Evento debate a infraestrutura e a competitividade nacional

Da ABDI

‘Diálogos de Competitividade’ debatem infraestrutura e capital
 
Estrutura física e tecnológica é o segundo tema das discussões que analisam a competitividade nacional
 
A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o Movimento Brasil Competitivo (MBC) darão continuidade, na segunda-feira, 28, à série de debates sobre a competitividade industrial no Brasil. Com transmissão online ao vivo, o projeto, que conta com o apoio do Observatório da Inovação e Competitividade da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), visa aprofundar o entendimento sobre os fatores indutores da competitividade e reforçar a capacidade analítica no país, com proposição, ao final, de um conjunto de recomendações para o país.
 
Os “Diálogos de Competitividade” terão como segundo tema a ser abordado Infraestrutura e Capital, com a proposta de avaliar a estrutura física e tecnológica à disposição da cadeia industrial brasileira, relacionando os custos de produção à demanda dos mercados locais e globais. A mesa redonda que irá debater a capilaridade do sistema financeiro nacional, geração de emprego e renda, será composta pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho; Secretário de Comércio e Serviços do MDIC, Humberto Ribeiro; diretor de Relações Institucionais da Camargo Corrêa, Francisco Graziano; diretor presidente da Odebrecht Transportes, Paulo Cesena; diretor de Pesquisas Macroeconômicas do Bradesco, Octávio de Barros; e pelo diretor da BRAiN Brasil, Roberto Calado.

 
O ponto de partida das discussões será a análise dos indicadores econômicos do Brasil, em questões como PIB, exportações, importações e participação no comércio mundial. A iniciativa tratará os resultados do estudo sobre métricas de competitividade de países desenvolvido pela ABDI em parceria com a USP, no âmbito da Federação Global de Conselhos de Competitividade (GFCC, na sigla em inglês). Os dados refletem na capacidade das nações de elaborar estratégias para aumentar os ganhos de competitividade.
 
A intenção das organizadoras é articular importantes atores da sociedade brasileira e gerar, a partir das contribuições colhidas, documentos analíticos que facilitem a comunicação de temas relacionados à competitividade, além de relatórios com indicações de políticas públicas para contornar os eventuais gargalos apontados. Os demais encontros acontecerão, respectivamente, nos dias 06 e 08 de maio. Interessados podem acompanhar a transmissão online ao vivo e interagir com os especialistas convidados pelo endereço www.iea.usp.br/aovivo. Para mais informações, acesse www.mbc.org.br.
 
PROGRAMAÇÃO COMPLETA
·         Desempenho e Complexidade Econômica (24/04)
·         Infraestrutura e Capital (28/04)
·         Talento e Inovação (06/05)
·         Qualidade de vida e Crescimento futuro (08/05)
 
Horário: 9h30
Local: Auditório do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP
End.: Praça do Relógio, Prédio da Reitoria – 5º andar – Cidade Universitária.

 

Redação

2 Comentários

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  1. Fabrica de bicicletas elétricas

    Uma fábrica nacional, que consiga produzir bicicletas elétricas competitivas no mercado mundial é o degrau que o Brasil têm de  conquistar, na minha humilde opinião.

    Se fosse eu, juntava todos os esforços humanamente possíveis que o Brasil possui e me lançava de corpo e alma neste objetivo.

    A tarefa é multidiciplinar, impostos, legislações, tecnologias, criatividade e sustentabilidade.

    Mas este é um país de derrotados, com certeza se a idéia fosse colocada à discussão, no final teríamos muitas vozes provando por A + B que tal tarefa é impossível.

    Haja derrotados de véspera lá China!

  2. Conjuntura & Imediatismo

    O Governo não se esforça para produzir um ambiênte estável e favorável na economia, vive de expedientes.

    Balanços indicam ano ‘desafiador’

    Resultados de empresas no primeiro trimestre reforçam PIB fraco do Brasil; companhias temem efeitos negativos da Copa do Mundo

    Os primeiros resultados de companhias brasileiras líderes de vários setores, entre janeiro e março, reforçam a percepção generalizada de que a economia do País começou o ano devagar. Em suas divulgações, as empresas usaram adjetivos como “estranha” e “desafiadora” para definir a situação atual.

    Em vez de produzir mais aço, a Usiminas resolveu vender mais energia para aproveitar os elevados preços da eletricidade no curto prazo. O Bradesco teve fraca expansão do crédito e aumento da inadimplência futura. Enquanto isso, a produtora de celulose Fibria manteve a produção de um ano atrás, enquanto construtoras seguiram desovando estoques de imóveis. A fabricante de cosméticos Natura classificou o ambiente como “mais desafiador” e reiterou um investimento menor neste ano.

    Os dados saíram dias após o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de prévia do Produto Interno Bruto (PIB), mostrar forte desaceleração da economia brasileira em fevereiro, sinalizando um ano difícil. No mês, o índice avançou 0,24% sobre janeiro depois de expansão de 2,35% em janeiro.

    “O primeiro trimestre de forma geral foi fraco. A indústria teve desempenho bastante limitado. Quando olhamos para o consumo ampliado, também foi bastante fraco em fevereiro e deve ter se mantido fraco em março”, disse Alessandra Ribeiro, economista e sócia da consultoria Tendências. “Não dá para ser muito otimista (…) Vemos corrosão de renda real, que mina o consumo e isso tem consequências na produção”, disse Alessandra.

    Futuro. As indicações para o segundo trimestre não são positivas. A Usiminas, importante fornecedora das montadoras de veículos, espera queda de produção do setor, diante de anúncios de suspensão de contratos de trabalho. A Volkswagen, por exemplo, vai afastar mais de 1 mil funcionários de suas fábricas em São Bernardo do Campo (SP) e São José dos Pinhais (PR) por até cinco meses. “Está todo mundo apreensivo com a economia, vamos ter algo parecido com o ano passado”, disse o presidente executivo da companhia de logística JSL, Fernando Simões.

    Outro dado que corrobora com a informação foi divulgado nesta semana pela comercializadora e gestora de energia Comerc, responsável pela gestão de 13% da carga de eletricidade de consumidores livres do Brasil. Ela apontou a primeira queda anual e mensal no consumo de energia elétrica da indústria atendida pela empresa.

    “O segundo trimestre deve continuar morno. Acreditamos que ele será melhor que o primeiro. No entanto, há dúvidas em relação à Copa do Mundo em junho. Ninguém sabe o quanto os feriados vão paralisar a economia”, disse Simões.

    Com vários setores sem conseguir fazer projeções para os próximos meses, a produtora de papel Klabin afirmou, na última quinta-feira, que a economia brasileira está “estranha”, mantendo soluços de demanda, o que tem feito a empresa apostar mais em exportações do que no mercado interno.

    “A economia, a cada semana se revela de forma diferente, com uns clientes diminuindo a demanda e outros aumentando, de maneira um tanto quanto surpreendente”, disse o diretor geral da Klabin, Fabio Schvartsman. “A economia está estranha, essa é a melhor maneira de se referir a ela.”

    Varejo. O sentimento é parecido no varejo. O Índice Antecedente de Vendas do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo apontou uma aceleração de vendas em abril e maio, que será seguida por ritmo menor em junho. Empresas como Hering e Electrolux, por exemplo, têm visto um mercado mais fraco que o esperado no Brasil neste início de ano.

    A Hering, uma das maiores redes de varejo de moda do País, viu um primeiro trimestre “um pouco mais difícil” do que a empresa esperava para este ano, conforme afirmou o diretor financeiro da companhia, Frederico Oldani. A empresa lucrou R$ 64,6 milhões no primeiro trimestre do ano, queda de 6,9% na comparação com o mesmo período de 2013. Nas vendas mesmas lojas (abertas há mais de um ano) da Hering Store, a queda foi de 4,1%. “Pode haver volatilidade principalmente nas vendas em lojas, ainda não está claro quantos dias de vendas serão perdidos (por causa da Copa)”, disse Oldani.

    Já a gigante mundial de eletrodomésticos Electrolux afirmou ontem que o Brasil, seu segundo maior mercado, permanece com performance fraca. O presidente executivo da companhia sueca, Keith McLoughlin, acredita que a demanda continuará caindo no País no segundo trimestre, embora ele espere uma recuperação na segunda metade do ano. / REUTERS

     

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