Húngaros se rebelam contra Viktor Orbán, líder que acolheu Bolsonaro

Denúncia indica que governo tentou interferir no Judiciário para comprometer investigações de crimes de corrupção

Crédito: Alan Santos/ PR

Milhares de húngaros se reuniram no entorno do Parlamento da Hungria, na última terça-feira (26), a fim de exigir a renúncia do primeiro-ministro Viktor Orbán após denúncia de intervenção em caso de corrupção. 

Peter Magyar, ex-marido de Judit Varga, ex-ministra da Justiça de Orbán, publicou áudios em que conselheiros próximos de Orbán sugerem modificações em acusações da Justiça e no Ministério Público – o que caracteriza uma tentativa do governo em interferir no Judiciário. 

Durante uma passeata, os manifestantes gritavam “renuncie” enquanto caminhavam com tochas. Até o momento, a crise derrubou dois dos principais aliados de Orbán. 

Abrigo

O primeiro-ministro húngaro ficou conhecido no Brasil esta semana depois que uma reportagem do jornal The New York Times denunciou uma hospedagem de dois dias do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na embaixada da Hungria em Brasília. 

Segundo Orbán, Bolsonaro é um ‘irmão’ e um líder político honesto. 

Bolsonaro buscou abrigo na embaixada da Hungria em 12 de fevereiro, uma hora depois de anunciar um ato em causa própria. Em 25 daquele mês, 185 mil pessoas se reuniram na avenida Paulista para apoiar o líder do bolsonarismo, investigado por diversos crimes, entre eles peculato e tentativa de golpe de Estado. 

Após a revelação da hospedagem entre os dias 12 e 14 de fevereiro, o relator da investigação e ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, determinou um prazo de 48 horas para explicações sobre o ocorrido. O prazo termina nesta quarta-feira. 

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Camila Bezerra

Jornalista

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