Israel ignora Conselho de Segurança da ONU e segue com os bombardeios em Gaza

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Acordo de pausa humanitária em Gaza foi aprovado nesta quarta. Logo após, Netanyahu deixou claro que não irá cumprir a medida

Mark Garten – ONU

O Conselho de Segurança da ONU conseguiu aprovar, nesta quarta-feira (16), um acordo para pedir uma pausa humanitária no conflito entre Israel e o Hamas, na Faixa de Gaza. 

Logo após a aprovação do texto, no entanto, o governo israelense de Benjamin Netanyahu deixou claro que não vai cumprir o acordo.

Nesta quinta-feira (16), as forças de Israel seguem com os bombardeios em Gaza, que já fez mais de 11.300 vítimas fatais, em 40 dias de guerra.

Israel continua, inclusive, com a operação no maior complexo hospitalar de Gaza pelo segundo dia consecutivo. “A situação no Hospital al-Shifa é muito terrível”, disse Tareq Abu Azzoum, da Al Jazeera.

Netanyahu alega, sem qualquer prova e com o apoio dos Estados Unidos, que a unidade está a ser usado como centro de comando do Hamas. O grupo paramilitar nega as acusações.

A resolução de Malta

O texto proposto por Malta pede que os envolvidos no conflito “se abstenham de privar a população civil da Faixa de Gaza de serviços básicos e assistência humanitária indispensáveis à sua sobrevivência” e cumpram com as obrigações em matéria de direito internacional e do direito internacional humanitário, em especial no que se refere as crianças.

A medida obteve os votos de 12 dos 15 países que compõem o grupo. Os EUA, a Rússia e o Reino Unido, no entanto, optaram pela abstenção. 

O texto pede que sejam estabelecidas “pausas e corredores humanitários urgentes e estendidos em toda a Faixa de Gaza por um número suficiente de dias para permitir o acesso humanitário completo, rápido, seguro e desimpedido para as agências humanitárias“.

O documento solicita também a “libertação imediata e incondicional de todos os reféns” mantidos pelo Hamas e por outros grupos, rejeita o deslocamento forçado de populações civis e demanda a normalização do fluxo de serviços essenciais para Gaza, com prioridade para água, eletricidade, combustível, alimentos e suprimentos médicos.

O Brasil afirmou recebeu a aprovação, que já deveria ter ocorrido, “com satisfação“, mas alertou que a resolução não atende às necessidades para um acordo de cessar-fogo.

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Ana Gabriela Sales

Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

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