Países do Mercosul se articulam contra espionagem

Jornal GGN – As denúncias de que os EUA mantinham um programa internacional de espionagem está movimentando, também , países do bloco latino-americano. Representantes dos membros do Mercosul iniciaram uma articulação conjunta para evitar que informações diplomáticas dos países, assim como dados de cidadãos, continuem sendo alvo de espionagem por parte das autoridades de inteligência norte-americanas. Os ministros das Relações Exteriores dos países do Mercosul pretendem levar o tema à pauta da Assembleia Geral da ONU, em setembro.

Os chanceleres de Brasil, Argentina, Uruguai e Venezuela estiveram reunidos em Nova York com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Na ocasião, todos manifestaram repúdio à espionagem dos Estados Unidos na América Latina, como acordado na última reunião de chefes de Estado do bloco em Montevidéu, mês passado. O secretário-geral da ONU manifestou solidariedade e expressou que compartilha da mesma preocupação.

O bloco também distribuiu um documento no qual se propõe a expressar solidariedade a todos os países que tenham sido vítimas de ações de vigilância por parte dos EUA. Eles pretendem, ainda, instruir as delegações dos países que vão participar da Assembleia Geral a apresentar uma proposta formal e solicitar mecanismos de prevenção e sanção em âmbito multilateral.

“Fizemos um alerta sobre as graves implicações de práticas que são atentatórias à soberania dos Estados e também violam direitos humanos, direitos à privacidade, o direito à informação, conforme a própria alta comissária para direitos humanos das Nações Unidas já reconheceu. Foi bem recebida a nossa gestão pelo secretário-geral”, disse o ministro brasileiro, Antônio Patriota.

Outro assunto que será abordado pelos países do eixo latino-americano será o incidente com o presidente da Bolívia, Evo Morales. O chefe de Estado teve sua aeronave presidencial impedida de fazer pouso de reabastecimento em quatro países europeus por ordem dos EUA, que suspeitavam que Morales estava abrigando o ex-agente Edward Snowden. O ex-espião estava na Rússia, exatamente onde estava Evo antes do incidente.

Com informações do jornal O Globo

Redação

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