real é cópia), a Alemanha nunca teve tanta liberdade e prosperidade, abruptamente encerrada com a crise de 1929, que provocou 40% de desemprego, … “
É Motta, conforme você relata acima, a semelhança do Plano Schacht com o Plano Real, que debelaram a inflação galopante, mas que num curto espaço de tempo, foi tudo “pro brejo”, mostra de como são superficiais estes planos, e quando querem os destroem em pouco tempo.
No nosso caso, é só ver e comparar para saber que quando quiserem, o farão num abrir e fechar de olhos, pois os oponentes, donos dos meios de produção e financeiros, fazem as regras. Caso aidna exista alguma dúvida, veja o que estão arquitetando contra a Russia, se bem que o urso, tem também suas garras, no caso o gás que fornece à UE, e aí, o buraco é mais embaixo.
Mas…., quand se unem pa derrubar um governo ou país, fica-se na impossibilidade de se defender, pois entgre vários fatores, a maniulação muito bem feita pelo complexo-midiático a nível planetário, sempre será masi bem sucedido!
E olha que temos milhares, senão milhões de analfabetos funcionais, em escala planetária, e sendo assim…………….
Período Brilhante
Um período brilhante, a tal “República de Weimar”. Foi realmente uma brisa de ar fresco, entre a crise do pós-guerra ea ascensão do nazismo. Para as artes, para a livre expressão, para o pensamento. Uma pena que depois vieram um monte de gente com pé no manicômio, liderados por um salvador da pátria desequilibrado, ressentido e absolutamente equivocado quanto aos (assim chamados) culpados pela derrota da Alemanha. Causou um desserviço, não só à Alemanha, mas à humanidade.
Gol do México comemorado na Alemanha.
É. Weimar! Muito importante e mais propagada.
Mas e o México com sua revolução de 1910? Com a quebra do poderia da igreja católica? Com a educação pública?Com a reforma agrária?Com a proteção do trabalho assalariado, “dos livres”?
Vamos tratar de IGUALDADE pretendida, inicialmente, no México não?
Pena que não há constituição que suporte uma aduana, mui amiga, via nafta, não é mesmo?
Em suma, igualdade? Só na matemática! E olhe lá
Verdade
Após anos de luta sangrenta, tudo parecia apontar para um resultado catatônico, no entanto, o México conseguiu produzir, em parte por causa da luta camponesa, uma das constituições mais avançadas de sua época, se não foi a mais avançada.
O MURO
[video:http://youtu.be/6MvQsHeattY%5D
Mulheres da Palestina caminham próximo ao muro israelense perto de Ramallah, na Cisjordânia. Foto: IRIN/Shabtai Gold
Não obstante a Constituição
Não obstante a Constituição de Weimar ser a mais famosa das constituições com conteúdo social, a mais antiga do gênero é a Constituição Mexicana de 1917.