NY vai cobrar o cafezinho sabotado em SP; por Saul Leblon

Sugerido por Sérgio T.

Do site Carta Maior

NY vai cobrar o cafezinho sabotado em SP

Novo prefeito de NY, Bill Blasio, prometeu taxar os endinheirados à razão de um cafezinho com leite no Starbucks por dia (US$ 3) para melhorar a vida dos pobres

por: Saul Leblon

Endinheirados nativos adoram elogiar os ares cosmopolitas de NY – embora se sintam espiritualmente melhor em Miami.

A mídia irradia preferências semelhantes.

O democrata Bill de Blasio, recém empossado prefeito de NY, ganha espaços e confetes  por aqui  pela ecumênica trajetória pessoal.

Blasio, um progressista à esquerda de Obama, e cuja eleição teve o apoio do Partido da Família Trabalhadora, que se autodefine como uma espécie de PT dos EUA, é casado com uma poetiza negra.

Chirlane não escondeu na campanha a adesão ao lesbianismo nos anos 70.

A cerimonia de casamento entre ela e Blasio foi oficiada por pastores gays.

Filhos afrodescendentes, Dante e Chiara, fizeram do candidato, que apoiou a causa sandinista na juventude e escolheu a América Latina como objeto de estudo acadêmico,  um símbolo de afirmação dos valores multirraciais.

A cabeleira black power exuberante de Dante tornou-se uma espécie de certificado de garantia dos compromissos progressistas do pai.

O conjunto galvanizou a Nova Iorque.

Formada por 26% de latinos e 25% de negros, a metrópole de 8,7 milhões de habitantes está cindida em duas cidades pela linha da desigualdade.

Blasio prometeu acabar com o conto dickensiano de um povo repartido em dois pelo dinheiro e o urbanismo excludente.

Artistas de seriados famosos trabalharam com afinco para arrastar votos de um pedaço da classe média branca e  dar a esse projeto  o apoio esmagador de 73% do eleitorado.

Não é pouca coisa.

Desde 1993  a população de NY não entregava a prefeitura a um democrata.

Temas como o mergulho de Blasio no alcoolismo –após o suicídio do pai, ademais de vídeos da filha discutindo abertamente a questão das drogas, reforçaram o apelo contemporâneo da candidatura.

Mas não só.

Tido como bom administrador, seu antecessor, o bilionário Bloomberg, provou que é possível ser eficiente na gestão sem alterar o apartheid de uma metrópole.

Há cinco anos ele se alarga em NY e em toda a sociedade norte-americana mergulhada na pior crise do capitalismo desde 1929.

A relação da Forbes de 2013, que atualiza o ranking dos 400 norte-americanos mais ricos do país, ilustra a expansão do fosso.

A riqueza total dos ‘400’ aumentou quase 20% sobre 2012.

Passou de US$ 1,7 trilhão para US$ 2,02 trilhões de dólares em dezembro último.

Equivale ao valor do  PIB da Rússia.

Estamos falando de apenas  400 cidadãos e uma fortuna equiparável à oitava economia do globo, ou 15% do PIB dos EUA.

Mas a coisa é pior que isso.

Em 2012, pela primeira vez desde 1917, os 10% mais ricos passaram a abocanhar mais da metade de toda a renda norte-americana (50,4% , segundo pesquisa feita pela Universidade de Berkeley).

Só há dois precedentes históricos no gênero: antes da Depressão de 1929; e antes da falência do Lehman Brothers, em 2007, gatilho da presente crise mundial.

A política de injeção de liquidez de Obama –lapidada pelos interditos do Tea Party— paradoxalmente ajudou a consumar esse feito.

A renda média nos EUA cresceu 6% no triênio finalizado em 2012.

Dentro dessa média, os ganhos do 1% mais rico aumentaram mais de 31% no período (recuperando assim quase completamente as perdas decorrentes da crise, da ordem de 35%).

Os demais 99% tiveram um ganho de apenas 0,4% em três anos. Estão hoje 12% abaixo da soleira em que se encontravam antes do colapso neoliberal.

O Ocuppy Wall Street tinha razão.

Não surpreende que muitos de seus integrantes tenham se engajado na vitória a Blasi, que emerge assim como uma segunda aposta, mais à esquerda, depois do fiasco de Obama.

O cabelo black power de Dante deu confiabilidade a quem batia forte na tirania do 1% sobre os 99%.

Mas Blasio não foi eleito apenas pela fiança familiar.

Para investir em escolas e serviços destinados aos subúrbios –que empobreceram adicionalmente desde 2007, ele a prometeu elevar o imposto sobre os ricos que lucraram com a crise.

Quem ganha entre US$ 500 mil e US$ 1 milhão pagará um adicional em taxas municipais de US$ 973 por ano em sua gestão.

Significa menos que US$ 3 por dia – ‘um cafezinho com leite no Starbucks’, alfinetou o novo prefeito.

Não há como não enxergar nessa aritmética um espelho do que se passa na São Paulo dirigida pelo prefeito  Fernando Haddad.

Financiar a tarifa congelada dos ônibus na capital, modernizar  o transporte coletivo com 150 kms de corredores exclusivos (as faixas já passam de 290 kms) e investir em educação e saúde exigiriam um aumento do IPTU com atualização de valores venais defasados pela supervalorizados nos últimos anos.

Aqui como lá os ricos arcariam com a maior fatia do adicional arrecadado.

1/3 dos moradores mais pobres  não pagariam nada, conforme a proposta original de Haddad.

Os demais, em média, contribuiriam com  um adicional de R$ 15,00 ao mês.

Cinquenta centavos ao dia.

Para somar o preço de um café com leite no Starbuscks em São Paulo ( R$ 3,90 no Shopping Eldorado, na capital), seriam necessários quase o equivalente a  oito dias de  IPTU.

O prefeito Haddad foi ao STF solicitar apoio a uma contribuição 12 vezes inferior a de NY, vetada aqui pelo matrimônio de interesses que uniu a  Fiesp, a mídia, endinheirados, senhorios e o PSDB.

Ao contrário da cumplicidade selada entre afrodescedentes e Blasio, Haddad encontrou na Suprema Corte alguém que age e pensa aqui como aqueles que, em passado sombrio, destinaram a seus semelhantes a senzala e a chibata.

E depois delas, as periferias  conflagradas das grandes metrópoles.

Cerca de R$ 100 milhões arrecadados com o novo IPTU iriam financiar a construção de creches nos bairros mais pobres de SP, onde 150 mil crianças aguardam na fila.

Continuarão a aguardar enquanto os endinheirados, seus ventríloquos e serviçais tomam seu cafezinho no Starbucks.

Luis Nassif

15 Comentários

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  1. E o STF segue ferrando o Brasil

    Triste ler isso no início de um novo ano, Nassif. O que o STF fez com Haddad é inadmissível. E o pior é que muita gente aplaude, inclusive muitos entre aqueles que precisam de creches e transporte coletivo de melhor qualidade. Barbosa e seus coleguinhas de teatro vão deixando sua marca, contribuindo para atravancar qualquer projeto de justiça social. 

  2. Joaquim Barbosa o jacobino às avessas

    Em um comentario no post sobre o que o FHC disse sobre o Barbosa,  o Nassif classificou o jb como jacobino e um outro comentarista sugeriu que os jacobinos defendiam o direito do povo.  Mas neste post, observamos que a açao do jb foi justamente contra o povo em favor das elites, ou seja, o jb é um antijacobino ou jacobino às avessas.

  3. “Quem ganha entre US$ 500 mil

    “Quem ganha entre US$ 500 mil e US$ 1 milhão pagará um adicional em taxas municipais de US$ 973 por ano em sua gestão.”

    “Não há como não enxergar nessa aritmética um espelho do que se passa na São Paulo dirigida pelo prefeito  Fernando Haddad.”

    O autor comete um sofisma tão absurdo que é até difícil saber por onde começar a rebatê-lo.

    Iniciarei pela renda da população atingida: “ganha entre US$ 500 mil e US$ 1 milhão” por ano. Ora, quem ganha isso é, verdadeiramente, rico, em qualquer lugar do mundo. Significa dizer que essa turma tem uma renda MENSAL entre US$ 41 mil e US$ 83 mil. Portanto, impossível argumentar contra a justiça da medida de Blasio.

    Em SP, o que se está tributando não é a RENDA, mas a PROPRIEDADE. Muito justo tributar grandes proprietários, os grandes empresários, os ricos. Eu quero mais é que eles pagem mesmo. Ocorre que não é esse o caso. O Brasil vive uma bolha imobiliária, com imóveis em SP custando mais caro do que em capitais européias como Lisboa e Madri. Assim, o que Haddad fez foi reajustar o IPTU com base nos preços bolhudos dos imóveis, sem se importar com a renda de seu dono.

    Assim, tem professora aposentada pelo INSS do “rico” bairro da Saúde por exemplo, cujo apartamento passou de R$ 160 mil para R$ 600 mil em 4 anos, por conta da citada bolha. Para o autor do texto, ela é “rica”, tem que pagar o novo IPTU e não reclamar, sob pena de ser acusada de “elite retrógrada”.

    Por outro lado, existe previsão constitucional, desde 1988, de se criar o imposto sobre grandes fortunas. Está lá, para quem não for militonto e quiser ler, no art. 153, VII da Constituição Federal. Existe na França, nos EUA e em um monte de outros países europeus. Esse tributo sim, dá uma mordida pesada nos verdadeiramente ricos.

    No Brasil, nunca foi criado. Desde 1988, ano em que a Constituição previu tal tributo, o PT é o partido há mais tempo no poder, e não teve coragem de criar. Pior, nem discute a questão. Ou alguém aí já viu algum debate nesse sentido?

    Mexer com rico ninguém quer. É mais fácil chamar classe média de rico e botar no lombo dela.

    E a militância aplaude.

  4. Que maldade!

    Charlie,

    Tem um ponto, mas primeiro que não é possível afirmar categoricamente que é uma bolha. Existe uma pressão imobiliária enorme em SP e esse é um assunto complicado, marcar a mercado seria o mais justo para toda a população deminuindo as distorções que existem hoje entre áreas super valorizadas e outras nem tanto. Além disso, foram propostos reajustes de 10%, 20%. Da forma como você coloca parce que a prefeitura estaria tentando reajustar o IPTU em 275% (600.000 / 160.000 – 1), na briga de sofismas, acredito que o seu tenha vencido com folga.

    Assim sendo, uma professorinha aposentada, tadinha, como todos sabem o próprio estereótipo das pessoas que moram na Saúde, Vila Mariana, Moema e Campo Belo (bairros vizinhos), professorinhas solteiras aposentadas, teriam um reajuste de incríveis 17% no IPTU (descontando a inflação 12%), que diga-se de passagem é um imposto baixo. Portanto uma professorinha, que tem um apartamento de no max 100 m2, teria um amento de uns R$ 300,00 total, ou R$ 25,00 ao mês (já que a professorinha não vai poder pagar o IPTU à vista, certo?).

    Realmente desse jeito o Maldadd vai levar a classe média à falência!!! Que maldade! Oh dó…

    1. Eu não disse que a prefeitura

      Eu não disse que a prefeitura iria reajustar o IPTU dela em 275%. Disse que o reajuste é desproporcional à renda. Não queira distorcer minhas palavras para provar seu ponto.

      Disse também que o autor do texto sofisma ao comparar ricaços de nova iorque a pesoas de classe média de SP, muitos deles aposentados, funcionários públicos, pequenos profissionais liberais etc. Em NY, essas pessoas não pagarão o novo tributo de Blasio, ou tem professor aposentado lá que gannha entre US$ 500 mil e 1.000.000 por ano?

      Critiquei também a cara-de-pau do autor ao querer colocar nessa camada média a culpa pela desigualdade social no país, quando é público e notório que a turma do andar de cima, os “1%”, não paga uma fração do imposto que deveria. Não paga, dentre outros motivos, porque o governo não tem coragem de instituir o imposto sobre grandes fortunas, previsto na Constituição e cobrado em diversos países do mundo, incluso EUA e vários da Europa.

      Sobre isso, nem uma palavra do autor. Nem sua, que pelo visto acha mais justo uma professora pagar um aumento de 17% (pelas suas contas) do que um ricaço ter sua herança tributada pelo estado.

      1. É o estado da arte do
        É o estado da arte do sofismo. Agora, para cada comentário, o cuidado de cercar todos os poréns do mundo sob o risco de ser acusado de “achar mais justo uma professora pagar um aumento de do que um ricaço ter sua herança tributada pelo estado” Sou classe média. Cercado por classe média. E sim. Somos uma classe média de merda! E só queremos ver herenças tributadas para aliviar nosso bolso enquanto não temos a nossa própria herança para negar imposto. Classe média se acha “desfavorecida”. Isso pq se compara com o 1% mais rico… e não com os x% mais pobres. Enfim…  Votlando ao IPTU. Não sei o tamanho da bolha em São Paulo. Mas sei que $160 mil em um apartamento na Saúde era uma bolha ao contrário. E até onde eu sei, tem muita gente comprando por $600 mil, mas ninguém vendendo por $160 mil.

        1. Fiz uma provocação ao colega

          Fiz uma provocação ao colega comentarista, pois ele ironizou o tamanho do tributo a ser pago pela hipotética professora, disse que era pequeno e etc, mas se calou sobre o imposto sobre grandes fortunas.

          Exatamente como você, aliás. E exatamente como todos os governos no Brasil, inclusive o do PT, que já está em sua segunda década de poder, e faz cara de paisagem sobre o assunto.

          Além disso, nenhum de vocês abordou o absurdo que motivou meu comentário inicial: o texto de Saul Leblon equipara ricaços nova iorquinos a estamentos médios de SP.

          Enfim, você entendeu. Ou não. Só a militância acha que quem ganha até 1 milhão de dólares por ano está no mesmo barco de um assalariado que teve seu imóvel valorizado trocentas vezes em 3, 4, anos por causa de uma bolha imobiliária (que já foi prevista até pelo atual prêmio nobel de economia).

          “http://www.brasil247.com/pt/247/economia/122585/Nobel-de-Economia-v%C3%AA-bolha-imobili%C3%A1ria-no-Brasil.htm”

          P.S. – colei um texto do Brasil 247 para a militância não dizer que é “coisa do PIG”. Mas saiu em tudo quanto foi jornal.

          1. Charlie…

            Charlie,

            Antes de mais nada, sobre a sua acusação de que eu teria distorcido seu argumento, sinto muito mas quem distorceu foi você, qual era o seu intuito ao comparar 160 com 600 e relacionar ao IPTU? O que os 160 x 600 tem a ver com reajuste de 17%?

            Vamos lá, não disfarce a defesa de alguns interesses sob o manto da justiça social. Que lógica maluca é essa? Quer dizer que pra classe média pagar um IPTU mais justo e com melhor distribuição entre áreas mais pobres e mais ricas, com um reajuste que resulta em um valor pequeno já que o IPTU é historicamente um imposto baixo em SP, é preciso antes de mais nada um novo imposto sobre os ricos? Caso contrário não se pode mexer em nada, quem está precisando urgentemente dos serviços públicos que se danem?

            Você fala com todo desprezo, o PTTTTTTTTT, buuuuuuu! Como se a presidente conseguisse passar no congresso um imposto sobre fortunas, onde vc esteve nos últimos 20 anos? Marte? Quem manda no Brasil é o PMDB, é o congresso, na verdade que manda são aqueles que estão por trás tanto do congresso como de qualquer presidente que tenha a mínima chance de ser eleito. Se você não está nessa página você precisa abrir os olhos e ver o que acontece a sua volta.

            Mais impostos sobre os ricos são difíceis de conquistar porque os ricos que detem o poder, os ricos que mandam no Brasil e no mundo, evidentemente é mais difícil mexer no bolso deles, mas certamente qualquer pessoa (ou a grande maioria, pelo menos) que defenda essa medida da prefeitura é favorável ao fim da regressividade dos impostos, a tributar grandes fortunas, heranças etc. Quem não quer entender aqui é você. Se eu não consigo forçar um aumento de 1000% no imposto dos mais ricos eu topo contribuir com 10% ou 20% a mais sobre um valor que já é baixo para desonerar as áreas mais periféricas e permitir à prefeitura fazer mais investimentos na cidade, mesmo porque tive um lucro imobiliário nos últimos 4 anos de pelo menos 40% no valor total do imóvel (no caso da professorinha, ganhou 440.000 e iria pagar 300,00 a mais por ano, não importa se ela não quer vender, o patrimonio dela deu um salto).

            E sobre o Robert Shiller, como eu tinha dito esse é um assunto controverso, ele deu umas declarações ambíguas e algumas até bobas, como: “Eu olho para os EUA e vejo a situação difícil então eu olho para o Brasil e os imóveis se valorizaram, então eu não consigo ver motivo pra isso?”. Um gênio! Enfim, ele deu uma outra entrevista na qual sua genialidade pode ser melhor conferida:

            http://brasileconomico.ig.com.br/noticias/estouro-de-bolha-imobiliaria-teria-consequencia-menor_136051.html

            Outras opiniões:

            A professora da PUC Monica Baumgarten de Bolle discorda da opinião do vencedor do Nobel. Apesar de algumas cidades terem vivido forte alta nos preços dos imóveis, com destaque para o Rio de Janeiro, faltam dados para afirmar que o país esteja vivendo uma bolha.

            – A gente olhar para a questão dos imoveis simplesmente pela alta e daí concluir que existe uma bolha é olhar um pedacinho só da fotografia e não levar em conta muitas outras variáveis – disse. – Não é bolha, não no sentido que ocorreu nos Estados Unidos, porque teria que se imaginar uma situação em que as pessoas se endividaram excessivamente, de forma abrangente, dos mais pobres aos mais ricos, e isso não é verdade no Brasil. Ainda é uma camada pequena da população que tem acesso aos recursos pra adquirir imoveis.

            Essa é a mesma opinião do economista do Ibmec Gilberto Braga. Segundo ele, o cenário de bolha nos EUA é bem diferente do que acontece no Brasil.

            – No Brasil, temos alta de preços e especulação e a especulação está ligada à facilidade de crédito, às obras de infraestrutura nas principais capitais, sobretudo nas que vão ser sede da Copa do Mundo. No Rio de Janeiro, agrega-se o fator UPP de retomada de áreas que eram dominadas por traficantes.

            http://oglobo.globo.com/economia/nobel-de-economia-alerta-para-bolha-no-mercado-de-imoveis-no-brasil-10937197#ixzz2pMNob2mR

             

            Sobre o Nobel, o azar é de quem deu, eu não tenho nada a ver com isso… Se amanhã o Brasil entrar em recessão e os preços dos imoveis desabarem o cara é um gênio, se daqui 5 anos não tiver acontecido nada ninguém nem vai lembrar do que ele disse.

             

          2. A velha cantilena do ‘não

            A velha cantilena do ‘não passa no Congresso”…

            Quando o PT quis aprovar a reforma da previdência, instituindo a cobrança de funcionários públicos aposentados, aí passou…

            É DEVER do partido ao menos TENTAR. Se não passar, paciência. O que é inadmissível é termos uma das maiores desigualdades sociais do mundo, e o partido que chegou ao poder pregando justiça social simplesmente ignorar uma coisa que JÁ ESTÁ PREVISTA na própria Constituição, basta implementar. Basta uma lei complementar, como tantas outras que o governo passou com um pé nas costas, não precisa de Emenda.

            Mas é mais fácil tacar na classe média (já que essa pulou fora do barco do PT mesmo, não é?).

            Enfim, é duro discutir com a militância. O PT de antigamente, aquele em que eu votei desde adolescente, taxaria os ricos. O PT de hoje compôs com o andar de cima e arrocha no do meio, como vc diz “Se eu não consigo forçar um aumento de 1000% no imposto dos mais ricos eu topo contribuir com 10% ou 20% a mais sobre um valor que já é baixo”

            Se tá sobrando $$$ pra vc, parabéns. Para mim, e para um monte de outros, não está não. Não é possível achar justo uma coisa dessas. 

            Bem, para a militância, tudo é possível.

          3. Para com isso Charlie… Que man

            Q mané militância Charlie, larga a mão de ser bobo, rapaz… Que argumento mais boboca! Não importa se está sobrando ou não, o aumento proposto não ia deixar ninguém mais pobre, não se faça de bobo. O q tá sobrando pra você é uma mente limitada e uma falta de vontade incrível de ver o óbvio… O PT versão jardim de infância podia até falar isso que você está dizendo, e não é a toa que só agora você percebeu que era pura retórica… Você acredita mesmo que algum partido vá fazer uma grande mudança dessas sem nenhum apoio popular, sem ninguém na rua pedindo isso? Sobre a diferença entre aprovar uma reforma da previdência que afeta o funcionalismo público e aprovar a cobrança de imposto sobre grandes fortunas, sério mesmo que você não entendeu?

  5. Mais impostos.

    O que a militância não quer enxergar mesmo é que mais um imposto será criado, mais dinheiro arrecadado, mais dinheiro desviado… e nenhuma creche criada. Não sei de onde surgiu essa confiança toda no Haddad para acreditar que isso realmente seria feito. Primeiro utilize melhor o dinheiro que tem e mostre que a população pode confiar em mais um aumento desnecessário de impostos. R$100 milhões é fichinha perto do que é gasto com propaganda política disfarçada em publicidade, viagens, cafezinhos, etc.

  6. Nova York vai conhecer mais

    Nova York vai conhecer mais uma fase horrorosa, como foi na gestão de John Lindsay, vai entrar em decadencia e ver fuga de bancos e companhias, esse novo Prefeito é falso até no nome, o de registro não tem nada a ver com o que ele usa, vai ser uma demagogia só, ja vimos esse filme, na decada de 70 New York  quebrou, foi salva por uma empresa constituida pelos bancos e empresas com sede na cidade, a Municipal Assistance Corporatio, presidida por Felix Rohatyn, a cidade faliu por excesso de gastos e espantou as corporações por causa dos altos impostos, vai voltar a sujeira e o crime dos anos 70, que pena.

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