Avança ação para que a antiga sede do DOI-Codi em São Paulo se torne um memorial

A luta para que a história não seja esquecida tramita no Estado, mas os rumos do conjunto de prédios onde centenas de pessoas foram torturadas ainda é indefinido

DOI-Codi. | Foto: Sergio Sade/Editora Abril/Memorial da Democracia

Jornal GGN – Uma ação civil pública movida pelo Ministério Público de São Paulo contra o governo do estado discute o futuro dos prédios que serviam como sede paulista do Destacamentos de Operações de Informações – Centros de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), principal local de repressão política durante a ditadura militar.

O processo reividica que a área de quatro prédios tomados pelos fantamas da tortura, que ficam entre a rua Tutóia e Tomás Carvalhal, na Zona Sul de São Paulo, seja transferida da Secretaria de Segurança Pública para a Secretaria de Cultura do Estado, que deverá preservar os edificios tombados e fazer um centro de memória às vítimas, para que a história não seja esquecida. 

Hoje, também funciona no endereço o 36º Departamento de Polícia de São Paulo. Independente dos rumos da ação, a delegacia não deve atingida e sim mantida.  

De acordo com a Comissão Nacional da Verdade, no DOI-Codi foram mortas ou desaparecidas 70 pessoas entre 1969 e 1976 que faziam oposição ao regime ditatorial. Outras centenas foram torturadas, mulheres eram estupradas e crianças eram conduzidas para ver seus pais desfigurados após sessões de violência.

A demanda por um memorial já tem 11 anos. No último dia 9 de setembro, uma audiência reuniu integrantes do Ministério Público e representantes do Governo de São Paulo para decidirem sobre a área. Não houve acordo sobre os prédios e a conversa continua em aberto.

Com informações do El Pais.

Redação

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