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Por Henrique Marques Porto
Caso Dorothy
Henrique Marques Porto
De O Globo
Bida, acusado de mandar matar Dorothy Stang, é condenado a 30 anos de prisão no Pará
BRASÍLIA – O fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, acusado de ter encomendado a morte da missionária Dorothy Stang , em 2005, foi condenado a 30 anos de prisão, em regime fechado. A sentença foi anunciada às 23h50m de segunda-feira, no Tribunal do Júri de Belém, após 15 horas de julgamento.
A defesa do fazendeiro já tinha anunciado que recorreria se Bida fosse condenado.
Bida foi condenado por homicídio duplamente qualificado. Os jurados entenderam que houve promessa de recompensa, sem chance de defesa para a vítima.
Durante o julgamento, negou envolvimento no crime, segundo o site G1 . Em depoimento, Bida disse que não conhecia Dorothy. Bida se recusou a responder a perguntas dos promotores. Durante a sessão, um vídeo com a reconstituição do crime emocionou parentes e amigos de Dorothy.
Foi o terceiro julgamento do fazendeiro. No primeiro, ele foi condenado a 30 anos de prisão, mas obteve direito a um novo júri. No segundo, ele foi absolvido , mas a sentença foi anulada .
Advogado não comparece
O julgamento começou por volta das 9h. O advogado de Bida não compareceu ao tribunal e passou uma procuração para outro advogado, que não estava preparado e pediu mais tempo para estudar o processo. Mas o juiz negou o pedido e indicou dois defensores públicos. Sete testemunhas de defesa e de acusação foram ouvidas.
Na última sexta-feira, o ministro Cezar Peluso, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido de liminar para a libertação do fazendeiro , preso desde fevereiro .
O crime ocorreu em 12 de fevereiro de 2005, em Anapu, no Pará. Até agora, três pessoas tinham sido condenadas: Rayfran das Neves, que cumpre 28 anos de prisão; Clodoaldo Batista, 17 anos; e Amair Feijoli, 18 anos.
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