A pressão contra Léo Pinheiro para entregar Lula continua, mostram jornais

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – A pressão contra o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, para entregar o ex-presidente Lula, parece ainda estar em andamento pelos investigadores da Operação Lava Jato. De acordo com reportagem de O Globo, até esta quinta-feira (28), as conversas em negociação do acordo não estavam “nada fáceis”, classificou o jornal. 
 
Isso porque os procuradores da Lava Jato questionaram mais uma vez o executivo sobre as reformas no sítio em Atibaia e em apartamento no Guarujá.
 
Léo reafirmou que fez benfeitorias no sítio e no apartamento, mas que as obras realizadas não tinham relação com vantagem obtida pela OAS do governo federal antes ou depois do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
 
Os procuradores também teriam questionado sobre viagens internacionais e palestras de Lula, para identificar se há vínculos com negócios fechados entre a OAS e governos dos países visitados pelo ex-presidente.
 
Pinheiro novamente teria afirmado que Lula executou um papel de relações públicas, e negou que houvesse correlação direta entre os negócios da OAS e a atuação.
 
A exemplo de O Globo, o blog O Antagonista, de Diogo Mainardi, também mostrou que recebe informações dos investigadores da Lava Jato. Mas, ao contrário do jornal carioca, o blog disse que “sabe que não é verdade” a informação de que a delação da OAS está quase parada e que Leo Pinheiro se recusa a entregar Lula.
 
Denuncia que, “nas palavras dos próprios procuradores, o único delator que ‘mata o Lula’ é justamente Leo Pinheiro”.
 
De um modo ou outro, segundo Merval Pereira, se a OAS não fizer o trabalho, ele já é garantido pela Odebrecht. Em coluna, avisa que os acordos de delação premiada que têm início nesta sexta (29) da empreiteira vão admitir que fizeram “um favor” a Lula nas obras do sítio de Atibaia, depois que a reforma orçada em R$ 1,2 milhão foi deixada pela OAS.
 
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Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

3 Comentários

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  1. “Narciso acha feio o que não é espelho!”

    Para os ilustres procuradores da estirpe de Dallagnois e Santos Lima, e Moro também porque também é acusador e não juiz, o cara que operou bilhões de dólares em reais do Orçamento Público não pode ser honesto e ter focado exclusivamente, o tempo todo, a aplicação dos recursos do erário em projetos de interesse público. Isso, como dizia aquele Padre Quevedo, na cultura do médio cidadão das classes de onde surgem os concurseiros procuradores, “…NO ECZISTE!!” Eles pertencem a uma classe que já aprende que a sonegação e a acumulação de patrimônio ilegal é moralmente defensável, desde a mais tenra infância. Até a igreja petencostal que faz a ponte de comunicação com DEUS para o Dallagnol deturpou os princiípios do cristianismo e defende a riqueza e a opulência como valores divinos, abençoados por DEUS. Destarte, para eles não é possivel acreditar que Lula seja honesto e não haja bilhões depositados em algum lugar em seu nome porque isso fugiria ao padrão de humanidade que eles conhecem. Tanto que já estão até dando um jeito de tungar alguma merreca que consigam arrancar das empresas acusadas em uma forma enviezada de compensação de supostos esforços dos supostos investigadores. Mesmo sabendo que qualquer merreca que possa ser arrancada das empresas chantageadas não cobre um centésimo das perdas que eles causara ao país. Para os bandidos imanentes a honestidade é insuportável! Eh feia!

  2. Condena-se primeiro e justifica-se depois

    A justiça de alguns procuradores é assim: parte-se de uma condenação sem provas e busca-se desesperadamente uma delação, seja a que preço for. Com prisão arbitrária, com chantagem, com intimidação etc. Na Idade Média muitas pessoas confessaram ser bruxos ou bruxas. Depois de um certo grau de tortura, é melhor confessar qualquer mentira. 

  3. eu acuso

    usando a mesma lógica da força tarefa e seu guia Moroal, qual seja, o contato de uma autoridade pública com empresários é evidência suficiente de que ocorre ato de corrupção, podemos dizer que procuradores e juiz são corruptos. Temos muitos registros verdadeiros de que se venderam para Globo, Veja, Doria e outras entidades empresariais, que os recebem e os pagam com promoção pessoal. Depois é só revender em forma de palestras e cursos remunerados. E também colocar no CV para pleitear postos mais altos.

    Isto não é aceitável para empregados de entidade pública, embora seja a regra na privada (com licença do Barão de Itararé).

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