A tragédia do messianismo moralista, por Motta Araujo

A tragédia do messianismo moralista

Por Motta Araujo

Cem mil demissões nas empreiteiras da Petrobras e das obras elétricas, são basicamente as mesmas construtoras, vinte mil nos estaleiros, as empreiteiras são também as concessionárias de aeroportos e estes estão sendo vendidos porque as empreiteiras foram quebradas pela Lava Jato e precisam de caixa para pagar dívidas e multas.

A PETROBRAS compra também muitos equipamentos e serviços de outras empresas não envolvidas com a Lava Jato, inclusive de fornecedoras estrangeiras que já tiveram suas ações na bolsa depreciadas por causa do cancelamento ou suspensão de encomendas da PETROBRAS, cuja crise atinge então caráter internacional. Empresas como Schlumberger, Hugues Tool (hoje Baker Hugues) e Halliburton, na esteira da razia sobre sua direção e gerência suspendeu quase todos os programas de investimentos e portanto deixou de comprar e o que foi comprado não está sendo pago, gerando repercussões de segundo, terceiro e  quarto nível na economia, quer dizer o segundo que não recebe não paga o terceiro e este não paga o quarto.

Sondas quase prontas estão nos estaleiros paradas sem poderem ser terminadas, grandes complexos de produção como o Comprerj estão perto da inauguração, mas ficam paralisados porque as empreiteiras não recebem e não conseguem pagar os operários, estes quase todos são de outros Estados e não têm onde ficar sem dinheiro dos salários, estão dormindo nos bancos de jardim de Itaboraí.

Já os bancos estão preocupadíssimos porque essas 23 empreiteiras devem cerca de 100 bilhões de Reais aos bancos, muitas das grandes, como a Alumini, já entraram em recuperação judicial, outras estão prestes a entrar, se houver uma quebradeira generalizada os bancos vão balançar, não há provisões para tal volume de créditos.

A paralisia nos programas de investimentos da PETROBRAS afeta toda a atividade econômica e vai puxar a recessão para o fundo, prejudicando a arrecadação e o Plano Levy de ajuste fiscal.

A Lava Jato está na base dessa tragédia e não adianta levantar a bandeira do moralismo porque a realidade real produz efeitos reais,  sem análise moral, a realidade está ai nua e crua, o moralismo não devolve os empregos perdidos, nem relança os programas de investimentos e nem completa os equipamentos semi-prontos.

Quando em 1920 se promulgou nos EUA a 18ª Emenda à Constituição, que proibia a fabricação e uso de bebidas alcoólicas, os moralistas invocavam todas as melhores razões: o álcool desfazia as famílias, destruía a saúde dos cidadãos, dilacerava a moral e os bons costumes. Os 13 anos de LEI SECA foram um imenso desastre, a despeito de suas razões morais. As pessoas não queriam deixar de beber, aí nasceu a fabricação e comércio clandestino de bebidas e para operar esse ramo nasceu a MÁFIA que já existia em pequena escala nos bairros italianos de Nova York e Chicago, mas com a LEI SECA tornou-se uma potência nacional. Com a Proibição o álcool vinha contrabandeado de Cuba (rum), México (tequila), Escócia (whisky), Brasil (Biotônico Fontoura) , enriqueceu os bandidos e desmoralizou a Polícia, corrompida pelo contrabando.

O que parecia ser uma boa causa moral foi um desastre do MORALISMO.

Hoje a Lava Jato produz um efeito deletério e o Governo não tem poderes para acabar com essa loucura, que fez o dólar subir 10% em um mês por falta de confiança na economia, rumando acelerada para uma recessão com queda de 3 a 4% do PIB.  O moralismo não vence a realidade, a Lei Seca não venceu o desejo real das pessoas beberem, foi um grande erro que produziu resultados colaterais terríveis, o moralismo jamais produziu bons resultados históricos, porque a MORAL é uma atitude e uma convicção, a MORAL não é e não pode ser uma causa.

Redação

49 Comentários

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    1. O moralismo é a CAPA do

      O moralismo é a CAPA do processo. O juiz federal que roubou 830 mil Reais na Vara Federal que presidia tambem tinha a cobertura do moralismo quando se referia ao reu Eike Baptista.

  1. Não é uma cruzada moralista.

    Não é uma cruzada moralista. O objetivo é exatamente esse: provocar demissões em massa e sangrar o governo Dilma como disse o Aloysio.

    Depois que a Dilma cair, todos os contratos serão retomados e todos os executivos/empreiteiras envolvidos serão perdoados.

    1. … e num piscar de olhos,

      … e num piscar de olhos, toda a corrupção sumirá, como por encanto. E todas aquelas pessoas, “indignadas com tudo isso que tá aí”, no dia seguinte não se darão conta de que foram usadas.

  2. Não há o que comentar quanto

    Não há o que comentar quanto a este perfeito diagnóstico – e a contextualização histórica irretocável – sobre o momento que vivemos.

  3. Pois é Motta
    Enquanto em 2008

    Pois é Motta

    Enquanto em 2008 Democratas e Republicanos se uniram para salvar os Estados Unidos( colocando quase 1 trilhão de dolares na economia ), da quebradeira generalizada, com seus procuradores e juizes calados, por aqui temos que presenciar este desastre, bem elencado por ti.

    Acorda Dilma.

    Abração

     

  4. Tenho uma sensação de

    Tenho uma sensação de improbidade jurídica na penalização das pessoas jurídicas no âmbito da Lava Jato. Se a “razão social” de uma empresa é a prática do crime, como contrabando etc, é imprescindível a punição. Mas estamos falando de empresas cujo fim social é a construção de bens de capital, de desenvolvimento tecnológico e social. Não foram as empresas que praticaram atos ilícitos, foram as pessoas físicas e elas são substituíveis. Estas precisam, dentro do âmbito constitucional reponder pelas acusações e terem amplo direito de defesa. Não se pode transbordar a pena para as milhares de pessoas físicas vinculados às empresas. São muitos inocentes condenados massivamente por decisões intempestivas do judiciário. Uma empresa parada é um corpo em decomposição, sobram os esqueletos.

    1. Não, roubo pode causar prejuizos e condenações

      O que causa o desemprego é a sanha de (anti) torcedores de times que querem vencer sem jogar.

      Para eles vale tudo, nem que se destrua a vida de centenas de milhares (ou milhões). Uma nação.

      Com a certeza de que o roubo continuará.

      Sob controle apenas do seu time.

    2. Taí! Não pensei nisso. É

      Taí! Não pensei nisso. É “porisso” que nos governos FHC, ao contrário dos governos petistas, os indicadores de desemprego eram de cortar coração. 

      Obrigado, M.C, por essa preciosa dica.

      E viva o M.C! V i v a !!!!!

      1. Sr. JB Costa, muito admiro

        Sr. JB Costa, muito admiro suas intervenções aqui neste blog, nunca faço comentário, porém hoje, feliz com a “chinelada” certeira e objetiva, não me contive, parabéns pela lucidez dos seus comentários.

      2. J.B., com aquele raciocínio

        J.B., com aquele raciocínio torto e vazio de conhecimento histórico, será que ele vai entender o teu comentário?

  5. No sentido comum,

    No sentido comum, o moralismo designa a atitude de quem se compraz em lançar juízos ditos morais sobre todas as coisas sem tentar compreender as situações sobre a qual expressa o juízo moral. Nesse sentido, representa mais um formalismo, ou uma vulgarização da Moralidade, esta sim, relacionada à eticidade. 

    Há alguma pertinência no paralelo traçado pelo articulista entre os ânimos que estão subjacentes à formulação e implementação da dita Lei Seca nos EUA no início da década de vinte e esse doloroso processo de purga da Petrobras? Sim, a partir da constatação óbvia de que combater o “mal” pelos  efeitos e não pelas causas efetivas, destituídas de juízos falsos e contaminados por moralismos, pode não só se revestir de inocuidade, como e principalmente, agravar ainda mais a situação. Foi na esteira dessa malsinada legislação que o alcoolismo se expandiu e que o crime organizado alcançou patamares de verdadeiras estruturas criminosas. A máfia foi “filha” dileta do assentado moralismo ianque. 

    Na condição de um estatuto formal, o moralismo admite múltiplos usos; está sempre disponível para dele se fazer uso conforme a ocasião e os interesses de alguns. Nesse sentido, o substrato do moralismo que motivou a Lei Seca não é o mesmo que tenta dar sequência a esse escândalo da Petrolífera. Neste último, há também a impulsioná-lo inconfessáveis interesses políticos num patamar tal que olvida até das consequências funestas em amplitude inimaginável.

    O impasse nessa questão se transformou numa FALSA escolha de Sofia. Preservar os entes jurídicos nos quais e pelos quais PESSOAS cometeram ilícitos em nada contradiz ou anula a necessidade de punição dos mal feitos. Que se aplique os dispositivos na Lei 12.846, cujo escopo é a responsabilização civil e administrativas das pessoas jurídicas que praticaram atos contra a administração pública, até onde não as deixem inviabilizadas em termos econômicos, operacionais e financeiros.

    Fazendo coro ao pertinente texto: afinal, o que ganha o país com esse furor moralista inconsequente? Situações excepcionais, requerem medidas  excepcionais. Acima das Leis está a Constituição, a Lei das Leis. E dentre os princípios básicos da mesma está o bem estar e a tranquilidade do povo brasileiro, bonanças que certamente serão afetadas por esse messianismo moralista arguido pelo articulista.

    Assim, é dever nosso ecoar em todas as instâncias esse verdadeiro descalabro, um biombo pelo qual interesses políticos mesquinhos aliados ao juridicismo insensível “plantam ventos” para que todo uma nação, em especial os menos aquinhoados, colham tempestades. 

  6. ” A paralisia nos programas

    ” A paralisia nos programas de investimentos da PETROBRAS afeta toda a atividade econômica e vai puxar a recessão para o fundo, prejudicando a arrecadação e o Plano Levy de ajuste fiscal.

    A Lava Jato está na base dessa tragédia e não adianta levantar a bandeira do moralismo porque a realidade real produz efeitos reais,  sem análise moral, a realidade está ai nua e crua, o moralismo não devolve os empregos perdidos, nem relança os programas de investimentos e nem completa os equipamentos semi-prontos. 

    Qual a alternativa ? Não investigar a partir de determinada escala de corrupção (sem moralismo )?

    1. Pobres os que só conseguem enxergar o preto ou o branco

      “Qual a alternativa ? Não investigar…”

      Dentre as muitas alternativas, investigar de forma isenta, séria e discreta seria uma delas.

      Não de qualquer maneira idiota para a sociedade, a qualquer preço.

      Um investigação (processo e punição) de meia dúzia de corruptos numa empresa de 80 mil funcionários, que faturou mais de 2 trilhões no período investigado, não deve nem precisa, para qualquer pessoa de bom senso (torcedores estão longe disso) prejudicar a maior empresa do país e um dos setores de maior competência e competitividade mundial do país, boa parte do PIB, e do estratégico desenvolvimento de infraestrutura do país.

      Os valores (que devem ser investigados, punidos e ressarcidos) valem muuuuuuuuito menos que tal DESNECESSÁRIO estrago. 

      Enfim, respostas complexas não se ligam à perguntas toscas…

  7. Pois é

    E eu com vontade de replicar um tanto de postagens tuas, na verdade enviar a alguns revoltados. Mas vão te chamar de comunista safado, mandar você prá Cuba, e não gostaria de ofensas à tua pessoa. Então pesso tua permissão.

  8. Pessoal, acorde!
    O que

    Pessoal, acorde!

    O que paralisa a Petrobrás é a FALTA DO BALANÇO!

    O fluxo de caixa é negativo, precisa de financiamento para cumprir o plano de investimentos.

    Sem balanço, quem vai financiar a Perobrás? NINGUÉM!

    Não é a Lava Jato que trava tudo, o governo quer um número palatável de baixas contábeis, mas a Cooper vai ser rigorosa, sob risco de multa bilionária nos EUA.

    Os 88 bi da Graça, entre corrupção e impairment, foram fruto de métodos de consultorias contratadas, e o Planalto ficou louco.

    Em última análise, a briga pelos valores é que paralisa tudo.

    Dilma, a estadista, está brigando por um numerozinho mais bonitinho e a Petro fica sentad esperando.

  9. No caso dos EUA a solução

    No caso dos EUA a solução seria deixar o povo consumir e produzir bebidas, no caso do Brasil seria o caso de corromper e   Se deixar ser corrompido? Com esse mesmo argumento poderíamos perdoar os sonegadores, os criminosos comuns os pedófilos, afinal nunca nos livraremos desses males certo?

  10. O cinismo do anti-moralismo

    Eu fico realmente impressionado até que ponto chega o cinismo da claque governista.

    Em nome de um pragmatismo cego pode-se tudo: passar a mão na cabeça de uma máfia que se metastasiou no organismo público, passar a mão na cabeça de aliados inescrupulosos, tapar o sol com as peneiras mais furadas possíveis, alçar a tecnocracia obtusa à condição de absoluto incontestável, destruir a Amazônia, destruir a indústria nacional em nome do primarismo econômico, empanturrar de benesses o capital rentista e impor todo o custo do sacrifício à carne dos trabalhadores…

    Será que a claque governista pretende realmente ser levada a sério com esse tipo de cinismo?

    Parece que chegaram realmente nos limites da legitimidade política.

    Por sua própria cegueira, daqui por diante estarão condenados a descer a ladeira.

    Enquanto isso, a Dilma censura o balanço da Petrobrás em nome de uma imagem conveniente à obsessão palaciana com o “rating” do Brasil, que vai acabar caindo e levando as miragens palacianas para o buraco. Afinal, quem governa apenas por índices, será por eles devorado.

    1. Esses moralistas…

      Moralismo:

      substantivo masculino
      1    doutrina ou comportamento filosófico ou religioso que elege a moral como valor universal, em detrimento de outros valores existentes
      1.1    Rubrica: ética.
      segundo o pensador alemão Fichte (1762-1814), doutrina que elege a dimensão moral como aspecto decisivo para a compreensão de toda a realidade
      2    Rubrica: ética.
      consideração moral inconsistente por estar separada do sentimento moral, por ser baseada em preceitos tradicionais irrefletidos ou por ignorar a particularidade e a complexidade da situação julgada
      3    adesão estrita e, por vezes, formal a uma determinada moral

      De se notar que moral e moralismo são coisas diferentes. Moralismo é a deformação da moral.

      Exemplo prático de moral e moralismo é o seguinte: o pai que expulsa de casa a filha solteira que engravidou é um moralista. Põe o preceito moral de que a mulher só pode ter filho depois de casada acima da preservação da vida da filha e do neto. Obviamente, a filha grávida pela primeira vez,  fragilizada pela gestação e inexperiente corre risco de vida se não tiver apoio, inclusive financeiro, paterno, como também, nestas condições, corre risco de vida o filho dela. Ao agir assim, o pai esquece-se do preceito moral de que deve proteção à filha, ou seja, o pai estabelece para si um sistema moral peculiar e bizarro, que causa mais mal do que bem (como no caso de Moro e boys, na Lava Jato, em relação às empresas acusadas na operação). O caso do pai que expulsa de casa a filha grávida é protótipo do moralismo e dos moralistas. Mutatis mutandi representa quaisquer moralistas e moralismos.

      Quanto à metástase, cabe perguntar a você quantas pessoas da Petrobras, depois de toda essa devassa da Lava Jato, tiveram levantados contra si indícios de malfeitos. Quantas? Duas, respondo a você, Barusco e Costa. Não é isto? Pergunto agora a você: quantos empregados tem a Petrobras? Respondo de novo: são mais de 86.000. Pois é, dois em mais de 86.000. Que metástase é esta que você vê, camarada?

      E onde viu críticos do moralismo defendendo tolerância com malfeitos? O que você afirma não condiz com a verdade, os críticos do moralismo não defendem impunidade. O que defendem é a preservação de empresas e empregos. Você está equivocado, para se dizer o mínimo.

      O restante de seu segundo parágrafo é uma salada incompreensível, impossível de ser analisada, perdoe-me a franqueza.

      Quem censura o balanço da Petrobras, meu caro, não é Dilma, mas a Price. Virou moda entre os moralistas culpar Dilma até por erupção solar, mas moralista tem visão deturpada da realidade, fazer o quê? A Price, aliás, encobriu por anos as trapalhadas de empresas americanas que provocaram a crise de 2008. Você está completamente equivocado.

      Claque? Claque, só se for na sua cabeça.

      1. É verdade.

        Você tem razão, Ramalho, eu deveria ter desenhado.

        Não é uma questão conceitual que está em jogo, mas sim uma relação causal. Não se trata de definir moral e moralismo, transcrever enciclopédias e apelar para a transcendência das etimologias.

        O que o artigo desse Motta Araújo faz não é simplesmente contestar algum moralismo. O que ele faz é usar, como pretenso argumento absoluto, um teórico “bom funcionamento econômico” para, no fim das contas, desqualificar as causas do desmantelamento de uma máfia.

        O tal “moralismo” passa a servir, então, ao mesmo tempo, como bode expiatório e duplo pretexto: 1. insinuar que em nome do “bom funcionamento econômico” não haveria razão alguma para desmantelar máfias (já que elas garantem o “bom funcionamento econômico”); e 2. o responsável pelo desmantelamento de uma máfia é apenas o “moralismo”; a justiça e o direito não teriam nada a ver com isso.

        Eu tenho um termo bem singelo para qualificar esse tipo de expediente argumentativo: safadeza.

        Safadeza é o nome desse pragmatismo torpe em que os fins justificam os meios, e que parece ter se tornado uma espécie de regra geral não só da lógica administrativa dos governos do PT, como também da lógica política com que o PT crê que o mundo deva ser governado.

        Em nome do pragmatismo desenvolvimentista, ou, dito de forma mais honesta, em nome de um projeto de regulação econômica que se basta na ampliação consumista, a destruição dos ecossistemas brasileiros “está liberada”. Em nome do pragmatismo da governabilidade, boa parte das velhas oligarquias mantêm seus currais intocados (basta não ser do DEM), já que eles são aliados. Em nome do pragmatismo superavitário, a economia nacional pode ser simplesmente reprimarizada e a indústria destruída. Em nome do ajuste fiscal, nada de mexer nos juros, e, sim, cortar direitos trabalhistas.

        E agora, finalmente, em nome do pragmatismo do “bom funcionamento econômico”, apenas demonizar o “moralismo” que presumivelmente seria a causa do seu transtorno (quando não é!), ao invés de se dedicar ao esforço de reformar aquilo que dá origem aos esquemas viciados, agir com ousadia política para restabelecer os mecanismos produtivos (encampar empresas, por exemplo, se necessário) e quebrar a máquina dos privilégios oligopolísticos, ao invés de se render passivamente a ela e ficar chorando o leitinho derramado.

        Ah! tenham a santa paciência! Será que os sujeitos que usam esse tipo de estratagema argumentativo acham que todos os demais são idiotas?

        Não é preciso transcrever enciclopédias para não ser idiota. Basta raciocinar. Eu sei que tem gente acomodada, Ramalho, mas faça como diz o seu nome, vai contando 1, 2, 3… vai exercitando os fundamentos do raciocínio lógico! Quem sabe um dia você chega lá.

        1. A gloriosa estupidez

          Tenho razão, ou não tenho? O que você, afinal, quis dizer? Ah, pretendeu ser irônico? Mas falhou: ironia é manifestação de inteligência, e você não é inteligente, é, apenas, pretensioso. Tem mais, o besteirol “desenhado” que você usou é lugar comum comparável a “última bolacha do pacote”, coisa de gente intelectualmente menor, que pensa ser espirituosa e diferente, mas que, na realidade, é medíocre.

          “Esse” Motta não desqualifica desmantelamento de máfia nenhuma, só um ignorante das técnicas de interpretação de texto, ou um mal intencionado, teria tal entendimento estapafúrdio do que ele escreveu.

          E que máfia, meu caro? Não há máfia nenhuma. Empresas de construção pesada não são máfias. Mas entende-se sua confusão, pois você é contra os conceitos (cada um tem sua bandeira). Confundir empresa com organização mafiosa é, portanto, no seu caso, perfeitamente compreensível. Fiquemos então assim: empresas e máfias são a mesma coisa. Como são a mesma coisa (ah, os conceitos…) acabemos com as empresas, tomando-as por máfias. Que reflexão profunda a sua!

          Como você não sabe o que é moralismo e se recusa a aprender o que é, isto aliado à sua incapacidade de interpretar corretamente um texto, desanda a falar besteira, e olha que o texto “desse” Motta está ao lado do seu, permitindo ao leitor constatar de imediato que você, ou é burro, ou mentiroso, ou ambos.

          Que máfia? Os empregados das empresas cujos diretores cometeram malfeitos são mafiosos?   Têm de perder o emprego por causa dos diretores? Ou têm de perder o emprego porque as empresas seriam organizações mafiosas? Prevê-se a extinção de 1.000.000 de empregos. Bem, pela sua cabeça carente de massa encefálica, isto é necessário para desmantelar a “máfia”, uma “máfia” de 1.000.000 de pessoas. Que estupidez! Que burrice! Que maldade!

          Cerca de 4 milhões de brasileiros ao Deus dará! E você acha certo porque, além destruir a “máfia”, você é contra um tal de “pragmatismo desenvolvimentista” e uma tal de  “ampliação consumista” que destruiriam “ecossistemas brasileiros”. Ora, meu caro, você é ridículo.

          Só na cabeça de um asno, um milhão de pessoas repentinamente desempregadas não desorganiza a economia.

          Tenho uma expressão bem singela para a sua burrice e estupidez: safadeza azurrada.

          Fins justificam os meios? O que isso tem a vem com o texto? Nada. De onde você tirou essa história de que os fins justificam os meios? São moralistas iguais a você que acham que os fins justificam os meios, não o articulista e nem eu. É você quem quer, por uma bandeira moralista, punir 4.000.000 de pessoas (1.000.000 de desempregados e seus dependentes) inocentes. Mas, para você e moralistas iguais a você, os fins justificam os meios, por isto, para você, que esses quatro milhões de pessoas se danem. Você é muito burro, mas piora muito a coisa aliando sua burrice portentosa a má-fé.

          “Pragmatismo desenvolvimentista”! Que que é isso, minha gente! Ecossistemas! Você, pelo que se vê, é contra pobre ter geladeira, televisão e ar condicionado. É contra o pobre ter energia elétrica pois as hidrelétricas (devem ser elas) destroem ecossistemas. É contra pobre comer, pois, para muita gente comer, é necessário aumentar a área agrícola o que destrói ecossistemas. E é contra o PT, porque o PT quer que a condição de vida do pobre melhore, que tenha comida, casa, geladeira, energia elétrica, carro etc. Conheço o seu tipo: você é atrasado, retrógrado e mal intencionado. Tem inveja de pobre que melhora de vida. E você é burro. 

          Um sujeito que se rebela contra o uso de conceitos porque o que estaria em jogo seria uma relação causal, como se relações causais prescindissem de conceitos, não pode ser levado a sério. Veja por quê. Seja, “A causa B”. Quem são A e B, ora, não interessa, é uma relação causal. Como B é causado por A? Também não interessa, pois isso é abordagem conceitual, e não se consideram conceitos em relações causais. Ridículo.

          E você não é revolucionário, é apenas uma pessoa confusa. Por exemplo, mais um, o pragmatismo da governabilidade de que você fala é apenas outro besteirol seu (o que você tem contra o pragmatismo? Quem lhe disse que o dogmatismo detém a supremacia ética?). Estamos em regime democrático e o governo tem de governar para todos e com todos. E tem de governar. Pelo que você diz, o governo deveria passar pelas armas as velhas oligarquias (menos a do DEM, que você defende). É isso? É este o seu dogmatismo? Você acha que  a presidência da república não deveria se comunicar com a presidência do congresso, pois com Sarney ou Renan (tidos por oligarcas) o governo não poderia conversar? E a Constituição, como fica? E a relação harmônica entre os poderes, esquece-se? Os congressistas foram eleitos e não podem ser ignorados pelo Executivo. Mas, vamos lá, qual solução espetacular e diferente você daria à questão da governabilidade? Ilumine a humanidade com sua sabedoria inconvencional. Ou a governabilidade é apenas um detalhe?

          Ninguém está demonizando o moralismo. O moralismo é o que é. Só uma pessoa de capacidade mental limitada sai a público defendendo o moralismo, como você faz.

          E, afinal, que relação causal é esta?, hehehehe.

  11. Não é possível que juiz
    Não é possível que juiz paralize o pais. Eu tenho convicção que a intenção dele não é só punir mas tem conotação partidária. Cabe ao governo encampar essas empreiteiras até o término da obra. Isto está na constituição .

  12. Não é possível que juiz
    Não é possível que juiz paralize o pais. Eu tenho convicção que a intenção dele não é só punir mas tem conotação partidária. Cabe ao governo encampar essas empreiteiras até o término da obra. Isto estáf na constituição .

  13. Puxa a culpa da crise então e

    Puxa a culpa da crise então e por causa do moralismo e não por causa da corrupção.

    Inversão de causa e efeito, Motta isso é coisa de governista cinico.

     

    1. Ah sim. O objetivo é combater

      Ah sim. O objetivo é combater a corrupção? Com o mesmo Juiz Moro e o mesmo doleiro Youssef do caso Banestado, que não deu em nada. 

      1. Álibi torto

        E isso por acaso justificaria a manutenção da máfia das construtoras?

        Ou simplesmente o pessoal do “esquema” não quer perder a bocada, e aí descobriram o bode expiatório do tal moralismo, para nem querer tocar nesse balaio?

        Raciocínio curioso esse!

        1. Se o objetivo fosse punir, já
          Se o objetivo fosse punir, já teria punido. Já que o Youssef operou, opera e vai operar novos esquemas. Ele não poderia dar depoimentos tão vagos e imprecisos. Aliás ele não deveria ter nem o benefício da delação premiada, uma vez que cometeu o mesmo crime. Assim, o nosso juiz herói estica a corda, paraliza a Petrobras e toda uma cadeia produtiva, paraliza o país, visando sangrar a presidência. Faça-me im favor, viramos uma República dos Barnabés.

          1. Os curiosos caminhos do casuísmo

            Ah! quer dizer que a impunidade alheia agora é álibi para defender a impunidade????…

          2. Desonestidade intelectual

            O comentarista diz uma coisa e você rebate o que ele não disse (a falácia do espantalho). Você é intelectualmente desonesto.

    2. A culpa da crise é o moralismo

      Com a corrupção a pleno vapor  na Petrobras, havia, digamos, N empregos nas áreas de construção pesada e naval. Já com o moralismo, estes N empregos já foram reduzidos em 100.000, e há estimativas de redução de 1.000.000 (um milhão) destes N empregos, afetando estas áreas e outros segmentos da economia. A crise, portanto, a verdadeira crise, e que é a extinção de cem mil a um milhão de empregos, é causada pelo moralismo, sim.

      Neste caso em particular, o moralismo se expressa no furor punitivo que se quer impor às empresas levando-as à insolvência e à inviabilidade, o que significa, na prática, desempregar trabalhadores, interromper projetos dos quais o país necessita, reduzir a arrecadação fiscal etc.

      Veja bem, os que defendem a preservação das empresas são tão contrários aos corruptos quanto você. Usam, porém, o bom senso: querem a punição dos corruptos que causam mal que prejudica toda a sociedade, mas não querem que esta punição cause mais mal ainda à sociedade, mais mal do que a corrupção em si mesma. Se assim for, a corrupção prejudicará a sociedade duas vezes: quando praticada e quando punida, o que não faz nenhum sentido.

      Moralismo, deformação da moral, é o último refúgio, senão dos canalhas, como diria Samuel Johnson, dos insensatos.

      Estes são os fatos.

       

      “Se os fatos contrariam a teoria, pior para os fatos.” [Nelson Rodrigues]

      1. Nelson Rodrigues está certo!

        Pelo que entendi, a coisa que mais faz sentido nesse comentário é a relação entre a última frase e a epígrafe do Nelson Rodrigues.

        (Aliás, bastava o título desse comentário: “Nelson Rodrigues está certo!”. O comentário fica realmente dispensável).

        1. Fala e nada diz

          Pelo que você escreveu, não entendeu nem o que eu escrevi e tampouco o que Nélson Rodrigues disse. A bem da verdade, você não entendeu nem o que você mesmo escreveu. Você não fala coisa com coisa. Dispensável é sua verborragia.

          1. Compreensível

            Eu entendo a sua dificuldade de entendimento, Ramalho, mas é difícil ficar desenhando aqui.

    3. Oneide, na crise de 2008,

      Oneide, na crise de 2008, causada pelos bancos, os EUA injetaram bilhões de dólares (ou teriam sido trilhões?) na economia para que a quebra não fosse maior. Deram dinheiro, inclusive, aos bancos responsáveis pela crise. O que o André Araújo quer dizer é: combata a corrupção – há meios e ferramentas para isso – mas não quebre o país, senão as consequências serão muito piores. E ele colocou um dado importantíssimo: se quebrar as empresas, o prejuíso será muito maior do que o que foi desviado.

      1. Mesma lógica?

        Você por acaso quer dizer que a Odebrecht é grande demais para quebrar?…

        Não é usando o “moralismo” como bode expiatório que o Brasil vai se tornar uma Islândia.

        Aliás, que tal o governo dar uma de Islândia e encampar a Odebrecht, ao invés de ficar buscando moralismos debaixo da cama?…

      2. “na crise de 2008, causada

        “na crise de 2008, causada pelos bancos,” não, ela foi criada pelo governo com a sua politica de “incentivar a economia”, dando garantias implicitas e explicitas aos bancos, e “obrigando” os bancos a financiarem quem quer que seja. Redução dos juros sem o devido lastro de poupança real. 

        Toda a interferência do estado na economia é uma artificialidade temporária, leis naturais de economia não são revogadas nunca, nem o estado mais poderoso é capaz de muda las. 

        Todas as intervenções do estado na economia mudam o mecanismo natural de foramação de preços, Recessão e os preços tentando se formar novamente.

  14. ta faltando pra muito

    ta faltando pra muito comentarista aulinhas de leitura e iterpreatação, e aproveitando dar uma pesquizada nas origens da corrupção, talvez entendam a diferença entre encobrir e investigar, entre ser imparcial ou investigar o que me convem, e sim e elite aui e em qualquer lugar que sempre ferrou com toda tentativa de equidade social.

  15. Não é só a Lava Jato, apesar de ser um fator importante.
    Se o barril do petróleo estivesse pelo menos em 80 dólares a Petrobras estaria em melhor situação apesar da lava jato.
    Hoje a empresa está com o caixa baixo por causa do preço do barril e sem crédito por causa do balancete que não fechou ainda.
    Parece a Tempestade Perfeita.

  16. O mensalão, com as suas penas

    O mensalão, com as suas penas ridículas aplicadas aos políticos, foi realmente muito pouco para dissuadir os sem vergonhas. As empresas e seus dirigentes devem ser punidos rigorosamente. Só assim esse país tem condições de mudar. Se o empresário não prevê nenhum risco financeiro no seu negócio com a roubalheira, ele é incentivado a perpetuar corrupção. O PT não quer punir as empresas para salvar o próprio pescoço porque se acumpliciou com as empreiteras num mega esquema de corrupção para financiar o seu governo. Sem a participação e anuênia do governo do PT o PETROLÃO não teria existido. É óbvio que se trata de um esquema criminoso a serviço de um esquema político. O grande responsável pela situaçao da Petrobras e pelo risco de desemprego é apenas e somente o governo e por isso deve ser chamado a responder por isso. Querer culpar a justiça e os órgãos que estão investigando toda essa lama é muita cara de pau. 

  17. O Fator Mídia

    Prezado Motta,

    faltou incluir no seu texto o deletério papel da mídia corporativa, aqui chamada de PIG, endeusando procuradores, delegados e um juiz, com condutas pra lá de duvidosas. Esse endeusamento e essa blindagem conferem um poder extraordinário a essa gente, que busca holofotes e tem sede de terem seu minutinho de fama, mesmo que para isso venham a quebrar setores mais importantes da economia brasileira.

    Vossa senhoria que muitas vezes me interpelou quando denunciava o essa imprensa de péssima qualidade que temos. Essa midia golpista. Acho que está na hora de reconhecer que esses anônimos do MPF e esse juizinho de primeira instância não chegariam onde chegaram se a mídia não estivesse tão empenhada em derrubar o PT.

  18. Vou repetir aqui o que

    Vou repetir aqui o que comentei noutro post

    Deixa eu ve se entendi: Segundo o portal do MPF os ladrões surrupiaram algo em torno de 2.1 bi da Petrobrás. Mas os nobres engomadinhos do conluio midiático-penal querem imprimir ao pais um prejuizo de trilhões de reais, uma vez que a cadeia do petróleo e gás responde por 13% do PIB. Não seria mais justo se os nobres procuradores se empenhassem no repatriamento dos 20 bi do suiçalão e mais 502 bi de sonegação fiscal so em 2014, segundo a associação nacional dos procuradores da fazenda nacional. As coisas não se encaixam no lavajato do moro, ou se encaixam, claro, com os desejos dos que secularmente roubaram esse pais e não querem saber de alterar o sistema, nada de acabar com o financiamento privado, não é mnesmo dr. Gilmar Mentes….rsss

  19. Alguns comentarios estão mal

    Alguns comentarios estão mal colocados. MORALISMO é o uso IDEOLOGICO do conceito da moral para fins politicos.

    O post não está defendendo a não punição pela pratica da corrupção e sim está chamando a atenção para o uso POLITICO do processo legal que deve punir a corrupção. As leis brasileiras tem o mecanismo para punir a corrupção MAS o que se vê na LAVA JATO e o uso dessa punição como uma CRUZADA MORALISTA perigosa porque atinge desnecessariamente a economia através de procedimentos exagerados e seletivos.

    1.As prisões de empresarios são CLARAMENTE desnecessarias, abusivas e seletivas. Prender empresarios por mais de QUATRO MESES sem que haja sentença é um exagero, especialmente porque essas Pprisões vão DESTRUIR as empresas, isso é inevitavel, uma empresa não funciona com seus dirigentes presos por tanto tempo.

    2.Em nenhum momento o MP propos um Termo de Ajuste para melhorar a GOVERNANÇA da Petrobras, que continua sendo dirigida de forma antiquada, vulneravel e fora do padrão das grandes empresas. Basta ver como funcionam a SHELL, a EXXON e a CHEVRON, o modelo é COMPLETAMENTE diferente da Petrobras, onde um diretor ISOLADAMENTE pode contrar obras de 20 bilhões de dolares unicamente com sua unica assinatura. O PADRÃO MUNDIAL é qualquer

    investimento acima de um piso de 10 ou 20 milhões de dolares precisa aprovação de TODA A DIRETORIA e acima disso, 30 a 50 milhões de dolares precisa da aprovação da Diretoria Conjunta e do CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, este sendo um orgão de PROFISSIONAIS e não um orgão apenas para carimbar simbolicamente.

    O MP e o Juizo não cuidaram do futuro , somente do passado.

    3.A escandalização do processo lAVA jATO se deu por VAZAMENTOS SELETIVOS ATÉ HOJE NÃO APURADOS, isso é uma distorção do processo legal, é tão ilegal como a ação dos reus.

    4.O processo é um REMEDIO para uma doença mas o processo não pode ser mais destrutivo do que a doença, por pior que essa seja, o processo da Lava Jato, a pretexto de comabter a doença da corrupção, está causando mais dano do que a propria corrupção, O QUE NÃO SIGNIFICA que a corrupção não deve ser processada e punida.

    5.Juiz e Promotor NÃO PODEM SER PORTA BANDEIRAS DE UMA CAUSA, o Poder Judiciario tem que ser neutro e não

    combativo numa direção, QUEM CARREGA CAUSAS É O PODER POLITICO E NÃO O PODER jUDICIARIO.

    1. A questão é que o problema e

      A questão é que o problema e politico.

      Você esta presupondo que e as empresas que corromperam  o estado, quando na verdade é o governo que coopta as empresas. 

      Se a Petrobrás e mal administrada não é o MP que deve ser o responsavel pela mudança, o governo já sabe do problema no minimo a 12 anos. Não fez nada porque nunca foi a intenção mudar.

      Porque o governo não agiu ate agora, porque ele se locupleta do estado, o mesmo esquema deve estar sendo replicado em toda a administração.

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