Ataques israelenses matam 370 palestinos por dia

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Estatísticas mostram que a maioria das vítimas são mulheres e crianças; 133 vítimas identificadas eram bebês com menos de 1 ano de vida

Foto: hosny salah por Pixabay

Mais de 7 mil palestinos foram mortos pelo exército de Israel desde o dia 07 de outubro, quando começaram os ataques à região da Faixa de Gaza por conta de ação do grupo extremista Hamas.

Na última semana, o Ministério da Saúde da Palestina divulgou um relatório onde detalha os nomes, idades, gênero e números de identificação de 6.747 vítimas. Outras 281 vítimas ainda precisavam ser identificadas pelas autoridades.

Os ataques do exército israelense mataram, em média, pelo menos 370 palestinos por dia desde o início das operações de retaliação.

Entre os dias 07 e 25 de outubro, os ataques militares israelenses a Gaza mataram pelo menos 7.028 pessoas – incluindo 2.913 crianças.

Por hora, os ataques militares israelenses matam 15 pessoas (sendo seis delas crianças) e ferem 35 pessoas. Dados do exército israelense estimam que 42 bombas são arremessas por hora, e pelo menos 12 edifícios são destruídos nesse período de tempo.

Os moradores da região chegaram a se abrigar em hospitais e escolas das Nações Unidas, na esperança para que Israel cumpra o direito internacional e não ataque tais regiões – o que não aconteceu.

Desde a publicação da lista, o total de mortos passou das 8,5 mil pessoas, enquanto outros milhares se encontram desaparecidos ou enterrados sob os escombros.

Segundo a Al Jazeera, os dados divulgados pelas autoridades palestinas têm sido reconhecidos por diversas instituições internacionais, como as Nações Unidas, além de meios de comunicação e funcionários do governo dos Estados Unidos.

Mulheres, crianças e idosos são maioria

Segundo os dados do governo palestino, mulheres, crianças e idosos correspondem a 73% dos mortos nos bombardeios a Gaza, sendo que desse total foram identificados:

 – 133 bebês com menos de um ano;

 – 482 crianças (1-3 anos);

 – 344 pré-escolares (4-5 anos);

 – 1.042 crianças do ensino primário (6-12 anos)

 – 664 crianças do ensino médio (13 a 17 anos)

 – 966 jovens adultos (18-25 anos)

 – 2.506 adultos (26-55 anos)

 – 521 sobreviventes de Naksa (56-74 anos)

 – 89 sobreviventes da Nakba (mais de 75 anos)

Mais de 70% da população de Gaza é de refugiados, sendo que a maioria vive em oito campos de refugiados na cidade de Gaza ou próximo a eles.

Tais campos foram estabelecidos como rescaldo da Nakba (“catástrofe” em árabe) registrada em 1948, quando cerca de 750 mil palestinos foram forçados a abandonar suas casas.

Na guerra de 1967, as forças israelenses ocuparam todas as regiões históricas da Palestina e expulsaram mais de 300 mil pessoas de suas casas, em caso que foi conhecido como Naksa (ou “derrota).

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. O valente capitão genocida Jair Bolsonaro e seus filhos belicosos já se inscreveram para participar da ofensiva iaraelense em Gaza?

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