A mulheres líderes mundiais, Dilma denuncia a misoginia no seu golpe

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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A lideranças femininas destacadas de todo o mundo, Dilma Rousseff, afirmou, neste 8 de março, como a misoginia motivou impeachment, em 2016.

Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE

A lideranças femininas destacadas de todo o mundo, a ex-presidente e atual líder do Banco dos Brics, Dilma Rousseff, afirmou, neste 8 de março, como a misoginia motivou o seu impeachment, em 2016.

Ex-presidentas e lideranças femininas mundiais se reuniram em Paris, França, neste Dia Internacional das Mulheres. Dilma esteve ao lado da ex-presidente do Chile e do Alto Comissário da ONU para Direitos Humanos, Michelle Bachelet, da Nobel da Paz do Irã Shirin Ebadi, da prefeita de Paris Anne Hidalgo, e outras.

A ex-presidente brasileira ressaltou o “ódio” que tem a extrema direita no combate às desigualdades, assim como o seu papel para a manutenção do patriarcalismo. Sobre a derrubada da presidente em 2016, Dilma foi clara:

“A misoginia representa a repulsa do patriarcalismo face às mulheres que ousam sair de suas esferas. E a extrema direita critica e tem ódio de tudo o que é diferente. No golpe contra mim em 2016, o preconceito e a misoginia constituíram um pano de fundo para a destituição da única mulher eleita presidente. Isso levou a uma total perda de direitos.”

Ainda falando da extrema direita, mencionou as Fake News e a “manipulação midiática” que foram “ferramentas privilegiadas a serviço da misoginia”.

Em seu discurso, a ex-presidenta afirmou que a desigualdade de gênero é ainda pior quando se trata de negras, indígenas e pobres: “Sem reconhecer os direitos das mulheres, os direitos não são humanos. É sobre a mulher negra e indígena que recai a maior desigualdade na América Latina”.

“Nos países do Sul global, a pobreza tem a face da mulher. No Basil, para superar a pobreza e a exclusão, é preciso colocar foco prioritário nas mulheres, na igualdade de gênero e social”, completou.

Com informações da RFI.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

1 Comentário

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  1. 1.golpe foi contra o país, nao exatamente contra a ex-presidenta;
    2.se misoginia foi “pano de fundo”, talvez tenha sido um retalhinho numa colcha, afinal, basta ver quem se beneficiou com o q veio em seguida, em especial em relacao ao pré-sal. interesses com lucro prescindem de sexo/genero, ou nao?

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