A Organização Internacional das Nações Unidas para as Migrações (OIM) informou nesta sexta-feira (23) que pelo menos 1.807 migrantes morreram ou desapareceram nas rotas do Mediterrâneo este ano.
Segundo a organização internacional, 1.064 pessoas morreram na rota central, que vai do norte da África para a Itália ou Malta, e que continua sendo a rota migratória mais perigosa do mundo.
As mortes superam as registradas durante 2020 (1.449) e podem, segundo as previsões, superar as de 2021 (2.062) e 2022 (2.406). O relatório da OIM destaca que 74 das vítimas eram crianças apenas até junho deste ano.
Desde 2014, pelo menos 56.771 migrantes morreram no mundo tentando chegar ao seu destino, dos quais 27.565 nas rotas do Mediterrâneo.
Rota Oriental
Na rota oriental, que tem como destino a Grécia e a Turquia, registaram-se 644 mortos, entre os quais se destacam os 596 mortos do naufrágio, na semana passada, ao largo da costa helénica.
Da mesma forma, 99 pessoas morreram tentando chegar à Espanha. “O Mediterrâneo central tem sido uma rota crescente para a Europa, constantemente. Mesmo durante a pandemia, os números continuaram a subir”, disse o diretor-geral da OIM, António Vitorino.
Ajuda de países
Vitorino destacou a necessidade de uma iniciativa de busca e salvamento liderada pelos estados, não deixando a tarefa apenas nas mãos das ONGs. Na Itália, por exemplo, uma lei federal impede a ação das ONGs. Quem for pego resgatando migrantes refugiados pode ser acusado de tráfico de pessoas.
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