Mercado prevê retração de 1,7% para o PIB em 2015

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A economia brasileira deve encerrar o ano de 2015 com uma retração de -1,7%, segundo projeções elaboradas por instituições financeiras e divulgadas no relatório Focus, publicado semanalmente pelo Banco Central. Na última semana, a estimativa para a queda do PIB (Produto Interno Bruto) estava em 1,5%. No próximo ano, a expectativa é que haja crescimento da economia, mas de 0,33%. Na semana passada, a estimativa de crescimento era 0,50%.

Na avaliação do mercado financeiro, a produção industrial deve ter queda de 5%, este ano. Em 2016, o setor deve se recuperar, com crescimento de 1,50% (segunda semana consecutiva de crescimento), contra 1,40% previsto anteriormente.

Enquanto a economia encolhe, a inflação sobe. Para as instituições financeiras, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar o ano em 9,15%, contra 9,12% na projeção anterior. Essa foi a 14ª elevação seguida na estimativa. Para 2016, houve redução de prognósticos pela terceira semana consecutiva, passando de 5,44% para 5,40%. As estimativas para a inflação estão distantes do centro da meta que é 4,5%. Neste ano, a expectativa é que o teto da meta, de 6,5%, seja ultrapassado. O próprio BC projeta inflação em 9%.

Para tentar conter o aumento dos preços, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) tem aumentado a taxa básica de juros – a taxa Selic já subiu por seis vezes consecutivas e a autoridade monetária sinaliza que o ciclo de alta vai continuar. A próxima reunião do comitê está marcada para os dias 28 e 29 deste mês. Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano e as instituições financeiras esperam que a taxa chegue a 14,5% ao final deste ano (terceira semana consecutiva de estabilidade). No final de 2016, a Selic deve ficar em 12% ao ano.

A pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI), que subiu de 7,51% para 7,64%, este ano. Para o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), a estimativa passou de 7,42% para 7,46%, em 2015. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) subiu de 8,60% para 8,72%, este ano.

A projeção para a cotação do dólar ao final de 2015 segue em R$ 3,23, e a variação para 2016 continua em R$ 3,40 pela segunda semana seguida. O superávit da balança comercial brasileira foi ampliado pela quinta semana, com os dados para o fim de 2015 passando de US$ 5,50 bilhões para US$ 6,40 bilhões. O saldo comercial estimado para 2016 aumentou pela sexta semana, de US$ 13 bilhões para US$ 14 bilhões.

Entre os outros dados publicados, a relação dívida líquida do setor público com o PIB ao fim de 2015 foi reduzida pela segunda semana, de 37,20% para 37%, enquanto os dados para 2016 subiram de 38% para 38,35%. Já o déficit em conta corrente em 2015 foi ajustado pela quarta semana seguida, de -US$ 80,50 bilhões para -US$ 80 bilhões, e os números para 2016 passaram de -US$ 73 bilhões para -US$ 70 bilhões (quinta semana consecutiva de variação).

O volume de investimento estrangeiro direto estimado para o fim deste ano subiu de US$ 66 bilhões para US$ 66,25 bilhões, ao passo que a variação para 2016 foi mantido em US$ 65 bilhões pela oitava semana consecutiva.

 

(com Agência Brasil)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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